segunda-feira, 30 de maio de 2022

Suicidas escolhas

“Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma; bendiz ao avarento, e renuncia ao Senhor.” Sal 10;3

Três erros. Um: Absolutiza ao relativo; faz de seu próprio desejo, um deus; ou, como disse Jeremias, “Faz da carne mortal, seu braço;"

Dois: espelha-se em maus referenciais; bendiz ao avarento; materialismo doentio, seu objetivo de vida; dinheiro, seu alvo.

Três: A cereja da torta; renuncia ao Senhor.

Eu diria que as três coisas são sintomas da mesma doença. A alienação do Eterno, forçosamente demandará confiança em si mesmo; falta de bens nos domínios do espírito, fatalmente desviará a confiança para os bens materiais; apego doentio e egoísta ao direito de dirigir os próprios rumos, necessariamente trará à tiracolo a renúncia ao Senhor. Como ensina A Palavra, “Um abismo chama outro abismo.”

A velha autonomia proposta pela oposição, “vocês mesmos resolvem tudo.” Continua fazendo vítimas até hoje.

O problema do homem se autodeterminar nas coisas espirituais, é que, alienado da revelação que diz como as coisas são, só pode descansar em suas presunções; pois, ao recusarmos a Palavra Divina que nos revela como é, ficamos por nossa conta. Mesmo dizendo que as aparências enganam, nos posicionamos ante as coisas, como melhor nos parece. E, “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

O materialismo além de impotente para o outro lado, escraviza do lado de cá. “Caixão não tem gavetas”, dizem; mas, amealham como se pudessem adquirir bens após a morte com valores daqui. O excessivo apego às coisas que o dinheiro pode comprar (que são poucas) se torna um hábito como correr atrás das sombras.

“Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” Ecl 5;10

Por renunciar a Deus o homem acaba endeusando a si mesmo. O Salvador ensinou que Ele fora rejeitado, não porque houvesse algum lapso em Seu Ser; antes, pelos que havia no homem; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Renunciar a Deus é fugir da luz. Platão já dizia: "É normal as crianças temerem ao escuro; trágico é os adultos com medo da luz."

Teoricamente entendemos que o valor supremo é a vida; outros bens todos perdem sentido sem a vida para usufruto. Sendo, pois, O Senhor O Único que dá a vida, a rejeição a Ele, no fundo, equivale a rejeitar tudo.

Embora possamos, pois, em nossas filosofias de botecos, tagarelar as coisas certas, no âmago, no entendimento seguimos cegos, à mercê da oposição, enquanto não nos rendemos ao Salvador. “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Não existe como servir a Cristo sem obediência; “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

O canhoto sutilmente apelida a obediência a ele de “liberdade”, autonomia. Estando nossa natureza totalmente inclinada ao pecado, o homem sem Deus fatalmente se faz servo dele. E pela sua obsessão poluída, é a desobediência que o serve, seu caminho se faz mais fácil. Mas, leva para onde?

Quem tenciona andar com Deus precisa negar a si mesmo e se submeter à direção do alto. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha, dirigir os seus passos.” Jr 10;23 “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Certa vez ouvi de um castelhano: “Los hombres prefiren ser cabezas de ratón, a ser cauda de león.” Infelizmente é assim. Preferem a autonomia suicida para cinco ou seis décadas, invés da eternidade ao lado do Senhor.

A “matéria-prima” da vida não é material. “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra;” Cal 3;1 e 2

domingo, 29 de maio de 2022

O leite ignorado


“Certamente que me tenho portado sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; minha alma está como uma criança desmamada.” Sal 131;2

Eloquente figura, para ilustrar as ideias de descanso e suprimento por parte do Senhor. O sossego como a consequência de ter sido alimentado, e poder descansar Nele.

Desmamar acontece em duas situações distintas; uma, quando finda o período de lactação; a criança não mais será alimentada ao peito; chegado esse tempo, dizemos que a tal desmamou. Ou, como parece ser a ideia do texto, quando um bebê acabou de se alimentar o bastante, agora dorme sossegado nos braços maternos. Bastou, está saciado, desmamado.
Nesse caso, encerra-se uma ação pontual, por ser suficiente, naquele momento.

