segunda-feira, 27 de junho de 2022

De onde Veio Jesus?


“... De onde És Tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.” Jo 19;9

Os judeus o acusaram de ter dito que era Filho de Deus. Isso fizera o governador estremecer; mas, medo não enseja justiça nem conversão. É um abalo momentâneo que some, sumindo a circunstância que o gerou.

Quisera saber da procedência do Senhor. “De onde és tu?” O silêncio também é uma resposta.

Em se tratando do “Filho do Homem”, Seu Currículo diria que era belemita, com infância no Egito, crescido em Nazaré. Mas, não era isso que Pilatos queria saber. Esperava uma posição sobre a acusação de pretender Ser Filho de Deus.

Quem, apesar de tudo o que Fizera e Ensinara em Jerusalém e outras partes, ainda tinha dúvidas, não precisava nem merecia maiores explicações.

No entanto, quando a conversa migrou para a origem do poder, Jesus, indiretamente disse de onde viera: “... Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra Mim, se ‘de cima’ não te fosse dado...” vs 10 e 11

Dissera: “... Vós sois de baixo, Eu Sou de cima; vós sois deste mundo, Eu não Sou deste mundo.” Jo 8;23 Ou, “Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?” Jo 6;62

Quem pretendesse realmente saber, de onde Ele dizia ser, dispunha de elementos bastantes.
Como Filho do Homem Jesus esteve por espaços rastreáveis, entre Israel e Egito; como Deus, Eterno, Seu Espaço era um pouco mais amplo. “... Porventura não Encho Eu os Céus e a Terra?” Jr 23;24

Se dissesse isso, teria inflamado inda mais aos que O acusavam de endemoninhado. Ele Não apenas ensinou de onde viera, mas fez menção a um “quando” que também assustaria aos mais atentos: “... antes que Abraão existisse, Eu Sou.” Jo 8;58 Se disse bem “antigo” e desejado também; “Pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não viram; ouvir o que ouvis e não ouviram.” Luc 10;24

Nunca se cercou de mistérios, meias verdades, misticismos; Seus Ensinos sempre emanaram o que Ele É; Luz. “... Falei abertamente ao mundo; sempre Ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus se ajuntam, nada disse em oculto.” Jo 18;20 

Perguntas dessa estirpe não derivavam de desejo honesto de saber; antes, eram subprodutos esfarrapados para disfarce do não crer.

Ele disse que fora enviado do Alto, e É Eterno; o “fato novo” de então, era Sua condição humana eventual, para ser Nosso Remidor; por isso se dizia sempre, “Filho do Homem”; pois, o domínio fora dado ao Homem; só outro homem que derrotasse ao usurpador o recuperaria; “O Pai a ninguém julga, mas deu Ao Filho todo o juízo... deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque É o Filho do homem.” Jo 5;22 e 27

Por ser a fé, peixe de águas mais profundas que o intelecto, a quem estiver desprovido dela, todas as informações, procedência, idade, estatura, feitos, poder, resultarão inúteis.

Quando, da oração de Jesus junto ao túmulo de Lázaro, O Pai Respondeu de forma audível dos Céus; alguns disseram que fora apenas um trovão. O intelecto ímpio se apressa em forjar máscaras pra descrença; não por acaso, a maioria dos ateus são pessoas cultas. A “luz que há neles são trevas”.

A fé não precisa de muito brilho intelectual; aliás, nenhum; “Porque, vede, irmãos, vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, ou nobres que são chamados. Mas Deus Escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1;26 a 28

Quem enche a boca de “argumentos” sobre as “incoerências” da fé, dificuldade de crer, talvez tente usar isso no juízo. Deus poderia responder: “Tenho aqui milhares, salvos pós uma pregação apenas; não tiveram dificuldade nenhuma."

As máscaras da incredulidade podem forjar “fisionomias” verossímeis; mas, serão rasgadas.

Aqui podem os “sábios” aquilatar a fé como coisa de “loucos”; Deus veste essa carapuça; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu a pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;19 a 21

Quem presume que pode inquirir Deus, responda a uma questão Dele apenas: “Onde estavas tu, quando Eu Fundava a Terra?” Jó 38;4

domingo, 26 de junho de 2022

Testamentos

A versão é que, o finado Prudêncio antes de falecer, o que ocorreu dois anos após o segundo casamento com Ceres, onde não teve filhos; (tivera três no primeiro, no qual, viuvara) escrevera um bilhete que pretendia registrar como testamento; porém, antes de efetuar o registro, morrera de COVID.

Como tinha lá suas limitações com a língua portuguesa, não sabia usar pontuação ao escrever; daí, deixou um texto assim: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado nada para meu advogado fica a incumbência dos trâmites a antiga família cuidará de tudo”.

As partes reunidas resolveram validar o desejo do falecido como se fosse um testamento; porém, restava definir de modo inequívoco, o que ele tentara dizer. 

Ceres a viúva disse que a pretendida mensagem, com a devida pontuação seria: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio. Vetado, nada. Para meu advogado fica a incumbência dos trâmites, a família antiga; cuidará de tudo.”

Porém, os filhos do primeiro casamento altercaram dizendo não ser assim; segundo eles, o sentido tencionado era: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado, nada. Para meu advogado fica a incumbência dos trâmites; a família antiga cuidará de tudo.”

Então, o advogado disse que ambas as pontuações seriam incorretas. Ele conhecia bem o Prudêncio; além de advogado dele era amigo, e a vontade derradeira dele seria expressa assim: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado, nada. Para meu advogado fica. A incumbência dos trâmites? A família antiga cuidará de tudo.

Como vemos, as razões dos três postulantes tinham lógica. Como decidir?

Essa pequena e engenhosa fábula ilustra os becos sem saída, onde agoniza uma sociedade movida por interesses, desprovida de apreço pela verdade e pela justiça, como a nossa.

Invés de primar pela verdade, fatos, respeito à inteligência alheia, grassa a gritaria fanática, a colagem de rótulos e a canonização de ladrões e porcarias do tipo.

A suspeita de desvio de dezenas de milhares de reais, algo a ser comprovado, é nivelada ao roubo comprovado de centenas de bilhões. Ora, se houve malversação no MEC, sejam punidos os responsáveis e siga o andor. Corrupção não é inevitável, mas pode e deve ser punida.

Agora, pegar meras suspeitas e tentar igualar isso aos zilhões roubados em pretérito recente é algo que dá asco.

Outra coisa: Quem rotula Bolsonaro de homofóbico poderia dar um exemplo só que ele tenha perseguido algum homossexual? Nazista, idem? Racista? Nada? Ah, é só tentar grudar o rótulo, se colar colou? Gentalha sem caráter!!

Diziam que a eleição do Bolsonaro fora fraudulenta; que seu “apoio” era de “robôs”; disparos massivos via Wattsapp etc. Fizeram uma CPI para investigar isso; quando o empresário acusado de tal, em prol de Bolsonaro, disse que o fizera de fato, mas para Haddad, a investigação esfriou, perdeu o interesse; por quê?

Jair sai às ruas em qualquer lugar, até no exterior e milhares o seguem, porque admiram e respeitam, se identificam. Mas, o “Líder em todas as pesquisas” não pode sair; até em ambientes fechados com plateias selecionadas acontecem distúrbios; alguém da imprensa tão ciosa contra O Presidente, suspeita que os números mirabolantes atribuídos a ele sejam “robóticos”?

Talvez como combate ao lema de campanha do Bolsonaro, “A verdade vos libertará”, Barroso, um expoente do sistema pró-corrupção foi à Inglaterra mentir; foi desmascarado em público, chamado de mentiroso.

Mais; na reunião de campanha do PT e bandidos asseclas, “Paulinho da Força” admitiu que Gilmar Mendes está aconselhando à equipe, sobre o que dizer e o que não, na campanha do Lula. Dois atos de Ministros do STF que mereceriam impeachment, caso fôssemos a República que deveríamos ser. Sem Falar no Moraes, no Toffoli...

A Bíblia ensina que seremos julgados na exata medida pela qual julgamos. Os indignados e zelosos seletivos ouvirão suas sentenças com as próprias vozes; punições severas que pedem gratuitamente aos oponentes serão aplicadas contra eles, dada a fartura de provas existentes.

Se, por um lado a inversão de valores mostra as índoles, inclinações das pessoas de determinado tempo, por outro, deixa patente que os valores possuem seus nichos próprios, lugares devidos. Quando do juízo, voltarão para casa, para prejuízo de quem os deturpa. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Seu “Prudêncio” escreveu dois Testamentos; o Antigo e o Novo. Em ambos pontuou de modo inequívoco Sua Vontade. Nossos interesses rasos podem “pontuar” do modo que quiserem.

O Testador Vive e Fará, finalmente, chegar a cada um, a devida herança. “Eis que cedo venho, o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;12

Os ladrões do Arco Íris


“Meu Arco Tenho Posto nas nuvens; este será por sinal da Aliança entre Mim e a Terra. Quando Eu trouxer nuvens sobre a Terra, aparecerá o Arco nas nuvens. Então Lembrarei da Minha Aliança, que está entre Mim e vós, entre toda a alma vivente de toda carne; as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda carne.” Gn 9;13 a 15

Embora, vulgarmente conheçamos como Arco Íris, o nome original é “Arco de Deus”. Íris é uma “deusa” egípcia, que não teve culpa nenhuma pelo surgimento do mesmo.

A Bondade Divina faz O Senhor usar empatia antropomórfica; (na forma humana) Ele fala como se fosse possível esquecer de alguma coisa; “Eu velo sobre Minha Palavra para cumpri-la", disse. Então, o “Me lembrarei da Minha Aliança...” significa: Vós lembrareis da Minha Aliança; não precisareis temer novo dilúvio.

O Eterno não pode ser visto aos olhos humanos; Suas Obras podem, e devem; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entende e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Contudo, a desobediência humana legou o domínio para o usurpador; esse se ocupa, em consórcio com os ímpios que lhe obedecem, em deturpar a tudo que O Eterno estabeleceu.
O símbolo do pacto protetor, Dele com a humanidade, de repente tornou-se símbolo da perversão sexual, chamada de diversidade. Suas sete cores significariam isso.

A Palavra de Deus aponta um rumo diferente. Sete aspectos do Espírito Santo, na Unidade Divina; “... Espírito do Senhor o Espírito de sabedoria, de entendimento, Espírito de conselho, de fortaleza, Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” Is 11;2

Noutras partes figura como Sete Olhos; “... um Cordeiro, como havendo sido morto; tinha sete chifres e Sete Olhos, que são os Sete Espíritos de Deus enviados a toda Terra.” Apoc 5;6 “Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão Sete Olhos...” Zac 3;9 “... esses são os Sete Olhos do Senhor, que percorrem toda a Terra.” Zac 4;10

O formato arqueado lembra Sua Proteção; as setes cores em Um, Sua Plenitude Envolvida.

Nada tem contra a diversidade; Ele a criou. Está presente no aspecto biológico, climático, geográfico, sideral, mineral, linguístico, etc.

Houve um tempo em que os cérebros ainda não padeciam a febre da impiedade nas temperaturas atuais; então, o cisne no bando errado era um “patinho feio”. Hoje, se uma lontra do mesmo lago decidir que é pato, ela “será” e ponto. Ai de quem disser que o bicho é feio!

Não apenas a noção da moral se perdeu; mas, da própria realidade. Outrora, ofensas tinham parentesco com alguma agressão; atualmente, basta mera informação; ousar chamar algo pelo que é já ofende quem não quer admiti-lo.

A pluralidade de “deuses” gerada na queda, deu azo à pluralidade de “leis”; cada um, a sua. No altar do pan-endeusamento, a verdade precisa ser sacrificada todos os dias, para que a vontade “divina” receba o devido “culto.”

Diatribes furiosas se ouviu contra a cantora Bruna Karla, por ter dito que não cantaria num casamento gay. Grave pecado contra os “deuses do Arco Íris”.

Cada um tem direito de escolher o que aprouver, isso é pacífico; mas, a ela se negaria direito de crer na Palavra de Deus, que veta a “diversidade”?

Afinal, não há diversidade nenhuma nisso. Todos nascem machos ou fêmeas. O que cada um faz com seus “instrumentos” deriva de escolhas; tais, impõem no grito o respeito às suas, enquanto ridicularizam às alheias. Chamam de “orientação sexual”, mas quem os orienta? Deus faz diferente. “... deixará o homem seu pai e sua mãe, e unir-se-á à sua mulher; serão os dois uma só carne...” Mc 10;7 e 8

Também eu recusaria congregar numa “Igreja Inclusiva”, com banheiros “trans”; é direito meu, ninguém toca nisso. Não me impressionam vultosas passeatas, opiniões de gente famosa, tampouco, tira meu sono a gritaria que fazem.

Sou radical? Sim. Trata-se da minha vida, que, segundo creio, perde-se se eu abraçar à desobediência. Legítima defesa. Não é porque vasta multidão está saltando no abismo, que eu, emulado saltarei também. Lamento pelas escolhas suicidas dos tais, e a melhor maneira de mostrar isso é fazendo escolhas melhores.

“Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

O Eterno formou Seu Arco garantindo que não haverá outro Dilúvio; mas, deixou Sua Palavra, categoricamente assegurando que haverá um juízo. “Como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação...” Heb 2;3

sábado, 25 de junho de 2022

Flores e frutos


“... a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores, brotara renovos e dera amêndoas.” Nm 17;8

A disputa por poder levara alguns rebeldes a questionarem a liderança de Moisés e Aarão.

Sempre assim; quando aparenta que o poder encerra privilégios, todos se “voluntariam” a ele; porém, nos momentos em que pesa a responsabilidade, aí os voluntários somem.

Acaso algum dos portentosos líderes se ofereceu, quando cativos no Egito, para o necessário enfrentamento com Faraó, em Nome do Senhor? Invés disso, se opunham a Moisés, muitas vezes, porque às primeiras tentativas dele, Faraó endurecera o jugo.

Atualmente, advertimos contra a falta de memória, quando, grandes desastres pretéritos se apresentam como soluções e muitos acreditam. A amnésia sobre o que O Eterno fizera mediante Moisés, era o mal naquele tempo.

A Santa Paciência do Criador tinha dado espaço à ira; 14.700 pessoas foram mortas como juízo.
O Senhor resolveu reiterar Sua Escolha; requereu uma vara de cada tribo no tabernáculo, com a promessa que, a do escolhido floresceria. Naquela noite, Operou maravilhosamente, fazendo a vara de Aarão florescer e frutificar.

Uma alma sadia deveria “rebelar-se” antes de certos pleitos, pelas implicações envolvidas. Todos conheciam o histórico recente da libertação do Cativeiro; e inda cheiravam mal os cadáveres de uma praga que atingira aos rebeldes; a rejeição ao escolhido do Senhor, o motivo; o simples se atrever a colocar sua vara perante O Senhor, era já uma coisa indigna. Soa como Balaão argumentando com uma mula falante; para mim, qualquer animal que falasse encerraria o assunto. Tens “razão”!?

Perseverar na disputa subentendia certa dúvida ainda, em relação a Moisés; e mesmo Ao Senhor, que o escolhera.

Diariamente sou afrontado por indecências assim; a disputa de um cordeiro com uma ave de rapina não é um pleito legítimo: “Em quem você votaria? Lula ou Bolsonaro.” É indecente fazer essa pergunta, por desconsiderar o abismo moral que separa ambos; aliás, se essa senhora degredada, a moral, ainda existisse, aquele pária seguiria preso; sua quadrilha, apelidada de partido teria sido extinta.

Embora, ante a avalanche de números falsos, os bem intencionados possam pretender uma pesquisa verdadeira para evidenciar à fraude, eu recuso votar. Não faz sentido inquirir a um cidadão, se é favorável à polícia, ou aos bandidos. O óbvio ululante salta aos olhos.

Então, um líder de tribo com escrúpulos morais e um milímetro de discernimento, recusaria a participar da escolha; oraria humilhado, pedindo clemência a Deus, pela falta de noção e rebeldia circunstante. Bem sei quem é que Escolhestes; estou satisfeito com isso; diria meu probo cidadão, eventual.

