domingo, 6 de setembro de 2020

Mais que perto, quero estar


“Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que o manifeste, como me convém falar.” Col 4;3 e 4

Os cristãos razoavelmente esclarecidos sabem as premissas básicas. Negue a si mesmo; ame a Deus sobre todas as coisas; ande em espírito...

Entretanto, uma coisa é saber, outra, viver.

Quando alguém consegue, como Paulo, estando preso, rogar oração para que se lhe abra a porta da Palavra, não da cadeia, pois, sua preocupação é falar como convém, mais do que ser liberto, nesse se pode dizer que a cruz fez seu trabalho. Ele poderia, falar como falou: “Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro.”

Devemos buscar o “Reino de Deus e Sua Justiça” com afinco tal, que as demais coisas perdem relevância; quando dois irmãos instaram com O Salvador pela mediação na partilha de uma herança Ele questionou quem o rebaixara daquela forma; “Homem, quem pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?” Luc 12;14

Depois do tênue puxão de orelhas advertiu: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.” V 15

Se, a vida não consiste na abundância de posses, quando disse “Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância”, invés do enfoque raso dos “Mercenários da Prosperidade” Ele falou de abundância de vida, estritamente; vida eterna; não de fartura.

Posse de bens e de sabedoria são colocados como coisas quase antagônicas, uma vez que a primeira costuma atrapalhar os feitos da segunda; “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12 Quantas vezes, o dinheiro causa mortes!

Paulo advertiu aos que buscam a “sombra errada” como se fossem meio suicidas; “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10

Deus e o dinheiro, ou Mamon, foram postos como coisas excludentes nos Ensinos do Salvador; “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mat 6;24

Não que o dinheiro em si seja uma coisa má; é um bem, necessário. O mal surge quando vira alvo de nosso sentimento, motivo de servidão.

Aí os que pediriam abertura da cadeia, não da mente, os egoístas materialistas, que usam a Palavra de Deus como “Manual de Prosperidade”, eventualmente partilham o Salmo 91, sobre “Repousar à Sombra do Onipotente” enquanto entram nas longas filas lotéricas para seu culto.

Dinheiro como conhecemos tem seus dias contados. Na Europa vários países limitam pagamentos em dinheiro, a mil, alguns, dois mil Euros; ideal é uso de cartões, ou as tais moedas digitais.

Breve, quem não tiver a marquinha aquela, selo de propriedade do Capeta não terá mais como comprar nem vender nada.

Quem vende a alma por dinheiro venderá; quem ama ao Senhor acima de tudo fará proezas de fidelidade.

“Faz (a besta) que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” Apoc 13;16 e 17

A pobreza nem de longe é nosso maior mal. O problema mor, que leva milhões à perdição é a incredulidade.

Na pandemia, quantos cuidados, muitos inócuos até, as pessoas tomam, acreditando proteger suas vidas. Aquilo em que acreditamos, deveras, molda nosso modo de agir.

A “fé” que não nos alinha à Palavra de Deus e só uma fraude de quem, em consórcio com o Capiroto trai a si mesmo.

Enfim, enquanto egoísmos, projetos rasos e autônomos, melindres vários forem mais importantes que a verdade, que o Propósito do Eterno, ainda estamos presos à carne, e alienados da cruz.

Nossos ritos, religiosidade, fluência em “evangeliquês”, nossas partilhas de porções bíblicas nos colocam perto de Cristo; 

havia dois ladrões ao Seu lado quando da crucificação; um pereceu por, estando perto, ter preservado a presunção egoísta; outro foi salvo, pois, mais que, perto, desejou estar Em Cristo.

Sendo Deus Onipresente, ninguém está longe Dele, estritamente; sendo Santíssimo, nenhum pecador se aproxima para remissão, sem O Redentor.

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