O sossego deriva de estar, a alma, satisfeita com o lugar recebido; “Senhor, meu coração não se elevou nem meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim.” V;1

A dificuldade em aceitar lugares humildes é uma enfermidade humana bastante comum, infelizmente; geralmente presumimos que mereceríamos lugares melhores. “Cada um fique na vocação em que foi chamado.” I Cor 7;20 “... não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;” Rom 12;16

Não obstante a renúncia necessária para sermos de Cristo, o “negue-se”; não poucos “cristãos” amantes de honras humanas e prazeres, partilham sua oposição a Cristo sem sequer perceber: “Permita-se”. Ora, isso é o velho conselho da oposição; “vós mesmos sabereis o bem e o mal”, com um verniz melhor.

Pois, assim como, “A vida de cada um não consiste da abundância do que possui.” Também, o valor de alguém não se mensura a partir do lugar que ocupa; muitas inversões grassam na Terra: “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi os servos a cavalo e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

Assim, o “leite” haurido é uma confiança irrestrita no Eterno, cuja consequência é sossego e paz. Mesmo que, eventualmente estejamos em posições insignificantes; se estamos na Divina Direção, podemos descansar. “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus Mandamentos, então seria tua paz como o rio, e tua justiça como as ondas do mar!” Is 48;18

Pedro, falando aos novos convertidos usou a mesma figura, comparando A Palavra com leite, disse: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

Esse crescimento, contudo, tem a ver com nossa estatura espiritual, cujo exercício nos faz galgar entendimento, discernimento; nada a ver com hierarquias terrenas, cujo valor é dúbio. Basta vermos a nuvem de “Profetas e Apóstolos” que existe atualmente, para constatar sem esforços, que lugares humildes são de pouco apreço entre nós.

Os hebreus que se mostraram lentos no processo de crescimento espiritual foram exortados: “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na Palavra da Justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;12 a 14

Pode parecer contraditório que num momento sejamos exortados a ser crianças; noutro, corrigidos por ainda sermos.

“Aquele que não se tornar como uma criança não pode entrar no Reino dos Céus”. Na ausência de malícia e confiança irrestrita, devemos ser infantes; todavia, no entendimento, no crescimento espiritual, devemos ser edificados até a estatura de “homens perfeitos.”

Paulo mostrou os dois lados da moeda num verso apenas: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.” I Cor 14;20

Num contexto de hiper-valorização dos dons espirituais, sem o devido concurso do amor, o apóstolo ensinou: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” I Cor 13;11

Meninices são perniciosas, onde devemos manifestar postura de adultos. O crescimento é “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Vendo a inversão de valores, pós-verdade, apostasia, a pressa dos arquitetos do Império de Satã na forja do motim global, meu homem espiritual não pode conter certos abalos alarmistas; todavia, olhando para a Palavra, os vaticínios de que a coisa seria mesmo assim, melhor, sabendo Quem vencerá no final, minha alma criança sossega, na suficiência do Pai.

sábado, 28 de maio de 2022

Os escolhidos


“... Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.” Mc 14;29

Quando O Mestre lavara os és aos discípulos, Pedro se recusara, inicialmente; agora, advertido que todos se escandalizariam por ocasião da crucificação, de novo, assegurava que com ele seria diferente. Ah a presunção humana!! Nossas boas intenções, alienadas da miséria que nos habita.

Facilmente sabemos o que seria o certo a fazer; porém, entre o que sabemos e fazemos, vai uma grande diferença. “Porque o que faço não aprovo; pois, o que quero não faço, mas o que aborreço, faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

Por isso o ditado que, de boas intenções o inferno está cheio. Muitos que até desejaram as coisas certas, mas acabaram presos às erradas.

Para o catolicismo Pedro recebeu o “Primado” que o teria feito “Primeiro Papa”; mas, suas precipitações em contrariar O Mestre, a sua promessa de fidelidade mesmo em momento adverso, depois tendo falhado miseravelmente mediante de tripla negação, vistas essas coisas, parecia à “Igreja” de então, que o infeliz estava fora dos planos.

O Anjo do Senhor, ao invés de mandar um recado ao colégio dos discípulos como um todo, mencionou Pedro em particular; “Mas ide, dizei a Seus discípulos e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galileia; ali O vereis, como Ele vos disse.” Mc 16;7

Pedro não foi citado particularmente por ser o mais importante; mas, porque naquele momento parecia o menos, o que falhara mais grotescamente. Como se, o anjo dissesse: Incluam ainda a esse infeliz.

As “Chaves do Reino” que O Salvador lhe prometera, nada tinham a ver com hierarquia, governo. Mas, com a honra se ser o primeiro pregador do Evangelho, o que abriria a Porta (Jesus) ao entendimento dos demais. “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4;12

Ao atual “sucessor de Pedro,” todas as portas se abrem para o Céu; endossa os credos mais antagônicos, no fatídico ecumenismo!!

Todos somos como Pedro. Uns mais falastrões, outros comedidos, mas, com limitada visão no tocante à nossa maldade. Facilmente prometemos coisas que não fazemos; muitas vezes, fazemos o oposto até.

A Luz, para cada um de nós em particular é quando conhecemos a Cristo; junto ao desafio de amarmos a quem nos desnuda e denuncia, O Senhor; negando quem nos fazia presumir bons, o ego. “Negue a si mesmo tome sua cruz e siga-me.”

A conversão aplica duro golpe no amor-próprio. Geralmente as pessoas preferem a condenação à verdade. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Nos presumimos “do bem” mesmo agindo totalmente alienados a Deus. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Por isso o conselho: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Tendemos a reivindicar as promessas bíblicas e nem sempre dar a devida importância às advertências. Essa “seletividade” ainda é a velha maldade se esgueirando pelas beiradas, para, se possível nos passar despercebida, sem enfrentar o devido embate. Tanto fazemos bem em confiar na Palavra do Senhor, quanto, em desconfiar de nossa “bondade”.

Pedro foi reabilitado, capacitado, feito uma bênção na Obra de Deus. O mesmo pode se dar com cada um de nós.

Deus não trabalha sobre nossas “qualidades”; antes regenera apesar dos nossos defeitos. “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1;27 e 28

Pedro era falastrão; O Salvador começou por ele. Não há pecado em você que o desqualifique para a salvação, basta estar perdido; sem Cristo você está, portanto, és a pessoa certa para essa mensagem.

“Esta é uma palavra fiel, digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda Sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para vida eterna.” I Tim 1;15 e 16

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Mordomos fiéis


“... porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. Eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” Luc 16;8 e 9

O mordomo infiel, prestes a perder o emprego “saiu atirando”; antes de ser banido do seu posto, “perdoou” grandes dívidas dos credores de seu senhor, para socorrer-se nesses “amigos” quando privado da sua mordomia.

É preciso ser criterioso com o “elogio” de Jesus ao referido administrador, para não concluirmos, grotescamente, que O Salvador aprovaria a desonestidade.

Certa vez deparei com um irmão que, “interpretando” o “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça” entendia que seria lícito o uso de dinheiro mal havido, na Obra de Deus. Desde dias antigos, essa prática fora vetada. “Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do Senhor teu Deus por qualquer voto; ambos são igualmente abominação ao Senhor teu Deus.” Deut 23;18

Esse exemplo basta, para que entendamos que o dinheiro mal havido não é bem-vindo.

Convém atentar bem para o quê, O Senhor disse: “Os filhos desse mundo são mais prudentes ‘na sua geração’, que os filhos da luz.” A única coisa boa retirada daí é a ideia de sermos prudentes, na nossa geração, de “filhos da luz”, como eles o são, na deles.

Digamos que, tínhamos uma coisa boa, prudência, em má companhia; a serviço dos ímpios. Noutra parte O Senhor ensinou: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes, inofensivos como as pombas.” De novo a prudência em má companhia. Devemos ser “como as serpentes” no quesito prudência; no demais, como ovelhas ou, pombas.

Notemos que, os “amigos” comprados com dinheiro alheio pelo mordomo infiel, irão na eternidade, para o mesmo lugar que aquele; estarão juntos na perdição, corruptos e corruptores. “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” Ou alguém supõe que os “tabernáculos eternos” onde estarão os infiéis, seja algo parecido com salvação?

Todavia, caso paire alguma dúvida sobre o quê O Senhor aprova nessas questões, o contexto imediato se encarrega de dissipar: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito. Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?” Vs 10 e 11

O que está em nossas mãos para gerirmos aqui, por muito que seja, trata-se de um mínimo, um nada se comparado às riquezas eternas que O Senhor tenciona nos dar. Aqui somos testados no pouco, para que fique patente nossa fidelidade, ou não.

Onde aparecerão os que usam da Palavra de Deus para negócio, os mercadores da fé? Paulo ensina: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé; traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas; segue a justiça, piedade, fé, amor, paciência e mansidão.” I Tim 6;9 a 11

Se a prudência do mordomo o fazia pensar num “depósito” para socorrer-se nos dias maus, o que aconselharia a nossa? De novo Paulo: “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos, às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20 e 21

Guarda teu depósito; cuidado com a “ciência” que faz oposição à fé! Essa é falsa e como tal, deve ser resistida.

Sem acesso à Árvore da Vida, o inimigo trará seus frutos roubados da Árvore da Ciência. Mediante o domínio da tecnologia, usará todos os meios de gerar enganos, e controlar o planeta inteiro até estabelecer o totalitarismo global que anseia.

Nosso depósito é espiritual; discernimento do que procede de Deus, e do que é um simulacro, vindo da oposição. Toda “conquista” moderninha, não importa quão hightech seja, se, no final faz oposição a Deus e Sua Palavra, deve ser combatida, não assimilada.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4

Nos convém permanecermos fiéis, mesmo padecendo injustiças; toda privação por amor a Cristo, oportunamente terá sua recompensa. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos;” Mat 5;6

quinta-feira, 26 de maio de 2022

O Opróbrio de Cristo



“Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso, do corpo?” I Cor 12;15

Se fôssemos zelosos com erros individuais que cometemos, como muitos o são, para com pecados coletivos, do cristianismo em geral, dos quais se tentam apartar pressurosos, com certeza nosso nível de santificação daria um salto.

Muitos esquecem convenientemente, que nos convém levar o “Opróbrio de Cristo”; ter as injúrias dirigidas a Ele, como sendo também, nossas; Paulo ensinou: “Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?” II Cor 11;29

Então, o que acontece no meio cristão, com nossa anuência, ou não, de certa forma nos diz respeito. Muitos, no afã de se “descolarem” dos escândalos que infelizmente acontecem, se dizem desigrejados, assistêmicos, antirreligiosos...

Igrejas têm problemas; eu mantenho minha fé sem igreja. O sistema está corrompido? Eu critico-o de “fora” dele. O ranço religioso de muitos, atrapalha; me faço “não religioso”.

Um erro é um erro, sob qualquer rótulo. Mas, aquecer-se no fogo dos adversários em momentos convenientes e negar pertencer a Cristo, como Pedro fez, só mostra nossas misérias, não alguma indignidade em Nosso Senhor.

Se, a chamada do Salvador tem certo liame com a rejeição, perseguição, “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12 Qual o sentido de nos pretendermos dedetizados, limpinhos, acima de toda e qualquer crítica?

Sofrer por Cristo é uma honra, não uma vergonha. “Porque a vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer Nele, como também padecer por Ele, tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e agora ouvis estar em mim.” Fp 1;29 e 30

Aquele que se apressa a espanar o menor resquício de “poeira” que macula seu “fardão santo”, no fundo é um hipócrita; apenas um adorador de si mesmo. Não se trata de negar a existência dos erros; mas, de como lidarmos com isso. A Palavra ensina: “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Muitos criam canais para combater essas coisas, ignorando que nossa missão delegada é a difusão do Evangelho. O joio será, oportunamente, separado do trigo; mas, essa pasta não é nossa. A única maneira decente de não endossar errôneas posturas é não as imitar.

Lógico que convém aos apologetas, a defesa de verdade. Mas, a abordagem contra as infiltrações de erros doutrinários sempre será do prisma de quem está inserido no corpo, não se pretendendo um médico atuando de fora.

Chegará a hora, em breve, em que essas periferias tipo, pré isso, pós aquilo, Dispensacionalista, Arminiano, Calvinista, Sabatista ou não, serão tidas em seus devidos lugares; irrelevâncias inúteis na hora dos vamos ver. Então, a fé de cada um será testada em outro nível, no qual jamais foi. Acabarão os dias das balas de festim; corpos começarão a cair ao nosso redor.

Não se tratará mais de identificar à Besta, sua marca; mas, de como reagir ante ao que estará patente. Então, o que Cristo realmente significa para nós será demonstrado de maneira cabal. Se, agora, meros melindres por falhas de terceiros que se dizem cristãos já nos incomodam, como será quando nossa fé for testada à morte, e não haverá terceiros para levar a culpa?

Naqueles dias, o “cristianismo” para nuvem literalmente irá pelos ares; então, que tal começarmos já, a levar o “Opróbrio de Cristo”, encarando os erros latentes em nosso meio como problemas nossos, invés de pretendermos ser, a única bolacha inteira do pacote?

Fuga costuma ser parceira dos ímpios; “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

Ousemos imitar nosso Mestre às últimas consequências: “... deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o Qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando afronta, e assentou-se à Destra do Trono de Deus.” Heb 12;1 e 2

Somos peregrinos; nosso lugar de descanso é além. Em terra longínqua o Pródigo se viu traído, abandonado; de volta pra casa, encontrou vestes novas e festa. 

Não esperemos, pois, encontrar entre os porcos, aquilo que só na casa do Pai, nos espera. “Tudo tem seu tempo determinado... tempo de plantar e de arrancar o que se plantou;” Ecl 3;1 e 2

terça-feira, 24 de maio de 2022

A Luz necessária


“Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;22

Não devemos entender, dada a impossibilidade expressa de se esconderem, que os iníquos não tentem. Todavia, a simples necessidade de se esconder, no fundo, é uma confissão de que, as pessoas sabem que estão agindo mal; de modo que, se fossem vistas se envergonhariam.

“Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Os que sabem que, vistas, suas obras seriam reprovadas, possuem boa noção acerca dos valores; embora, vivam reféns do mal; de tal forma, a buscarem o acessório das trevas, invés de atuar sem nada a esconder.

Quando o homem é desafiado a negar a si mesmo, por um lado, significa a renúncia de uma série de “direitos” de viver a vida à sua maneira, por outro, a abertura ao Novo Nascimento, da água e do Espírito, trazendo à Luz, um ser que não tem afinidade com as trevas. “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na Face de Jesus Cristo.” II Cor 4;6

Os que se “escondem”, no fundo se ocultam de si mesmos, sabedores que estão visíveis diante de Deus. “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com Quem temos de tratar.” Heb 4;13 “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não posso atingir. Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face?” Sal 139;6 e 7


Quando o salmista cogita que, subindo aos Céus, descendo ao Inferno, ou mesmo ao abismo, em qualquer lugar O Eterno estaria, não significa que tenha ido a esses lugares pra saber; antes, sabia que O Espírito de Deus estava em si; assim, onde fosse Esse Iria. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

A Luz ilumina, não, coage; O Eterno Mostra O Caminho e nos desafia a andarmos nele; agora obedecer é uma decisão nossa. Mas, só fazendo isso, seremos purificados; “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Infelizmente, muitos correm após “revelações” que não ousam mostrar o que é vital às pessoas; que elas estão mortas em delitos e pecados e carecem urgentemente de Cristo.

Qualquer falsário manipulador de tecnologias, ou, mesmo um espírito de pitonisa, bem podem “revelar” nomes, números de documentos, e frivolidades afins; mas, só um servo de Deus genuíno, se atreveria revelar para onde rumam os ímpios sem Cristo, bem como apontar o caminho que conduz a Ele. “Arrependei-vos e crede no Evangelho!”

Mais que conhecer mistérios ocultos, devemos nos atrever a abraçar e viver os ensinos revelados. “Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo falso caminho.” Sal 119;104

Nossa preocupação, mais que, com refrigérios eventuais, é com a rota verdadeira; o sentido de um caminho não é ele, estritamente; mas, aonde conduz. Cristo foi categórico: “... ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Então, invés de nos gastarmos correndo após pretensos reveladores de eventos futuros, que tal nos dedicarmos mais à edificação, ao Conhecimento do Santo, para que possamos atuar Segundo Ele, em futuros eventos? “Sou teu servo; dá-me inteligência, para entender Teus Testemunhos.” Sal 119;125

Afinal, o aprendizado espiritual não tem nada a ver com decorar sentenças, assimilar ensinos; antes, permanecer na Palavra; ou seja, aprender a mesma e continuar nela, na hora de agir. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos;” Jo 8;31

O homem traidor de si mesmo consegue pintar palavras bonitas ao longo de sua apostasia; “tolerância, inclusão, liberdade, amor, independência, autonomia, liberalidade, bem comum”, etc. Mas, lá no fundo todos sabem que lhes pesa, uma sentença, enquanto, alienados do Salvador. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19

Uma má obra não deixa de ser o que é, se se colarmos um rótulo bonito.

Andar na luz fatalmente, nos indisporá contra esse mundo que jaz nas trevas.

Não é necessário que as pessoas do mundo concordem conosco. É indispensável, apenas, que vejam Cristo atuando através de nós. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

domingo, 22 de maio de 2022

Caminhos do coração

“Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Embora contraditório, ser fortalecido em Deus, requer um enfraquecimento do homem. “Negue a si mesmo; tome cada dia sua cruz e siga-me". Deixar a autoconfiança e se estribar estritamente no Senhor.

Jeremias mostrou os dois lados da moeda: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia No Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro, não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17;5 a 8

O Eterno não se torna mais forte em razão da minha fé, nem menos, se em mim houver incredulidade. As possíveis oscilações estão sempre no homem; nunca, Nele.

Ele costuma se “mostrar forte” para com as vidas que O Amam e deixam isso patente através da obediência; “Porque, quanto ao Senhor, Seus Olhos passam por toda a terra, para Mostrar-se Forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele...” II Cro 16;9

Mais que fortalecer, tem prazer neles, os quer perto; “Os Meus Olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

O que forma acidentes nos caminhos do coração, são nossos pecados. A primeira consequência, óbvio, da escolha pelas trevas é a privação das vistas; então, tendemos a ver ameaças fora de nós, quando as causas mortais albergamos dentro. “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

As inquietações já são “luzes no painel” advertindo que algo não está bem. Enquanto o justo pode descansar em Deus, mesmo cercado de adversidades. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre o seu Deus.”

Antes de contarmos com a Força do Senhor, porém, devemos descansar na Sua Sabedoria. O fato de O Poderoso estar comigo não significa que abrirá as portas que desejo; tampouco, que me socorrerá quando, espero.

Obediência traz discernimento, nunca, arrogância; “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5 “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

A Sabedoria Eterna não faz experiências para aprender como nós; a cortina das aparências que nos embaça às vistas, não existe aos Olhos do Santo. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Sem essa balela de “Teísmo Aberto”, onde, O Onisciente iria “descobrindo” caminhos. “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que Eu sou Deus, e não há outro; não há outro semelhante a Mim. Que Anuncio o fim desde o princípio, desde a antiguidade coisas que ainda não sucederam...” Is 46;9 e 10

Então, ser fortalecido no Senhor, mais que poder fazer as coisas acontecerem segundo nossos anseios, é deter as inquietações patrocinadoras de angústias; uma força que se revela em quietude, descanso, confiança. “Se te mostrares fraco no dia da angústia, a tua força será pequena.” Prov 24;10

A Luz Divina em nós atua como antídoto às precipitações feitoras das angústias. Freio esse que falta aos ímpios. “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Normalmente pensaríamos em força para a guerra; porém, os meios “bélicos” são preventivos contra ataques do inimigo e enfermidades da alma. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

Não por coincidência, a fé foi figurada como escudo. Nossa confiança impedirá que saiamos batendo cabeça, segundo os açodos naturais, ou, da oposição.

Essa força que aquieta e conforta, tem a ver com ouvidos, não com músculos; “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus Mandamentos, então seria tua paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar!” Is 48;18

sábado, 21 de maio de 2022

Fora da lei


“Não admitirás boato, não porás tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa.” Ex 23;1

O veto ao uso de “fake news” é muito mais antigo que o cristianismo; remonta aos dias de Moisés.

Quando testemunhamos sobre algo, imensa responsabilidade nos pesa. “Morte e vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21 Diverso de certas heresias que grassam por aí, o “poder da palavra” humana se verifica em casos assim.

Não, como se tivesse mesmo um poder intrínseco, e bastasse repetir à exaustão o que se deseja, para fazer acontecer. O Eterno ama caráter, invés de mantras. A eficácia da oração deriva de Deus aceitar à face de quem ora, não, por fazermos uma cantilena enfadonha contra a Divina paciência. “A oração de um justo pode muito em seus efeitos...”

Se, até a oração que por sua natureza nos coloca como súplices, dependentes, demanda certos predicados, quem disse que nossas palavras, operando num vácuo, não necessariamente em direção a Deus, malgrado, a intensidade dos nossos desejos, têm algum poder?

Se as coisas fossem dessa forma, certos versos não poderiam estar na Bíblia; “Porque O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” I Cor 4;20 “Este povo se aproxima de Mim com sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus.” Mat 7;21 Por exemplo.

Por só aceitar adoração em espírito e verdade O Onisciente e Eterno, antes mesmo das nossas palavras, já nos pode “ouvir”. “Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.” Sal 139;4

Quem resiste à verdade, luta contra si mesmo. A voz da consciência até pode ser ignorada, mas será ouvida. Geralmente as pessoas preferem “ouvir” tarde demais; depois de já terem errado; como disse Samuel Bolton, “se a consciência não for um freio ela será um chicote.”

Portanto, o uso de falsidade, antes de a terceiros, faria mal a mim. Por isso a exortação de Paulo: “Conservando fé e boa consciência, a qual, alguns, rejeitando fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Tendo uma Lei Eterna e Excelente assim a me ensinar, não preciso de “ajuda” de rasteiros tribunais humanos, que, não raro, usam eufemismos vários para maquiar razões impuras; e mudam sentenças de acordo com a “cor” ideológica do réu.

Invés de ter as leis estabelecidas como cercas intransponíveis, malversam, deturpam, ignoram, acrescentam conforme os interesses espúrios.

Muitas vezes o mal, aos Divinos Olhos desfila de “legal” nas planícies humanas. Quem conhece ao Eterno, nesses casos, prefere se manter “fora da lei". “Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

Todo o homem que ouve o Evangelho, de certa forma se coloca no “dilema de Pilatos”. “O que farei de Jesus, chamado O Cristo?” Existe uma espécie de “lei da física” espiritual, onde dois seres antagônicos não se assentam no mesmo trono.

Devemos renunciar o comando de nossas vidas em submissão ao Salvador, “negue a si mesmo”, pois o “poder” que Ele nos dá não é uma “turbinada” em nossos meios; antes, uma regeneração espiritual, Nele. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Essa regeneração fatalmente fará visíveis nossos males; mas, além de nossas coisas a deixar, passamos e ver onde ingressar; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver O Reino de Deus.” Jo 3;3 O Reino de Deus não é um lugar para onde vamos; é um lugar interior onde Ele Vem, e nos lava. “O Reino de Deus está entre vós...”

Quanto mais perto, mais nossas maldades nos serão visíveis. O arrependido, deveras, se sentirá eternamente agradecido por ser livre de tamanhas culpas. Os demais acharão Cristo um estorvo, uma ameaça.

“Tu amas a justiça e odeias a impiedade” Sal 45;7 Quem recusa-se à submissão, facilmente se melindrará, ante o “discurso de ódio” do Salvador. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;20 e 21

Dentre as falsidades possíveis, a mais perniciosa é a que me faria presumir de Cristo, vivendo da minha maneira. A Terra até espalharia o boato da minha conversão; mas, O Reino dos Céus é avesso a boatos.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

O Sonho do Faraó


“Que voz de grande júbilo é esta, no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial.” I Sam 4;6

Ao sinal visível da “presença de Deus”, os hebreus fizeram grande barulho comemorativo, de modo a ser ouvido até no acampamento inimigo. Embora, aos olhos mais simplórios isso pareça uma demonstração de fé, a rigor, não é.

Os clamores e “confiança” manifestos apenas em momentos de urgência, dificuldade, tem seu consórcio mais com a esperteza, que outra coisa. A fé verdadeira se alinha ao Eterno quando tudo está bem; e, nas horas difíceis, pode descansar Nele. Devemos reparar o telhado em dias de sol, não quando está chovendo.

Aquilo que precisa de uma “segunda opinião” das vistas, não é fé; quando muito, autoengano, temeridade. A idolatria dos que têm fé nos seus “santos”, também é uma doença do mesmo calibre.

Se “a fé vem pelo ouvir, e ouvir da Palavra de Deus”, ainda, “é o firme fundamento das coisas que não se veem”, os olhos não têm parte com ela. Por isso a advertência do Senhor a Tomé: “Porque me vistes, Tomé, crestes; bem aventurados os que não viram e creram.”

Pra alguns, a fé é cega. Entretanto, ela pode “ver” a vida que transcende aos sentidos. Não é algo deficiente das pernas que precise de muletas para andar com dificuldade; antes, uma firmeza tal, que mesmo às circunstâncias mais adversas, inda prevalece confiante. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Essa doença humana da incredulidade, cujas vistas se esforçam pra disfarçar os sintomas, tem sido explorada de modo absurdo, por toda sorte de falsários. O fetichismo que grassa nas igrejas, nada mais é do que isso: Oferecer uma muleta à descrença, para que essa se apoie nesse pretenso símbolo de fé, que, se existisse deveras, não careceria, tais espantalhos.

Não bastassem as “rosas ungidas”, sal, toalhinhas, fronhas, lâmpadas, e o diabo a quatro, “terra de Israel”, muitas dessas guarnições de aves de rapina, também trazem uma réplica da Arca da Aliança, para saciar a fome das vistas, de uma geração que se recusa a crer.