O Senhor não equiparou Suas Divisas ao padrão rasteiro, mundano; antes, o “poder” no âmbito espiritual significa renúncia, serviço. “... Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam; seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir; dar Sua Vida em resgate de muitos.” Mc 10;42 a 45

A doentia inflação de títulos eclesiásticos portentosos, que grassa, de duas, uma; ou, significa um surto repentino e benfazejo que convenceu muitos sobre a nobre missão de servir; ou, os padrões mundanos invadiram a Igreja; a disputa por cargos visando o egoísta servir-se, invés do amoroso, servir.

Muitos escândalos que acontecem na “Igreja” derivam de se dar espaço e domínio para gente que não é igreja; mercenários infiltrados, reféns de anseios mesquinhos. Aí, quando o “pastor/a” mata, adultera, malversa, todos os idôneos são nivelados aos tais. A Imprensa se ocupa disso. Felizmente temos a garantia: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos;” Mat 5;6

Se fossem requeridas credenciais, conforme o ensino de Paulo, uns 70% dos “obreiros” que andam gritando profanações por aí estariam usando de outro modo suas vozes; quiçá, vendendo loterias, bijuterias, ou porcarias afins.

O Nome, A Palavra, a Igreja do Senhor são coisas Santas. Atualmente Ele não faz florescerem varas dos escolhidos; mas, ensina que cada postulante deve ser julgado pelos frutos.

Nossas “produções” de antes de Cristo são coisas para esquecer; “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais?” Rom 6;21

Nele fomos capacitados a frutos melhores; “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Luc 3;8

Como um dependente químico em recuperação precisa lutar contra aquilo diuturnamente, viciados em pecados também carecem todos os dias mortificar à má índole, por amor à vida; “... agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus; tendes vosso fruto para santificação...” Rom 6;22

sexta-feira, 24 de junho de 2022

O Escudo da Verdade

“Ele (Deus) te cobrirá com Suas Penas; debaixo das Suas Asas te confiarás; Sua Verdade será teu escudo e broquel.” Sal 91;4

Escudo e broquel. A rigor, ambos são escudos; o primeiro maior, capaz de proteger o corpo inteiro, para evitar ataques distantes por meio de flechas e lanças; o broquel de tamanho reduzido, ajustado ao antebraço, para eventual luta corpo a corpo; lutadores empunhavam a espada com um braço, e fixavam o broquel no outro. Assim, a ideia é que a verdade serve de defesa contra as mentiras mais distantes, bem como, contra as que nos atacam mais de perto.

O mero fato da verdade ser ilustrada como arma de defesa implica que a mentira parte para o ataque. 

Sempre foi assim, desde seu nascimento no Éden; nascimento entre nós. Entre anjos ela fizera vítimas antes de Adão e Eva. “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste teus santuários...” Ez 28;18 

Lá, o “Querubim Ungido” já fizera sua campanha política que lhe deu um terço dos votos; para tanto, esse usurpador dever ser muito hábil na “arte” da mentira, da sedução.

Noutros tempos a mentira era “melhor”; digo, menos ruim que atualmente; pois tinha ainda, pudor e não ousava sair às ruas sem certa verossimilhança como camuflagem. Hoje está mais pelada que a “Globeleza” e airosa como aquela, sem nenhum pejo de ser vista nua e mal passada. “Fake News” é a verdade indesejável; calúnias, difamações grosseiras em prol do sistema corrupto, sempre são aquilatadas como “democracia”.

Embora a batalha milenar seja, eventualmente, ilustrada entre luz e trevas, vida e morte, salvação e perdição, Deus e Diabo; em essência é entre verdade e mentira.

Isaías viu nossos dias, ou semelhantes; “Como prevaricar, mentir contra O Senhor, desviarmo-nos do nosso Deus, falar de opressão e rebelião, conceber e proferir do coração palavras de falsidade. Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; a verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. A verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca ser despojado...” Is 59;13 a 15

Muitos protagonistas da dita “Batalha espiritual” parecem não ter entendido satisfatoriamente que, não devemos batalhar diretamente contra demônios que, já foram derrotados pelo Senhor.

Quando ensina que não lutamos contra carne e sangue, mas contra principados e potestades nas regiões celestiais, tem a ver com seus ensinos disseminados entre, e através, de pessoas de carne e sangue. As regiões celestiais estão entre nós.

Então, temos que identificar seus ardis, e desfazê-los. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5

Se, nosso triunfo tem por fruto levar entendimentos à Obediência de Cristo, necessariamente, o triunfo da mentira faz suas presas rebeldes ao Senhor. A verdade não carece muletas; pode andar muito bem com as próprias pernas; não usa nenhum acessório, ardil, contorcionismo filosófico/intelectual, nada. Ela basta. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Porém, a mentira não tem pernas curtas como diz o adágio; ouso; sequer pernas tem; é levada no colo pelos seus servidores, assim com um ídolo inerte, cuja “força” reside na ignorância, não sendo nada, em si mesmo.

Alguém disse: “A mentira dá duas voltas no planeta antes que a verdade tenha tido tempo de vestir as calças.” Uma hipérbole bem humorada para ilustrar a solicitude voraz dos consumidores daquela, enquanto, a verdade pelo seu “peso” costuma andar menos.

Pois, na reta final desse embate entre Verdade e mentira, essa será exaltada em neon, para testar aos amantes da verdade, e julgar os carregadores do andor do engano.

Virá o Anticristo “esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça aos que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12 Notemos que a mentira é sinônimo de iniquidade; a verdade é a perfeita equidade entre fatos e narrativa; a mentira fabrica seus “fatos”.

Quando, até aos justificados em Cristo, a mentira parecer vencedora, esses lograrão ver além das aparências; O Senhor os terá escudado; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;7 e 8

quinta-feira, 23 de junho de 2022

O Deus Vivo

 “Vede agora que Eu, Eu Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu Mato, e Faço Viver; Firo, e saro; ninguém há que escape da Minha Mão.” Deut 32;39

Esse verso tem sido citado fora do contexto, por ignorância ou maldade, para fazer parecer que diz coisas que não fala. Quando O Eterno ensina: “Eu Mato e Faço Viver...” não significa que todos os nascimentos e mortes ocorrem diretamente por Sua Vontade; longe disso. Ele criou seres arbitrários; todas nossas ações terão consequências. Daí, somos advertidos a ser consequentes.
No contexto vemos a diferenciação entre O Deus Vivo e os bonecos de humana feitura. Quem confiavam nessas coisas, na hora da provação seria envergonhado; “Então dirá: Onde estão seus deuses? A rocha em quem confiavam, de cujos sacrifícios comiam gordura, e de cujas libações bebiam vinho? Levantem-se e vos ajudem, para que haja para vós esconderijo.” vs 37 e 38.

Nada mais justo: Se, na hora da calmaria, tais fantoches recebiam culto, como sendo deuses, que, na hora da tormenta livrassem àqueles que os cultuavam.
Foi em oposição a essas crendices, que O Eterno disse o texto aquele; diferente dessas ilusões, às quais destes formas, que carregais, mas nada servem na hora da angústia, “Vede agora que Eu, Eu Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu mato e faço viver; Firo e Saro, e ninguém há que escape da Minha Mão.”

Quando diz: Mato e faço viver, não está enfatizando que faz, necessariamente, isso; mas, diferente dos ídolos inertes, Ele Tem Poder para tal; o fará, quando achar necessário. Tal poder, em absoluto, significa que não somos responsáveis por nossas escolhas e ações; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33 As alternativas de darmos ouvidos a Deus, ou nos desviarmos estão preservadas.
Nosso encontro com a morte é derivado de uma escolha arbitrária, não de um Capricho Divino: "... o erro dos simples, os matará...”

Paulo chamou a suicida autonomia humana de semear na carne; a submissão a Deus, de o fazer no Espírito, e advertiu das consequências de ambas as escolhas; “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Assim, O Poder de Deus para dar vida a quem jaz refém dos pecados não viola a liberdade concedida às criaturas; por isso, O Espírito Santo Obra por persuadir, sem se impor.
Se alguém cogita que, por ser O Santo, Todo Poderoso, está vigiando para, presto destruir a quem Lhe desagrada, erra. Ele Tem o poder para matar Seus oponentes, mas Seu Prazer está em salvar; “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não Tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33;11

Seu Poder para punir é contido pela força do Seu Amor, que prefere dar tempo aos errados de espírito, a punir de impulso ante à ira momentânea como faria um mero homem; “Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Ml 3;6

Entretanto, se, por Ser Eterno Ele tem o tempo ao Seu dispor, conosco, que estamos restritos à vida, “debaixo do céu”, o tempo tem uma relação breve; devemos ser parcimoniosos com o nosso; “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;” Ecl 3;1 e 2
Mesmo Ele tendo Seu Prazer em salvar, como vimos, abrirá mão desse prazer, no devido tempo, pois, também se apraz em fazer justiça, e com essa julgará a todos. Se, desde aqueles dias, advertia da inutilidade profana dos deuses de humana feitura, o que diria dos de hoje, quando a ciência se multiplicou e A Palavra está disponível a todos?
Ironicamente, vendo uma súcia de mercenários usando Sua Palavra para ganhar dinheiro, se dizendo pastores, Colocou Sua advertência nos lábios de um leigo; Bolsonaro tem repetido à exaustão; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento...” Os 4;6

Se, do ponto de vista dele, isso se refere à política da nação, e faz sentido, no Prisma Divino atina à vida espiritual.
Mesmo podendo decidir sobre tudo, O Santo nos dá direito de escolha no mais importante: “Escolhe, pois, a vida.”

domingo, 19 de junho de 2022

Morte ao traidor!


“Eis que a mão do que me trai está comigo à mesa”. Luc 22;21

A sina do traidor geralmente é uma proximidade distante; pode estar fisicamente junto, enquanto o coração fica longe; se alinha com os inimigos, coautores da traição.

A lealdade não usa máscaras, diferente da perfídia; “Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos.” Prov 27;6 Sendo inimigo, por quê beijaria? Por necessidade da camuflagem de amigo, sob a qual, poderia esconder a espada da vileza.

Só “amigos” traem; inimigos são fiéis. “Deus me livre dos meus amigos, que dos inimigos eu me cuido.” Voltaire.

A impressão de amizade nos deixa confiados, com defesas abaixadas; assim, facilmente podemos ser atingidos, se nos deixarmos convencer por aparências fabricadas; “Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano; quando te suplicar com voz suave não te fies nele, porque abriga sete abominações no seu coração.” Prov 26;24 e 25

O normal seria que a boca falasse do que o coração está cheio; no caso do dissimulador em apreço, com o coração cheio de ódio, inveja, maldade, fala diverso disso, suave; seu cuidado não atina a não ofender, antes, a não se trair deixando patentes suas rasteiras intenções.

Uma das características do Cidadão dos Céus é “Aquele que anda sinceramente, pratica a justiça; fala a verdade no seu coração.” Sal 15;2

Nem mesmo laços de sangue bastam para evitar esse mal; na verdade os de perto são os primeiros a manifestarem uma distância fria, no quesito lealdade; “Porque o filho despreza ao pai, filha se levanta contra sua mãe, nora contra sua sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.” Miq 7;6 “Assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” Mat 10;36

Acaso convidaríamos à mesa, um inimigo? Conscientemente não. Mas, ingenuamente, geralmente o fazemos; pois, faltam-nos habilidades para irmos, como Deus, além das aparências. “... Não atentes para sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não Vê como vê o homem; o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor Olha para o coração.” I Sam 16;7

Num mundo moralmente poluído como esse, nem sempre será possível estarmos entre amigos. Mas, quem atingiu certa maturidade espiritual há ver as coisas como são; “o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;15 ou, “o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Não significa que não nos assentaremos à mesa, se nela houver alguém assim; mas, quem pode ver pelos olhos espirituais, também saberá com quem se assentou; como O Salvador. “... a mão do que trai está comigo, à mesa.”

O convívio com pessoas más é necessário, num mundo onde a maldade predomina; se, eventualmente tivermos em comum, a mesa, o ambiente, que nosso agir, nosso caráter não sejam contaminados; antes, preservem a identidade em Cristo. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens...” Mat 5;16

Eventualmente, a separação é filosófica; “... não anda segundo o conselho dos ímpios...” outras vezes, física mesmo; nos apressamos em deixar ambientes polutos; “... nem se detém no caminho dos pecadores...” e sendo de Cristo, certamente seremos seletivos ao escolhermos nosso lugar de lazer; “... nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1

Isso sobre a traição fora de nós; a mais perniciosa e comum, é a dos que traem a si mesmos. Eis que os pensamentos convenientes do que me trai estão comigo, em minha mente doentia.

Quando O Senhor ensinou que, à vinda da luz os homens preferiram as trevas por maior identificação com o mal, denunciou que eles traíam a si mesmos, se condenavam; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

A quilômetros enxergamos os lapsos de caráter de Judas; mas, são os nossos, os vícios que acariciamos dentro de nós, para com os quais somos lenientes, que nos podem matar. Se possuo perspicácia para ver as falhas alhures, certamente a tenho também, para identificar os erros em mim.

Ocorre-me uma frase de Oswaldo Cruz; “Observando os erros alheios, o homem prudente corrige os seus.” Pois, por outro lado eu diria que, o mau hábito de só ver os erros alheios, torna o homem insensato, incapaz de cuidar dos seus.

Quando houver tanto de Cristo em nós, que o si mesmo não arbitre, não haverá espaços para traição. O traidor assentar-se-á comigo à mesa, mas será mortificado na cruz.

sábado, 18 de junho de 2022

Deus Vivo e os autoimóveis


“Não terás outros deuses diante de Mim.” Ex 20;3

Sendo Ele Quem É, nada mais justo que demande exclusividade. Todos os demais não passam de humanas criações, espantalhos inertes que precisam ser carregados. “Têm boca, mas não falam; olhos, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes, mas não cheiram.” Sal 115;5 e 6

Ao bani-los, no fundo, O Eterno Está protegendo aos Seus, vetando que repousem sua confiança naquilo que não é nada, afastando-se da vida.

Quando Belsazar foi destronado, Daniel advertiu-o de seu culto às futilidades, de costas para Aquele que detinha sua vida; “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

O Egito de onde o povo acabara de migrar, era eivado de deuses; Anúbis, Rá, Ápis, Isis, Osiris etc. A nova relação trazia a mudança de um cenário de escravidão entre o politeísmo, para a liberdade responsável, sob tutela do Único Deus. 

O Eterno apresentou-se a Moisés dizendo: “Eu Sou O que Sou”; por ser Eterno, Sempre Foi e sempre Será; e porque aqueles simulacros vistos, não eram. Meras ilusões humanas.

Crianças brincam com seus “automóveis” de plástico numa fantasia natural, devaneando com o domínio dos verdadeiros. Quando adultos, de posse desses, não carecem mais daquelas veleidades infantes.

Assim, ídolos de humana feitura derivam das ilusões de gente privada do Deus Verdadeiro; quem O Conhece e recebe, não tem mais espaço para “brinquedos”; a nova realidade destrona à fútil fantasia; só um insano, imbecil, aquilataria como iguais, os espantalhos, e O Criador.

Logo, quem conhece ao Deus Único, Sua Plenitude não deixa espaços a serem preenchidos. Quando alguém tem muitos deuses, a rigor, não tem nenhum. Me espanto com certos amigos virtuais que postam de roldão, numa sequência breve, um texto com promessas bíblicas, a seguir as boas vibrações de Budha, um ensinamento espiritual de Osho, uma receita de Chico Xavier, uma “bênção” dos pretos velhos, uma filosofia dos Vedas, etc.

Leio aquilo preocupado, com a gritante carência espiritual de tal amigo; se conhecesse O Deus Vivo, não precisaria de tantos autinhos de plástico, assim.

Pior, o “representante de Deus na Terra” o Papa Francisco fazendo todo empenho para formatar a igreja única, ecumênica, onde todos os credos serão “válidos”. Islâmicos, animistas, católicos, protestantes, hindus, panteístas, etc. Tudo no mesmo balaio de gatos.

A mesma lógica: Quem tem deuses demais, é porque não tem nenhum. O Deus Vivo, diria: “Me inclua fora dessa”. Aliás, já disse, a quem pretendia cultuar coisas criadas concomitante Consigo; “... assim diz o Senhor Deus; Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois que a Mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome com vossas dádivas e vossos ídolos.” Ez 20;39

Então, a “Igreja Ecumênica” tão cara ao mundo, com sua fé “inclusiva, diversitária”, foi prevista e sentenciada no salmo segundo; trata-se de global motim, contra O Escolhido de Deus, Jesus Cristo e Suas Leis; “Por quê se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra O Senhor, contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” Vs 1 a 3

O fruto dessa insurreição será o despertar da Ira Do Todo Poderoso; “Então lhes falará na Sua ira, no Seu furor os turbará... Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; despedaçarás como a um vaso de oleiro.” vs 5 e 9

Porém, antes do juízo, ainda aconselha a quem desejar evitá-lo: “Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor, alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender Sua ira; bem-aventurados todos aqueles que Nele confiam.” Vs 10 a 12

Pois, se agora, os que descansam nessas ilusões inda podem fruir seu autoengano, em breve a faxina será feita: “Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os Céus e a Terra desaparecerão da Terra e debaixo deste Céu.” Jr 10;11

Esse vasto planeta mentira será purificado de toda obra humana impura para, finalmente, aprendermos a santificar O Criador; “... Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.” Heb 12;26 e 27

“... não rejeiteis Ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram quem na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos Daquele que É dos céus.” Heb 12;25

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Paladar Espiritual


“Sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;” II Ped 2;9

Uns que serão livres, outros, castigados. Diferente de uma pré-escolha Divina, reflexo das escolhas humanas definindo quem é quem. “piedosos... injustos...” adjetivos que refletem nossas ações; embora a salvação não derive das obras, essas testificam quem somos.
“Porque somos feitura Sua, (os regenerados) criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

A queda destituiu da filiação Divina para um plano inferior; meras criaturas. Uma centelha ficou em nós, que ainda sonha com a liberdade e a inocência de filhos. “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus... na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21

Como a “fé vem pelo ouvir...” são dos nossos ouvidos o primeiro passo, fugindo, ou indo ao encontro da verdade, quando essa nos é revelada; “Porque o coração deste povo está endurecido, ouviram de mau grado...” Passos fugitivos. Por outro lado, tem os que, ouvindo do Salvador, O seguem; “Eis aqui o Cordeiro de Deus. Dois discípulos ouviram-no dizer isto e seguiram a Jesus.” Jo 1;36 e 37

A questão sempre é posta ante os ouvidos, não aos olhos; “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.” Mc 4;23 Nossa índole, “paladar” define a reação: “Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida.” Jó 34;3

Quando diz que muitos são convidados e poucos escolhidos, não significa que O Eterno acene com bens a todos, os tendo reservado para uma elite; antes, que não obstante a mensagem salvadora ser comunicada a todos, poucos abraçam-na.

Os que escolhem obedecer, são escolhidos; poucos. “Os meus olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101.6 De novo, as ações humanas testificando da salvação: “O que anda num caminho reto...”

Como O Santo busca a esses para servir; enriquece com dons, protege. “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é que vem conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;6 a 8

Quanto ao livre arbítrio, sem Cristo, não temos. Nossas boas intenções se perdem pela escravidão ao pecado. “Porque o que faço não aprovo; que quero, não faço, mas o que aborreço, faço. Se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

Se, sem Cristo não temos escolha, como poderíamos optar por Ele? O Espírito Santo concorre com a mensagem que ouvimos e tenta nos convencer; se ouvirmos de bom grado mudaremos. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

É mediante a Voz do Espírito Santo, que Deus livra da tentação aos piedosos; onde domina e escraviza, o pecado reina; nos que estão se afastando dele, tenta seduzir ao regresso; tem em nós uma “cabeça-de-ponte" chamada, carne que cobiça sempre seu desembarque; “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tg 1;14 e 15

“Dar à luz” aqui é diferente de um nascimento físico; O Espírito revela a pretendida ação como pecaminosa. Aí o arbítrio nosso decide seguir O Espírito, ou, capitular à carne. “Sendo consumado”, não apenas cobiçado é que o pecado mata.

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1 

Assim, o ouvir de bom grado inclina-nos à obediência; essa forja o “andar em espírito;” dessa forma saímos vitoriosos ante às tentações.

Quem ouviu à Mensagem de Salvação teve, ajudado pelo Espírito Santo, oportunidade para decidir sobre ela; quem recebeu ao Salvador, recebeu também O Espírito Santo; “... tendo Nele também crido, fostes selados com O Espírito Santo da promessa.” Ef 1;13

Logo, não apenas a possibilidade de decidir sobre receber a Cristo, todas nossas ações são valorados pelo Espírito, mediante a consciência vivificada. Cada rejeição às tentações é um livramento; cada ato, na Divina direção, um testemunho; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

quinta-feira, 16 de junho de 2022

O Mesmo Amor


“Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais...” II Ped 1;12

Chamamos chover no molhado quando alguém ensina de novo o que já foi, repete uma advertência, conselho, reporta uma história já conhecida...

Mas, coisas que dependem de persuasão, conquista da vontade, excedem ao mero saber para serem aceitas, seguidas. Alguém disse que a verdade deve ser repetida diuturnamente em palavras, porque a maldade se repete em ações.

A ideia de Pedro; vocês já sabem; porém, quero lembrar-vos mais uma vez; não deixarei de fazê-lo enquanto viver.

Eventualmente fundimos saber e conhecer, como a mesma coisa, mas não são. Saber é uma posse intelectual, uma informação; conhecer, o derivado de um relacionamento, intimidade. Inclusive, escritores bíblicos usam “conhecer” como eufemismo para relações íntimas, tal a aproximação necessária.

Ouvirmos parte dos ensinos de Cristo, por exemplo, uma vez basta para que os saibamos; contudo, para conhecer precisamos viver; “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13; 17 O saber desafia à prática.

O que são os hipócritas que O Senhor tanto combateu, senão, gente que sabia a receita da virtude, embora vivesse no vício? Nosso risco é incorrermos no mesmo erro.

O conhecimento requer muitos passos na mesma vereda; O Senhor chamou de “Permanecer na Minha Palavra.” ou seja: Tê-la como diretriz da vida. “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

No ensino sobre os dois fundamentos, um na areia, outro na rocha, vemos que a diferença residia nisso: Ambos os “construtores” sabiam; um praticava, o outro, não. “Todo aquele, pois, que escuta estas Minhas Palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha... Aquele que ouve elas e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia;” Mat 7;24 e 26

Na hora das chuvas e ventos que se verifica a solidez de uma edificação; a queda da “casa”, tem a ver com fracassar na fé sucumbindo ao engano. Escrevendo aos efésios Paulo elencou os meios da edificação; Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres; o alvo: “Até a Estatura Completa de Cristo”; depois, apresentou o fim: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Irônico e veraz: Quem ouve A Palavra de Cristo e não a pratica zelosamente, acabará praticando ensinos vãos de falsos mestres.
Quem se omite ao convite da Luz, fatalmente acabará seduzido pelas trevas.

A persuasão operada pelo Espírito Santo também é conhecida por convencer; ideia de uma vitória conjunta; vencer com. Por isso, sempre que ouvimos da Palavra, O Espírito opera concomitante, visando abrir o entendimento de modo a conquistar a vontade de quem ouve, rumo à obediência. Nos que obtém êxito, convence. É partícipe de uma vitória íntima rumo à salvação. “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Discordo da doutrina calvinista da tal “graça irresistível”, (se não pudesse ser resistida nem seria graça, seria imposição ditatorial) aprendo que, “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”; Tg 4;6 o trabalho do Espírito visa nos afastar do orgulho que O Eterno abomina, e nos levar a humildade e dependência Dele; “Negue a si mesmo.” Nossa própria natureza caída resiste o quanto pode ao Chamado do Amor Divino; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois, não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.”

Por sua essência viva, seu poder vivificante, A Palavra de Deus, mesmo repetida à exaustão, nunca é mais do mesmo, como dizemos das cantilenas humanas. Até poderá ser mais uma investida do mesmo Amor, mas sempre chegará aos nossos entendimentos como um novo desafio, a bebermos da Água da Vida.

A queda deu-se pelo desejo de independência, autonomia, agora a regeneração demanda a morte do “deus” usurpador, o ego; a começar por seus pensamentos rasteiros. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos; nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

O Amor Divino ainda É O mesmo a chamar com igual anseio; uma vez correspondido trará a um monte de novidades. “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

terça-feira, 14 de junho de 2022

Ratanabá e as pulgas


“Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, que só profetizam do engano dos seus corações?” Jr 23;26

A ideia comum de profecia, até pelos antecedentes, normalmente está atrelada ao Senhor; o que Ele disse, deveras; e o que, falsos profetas dizem que Ele disse, sem nenhuma participação Divina.

Porém, quando alguém se atreve a “prever” como serão os dias porvir, seja Elon Musk, Bill Gates, George Soros, ou outro qualquer, de certa forma, o tal, profetiza.

Pois bem, o barulho mais intenso atualmente diz respeito à descoberta do que seria, “Ratanabá” na selva amazônica. Embora, o achado pretenda ser testemunho de um passado remoto, segundo os “descobridores”, abalará à ciência, as religiões e o mundo inteiro.

Então, os que isso dizem, estão profetizando; Além do passado, pretendem conhecer o futuro.

Baseados nos seus ditos, o que “sabemos”? Que foram encontradas construções de pedras; algumas, em formato piramidal; artefatos cerâmicos também; dizem que lá existiria uma cidade maior que São Paulo, que foi capital de um mundo mui antigo, há 460 milhões de anos. Que lá teriam vivido os de uma civilização chamada “Muril”, que seria mais avançada que nós. Tal civilização teria interligação entre cidades via imensos túneis; muitos, atualmente sob o oceano... ufa!!

Quais evidências mostraram?? Imagens aéreas duma porção de floresta, onde, realmente a intervenção humana parece evidente; depressões no topo da floresta em relativa simetria, o que sugere que haviam ruas de pedra naquele lugar, o que teria atrofiado o crescimento da floresta nesses pontos. Mais ou menos isso.

Imagens de computação gráfica projetando mirabolâncias não valem nada, como provas. A cada quatro anos O PT fazia as águas do São Francisco “Chegarem ao povo” assim. Mas, pela mão deles, jamais chegaram.

Algumas questões resultam necessárias para quem se atreve a pensar: Quem aprendeu a falar “murilês” para interpretar sua escrita e saber que civilização era, em qual tempo viveu, e qual o nome da cidade?

Se, supera São Paulo em amplitude, por quê apenas aquela fotinho que não daria um bairro, como evidência? Se, tal povo teria vivido há 460 milhões de anos, o que houve com a sedimentação das rochas que seguem “originais”? Cadê a superposição de camadas de solo, necessárias em um período assim, que as árvores ainda “acusam” a rudeza do solo onde seriam as ruas? Daria tempo para carvão virar diamante milhares de vezes, mas, não deu para a regeneração do solo, de modo a apresentar uma flora uniforme? Sinceramente a Terra Plana parece menos ilógica, que as “conclusões” cronológicas dos descobridores.

Ora, quando da dispersão dos povos em Babel, por necessidade de comunicação eles fracionaram-se formaram tribos; cada grupo linguisticamente identificado seguiu um rumo, num compulsório “Multiplicai-vos e enchei a Terra” Ordem Divina que, a humanidade se recusara a cumprir.

Isso fez com que migrassem grupos em diversas direções; por que não, uns com boa capacidade arquitetônica? Talvez, arquitetos de Babel vieram para essas bandas, o que explicaria as construções Astecas, Incas e Maias; Se, Macchu Picchu fosse numa floresta, não numa montanha relativamente desprovida de vegetação, invés de ser o que conhecemos, bem poderia ser outra “Ratanabá”.

Acresça-se a esses argumentos lógicos o fato de que, Urandir Fernandes Oliveira, o dono da empresa de pesquisas que teria descoberto a coisa, além de ufólogo (estudioso de ETs) é terraplanista; em seu pretérito traz vasta lista de charlatanismos. Assim, a pulga que a mera lógica colocara atrás de nossas orelhas, acaba de arranjar um par; quiçá possa acasalar.

Ora, a maioria da humanidade não consegue lidar satisfatoriamente com o que aconteceu há dois mil anos; mas, esses seres “iluminados” conseguem uma retrovisão tão perfeita, que alcança 460 milhões de anos?

Você já parou para pensar no que significaria um milhão de anos? Por quais alterações um planeta paciente de terremotos, vulcões, inundações, maremotos, etc. passaria? Mas, para esses “cientistas” os traços de 460 milhões de anos ainda podem ser lidos, francamente!

A Palavra de Deus nada tem contra a ciência; tanto que a “Palavra da ciência” é um dom do Espírito Santo; mas, adverte contra o charlatanismo, a “ciência” que se opõe à fé; “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando, alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20 e 21

Que se pesquise o que tem de fato por lá. Mas, parem de viajar na maionese e vender essas viagens como “descobertas”. “O que já sucedeu é remoto, profundíssimo; quem o achará?” Ecl 7;24

“A pior insensatez do homem é manter-se vítima de sua própria mentira, e ainda mais triste: Faz outros acreditarem nela!” Joice

domingo, 12 de junho de 2022

Vida; frente e verso


“Os que comiam comidas finas agora desfalecem nas ruas; os que se criaram em carmesim abraçam monturos.” Lm 4;5 

Os outrora ricos em Jerusalém, então, jaziam cativos em Babilônia; entre ruínas, Jeremias escrevia seus lamentos.

O risco de descansar na opulência das posses é que essas podem sumir ante uma desventura; a vida que fora regalada, pode acabar miserável. Contudo, nem era mera desventura; mas, juízo Divino pela indiferença e apostasia. As Mensagens Divinas dadas mediante Jeremias foram ignoradas. Preferiram vida mansa e ímpia, corroborada por falsas profecias.

O profeta chegara a pensar que era um desatino da ralé; mas, achou apostasia em todas as classes; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos; não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;4 e 5 A figura do “jugo” usada por Jesus, nada mais é, que submissão, obediência a Deus.

Salomão cotejara sabedoria e posses; “A sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

Bens podem trazer conforto à vida; apenas a sabedoria pode preservá-la; Oséias denunciou: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te Rejeitarei... visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também Me Esquecerei de teus filhos.” Os 4;6

Filosoficamente é interessante conhecermos os dois lados da moeda, “No dia da prosperidade goza do bem; no dia da adversidade considera; porque Deus fez este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14 do ponto-de-vista da melhor escolha, devemos buscar sabedoria sempre, independente do que temos.

Embora seja uma virtude altamente nobre, a sabedoria também habita em lugares baixos, entre pobres. “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, a cercou e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força...” Ecl 9;14 a 16

Tínhamos visto a sabedoria superar o dinheiro; agora a temos como melhor que a força. Ela mesmo diz: “Porque melhor é a sabedoria que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela. Eu, a sabedoria, habito com a prudência; acho o conhecimento dos conselhos.” Prov 8;11 e 12

Se adversidade vier, alheia aos nossos feitos, paciência; mas, que não seja consequência de más escolhas, tampouco, juízo pela arrogância manifesta nos dias fartos. A rebeldia contumaz de quem desfruta proximidade com Deus, acaba fazendo de Nosso Ajudador, um adversário, como aconteceu com Israel; “Em toda angústia deles Ele foi angustiado; o anjo da Sua Presença os salvou; pelo Seu Amor, e pela sua compaixão os remiu; os tomou e conduziu todos os dias da antiguidade. Mas, eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;9 e 10

A “fé” que depende de facilidades materiais anexas, não é fé; é mero regozijo. A verdadeira segue inabalável, em momentos fartos e também, nos de carência. “Sei estar abatido, sei também ter abundância; em toda maneira e todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso (suportar) todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;12 e 13

Então, se alguém imagina que extremas privações materiais são as mais intensas provas de fé possíveis, não entendeu o fim da mesma; não visa proporcionar conforto, antes, salvação. “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” I Ped 1;9

A salvação eterna, eventualmente, requer que se perca essa vida temporal; “Considerai, pois, Aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;3 e 4

Materialmente podemos conhecer os dois aspectos da vida; abastança e escassez; espiritualmente, os salvos, necessariamente conhecem os dois lados; inimigos e servos.

Quem inda está do lado de lá, deveria receber o bem que Cristo lhe fez; “Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

sábado, 11 de junho de 2022

O Santo Nome em vão


“Viram vaidade, adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor não os enviou; fazem que se espere o cumprimento da palavra.” Ez 13;6

Sendo O Nome do Senhor o fiador de determinada palavra, o mínimo que se espera é o cumprimento. “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria e não o faria? Ou, falaria e não confirmaria?” Nm 23;19 Deus não é homem; mas, os “profetas” são.

Quando deu quarenta dias para Nínive, e a advertência mediante Jonas ensejou um arrependimento coletivo, temor, ao não trazer o juízo prometido, O Senhor não mudou. Os ninivitas mudaram, arrependeram-se; em atenção à justiça que O Eterno Ama, susteve o juízo.

Ele ensina: “convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, procedendo com retidão e justiça, conservará sua alma em vida. Pois, reconsidera, se converte de todas suas transgressões que cometeu; certamente viverá, não morrerá.” Ez 18;27 e 28

Diferente de um vingador sádico, Deus é um Pai Amoroso, cujo prazer é perdoar, salvar; punir, eventualmente, é uma necessidade; “Vivo Eu, diz o Senhor, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...? Ez 33;11

Dentre as muitas maneiras de se tomar O Nome do Senhor em vão, a mais perniciosa é a que espalha “profecias”, tendo O Santo como fiador, sendo que a origem das mesmas é rasteira. Não se cumprirá, claro! Mas, O Eterno terá Sua Santidade maculada, pelos lábios de quem O citou de maneira temerária, fútil.

Como um abismo chama outro, uma mentira, cujo teor soe agradável, tende a atrair mais “profetas” do mesmo calibre, para “confirmarem”; “Porquanto andam enganando Meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada;” Ez 13;10 Uns “fabricavam” enganosas previsões; outros, vinham e corroboravam.

O Eterno estava prestes a julgar tais profetas; “Dize aos que a cobrem com argamassa não temperada que ela cairá. Haverá uma grande pancada de chuva, e vós, ó pedras grandes de saraiva, caireis; um vento tempestuoso a fenderá. Ora, eis que, caindo a parede, não vos dirão: Onde está a argamassa com que a cobristes?” Vs 11 e 12

Jeremias denunciara algo semelhante: “Curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” Jr 6;14

Naquele caso, pois, a promessa era de paz, na iminência de invasão estrangeira, guerra.

Quando a coisa se cumpriu, o profeta compondo suas lamentações entre as ruínas da cidade destruída, sabia a quem atribuir os acontecimentos; “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs, motivos de expulsão.” Lam 2;14

Notemos que Jeremias não disse que eram profetas do Senhor; apenas, da cidade de Jerusalém; “Teus profetas...”

Num cenário de apostasia como aquele, ser Profeta do Eterno colocou Jeremias em diversas “saias justas”; foi perseguido, caluniado, esbofeteado, preso, lançado ao calabouço. Todavia, suas palavras seguem válidas até hoje. Os outros, onde estão?

Onde o mal predomina, a honestidade é escorraçada, escarnecida, atacada, caluniada... Todas as forças das trevas se fundem em oposição a essa incômoda luz.

Nosso país passa por algo assim, como viveu Jeremias. É dura a missão de ser verdadeiro, num antro de mentiras; porém, quando o tempo der seu veredicto, o “Patinho feio” se revelará um belo cisne; as “razões” que vociferam contra apodrecerão todas no lixão da história.

Por Ser Eterno, não sofrer a ação do tempo, como nós, O Senhor permite longos períodos de proliferação do engano; mas, eventualmente intervém; limita. “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Com a tecnologia disseminada, grande súcia de falsários ganha a vida com suas profetadas “delivery”. Nada tem sido mais banalizado que O Santo Nome. O que está escrito e tem O Selo do Céu, é ignorado; invés da Palavra Inerrante, um rol de futilidades várias com sabor de carne, que “Deus manda dizer”.

Ele não me manda dizer nada; apenas traz ao meu espírito algo que Disse naqueles dias, cujo mal permanece e aumenta inda mais: “Não Mandei esses profetas, contudo, foram correndo; não lhes Falei, mas profetizaram. Se estivessem no Meu conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22

“Os homens preferem geralmente o engano, que os tranquiliza, à incerteza, que os incomoda.” Marquês de Maricá

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Purificar para quê?


“Todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e anunciar Jesus Cristo.” At 5;42

Algumas mudanças bem significativas entre o judaísmo e o Cristianismo. Aqueles, em geral dedicavam um dia ao Senhor, o sábado, agora a nova fé era anunciada “todos os dias.” Mais; invés da exclusividade o Templo, as próprias moradas das pessoas eram “locais de cultos”.

E, pelo “desprezo” aos rituais consagrados naquela sociedade, havia grande oposição. O que fora privilégio dos escribas, doutores da Lei, se tornara acessível a todos, comum.

Quem via a religião como um fim, pessoas como propriedades, se deparava com uma mudança radical; almas foram feitas o fim, e o anúncio da Palavra de Cristo, o meio de salvação.

Profetas tinham antevisto que, dada a omissão dos pastores, O Senhor mesmo assumiria o trabalho. “Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que Eu, Eu mesmo, procurarei Minhas ovelhas, as buscarei... apascentarei Minhas ovelhas, Eu as farei repousar, diz o Senhor Deus.” Ez 34;11 e 15

Desde a vinda do Sumo Pastor, todos que trabalham Nele, O representam.
A objeção dos judaístas era porque Jesus ousava ir além de Moisés; “contra até”. Dos escritos dele O Salvador lembrava: “Foi dito aos antigos... Eu, porém, vos digo.” Sempre uma visão mais profunda, espiritual, do que o costumeiro trato superficial, das Escrituras.

Por quê Ele podia agir assim? Não por coincidência, mas, por providência, a Epístola aos Hebreus traz a resposta: “Porque Ele é tido por Digno de tanto maior glória que Moisés, quanto maior honra que a casa tem aquele que a edificou. Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. Na verdade, Moisés foi fiel em toda sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho, sobre Sua Própria Casa; a qual somos nós...” Heb 3;3 a 6

O Senhor era visto como opositor a Moisés, eventualmente, por ignorância, ou rejeição voluntária. Nunca agiu como um rebelde. Apenas corrigiu superficialidades frívolas pontuando o espírito, o sentido.

Falando do futuro, disse: “Não cuideis que Vim destruir a Lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mat 5;17 Quando o cumprimento cabal, se deu Ele falou no presente: “Está consumado.” Jo 19;30 Lembrando do Seu Feito no Passado, disse: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo que de Mim estava escrito na Lei de Moisés, nos profetas e Salmos.” Luc 24;44

Antes: “Não Vim anular, mas cumprir;” ao morrer: “Está consumado!” Ressurreto lembrou: “Convinha que se cumprisse tudo.”

A lei demandava sacrifícios de sangue para cobrir pecados de quem errava; Cristo não tinha pecados; por isso, quando João se recusava a Batizá-lo disse: “Deixa por agora, pois, nos convém cumprir toda a justiça.” Se, a justiça no que tangia a Ele, nada tinha, no tocante a nós nos amaldiçoava pelo não cumprimento da Lei; a observância de “toda” justiça tinha um preço de sangue a ser pago por nossa causa.

Daí, “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13

Isso encerrou o propósito da Lei dada a Moisés; “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24 A perfeita justiça foi cumprida por, e em Cristo; nós que “morremos” com Ele, “Nascemos de novo”, estamos sob nova Lei. “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” Rom 7;4

Por isso, o cristianismo, no Ministério do Espírito Santo, não estava mais sujeito aos antigos rituais, ao templo, nem carece de novos sacrifícios. “... Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado eterna redenção” Heb 9;11 e 12

Se, antigos sacrifícios “purificavam” os corpos dos pecadores, Cristo ia bem mais fundo; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

“Purificados para servir;”
os que ensinam diferente, que fomos chamados a viver melhor, ainda precisam aprender a morrer melhor.

terça-feira, 7 de junho de 2022

As coroas escolhidas


“Coroa de honra são as cãs, quando elas estão no caminho da justiça.” Prov 16;31

O que são cãs? “Cabelos brancos, esbranquiçados, grisalhos. [Figurado] Senectude; condição da pessoa que tem uma idade avançada.”

Cabelos brancos associados à idade, nada a ver com os cabelos embranquecidos artificialmente, pois.

Como dizem poetas dos pampas, são aqueles que a geada do tempo cobriu os cabelos.

Salomão não disse que os cabelos brancos, simplesmente, são uma coroa de honra; mas, quando estão no caminho da justiça.

Envelhecer sem aprender essas veredas é muito comum, infelizmente. Inevitável lembrar uma frase de Ruy Barbosa: “Não te impressiones com os cabelos brancos, porque os canalhas também envelhecem.”

Facilmente as pessoas bradam por justiça quando se sentem merecedoras, de algo mais, que suas sortes momentâneas. Mas, quantos ousam pelejar por ela, mesmo quando sua presença significa alguma “perda”? Parece que a justiça é boa ao meu favor; senão é mera perseguição. Como nossa política; quando as urnas escolhem os vermelhos, é democracia; se, ousam optar por um conservador, aí é “Nazismo”.

Justiça traz um “efeito colateral” que a imensa maioria deseja; “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17 Quando pagamos uma dívida que nos incomodava, por exemplo, acaso não sentimos uma sensação de alívio, de paz, no tocante ao que antes nos afligia? Os clamores da justiça atrapalhavam nosso sono.

Essa é um caminho, um modo de ser; não precisamos ficar velhos para aprendê-la; podemos e devemos tomar seu rumo desde cedo. “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;” Ecl 12;1

Velhice é uma chegada, justiça o desejável percurso. O jovem pode ser sábio mais que os velhos, fazendo boas escolhas; “Tenho mais entendimento que todos os meus mestres, porque os Teus Testemunhos são minha meditação.” Sal 119;99

Alguém que entendia mais que os de cabelos brancos, porque se ocupava em meditar na Lei de Deus.

Claro que os veteranos amalgamados às coisas santas, sempre estarão em vantagem; “Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos, vigorosos, para anunciar que o Senhor É Reto. Ele É minha Rocha; Nele não há injustiça.” Sal 92;13 a 15

O simples decurso de tempo não torna alguém sábio; tampouco, maduro. A negligência nas coisas espirituais, no aprendizado, enseja a anomalia dos meninos velhos. Os que, apesar do tempo e dos ensinos, se recusaram a crescer. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não, de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na Palavra da Justiça, porque é menino.” Heb 5;12 e 13

Vimos meninos velhos por relapsos, mas, podemos ter velhos jovens, tomado posse da vida eterna; “Os que amam profundamente, jamais envelhecem; podem morrer de velhice, mas morrem jovens. O amor é a imagem de Deus, mas não uma imagem da vida. É, isto sim, a verdadeira essência de toda a natureza divina, que fulge em bondade.” Martinho Lutero

O corpo é refém do tempo, a alma pode viver acima dele, à luz do Espírito Eterno.

As novidades científicas fervilham; mas, a rigor, vendo as coisas no macro, nada muda; “Todos os rios vão para o mar, contudo, o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que foi, isso é o que há de ser; o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” Ecl 1;7 a 9

Os frutos da Árvore da Ciência apressam-se a deixar o mundo menor; os meios mais velozes. Mas, quem comer da Árvore da Vida, certamente vencerá à pressa, poderá trilhar como Jacó: “... eu irei como guia pouco a pouco, conforme ao passo do gado que vai adiante de mim, conforme ao passo dos meninos...” Gn 33;14

Se, a justiça enseja paz, impiedade dá azo à inquietação. “Mas os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22

Nossos cabelos branquearem ao tempo é inevitável; se estarão no caminho da justiça ou não, é uma escolha nossa. “A sabedoria é a coisa principal; adquire pois, sabedoria... Dará à tua cabeça um diadema de graça; uma coroa de glória te entregará.” Prov 4;7 e 9

segunda-feira, 6 de junho de 2022

As Famílias


“Abençoarei os que te abençoarem, Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3

O Eterno a Abraão, prometendo isonomia de tratamento para com as pessoas em relação a ele. “Abençoarei os que te abençoarem, Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem...” Nessas pegadas andou O Salvador: “Portanto, tudo que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12.

Paulo ensinou que a descendência tem a ver com a fé, não com sangue. “Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.” Rom 9;8 “As promessas foram feitas a Abraão e sua descendência. Não diz: Às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: À tua descendência, que é Cristo.” Gál 3;16

Os que estão em Cristo, Judeus ou gentios, são descendência bendita de Abraão. A confiança em laços sanguíneos foi desencorajada desde João Batista; “Não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Mat 3;9

Pedro ampliou a ideia das “Pedras”; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5

Já não há distinção de nações; judeus e gentios se igualam; “Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em Si mesmo, dos dois um novo homem, fazendo a paz; e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” Ef 2;14 a 16

Diferente do egoísmo que grassa, o jeito Divino de abençoar é coletivo; “Em ti serão benditas todas as famílias...” Sim, a família, tão ridicularizada no cinema, novelas, teatro etc. Atacada pelo feminismo, que visa desatrelar às mulheres desses laços. Alguém como nosso presidente que esposa valores como, Deus, Pátria e Família, é “Nazista, fascista, homofóbico...” Onde já se viu defender tais coisas?

A mulher é tida por sábia ou não, dependendo de sua relação com sua “casa”; (família). “Toda mulher sábia edifica sua casa; mas, a tola derruba com as próprias mãos.” Prov 14;1

Quando Zaqueu se arrependeu, O Senhor pontuou que a salvação atingira toda a família; num tempo em que o cabeça decidia e era seguido, suas escolhas se refletiam sobre todos. “Hoje veio salvação a esta casa...” Luc 19;9

Em Filipos, Paulo disse algo semelhante ao apavorado carcereiro: “... Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e tua casa.” Atos 16;31 Não que a fé de um baste para salvar outrem; mas, onde o Pai da família é seguido, respeitado em suas decisões, essas acabam influenciando, sendo imitadas.

Há muito desse fermento destruidor de famílias, o feminismo, infiltrado nas igrejas. Se, o machismo não é bom, por quê o feminismo seria? Bom é preservarmos a ordem estabelecida pelo Criador.

Virou moda que a mulher do pastor é pastora. Baseado em quê? Pastor, embora dependa de um chamado, uma vocação, é também uma profissão. Acaso a mulher do engenheiro se torna engenheira por isso? Ou a do advogado se faz também advogada, por casar com ele? Pois é; também a adjutora do pastor não se torna pastora automaticamente.

No que é possível homem e mulher serem iguais, O Criador já fez; em dignidade, valor, arbítrio... mas, desde o advento do famigerado feminismo que a submissão feminina vem sido interpretada com sub-valor. A desejável harmonia descambou em competição.

Tanto, machismo é abjeto, quanto, feminismo; os dois visam preponderar; o plano Divino não abarca disputas. “Vós, mulheres, sujeitai-vos aos vossos maridos...” “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e se entregou por ela.” Ef 5;22 e 25

Se ambos cumprirem o ordenado, não há disputas, antes, harmonia, respeito mútuo.

Se, salvação é estritamente individual; “Cada um dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12 O propósito Divino de abençoar às famílias é tão firme, que até em casos de divisão espiritual, faz incidir o bem do convertido sobre o descrente; “Porque o marido descrente é santificado pela mulher; a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.” I Cor 7;14

“Toda a doutrina social que visa destruir a família é má, e para mais inaplicável. Quando se decompõe uma sociedade, o que se acha como resíduo final não é o indivíduo, mas sim a família.” Victor Hugo