quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Templos perdidos


“Que é o homem mortal para que te lembres dele? o filho do homem, para que o visites?” Sal 8:4

“O que é o homem...”
Houve quem dissesse que ele é um bípede sem plumas; outrem, uma espécie de deus; “a medida de todas as coisas...” Originalmente foi o Capeta quem sugeriu que ele teria as “réguas” para medir bem e mal.

Ainda, quem entendeu que as respostas estão além, fora dele, dadas as limitações dos seus movimentos na imensidão do universo, e a sensação de valores maiores que ele, aos quais deveria se enquadrar; “Duas coisas povoam a mente com uma admiração e respeito sempre novos e crescentes: o céu estrelado por cima e a lei moral dentro de nós.” Kant

Em geral, pessoas mal intencionadas e intelectualmente desonestas, usam a suposta igualdade entre os homens, para impor idiossincrasias; diferenças. Ora vitimizam-se com sua condição de minoria; lograda certa aceitação, sobem na mesa pretendendo se impor à maioria. Invocam igualdade quando seus passos os deixam aquém; depois, prevalecer, quando a vigilância coletiva adormece.

Somos todos iguais potencialmente; no ponto de partida. Quanto do potencial se tornará atual, depende de uma série de variáveis, caráter, aprendizado, influências, circunstâncias, que fomenta as diferenças entre nós.

Aristóteles dizia: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, às coisas que são diferentes.” Acaso o policial e o marginal são iguais? Foram no início; as escolhas de cada um os fizeram diferentes.

A separação de certas coisas e práticas está longe de ser preconceito contra um “igual”; se tivessem permanecido ambos, iguais, nem seria visível uma separação; no prisma essencial.

O que é a santificação, à qual Deus chama os Seus, senão, a separação dos que são, espiritualmente diferentes em suas escolhas? “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem justiça com injustiça? que comunhão tem a luz com as trevas? que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei;” II Cor 6:14 a 17

“O que é o homem mortal...”
De certa forma isso reponde a questão. O homem foi feito mortal.

O Criador colocou a morte como uma placa de aviso, para que ele evitasse determinado caminho; mas, preferiu pagar pra ver. Então, o “mortal” era uma possibilidade, desde a queda tornou-se uma necessidade. “A única coisa certa nessa vida é a morte.” Filosofam nos botecos, entre um trago e outro.

A morte se dá em dois estágios; a espiritual aliena o homem de Deus, seu espírito jaz impotente, mas, o homem segue existindo; suplantado pela volúpia da alma, que se esbalda em prazeres, impuros, pilotando o corpo.

A morte física encerra a saga, o tempo dado por Deus, para quem desejar buscar reconciliação consigo. “Enquanto há vida, há esperança;” dizem muitos que se recusam a fazer uso sábio do dom da vida.

A morte paira com sua ameaçadora sombra; todos são convidados em Cristo, a um “salto” sobre a soturna régua; “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24

Porque, do outro lado os homens salvos serão feitos imortais, Deus exige uma série de renúncias cá, cioso para não dar diamantes a quem os usaria em fundas.

Os que descreem da salvação eterna, obram por “salvar” o que puderem de usufrutos impuros nessa vida. “Curta a vida porque a vida é curta.” Pra eles encerra na morte.

O que chamam de curtição, pois, é pressa, servidão ao pecado, para “fruírem” o máximo antes do fim. A Vitória de Cristo serviu para que “livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2:15 Os que se recusam a ser livres, pois, não são iguais aos que aceitam essa dádiva.

“O que é o homem mortal para que te lembres dele?” Essa pergunta foi dirigida a Deus. Sua Palavra diz que originalmente fomos criados à Sua Imagem e Semelhança. Que os regenerados são feitos templos para Ele.

Como Deus não é Deus de mortos, os que O aceitam deixam de ser mortais, são vivificados em Cristo.

Quem é o homem? Um ser vivo, inteligente, arbitrário, consequente, um possível santuário; os que recusam-se a transcender as comichões imediatas, jogam isso fora, pagando preço eterno, por deleites efêmeros, letais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário