domingo, 27 de setembro de 2020

Família sob ataque


“Acautelai-vos, que ninguém vos engane...” Mat 24;4

A manipulação é uma violência indolor. Se, coopto alguém e o levo a agir como quero, de certa forma sequestro sua vida ao meu serviço. Estarei anulando um indivíduo e levando-o a ser mera coisa, extensão de meus vícios; pois, é em prol desses que se costuma manipular.

Literalmente manipular é a arte de usar títeres, ou fantoches; para tais produzirem determinados movimentos usa-se um conjunto de cordões presos estrategicamente. No sentido figurado trata-se de induzir alguém, produzir nele, mediante “cordas” minhas, as ações ou reações que servem ao meu propósito.

Filósofos gregos chamavam às multidões de “Bestas acéfalas”. Monstros sem cérebros. Basta um “animador” entrar no meio e sair gritando determinada palavra de ordem, (mesmo que seja, crucifica-o) e logo teremos um coro reproduzindo ao grito primeiro.

O Filósofo Soren Kierkergaard disse: “Para dominar às multidões, basta conhecer as paixões humanas, certo talento, e uma boa dose de mentira.” Isso explica o sucesso do Edir Macedo, R. R. Soares, Valdemiro Santiago, Lula e outros patifes do mesmo calibre.

Para manipular, três coisas são necessárias. O objetivo, os objetos, e os meios; “cordas” que produzirão os movimentos buscados.

O objetivo mais pujante é o Globalismo a serviço do maligno. Os bonecos encontram-se todos prontos e são inúmeros; por preferirem o agradável ao verdadeiro, de certa forma pedem para ser manipulados. As “cordas” são o poder econômico.

Quem conhece a doutrina esquerdista está ciente da sua tática de “dividir para conquistar”; seu método; lançar discórdia; objetivo; totalitarismo, domínio absoluto.

Onde atuam, invés de uma sociedade relativamente coesa, temos um arranjo todo fracionado como um boi no balcão do açougue.

Negros contra brancos, gays contra héteros, ateus contra deístas, feministas contra fêmeas, sulistas contra nordestinos, veganos contra carnívoros, etc.

Poder econômico e político costumam estar amalgamados. Usando a política se institucionalizou o racismo, com o absurdo “sistema de cotas”; mediante a economia, O Magazine Luiza acaba de fazer algo semelhante.

A Natura, apresentou a Thammy Miranda como “modelo de Pai”; 

agora, a cereja da torta: Um comercial de margarina onde um amontoado de pessoas, com um comportamento que parece uma mistura de lupanar com presídio, e manicômio seria uma “família tradicional”; “Para uma família tradicional, uma margarina tradicional”.

Até meu cavalo, tão pouco letrado identifica de longe o ataque à família, com pretexto de propaganda bem humorada. A mesma filhadaputice da Natura, com meios diferentes.

Idiotas úteis aplaudem. “Parece a minha casa”! Os intérpretes dizem ser estratégia de marketing para vender mais. Um cacete! Natura e Qualy nunca mais!

Dinheiro essa gente tem de sobra, são donos do mundo. Lutam por coisas maiores. Poder e almas.

Isaías anteviu esses dias da “pós-verdade”, onde, punição é para justos, não injustos, como seria numa sociedade minimamente sadia. “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

Grande parte da mídia a quem competiria informar, também atua por manipulação, sonegando a verdade e produzindo enganos a quem não consegue discernir. A Bíblia traz: “Maldito aquele que faz um cego errar o caminho!”

Às vezes deparo com alfinetadas dos que são contra textos agressivos com palavras mais duras. Esses devaneiam que o campo de batalha seja lugar para poesias. Gosto delas, escrevo-as eventualmente. Mas, na hora do machado não uso canivete.

Sempre oportuno lembrar Gideão; ao vê-lo lutando bravamente numa luta desigual, invés de criticar seu atrevimento, o Anjo do Senhor elogiou sua coragem chamando-o, “Varão Valoroso”. Jz 6;12

Adiante, quando se preparava a batalha, O Senhor mandou que os covardes voltassem para casa. Então, quem prefere ser politicamente correto, evitar polêmicas acaba limitando ao Agir de Deus mediante sua vida.

Em tempos de juízo, O Eterno escolheu o capitão Jeú que “Cavalgava furiosamente” não um poeta como Davi, ou um filósofo como Salomão. Como precursor do Messias, João Batista com seu machado de cortar hipocrisia.

Muitos cristãos foram manipulados já como se, paz fosse nosso alvo. Cristo fez distinção entre Sua Paz e a que o mundo dá. A Dele nos reconcilia com Deus e se faz espada contra esse sistema corrupto. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que amizade do mundo é inimizade contra Deus?” Tg 4;4

Os ataques contra o conhecimento de Deus e Seus Valores vão se intensificar ainda; eis nossa brecha! Nossa inserção no bom combate! “... as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5

Vida no Deserto

“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de mim.” Os 13;5 e 6

Quando Deus afirma que conheceu a Israel no deserto, não é apenas uma figura de linguagem; era desértico o cenário, no prisma da liberdade, vida espiritual, e literalmente, quando da jornada do Êxodo; O Eterno os sustentou por 40 anos, de modo milagroso.

É fácil ser “fiel” quando dependo que o Maná caia durante a noite, para que eu o coma no dia seguinte.

Porém, a jornada no deserto, ainda que tenha durado 40 anos, muito mais que o necessário à travessia que seria de meses, como juízo pela incredulidade, ainda que tenha durado tanto, digo, era transitória; ao determinado tempo, O Eterno os introduziu sob a liderança de Josué, na Terra da Promessa, plena de fartura.

“No outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. Cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.” Js 5;11 e 12

Um mais desavisado talvez dissesse: “Canaã, finalmente! Os problemas acabaram!” Bem, depende do quê, se considera problema. Pois, no quesito relacionamento com Deus, parece que a fartura atrapalhou; “... estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de mim.”

É doentia essa ética utilitarista de muitos “cristãos” onde, O Todo Poderoso, invés de temido, adorado e cultuado como convém é tido como um pneu reserva, esquecido e só lembrado quando fura um dos que estão rodando.

Assim, Deus é buscado quando lapsos emocionais, relacionais, materiais assomam; mas, dirimido isso “não é mais necessário”. Uma blasfema inversão, que faria do pecador o Senhor, e do Eterno, O Servo.

Claro que Deus é “Socorro bem presente na angústia...” e Ele mesmo desafiou: “Invoca-me no dia da angústia...” ou seja: Continua conhecendo os desvalidos, no deserto. A questão é como será nossa postura após o livramento.

A fé sadia é base de um relacionamento que vai muito além das circunstâncias, como ensinaram Habacuque e Paulo, por exemplo: Aquele disse: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, nos currais não haja gado; todavia, me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3;17 e 18

O Apóstolo ampliou: “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto a ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

As circunstâncias devem ser, como a palavra sugere, aquilo que nos circunda; está ao redor, não dentro de nós, onde deveria ser habitat de fé, que opera por amor; de tal modo que enseja obediência a despeito do que nos rodeia a atrai a Divina habitação ao nosso frágil “templo”. “... Se alguém Me ama, guardará Minha palavra; Meu Pai o amará; Viremos para ele e Faremos nele morada.” Jo 14;23

Deus É plenitude, vida; não um oásis circunstancial, que após um socorro pontual na jornada já não serve mais.

Essa perversão de “transformar pedras em pães”; digo, uso da fé para “alquimias materialistas”, isso foi sugestão do Capeta, lembremos.

Se a fé, pela sua natureza tem “olhos” peculiares que podem nos deixar, como Moisés, “firmes como que vendo o invisível”, nossos desertos eventuais não deveriam fomentar dúvidas que Canaã nos espera. Deus é Fiel.

Assim como, na aridez que nada poderia gerar Deus enviava o alimento dos Céus, na “noite escura da alma,” a fé sadia saberá onde comer; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Estamos no limiar do pior de todos os desertos, o espiritual; breve, instaurado o império do Anticristo, a mensagem da Graça será reputada “discurso do ódio” falar a verdade, “fundamentalismo”; não se alinhar à igreja ecumênica, balaio de gatos, será sedição; firmeza na fé vai custar muitas vidas.

Aí, a importância vital de ter olhos que vão além do circunstante e veem o devir, mais que a situação momentânea. “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Rom 8;18

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A Urgência do Amor


“Quantas vezes a gente em busca da ventura
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!”
Mário Quintana.

Buscarmos alhures o que está perto, como lindamente versou o Quintana, é uma “doença” que já deu o que falar. Pascal cunhou a célebre frase onde ensina que “o coração tem razões, que a própria razão des conhece;”

É como se, uma febre qualquer deixasse opacas as retinas da razão, e privado dessas, sem ver as coisas como são, fizéssemos as más escolhas; coisa que só em dias ulteriores identificaríamos; como que, tencionando volver à esquina onde escolhemos o erro devaneamos; “Eu era feliz e não sabia.”

Nos cânticos de Salomão há uma passagem onde, ao ouvir o amado batendo à porta, a coração de pretendida estremeceu, “... eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, meus cabelos das gotas da noite.” Cap 5;2

Nenhum equívoco; sabia quem estava batendo, e o que sentia por ele; “O meu amado” dissera.
No entanto, não foi o coração que criou barreiras. Mas a dona “Razão” apresentou argumentos para que ela não se levantasse e recebesse seu amor. “Já despi minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei meus pés; como os tornarei a sujar?” v 3

Evidente que o sujeito insistiu uma segunda vez, e o coração dela deixou claro seus “pensamentos” sobre o assunto. “O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, minhas entranhas estremeceram por amor dele.” V;4

Parece que ela fez o que vulgarmente se chama fazer docinho, “valorizar” um pouco, bancando a difícil, enquanto se perfumava para o receber; “Eu me levantei para abrir ao meu amado; minhas mãos gotejavam mirra, os meus dedos mirra com doce aroma, sobre as aldravas da fechadura.” V;5

Entretanto, quando a “Cheirosa” finalmente abriu a porta, era tarde demais; “Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, tinha ido; a minha alma desfaleceu quando ele falou; busquei-o e não o achei, chamei-o e não me respondeu.” V;6

Transportando esse incidente das coisas do coração, para a arena espiritual, muitos se portam do mesmo modo, quando “O Amado” bate às portas dos corações em busca de correspondência ao Seu Amor.

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha Voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu Trono; assim como Eu venci, e me assentei com Meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz...” Apoc 3;20 a 22

Noutra parte, personificado na Sabedoria, O Eterno deixa patente a insistência do Seu amor, e a resiliência humana em rejeitar; “A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere suas palavras: Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento? Atentai para minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras.” Prov 1;20 a 23

Muitas vezes as pessoas se movem internamente ante o apelo do Amor Divino, mas, como a amada dos Cânticos aquela, demoram abrir aporta; muitos só o percebem quando é tarde demais.

Não que Deus deixe de amar, mas chega uma hora que outra coisa que Ele ama, a justiça se impõe e Ele muda a abordagem; “Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi a minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo o Meu Conselho, não quisestes a minha repreensão; também de minha parte me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.” Vs 24 a 26

Não poucos estão como o “Vovô” da quadra do Quintana, como os óculos sobre o nariz rebuscando em gavetas para ver se o encontram; digo, o melhor propósito do Amor de Deus para elas está bem ao alcance, mas elas saem devaneando com por coisas desnecessárias e fúteis que, quiçá, se tornarão maldições no final.

Por isso, a mensagem de salvação sempre se nos é apresentada com sentido de urgência, por dois motivos, eu diria; pela fugacidade de nossas vidas, que podem acabar a qualquer instante, e pelo valor eterno dos que nos é proposto.
“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes Sua voz, (de Deus) não endureçais vossos corações, como na provocação. Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram...e não puderam entrar por causa da sua incredulidade.” He 3;15, 16 e 19

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Evangélicos progressistas???


Deparei esta manhã com a seguinte manchete:

“Evangélicos progressistas reagem contra a homofobia de pastores e ensaiam avanços na Política”.

Adiante diz: “Ala da igreja evangélica rechaça pregação por “medo do inferno” e uso deturpado de trechos bíblicos para criticar homossexuais.”

A matéria aborda uma fala infeliz de André Valadão, e requenta outra antiga de sua irmã Ana Paula que, teriam teor “homofóbico”; em cima disso os tais progressistas decidiram virar a mesa.

Primeiro esses dois não me representam em nada. Estão longe de ser referenciais de teologia evangélica sadia. Que falem por si mesmos.

Passei o dia pensando, o que seria um “Evangélico Progressista”.

No jargão político sabemos que a “moral” adjacente aos partidos classifica-os como conservadores ou progressistas. 

Os primeiros, zelosos de valores, família, igreja, bons costumes patriotismo; os “Progressistas” são de viés esquerdista, comunista; defensores do aborto, casamento gay, ideologia de gênero, descriminalização das drogas, em alguns lugares, pedofilia e zoofilia, até.

Aí meus dois neurônios ainda ativos se puseram a pensar como alguém pode defender essas pautas, e se dizer evangélico? Parece que acabam de inventar à roda quadrada.

Os católicos fizeram vistas grossas quando os comunistas se infiltraram, com a famigerada Teologia da Libertação; hoje os defensores dela são maioria, dominam tudo e até o Papa é comunista. Para efeitos práticos a igreja está dividida entre os tradicionais e “progressistas”, com hegemonia de poder nas mãos destes.

Se, soubessem mesmo o que é conversão nem usariam um termo obtuso assim: “Ala da Igreja”. A Igreja não é partido político que se subdivide em alas. Múltiplas são as denominações, algumas diferenças de usos e costumes, mas a Palavra é a mesma, o Espírito também, (Falo de igrejas sérias) os salvos dentre todas as denominações são membros de um corpo, com Uma Cabeça, Cristo; não signatários de uma ala.

Medo do inferno para “ameaçar” gays? Primeiro um erro grotesco de perspectiva. A Mensagem evangélica não visa ameaçar com morte a quem já está morto. Fala com mortos, gente condenada, visando atraí-los à vida. “... vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Quanto à ameaça do inferno é doutrina bíblica contra todos os pecadores, gays ou não. “Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.” Luc 12;5

Dizem ainda que “Deturpamos textos bíblicos para criticar aos gays”; Não sei quem faz isso mas, não vou interpretar para não deturpar; apenas copiar; quiçá um deles lendo-os me ensine como interpretar corretamente;

“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;” Lev 18;22 “...homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza, recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Rom 1;27
“... efeminados, nem sodomitas... herdarão o reino de Deus.” I Cor 6;9 e 10 Etc.

Sei que os movimentos LGBTs criaram a tal de “Bíblia Inclusiva” que exclui ou redefine esses textos com os quais discordam.

Contudo reescrever editando Deus, por bonitinho, progressista e inclusivo que pareça, não passa de estupidez. “... em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9

Quem disse que podemos por nós mesmos definir bem e mal, certo e errado mesmo contrariando Deus foi a oposição; O profeta pensava diferente; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Mas o que tenho contra os gays? Nada. Se tivesse algo bastaria fazer vistas grossas aplaudi-los no erro para que, no fim eles se perdessem.

Mas O Amor de Cristo que “Folga com a verdade” nos constrange a ser chatos, inconvenientes até, apara adverti-los dos riscos que correm; sendo amados por Deus, precisam, como todos os pecadores, corresponder a esse amor andando segundo Sua Palavra para receber a salvação.

E, para não deixar uma questão em aberto, não existe evangélico progressista. O que há são infiltrados inconversos, com fins políticos e espirituais deletérios; se conhecessem deveras a Deus, não achariam que as coisas acontecem por esperteza humana; antes, Ele faz acontecer como Deseja.

Afinal já temos as tais “Igrejas Inclusivas” para quem quer ser gay e escamotear a Bíblia ao mesmo tempo.

Nossa oração e desejo é que se arrependam para salvação; caso prefiram seguir discordando da Palavra, o mesmo Deus ensina a solução; “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Am 3;3

domingo, 20 de setembro de 2020

Pegadas Ovinas do Dragão


No Apocalipse João descreveu um ser, tendo chifres de cordeiro e falando como o Dragão. O Dragão que fala, sabemos, é Satanás.
Enfim, parecia Cristo, O Cordeiro; mas, falava como Satanás, o Dragão.

Se, a boca fala do que o coração está cheio, óbvio que o dito bicho, malgrado sua dócil aparência estava cheio de Capeta.

Como fala Satanás? Sabendo que o apelo visual normalmente é mais forte que nossa acuidade auditiva, aos olhos apresenta-se como cordeiro; disso, seu objetivo: Enganar.

Como se engana falando? A forma mais tosca é a mentira. Contudo, se pode usar duplo sentido, eufemismos, descontextualização, desonestidade intelectual, inferências maliciosas, camuflagens nobres para fins vis, ironia, sarcasmo, etc. A coisa é mui vasta.

Quando falou com Eva ofereceu liberdade, autonomia e divindade. Esses três motivos “brilhantes”, usou para empacotar desobediência, pecado e morte. Tivesse trazido essas coisas nuas e cruas, a mulher as teria rejeitado.

Quando falou com Jesus diretamente, desafiou-O ao orgulho, mostre quem és, faça pão de pedras; poder global em submissão a si; por fim, a tentar ao Eterno exigindo cuidados indevidos; mediante Pedro mostrou “Compaixão”; “De maneira nenhuma te sucederá isto”. Seu “bom sentimento” visava desviar ao Salvador do objetivo.

Enfim, quando o dragão fala, não importa o modo, nem a beleza do que esteja oferecendo, a rigor, sempre estará oferecendo um dragão; não pode dar mais do que possui. Sabendo os problemas de marketing do inferno, redefine e promete o Céu.

Não temos em nossa natureza caída e perversa, meios para evitar os múltiplos enganos que o bicho semeia.

Sem o socorro do Espírito Santo, Seu Discernimento facultado aos servos, todos caímos nas arapucas do maligno. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Diz noutra parte que, “O ouvido prova as palavras como o paladar prova aos alimentos”, daí a exortação repetida no Apocalipse; “Quem tem ouvidos, (espirituais, acrescento) ouça, o que O Espírito diz às igrejas.”

Assim, quem recebe essa graça de discernir as coisas “enxerga” ao dragão, malgrado, a beleza do seu disfarce.

Cheias estão as redes sociais, infelizmente, de gente que tenta se parecer com cordeiro, mas se comporta como dragão.

Em suas nuances “cordeiras” esposam textos bíblicos, comportamentos humanistas, defesas de causa nobres, etc.

Mas, à menor contrariedade passam a funcionar no modo dragão; “Pague minhas contas antes de se meter na minha vida”; Estou cag**** e andando para tua opinião sobre mim;” “Daí se fulano é gay, se cicrana deu para beltrano, cuide da sua vida!” “Se não te deram valor escolha outro ou vá piranhar um pouco...”

Parecem-se com o burrico do Shrek que casou com um dragão e não para de gerar dragõezinhos.

Todas essas “sutilezas” de porcos-espinhos, são derivadas da autonomia, e egoísmo; “bens” do Dragão.

Não que alguém por ser cristão deva ser enxerido, metido na vida d'outrem, juiz alheio. Mas, quem possui o ministério do ensino, por exemplo, tem dever de dividir a luz que possui.

Quando ensina segundo Deus, realça valores que são incidentes sobre si também. Não está “atirando pedras”, antes, difundindo luz.

Os cristãos verdadeiros são chamados a ser tão “metidos” que as coisas alheias lhe dizem respeito sim; “Para que não haja divisão no corpo, antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos padecem com ele; se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

O que é o perdão, mandamento-base do cristianismo, senão, ousadia de “pagarmos” a dívida alheia para conosco? O que é a caridade, senão, a arte de “nos metermos” na vida alheia para seu socorro? O que é o ensino, senão, acender uma luz no caminho do semelhante ajudando-o para que ele veja melhor?

Ninguém é obrigado a ser uma coisa nem outra; que cada um faça suas escolhas. Só, não dá para ser as duas ao mesmo tempo.

O Senhor foi categórico e excludente: “... próximo está o tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;10 e 11

Fomos escolhidos e armados para o bom combate; isso demanda de nós que pareçamos com cordeiros e falemos como tais.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo.” II 10;4 e 5

A Regeneração das Pedras


“Tomarás duas pedras de ônix e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel... Porás... por pedras de memória para os filhos de Israel; Arão levará seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor.” Êx 28;9 e 12

Paramentos do culto no Antigo Testamento. Duas pedras de ônix com os nomes dos filhos de Israel escritos, engastadas em ouro, presas ao manto sacerdotal, sobre os ombros do sumo sacerdote Aarão.

Quando o Eterno escolhe algo para memorial tem em vista nossa memória, não a Sua. Não pensemos que Aquele que não dorme nem tosqueneja, tampouco se cansa ou se fadiga, sofra de Alzheimer, tenha algum problema de memória.

Quando criou o Arco Celeste após o dilúvio disse que seria símbolo de Sua Aliança com a humanidade; “Vendo-o me lembrarei da Aliança que fiz”, usou o modo humano de falar, como se Ele sofresse oscilações de ânimo, carecesse ser lembrado das Promessas por algum fator externo. Nele não há mudanças nem sombra de variação, ensina Tiago.

O real sentido era que vendo o arco após as chuvas nós lembraremos de Sua Aliança e não temeremos novo dilúvio.

Se, alguns decidiram usá-lo como bandeira da perversão sexual, diante de Deus e de quem O serve tem um sentido muito diferente.

As coisas do culto no Antigo Testamento são tipos proféticos do Novo. A Epístola aos Hebreus chama de sombras dos bens futuros; “... tendo a lei a sombra dos bens futuros, não a imagem exata das coisas...” Cap 10;1

Assim, o cordeiro da páscoa tipificava a Cristo; os pães de proposição, Sua Palavra; o povo de Israel, agora mais amplo comportando todos os crentes, judeus e gentios, promessa feita a Abraão que nele seriam benditas todas as famílias da Terra; os sacrifícios de animais tipificavam o Sacrifício perfeito de Cristo; o sacerdócio de Aarão, uma “sombra” do nosso Eterno Sumo Sacerdote...

Eis o papel das coisas no Antigo Testamento, cuja transição para o Novo, foi explicada de modo bem didático na epístola dirigida, justo ao povo que vivera sobre aquelas condições, os Hebreus!

“Vindo Cristo, Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Cap 9;11 a 14

Se, o Sumo Sacerdote temporal usava algo precioso sobre os ombros como memorial, Seu Antítipo, o Eterno traz algo vergonhoso para nós como memorial do custo do Seu amor; “Eis que nas palmas das minhas mãos Eu te gravei...” Is 49;16

Nos Seus Ombros uma cruz; nas mãos nossa resposta ao Seu Amor.

Pois mesmo as pedras preciosas e ouro, usados na confecção do manto aquele eram simulacros pobres das verdadeiras riquezas diante de Deus.

Pedro diz que a fé é muito mais preciosa que o ouro; a sabedoria fala coisas parecidas também; “Riquezas e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça. Melhor é meu fruto do que o ouro; que o ouro refinado, e meus ganhos mais do que a prata escolhida.” Prov 8;18 e 19

Quando desafiados a edificar sobre o Único Fundamento, Jesus Cristo, somos instados ao uso do melhor “material de construção.” “Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará...” I Cor 3;12 e 13

Essa manifestação se dará mediante prova de fogo, o que elimina a eficácia das coisas combustíveis, como madeira, feno, palha...

Se, aquelas preciosidades envergadas por Aarão eram símbolos de valores maiores diante de Deus, esses valores simbolizados é que importam. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado, incontaminado. I Ped 1;18 e 19

O Eterno trabalha com pedras brutas; para que, uma vez regenerada a Preciosa e Bendita Imagem de Deus, Ele possa se sentir em casa, habitando conosco;

“Chegando-vos para Ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;4 e 5

sábado, 19 de setembro de 2020

Baile de Máscaras


“O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para seus passos.” Prov 14;15

O uso de máscaras está na moda, controverso quanto à eficácia; alguns advogam tratar-se apenas de um instrumento de dominação psicossocial, um ensaio dos globalistas para quando marcarem, enfim, seu gado.

Desde a queda, quando temendo a presença de Deus o homem se escondeu, a “saúde” da alma humana sempre necessitou de máscaras; a consciência íntima de uma inocência necessária, não atingida, disfarçada e negada na conveniência hipócrita, de quem, como os gatos, tendo feito a coisa aquela, busca esconder.

Assim, o humano caído age como um diabo e procura manter a pose de filho de Deus. Desgraçadamente a verdade passou a ser um “vírus” contra o qual mascara-se.

E, o advento do Salvador, antes de salvar expõe esses vícios comuns a todos nós. “Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, o véu com que todas as nações se cobrem. Aniquilará a morte para sempre...” Is 25;7 e 8

O contexto imediato de vitória sobre a morte deixa claro que se trata do Messias. Ele que romperia a cobertura das faces de todos.

Esse “rasgador de máscaras” invés de doce e amoroso conselheiro, como devaneiam incautos sonolentos, mais afeitos aos melindres que à Palavra de Deus, vindo, para os hipócritas de sempre seria insuportável, como um fogo que derrete metais para remover escórias; “Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3;2 e 3

Notemos que, Seu alvo, antes que nosso bem estar, autoestima, visa produzir justiça.

Se na inocência os humanos estavam nus e não se envergonhavam, diante da Luz, todos ficavam desnudos e envergonhados; vendo a própria sujeira, a maioria decidiu apagar a Luz, invés de lavar-se.

Nunca foi uma incapacidade intelectual para compreender a Pessoa e a Mensagem de Cristo a barreira; as pessoas que O ouviam entendiam tão bem, que sabiam que junto Dele suas máscaras não cabiam mais; preferiram continuar usando-as, para a própria condenação; “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, (usa máscara) para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Salomão advertira que invés de se dar crédito a cada palavra se deve observar os passos.

Em todos os aspectos da vida há mascarados; mas, nas coisas da política, pela publicidade óbvia, é que a coisa é mais espetaculosa.

Outro dia tivemos uma “live” de esquerdistas; políticos, artistas, jornalistas, youtubers... cujo tema era “em defesa da democracia”.

Cáspita!! Nosso presidente foi eleito legitimamente; a única coisa que pleiteia é que sejam impressos os votos para evitar fraudes. Onde está a ameaça à democracia? Candidate-se quem quiser; seja eleito quem puder.

Mas, precisam usar uma máscara bem bonita para sair em público; por dentro, essa gente defende o aborto, a perversão sexual de crianças, zoofilia, pedofilia, destruição dos valores cristãos, legalização das drogas, impunidade aos corruptos. Com uma cara feia assim, como sair em público sem máscara?

Até o mentor deles tem autocrítica; invés de sair à luz como é prefere transfigurar-se em anjo de luz; igualmente eles precisam vestes alugadas; quais vampiros, seres noturnos avessos ao sol, esses filhos das trevas o são, à verdade.

É vero que o pecado escraviza, “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, faço. Ora, se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;19 e 20 também é que, depois de Cristo trata-se de escravidão voluntária.

No mesmo contexto onde descreve a servidão ao pecado Paulo apresenta a saída; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor.” Rom 7;25

Adiante, vemos esse alforriado por Sangue que, anda após O Bendito libertador, envergando o “jugo suave” de homem livre; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, livrou-me da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Nele, “todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” II Cor 3;18

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

O dia da angústia


“Na minha angústia clamei ao Senhor, Ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e Tu ouviste minha voz.” Jn 2;2

Não era exatamente do inferno que Jonas estava orando; mas, do ventre de um grande peixe que o tragara. Ele usou essa figura, “do ventre do inferno gritei”, pois, sabia-se às portas da morte, em desobediência; morrendo assim, não poderia esperar por melhor sorte que perdição.

Ele fora engolido e mantido vivo, milagrosamente, por três dias; só então, angustiou-se e decidiu orar por socorro.

Parece que ele se importava pouco em viver; menos ainda em obedecer; pois, ante à fúria da tempestade que sabia ser por sua culpa, invés de se arrepender e buscar perdão cumprindo sua missão, decidira deixar Deus “no pincel” preferindo o suicídio à obediência. Joguem-me ao mar e tudo se resolve dissera; os temerosos marinheiros fizeram assim.

Contudo, O Eterno providenciou um grande peixe que o engoliu, sem digerir. Mesmo assim, 72 horas foram necessárias ao “indigesto” profeta, para só então, se dar conta do mal que fazia a si mesmo, perseverando na desobediência. 

Os erros alheios identificamos em fração de segundos; quanto tempo precisamos para identificar os nossos?

Se, o salmo 18 tivesse sido escrito por ele, invés de o ser, como foi, por Davi, ninguém estranharia, dada a semelhança dele com a saga do profeta;

“Tristezas de morte me cercaram, torrentes de impiedade me assombraram. Tristezas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam. Na angústia invoquei ao Senhor, clamei ao meu Deus; desde Seu templo ouviu minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante Sua face... Então foram vistas as profundezas das águas, foram descobertos os fundamentos do mundo, pela tua repreensão, Senhor, ao sopro das tuas narinas. Enviou desde o alto, me tomou; tirou-me das muitas águas.” Versos 4, 5, 6, 15 e 16

O Senhor o preservou milagrosamente não por bondades ou valores que houvesse nele, que justificasse esse cuidado especial. O que havia de nobre em jogo era o sentimento do Criador pelos pecadores ninivitas, e a missão que delegara ao profeta, de adverti-los do juízo iminente.

O Eterno ensinou-lhe que tinha misericórdia de uma cidade de 120 mil habitantes e que se importava até mesmo com os animais dela. Cap 4;11

Nem sempre nossas angústias derivam de desobediências. Há outras causas possíveis; como nos casos de José, Jó, e Jesus, foi a inveja a patrocinadora das angústias que eles sofreram.

Mas, o que é exatamente, angústia? “Estreiteza, redução de espaço ou de tempo; carência, falta, estado de ansiedade, inquietude; sofrimento, tormento...”

Eventualmente, todos passamos por isso, em intensidades diferentes. Salomão pontuou o dia da angústia como uma espécie de aferidor de nossa têmpera; disse: “Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que tua força é pequena.” Prov 24;10

Como ansiedade é um dos sinônimos de angústia, temos ai uma possibilidade dessa indesejável surgir d’outra fonte; não derivada da desobediência, nem da inveja de terceiros; mas, de nossa precipitação; onde, nossa alma, invés de se adequar ao tempo de Deus pretende fruir seus anseios no seu próprio tempo.

Davi fora ungido para ser rei; entretanto, os fatos subsequentes à unção, foram perseguições, violência, fuga, vida proscrita pelas cavernas da terra cercado, de gente de baixa estirpe.

Por certo, cotejando sua unção, as palavras de Samuel com a realidade que vivia, algo parecia fora do lugar; natural que ele se questionasse: Que rei sou eu? Ou, até quando?

Invés de deprimir-se, mostrar-se frouxo, como escreveria depois, seu filho, transformou aquilo num hino.

Escreveu uma espécie de monólogo, onde, falando com sua própria alma, aconselhava-a a esperar confiante, invés de se perturbar angustiada. “Por que estás abatida, ó minha alma, por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e meu Deus.” Sal 42;11

Não está dito que O Eterno removeu as causas da sua angústia de modo imediato; mas, adiante escreveu que a “simples” presença de Deus junto ao coração angustiado é um socorro já; “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Sal 46;1

Assim, dadas as qualidades terapêuticas das angústias contra nossas superficialidades, muitas vezes Deus as permite; Porém sofre-as conosco; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Enfim, angústia filha da desobediência é nossa ceifa madura; mas, aquelas das quais não temos culpa, são sementes de justiça cuja colheita, em tempo virá; “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo seus molhos.” Sal 126;6

domingo, 13 de setembro de 2020

Prova de fogo

“Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Mat 24;12

Dos últimos dias, O Salvador apresentou essa causa e consequência, alarmantes. Proporcional ao aumento da iniquidade, esfriamento do amor.

Que é iniquidade? Equidade, seu antônimo é o mesmo que igualdade; logo, iniquidade é desigualdade.

Não venha um comunista de plantão com a surrada balela da “justiça social”, que o Evangelho prioriza pobres, etc. “Bem aventurados os pobres de espírito!” Ou seja, os que reconhecem carências espirituais, os humildes.

A igualdade ensinada pelo Salvador é antes, afetiva, que material. “Sempre tereis os pobres convosco”, ensinou. Não mandou mudar isso mediante sistemas políticos corruptos, ateus, injustos e violentos, como o comunismo.

Quando disse: “Ama teu próximo como a ti mesmo”, deixou patente a que espécie de equidade se referia. Isso excede ao “sentir” como se amar fosse mera profissão labial; desafiou à demonstrarmos por obras. “Tudo que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lhes também.” Amor tem mais nexo com agir, que sentir.

Então, a equidade desejável é que eu queira para o semelhante as mesmas coisas que almejo para mim; me solidarize com ele nas suas necessidades.

Alguns cristãos entenderam mal a coisa; como se, O Salvador tivesse dito: “Odeia teu próximo como a ti mesmo”.

Ora, quando alguém partilha mensagens tipo, “Que Deus te dê em dobro tudo o que me desejares”, está pedindo justiça em dobro. Que mal tem nisso? Que a justiça desejada contra ele volta contra mim.

O Evangelho, no que tange a nós, não é baseado na justiça; senão, nenhum se salvaria. É Graça, derivada do Amor de Deus. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus.” Ef 2;8

Quando O Mestre ensinou a orar, “Perdoa nossas ofensas, assim como perdoamos quem nos ofendeu...” comprometeu-nos a amar também; pedir que Deus dê em dobro a outrem o que esse me desejar é uma ameaça, não, demonstração de amor. Se, desejo a eles justiça, como desejaria a mim, misericórdia? Seria desigual; portanto, iniquidade.

Se, o viço dessa deriva do esfriamento do amor, esse coloca em relevo o egoísmo, excesso de amor próprio.

O que seria andar a segunda milha com quem demanda uma, senão, ser solícito com dores alheias? O que é oferecer a outra face, senão, dar nova chance a quem falhou conosco?

O pagar na mesma moeda era o costume dos religiosos dos dias de Cristo; Ele desafiou os Seus a ir além; “... Amai vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? Se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;44 a 48

Escrevendo aos cristão romanos Paulo seguiu na mesma levada, disse: “Não vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; Eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12;19 a 21

Pois, o que é o perdão, o suprassumo do Evangelho, senão, dar a outrem o que ele não merece?

Se, amor desleixado esfria, esse engajamento prático que leva a amar até aos inimigos esquenta, uma vez que “amontoa brasas de fogo sobre suas cabeças...”

Uma poderosa figura de linguagem para instar, eventual inimigo, a rever suas razões e ponderar se, é mesmo justificado, o motivo do seu mal querer para conosco.

Vivemos um “cristianismo” tão raso, sem noção, que as pessoas publicam nas redes sociais, uma hora, uma nuance de prostituição, promiscuidade, de nominam liberdade; depois, na mesma página, no mesmo dia, um texto bíblico para vergonha alheia.

Não que cristãos verdadeiros não pequem; falhamos todos os dias; nalguns, grosseiramente; mas, causa tristeza, vergonha, arrependimento. Não publicidade.

Ímpios agem assim; “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; publicam seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos.” Is 3;9

Quando nos ocupamos mais em ameaçar que socorrer, nosso amor não esfriou; congelou. “... o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;13; Se, derreter lendo isso, ainda há esperança.

A morte da Morte


“Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, julgai-o segundo vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: Não nos é lícito matar pessoa alguma. (Para que se cumprisse a palavra que Jesus tinha dito, significando que morte havia de morrer)” Jo 18;31 e 32

Duplo cinismo dos religiosos; primeiro; mentiram, dizendo que não lhes era lícito matar, quando a Lei prescrevia pena de morte para blasfêmias, feitiçarias, adultério... Segundo; fingiram trazer O Prisioneiro a um julgamento, quando em seus lábios já estava um pedido de morte pela mão alheia, portanto, era uma farsa a ideia de justiça. Tratava-se de condenação sumária; solicitado só, que fosse aplicada pelos romanos.

Contudo, por agora o enfoque é outro. O segundo verso está entre parêntesis, o que significa que não consta no manuscrito original, sendo um anexo interpretativo de um escriba qualquer.

No entanto, a coisa não brota do nada. Lendo isso me inquietou para saber, onde Jesus teria dito algo que significasse que a morte morreria?

Não lembrei; e, decidi reler o Evangelho de João, para ver onde estava isto que, lendo vária vezes não percebera.

Então, logo no segundo capítulo temos o episódio do Senhor derrubando as mesas dos cambiadores, purificando o templo. Alguns inquiriram sobre com que autoridade fazia aquilo ou, quem Ele pensava ser para tal ousadia.

“Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo; tu o levantarás em três dias? Mas, Ele falava do templo do seu corpo.” Vs 19 a 21

A vitória sobre a morte era vaticínio antigo, “Eu os remirei da mão do inferno, os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, tuas pragas? Onde está, ó inferno, tua perdição?” Os 13;14

Essa profecia Paulo interpreta resultando do feito de Cristo; “Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte... Quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, teu aguilhão? Onde está, ó inferno, tua vitória?” I Cor 15;26, 54 e 55

Contudo, os mortos se presumem vivos demais, para carecer de quem os livre da morte. Julgam mera existência como se fosse vida; pois, no prisma espiritual quem está separado de Deus está morto, embora, ainda respire por um pouco de tempo.

Assim como Adão e Eva morreram quando pecaram, e isso não significou inexistência, mas separação de Deus, medo e esconderijo em lugar da antiga comunhão, os mortos espirituais também procuram manter “distância segura” de quem os busca para dar vida.

O Salvador foi categórico em dizer que sua mensagem buscava mortos; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Paulo tentando emular aos dormentes de Éfeso usou a mesma linguagem: “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Portanto, a entrega a Cristo, a conversão, não se trata de “mudá de religião”, “Passá pa crente” como dizem alhures. Trata-se de algo de peso eterno, “nascer de novo” da Água, (palavra) e do Espírito, (Santo); ou seja: Passar da morte para a vida.

Grosso modo todo mundo tenta se “identificar” com Cristo. Vejam os cemitérios. Todos que “dormem” lá trazem uma estrela anexa ao ano de nascimento, e uma cruz, ao da morte. Mesmo tendo existido impiamente.

Ora, quem teve o nascimento anunciado por uma estrela, e morreu numa cruz, foi apenas Ele, O Salvador Bendito. Acontece que Ele não É Deus de mortos. Temos que nos identificar consigo em vida. Tomar Seu Jugo e seguir Seus passos.

“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Novidade de vida, doravante, segundo a “Mente de Cristo” não nossas inclinações rasas; testemunho necessário de quem “venceu à morte” em Cristo.

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; tampouco apresenteis vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos; vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.” Rom 6;12 e 13

sábado, 12 de setembro de 2020

A escuridão luminosa da fé


“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” Heb 10;36

“... necessitais de paciência...”
A paciência não é uma opção, uma possibilidade; antes, uma necessidade.

As coisas possíveis são derivadas do arbítrio, as necessárias um imperativo, sem o qual, não se pode obter determinado fim.

Quando Moisés subiu ao monte ter com Deus, e ordenou que esperassem pela sua volta, a única necessidade expressa fora essa; que o povo esperasse. Contudo, ele “demorava demais”, a plebe tinha pressa de “cultuar a Deus”.

Antecipar-se ao Eterno, não apressou Sua Ação; só trouxe à baila os anseios humanos, totalmente opostos ao Divino. Como não evocar a edênica sugestão; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal?” Logo, ou esperamos Em Deus, ou, de modo autônomo, egoísta, independente, agimos em Satanás. Grave assim!

Aflição e pressa onde Deus deseja confiança são apenas dores de parto de nossos “Bezerros de ouro”, tomando o lugar da fé verdadeira, que é muito mais preciosa que ouro.

Isso se demonstra nas adversidades, como advertiu Pedro. “... necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo;” I Ped 1;6 e 7

Não são meus projetos que devem se realizar, no final, mas, minha fé deve triunfar à não realização, de modo tal, que no fim, mereça louvores, honra, glória até.

Então, diferente das prédicas da praça, que a fé faz acontecer o que desejamos, a sadia, faz com que sigamos confiantes no Eterno, quando elas não acontecem. Não fosse assim, invés de fé genuína, não passaria de velhacaria humana a serviço de esperteza comercial. Algo que até o Capeta desprezaria; acusou Jó de agir assim.

Ora, nós, finitos e mortais, ineptos e ignorantes, sequer sabemos a hora das necessidades fisiológicas; andamos alheios aguardando “ordens” dos nossos “chefes”, contudo, em coisas de relevância eterna nos atrevemos a duvidar de Deus.

Fácil “filosofar”, estilo colar adesivos, como tantos fazem, que Deus não falha, que há um tempo determinado para tudo, que podemos esperar com paciência Nele; etc.

Porém, viver dessa forma, mesmo quando nossos anseios não se cumprem, manter a confiança e paciência intactas, mesmo quando nossos anelos resultam em fracassos, em provas desafiadoras, aí é um estágio de maturidade espiritual alcançado por poucos, infelizmente.

Essa “perfeição”, enseja discernimento das coisas, aos Olhos Divinos, não satânicos; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

“... paciência para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus...”
Ora, se meu alvo deve ser o cumprimento da Vontade Divina, onde a permissão, ou a possibilidade remota para que eu imponha a minha?

“Ai daquele que contende com seu Criador! caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos? Ai daquele que diz ao pai: Que é o que geras? E à mulher: Que dás tu à luz?” Is 45;9 e 10

Se, outra necessidade posta como indispensável à conversão é o “Negue a si mesmo”, isso é uma síntese do que fora dito por Isaías; ele esmiuçara em quê consiste, tal negação; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos; nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

“... feita a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa.”

Ora, nosso exercício em paciência e fé em meio às adversidades não é um sorteio do “Jogo do bicho” para ver se acertamos; e, acertando, se será no prêmio maior, ou, noutro secundário; antes, é um exercício de santificação, de purificação das vontades rasas, rumo a algo que O Eterno já nos preparou, e deseja que alcancemos.

Valentões virtuais costumam se jactar em termos assim: “Ninguém derruba aquele que Deus sustenta!” Será? A Bíblia ensina diferente. “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará...” Prov 24;16

Enfim, a jornada da fé não é para que escolhamos o que queremos obter, crendo; é um processo de purificação no escuro o “Vale das sombras da morte”, onde, muletas circunstanciais nos são tiradas; nos é dado “apenas” um Nome, cujo Poder e Integridade bastam.

“... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10

domingo, 6 de setembro de 2020

Mais que perto, quero estar


“Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que o manifeste, como me convém falar.” Col 4;3 e 4

Os cristãos razoavelmente esclarecidos sabem as premissas básicas. Negue a si mesmo; ame a Deus sobre todas as coisas; ande em espírito...

Entretanto, uma coisa é saber, outra, viver.

Quando alguém consegue, como Paulo, estando preso, rogar oração para que se lhe abra a porta da Palavra, não da cadeia, pois, sua preocupação é falar como convém, mais do que ser liberto, nesse se pode dizer que a cruz fez seu trabalho. Ele poderia, falar como falou: “Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro.”

Devemos buscar o “Reino de Deus e Sua Justiça” com afinco tal, que as demais coisas perdem relevância; quando dois irmãos instaram com O Salvador pela mediação na partilha de uma herança Ele questionou quem o rebaixara daquela forma; “Homem, quem pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?” Luc 12;14

Depois do tênue puxão de orelhas advertiu: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.” V 15

Se, a vida não consiste na abundância de posses, quando disse “Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância”, invés do enfoque raso dos “Mercenários da Prosperidade” Ele falou de abundância de vida, estritamente; vida eterna; não de fartura.

Posse de bens e de sabedoria são colocados como coisas quase antagônicas, uma vez que a primeira costuma atrapalhar os feitos da segunda; “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12 Quantas vezes, o dinheiro causa mortes!

Paulo advertiu aos que buscam a “sombra errada” como se fossem meio suicidas; “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10

Deus e o dinheiro, ou Mamon, foram postos como coisas excludentes nos Ensinos do Salvador; “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mat 6;24

Não que o dinheiro em si seja uma coisa má; é um bem, necessário. O mal surge quando vira alvo de nosso sentimento, motivo de servidão.

Aí os que pediriam abertura da cadeia, não da mente, os egoístas materialistas, que usam a Palavra de Deus como “Manual de Prosperidade”, eventualmente partilham o Salmo 91, sobre “Repousar à Sombra do Onipotente” enquanto entram nas longas filas lotéricas para seu culto.

Dinheiro como conhecemos tem seus dias contados. Na Europa vários países limitam pagamentos em dinheiro, a mil, alguns, dois mil Euros; ideal é uso de cartões, ou as tais moedas digitais.

Breve, quem não tiver a marquinha aquela, selo de propriedade do Capeta não terá mais como comprar nem vender nada.

Quem vende a alma por dinheiro venderá; quem ama ao Senhor acima de tudo fará proezas de fidelidade.

“Faz (a besta) que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” Apoc 13;16 e 17

A pobreza nem de longe é nosso maior mal. O problema mor, que leva milhões à perdição é a incredulidade.

Na pandemia, quantos cuidados, muitos inócuos até, as pessoas tomam, acreditando proteger suas vidas. Aquilo em que acreditamos, deveras, molda nosso modo de agir.

A “fé” que não nos alinha à Palavra de Deus e só uma fraude de quem, em consórcio com o Capiroto trai a si mesmo.

Enfim, enquanto egoísmos, projetos rasos e autônomos, melindres vários forem mais importantes que a verdade, que o Propósito do Eterno, ainda estamos presos à carne, e alienados da cruz.

Nossos ritos, religiosidade, fluência em “evangeliquês”, nossas partilhas de porções bíblicas nos colocam perto de Cristo; 

havia dois ladrões ao Seu lado quando da crucificação; um pereceu por, estando perto, ter preservado a presunção egoísta; outro foi salvo, pois, mais que, perto, desejou estar Em Cristo.

Sendo Deus Onipresente, ninguém está longe Dele, estritamente; sendo Santíssimo, nenhum pecador se aproxima para remissão, sem O Redentor.

sábado, 5 de setembro de 2020

Perto de Deus, mas não muito


“Porque os judeus pedem sinal, os gregos buscam sabedoria;” I Cor 1;22

Dois povos ansiando por luz, cada um de um jeito; os gregos pelo caminho da reflexão filosófica, uma espécie de “Novo Testamento” da era mitológica de deuses imortais com vícios humanos que seus antigos forjaram. A razão derivada dos mitos seria o “antítipo” das figuras aquelas.

Foi por contestar coisas assim, aliás que Sócrates foi acusado de “corromper à juventude”; em sua busca racional ousava desacreditar, eventualmente, grandes figuras, bem com seus escritos; Homero, em seus poemas dissera que determinados deuses mentiam; Sócrates em sua análise contestou: “Se, são deuses não podem mentir; se, mentem não podem ser deuses.” Assim de uma só vez desbancava Homero, e algumas partes da farta mitologia existente.

Os judeus esperavam algo de Celeste Origem. Dado o pretérito de ricas intervenções Divinas em favor do Povo, das promessas aos Patriarcas, e muitas profecias existentes, sendo que uma delas, falava, justo, que Deus lhes daria um sinal; “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, dará à luz um filho e chamará Seu Nome Emanuel.” Is 7;14

Quando a “Estrela de Jacó” outro sinal prometido brilhou, estrangeiros vieram de terras distantes para ver, enquanto dormiam os que estavam perto.

Emanuel significa Deus Conosco; entretanto, quando Jesus se dizia Filho de Deus o queriam apedrejar por blasfêmia.

Afinal, Deus conosco significa Ele nos amparando, dirigindo, abençoando, não necessariamente assumindo a forma humana. Seria essa uma interpretação plausível do texto.

Porém, havia mais sobre a “Encarnação do Verbo”: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o principado está sobre Seus ombros; se chamará o Seu Nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Is 9;6

Assim, invés de uma blasfêmia era um promessa; portanto, algo a se esperar.

Para os gregos, os muitos deuses deveriam fruir as delícias do Monte Olimpo, seu habitat, sendo sempre imortais. A ideia de um que se deixasse matar por mãos humanas seria insensatez.

Aos o judeus a coisa seria ainda pior; admitido que Deus se fizera carne, como deveriam esperar segundo as profecias, e, invés de honrá-lo adorando-o, o mataram, isso os escandalizava sobremaneira. “Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus quanto gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” Vs 23 e 24

O ato insano dos judeus derivou da falta de sabedoria; “... sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” Cap 2;7 e 8

Pregando aos filósofos gregos no Areópago Paulo fez a necessária separação entre O Eterno e os deuses humanos; fossem esculturas, ou mesmo, os mitos todos de produção terrena; disse: “Deus fez o mundo e tudo que nele há... Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, prata, ou pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;24, 29 e 30

Se, aos judeus faltou sabedoria, e “sábios” gregos viviam tempos de ignorância, todos navegavam no mesmo barco. “Mas para os que são chamados, tanto judeus quanto gregos, lhes pregamos Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte...” Vs 24 e 25

Em ambos os povos as reações foram semelhantes; rejeição pela maioria e conversão de poucos. A luz soa desejável, jamais nos incomoda quando mostra a nudez alheia; o problema da Luz de Cristo é que ela mostra a nossa.

Platão dissera: “A verdadeira tragédia não são as crianças com medo do escuro; antes, adultos com medo da luz.”

O Salvador denunciou isso; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Enfim, quando busco as coisas do meu jeito, ainda estou no princípio satânico aquele que sou eu que decido acerca do bem e do mal.

Sendo “O temor do Senhor o princípio da sabedoria...” invés de derivados, busquemos Ao Senhor; se Ele se agradar de nós, nos galardoará segundo bem lhe parecer. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O quê pedir a Deus?


“Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” Tg 4;3

Eventualmente deparo com: “O que você pediria a Deus nesse momento”; as mais variadas respostas surgem; e, algumas questões também vêm à tona vivenciando isso.

É que, o verbo no futuro do pretérito, “pediria” traz uma ideia quase de subjuntivo, fica implícito um, “se fosse possível, se Deus lhe ouvisse,” ou, algo assim.

Para muitos a impressão que dá é que Deus seria um “Gênio da lâmpada” que, uma vez “liberto” concederia três pedidos ao bel-prazer do seu benfeitor.

Como vimos, os pedidos são negados, quando os alvos são egoístas, mesquinhos. “Pedis e não recebeis porque pedis mal ...”

Uns fazem uma interpretação conveniente de determinados textos, e à luz dessa “interpretação” Deus se lhes torna “Devedor”;

Por exemplo: “Deleita-te no Senhor; Ele te concederá os desejos do teu coração.” Sal 37;4 Aí algum incauto decide que está alegre no Senhor; portanto, O Eterno lhe “deve” satisfazer os três pedidos, digo; os desejos do seu coração. Será que é assim mesmo?

Ora, quando minha alma se deleita, (alegra) “no Senhor” ela não deseja mais nada senão, O Próprio Senhor. Quando me alegro Nele, na Sua Presença, Ele me concede mais disso; “Ao que tiver, mais se lhe dará...” Pois, “Se alguém me amar será amado do Meu Pai; viremos para Ele e faremos nele morada.”

Claro que, O Todo Poderoso não é encontrável nalguma garrafa envelhecida, imagem esculpida ou coisa assim. Se dá a conhecer mediante Sua Palavra, e Seus valores; Davi, pois, desejou contemplar a Face de Deus na Justiça; “Quanto a mim, contemplarei Tua Face na justiça;me satisfarei da Tua Semelhança quando acordar.” Sal 17;15

Se, socorrendo um desvalido estamos fazendo-o a Jesus, então, as possibilidades de “vermos Deus” são muitas.

Paulo, malgrado seu privilégio de conhecer Cristo fisicamente disse que não era aquilo que importava; mas, conhecê-lo espiritualmente provando das transformações que isso enseja; “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, agora já não O conhecemos deste modo. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;16 e 17

Demócrito dizia que para se transformar a realidade precisamos antes, conhecê-la.

Conhecer O Senhor é diferente de conhecer a uma pessoa qualquer, ante à qual dizemos: “Prazer, eu sou...” O conhecimento de Deus é facultado pelo Seu Espírito e Sua palavra; diante disso nossa realidade fica mais clara e dizemos: “Perdão Senhor! Sou indigno pecador.”

O Eterno não ameniza nossa confissão para diminuir seu peso, antes, aconselha uma mudança, enquanto perdoa; “Deixe o ímpio seu caminho; o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus; diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

“A alegria do Senhor é nossa força”
como disse Neemias, e O Senhor se alegra quando falamos coisas retas, “Filho meu, se teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu; sim, o meu próprio. Exultarão meus rins, quando teus lábios falarem coisas retas.” Prov 23;15 e 16 Nada mais reto que um pecador reconhecendo seus caminhos tortos.

Se, por um lado Deus não se nos dispõe, como fez com Salomão, “Pede-me o que quiseres!” O Salvador ensinou; “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.” Mat 7;7

Todavia, no contexto imediato Ele desaconselhou a ajuntar tesouros na Terra; advertiu da impossibilidade de se servir a Deus e as riquezas, e ensinou priorizarmos O Reino de Deus e Sua justiça, não as demais coisas; isso deveria deixar claro, que tipos de pedidos nos serão atendidos.

Em se tratando de sabedoria para servir com justiça, como fez Salomão, sempre será um pedido agradável ao Santo; algo que também poderemos fazer, embora, nosso esforço nesse sentido deva concorrer também. “Se clamares por conhecimento, por inteligência alçares tua voz, se como a prata a buscares, como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, acharás o conhecimento de Deus.” Prov 2;3 a 5

Quanto às posses materiais eu gosto da sobriedade esposada por Agur, nas palavras que escreveu; “Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem pobreza nem riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o Nome de Deus em vão.” Prov 30;7 a 9

terça-feira, 1 de setembro de 2020

O Necessário e o Proveitoso


Sabe aquela frase mágica que ainda não foi dita, pensada ou escrita? Eu também não sei. Morremos dez minutos em busca de uma ideia original e descobrimos ter morrido em vão. O fato de estarmos morrendo a prestação, em consórcio com o tempo não significa que não estejamos...

Se, penso contrapor a voz à quietude, vem Eduardo Galeano, ou, um provérbio hindu, prescrevendo a fala só quando for melhor, ou mais digna que o silêncio. Mas, isso é possível?

Não há dignidade em se tomar à força o lugar de outrem; não creio que as palavras brotem em atenção a valores nobres ou dignos, mas por ser uma necessidade psicológica. A alma carece “ir ao banheiro.”

Me ocorre certo personagem bíblico; “Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange. Eis que dentro de mim sou como o mosto, sem respiradouro, prestes a arrebentar, como odres novos. Falarei, para que ache alívio...” Jó 32;18 a 20 

Se, a qualidade do que se vai falar difere de uns para outros, eventualmente, a necessidade de fazê-lo é comum a todos.

O problema do silêncio é que ele fala demais, e nem sempre cabe na bainha; aí então, a palavra brota, não como planta valiosa, mas como mera intumescência, um inflado tumor, incômoda espinha.

Seguidamente recorro a uma frase de Plutarco: “A mente não é um vaso para ser cheio, mas um fogo a ser aceso.” Então, quando me disponho a pensar, e uma “Ordem Unida” de frases feitas vem bater continência, me vejo tentado a empilhar ideias alheias, onde deveria deixar que nasçam as minhas. Enfim, encher o vaso invés de acender o fogo.

Não que seja desprezível ter um depósito de boas coisas que outros pensaram antes de nós e nos deram de bandeja. Mas, a droga do lugar comum, do comodismo, da preguiça mental soam mais, como a proverbial boca torta pelo vício do cachimbo, que um bom uso da arte de falar. E nesse caso o silêncio seria mesmo mais valioso. “O tolo quando se cala é reputado por sábio”.

Se, a arte de escrever nos permite sermos tagarelas discretos, isso não muda o fato de que falamos quando poderíamos ter silenciado.

E, desculpem mas, preciso pegar um feixe da prateleira, um provérbio chinês sobre o tema; diz: “A palavra que tens dentro de ti é tua escrava; a que deixas escapar é tua senhora”. Assim, sem nenhum motivo aparente saímos alforriando nossas escravas, enquanto rumamos à senzala das cobranças, voluntariamente.

Vivemos tempos estranhos, de valores invertidos, onde se apregoa a torto e a direito que, o ser vale mais que parecer, ou mesmo, ter; e que qualidade é superior à quantidade.

Entretanto, a praticidade da vida normalmente mostra o contrário; a roupa vale mais que o corpo, as coisas anexas ao casamento, mais que o amor; o culto importa mais que Deus, a cerimônia fúnebre mais que o morto, e falar de coisas profundas mais que se aprofundar no sentido das mesmas.

O Salmo primeiro menciona como abençoado um que, depois de rejeitar maus conselhos, maus caminhos e ambientes, medita na Lei do Senhor dia e noite. O que é meditar, senão, aprofundar-se?

Adiante a figura é mui eloquente; diz que o tal será como árvore plantada junto a um curso d’água, que, mesmo em tempos de seca não deixa de dar fruto. 

Se, em tempos de estio a água não está na superfície, aquele que aprofundou suas raízes na compreensão do que é valioso, “bebe” o necessário para dar frutos, quando as circunstâncias sugerem que não.

Quantos que, em virtude da pandemia que grassa brincam que esse ano não valeu, não o somarão em suas idades, e coisas do tipo; embora o tom jocoso para muitos é sério; pensam mesmo assim. Que em tempos de restrições, do “estio” de calor humano e das festanças várias, a vida não faz sentido. Pelo medo da morte estão sujeitos à servidão, como diz em Hebreus.

Todavia, esse estio é um tempo oportuno para quem tem raízes profundas produzir frutos mais valiosos ainda.

Se, a Palavra dita se nos fará Senhora, por quê não, invés de nossas falas, repetirmos à Bendita Palavra de Deus? Fazendo isso ou não, ela tem autoridade sobre nós de qualquer maneira. “... A Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

Enfim, se no prisma existencial, apenas, a cada minuto que passa morremos um minuto, para quem “Nasceu de novo” herdou vida eterna, foi feito “Plantação do Senhor” junto ao Rio da Água da Vida, esse estio de valores, mais letal que qualquer pandemia, não o faz murchar; antes, produzir oportunamente o Delicioso Fruto do Espírito.