Quem conhece À Palavra e está atento aos tempos vividos, se vê repleto de sinais, que testificam a veracidade das profecias, bem como, a urgência de salvação, para os que ainda a desconhecem.

Porém, o problema maior é que os fetichistas da vez, acoroçoados por mensagens mercenárias de falsos profetas não têm a salvação como horizonte, quando frequentam tais ambientes. O alvo sempre é um “upgrade” financeiro, emocional, quiçá, uma cura.

Tomar o “Jugo de Jesus” e renunciar a si mesmo para salvação, seria esperar demais, sobretudo, porque as mensagens que ouvem não apontam nessa direção.

A Palavra deixa categórico qual é o objetivo da fé; “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” I Ped 1;9

Não precisamos de mais revelações que as que estão na Palavra para interpretarmos o “sonho de Faraó” e nos precavermos ante o que está por vir. 

O mundo caminha célere para o totalitarismo global, imposição do ecumenismo, destruição dos valores cristãos, fim da liberdade de credo, de expressão, de culto, destruição das famílias.

Quem for prudente encherá os “celeiros” enquanto a “colheita” de liberdade permite; para que, nos dias do estio não pereça de fome.

Deus não pode ser coagido a fazer o que não quer; naqueles dias, em tempos de calmaria profanavam-no; nos dias de combate levaram a Arca ao Front, para que Deus pelejasse por eles. Nada. A Arca foi tomada pelos inimigos e eles sofreram amarga derrota.

A pior geração de todos os tempos, os pés de barro vistos por Daniel, é onde estamos. Em todos os quesitos; honra, cultura, valores, sabedoria, fé... A única coisa em veloz expansão é a tecnologia, o que acelera os meios, sem impedir o apodrecimento dos fins.

Muitas pessoas de baixíssima estatura estão em lugares altos; grassa como nunca o “triunfar das nulidades.”

Como O Eterno não É sujeito à ação do tempo, não carece dos “revisionismos politicamente corretos” dos teólogos liberais que profanam Sua Santa Palavra.

Não importa quão moderninha se pretenda a vida; a essência segue a mesma: “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele...” Jr 6;16

Muito barulho político, religioso, assoma para confundir; mas, no fundo é simples: “... o erro dos tolos os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Os retirantes


“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco...” I Jo 2;19

Há uma saída que é física visível; outra, espiritual; negação da fé, mesmo permanecendo junto, a apostasia. 

A primeira, pelo menos é honesta; pois, tendo dificuldade para conviver com os santos, o sujeito muda de ares. “Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1;5

A saída dos que ficam de corpo presente, se dá quando, a porta estreita se vai alargando; mediante apóstatas infiltrados, as doutrinas de demônios, ou mesmo humanistas que, furtam à Palavra de Deus.

Por falta de uma mensagem sadia, esses falsos obreiros começam infiltrar adulações, onde deveriam pregar A Santa Palavra apenas.

Como um abismo chama outro, logo, os pregadores de facilidades cercam-se de incautos que desejam ouvi-los, mais que aos que pregam a mensagem sadia. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Aqueles, pois, que, pregando o fazem alheios à sã doutrina, são os mais nocivos; os que saem ficando.

Além de nada produzirem para a salvação, ainda desencaminham outros que estavam chegando a ela; “Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” II Ped 2;18 e 19

Como vemos, não basta alguém se dizer servo de Deus; precisa viver vitoriosamente Nele.

Quando vale à pena, pois, devemos ser mais que polêmicos, combatentes. De certa forma as heresias que se tentam infiltrar são a pedra de toque que mensura a veracidade da nossa fé; “Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Cor 11;19

Tantos “pastores” que acham que O Eterno É biodegradável deveriam reler Hebreus 13;8 “Jesus Cristo É O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.”

Ele assegurou: “Passará os Céus e a Terra, mas, Minhas Palavras não hão de passar”. Então todo o pastor moderninho revisionista que acha que A Palavra precisa ser atualizada, é apenas mais um que saiu de nós.

Terá seguidores aos milhares, pois, as pessoas buscam mais por facilidades que pela verdade. A questão não é ser seguido por muitos, mas, para onde; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Se sucumbem apenas às seduções, como agirão quando a apostasia oficializada for lei?

Ouvi de um “pastor” defensor do homossexualismo, mais ou menos o seguinte: “Como recusar os céus a tantas pessoas lindas, enquanto há tantos fariseus infiltrados nas igrejas?”

Primeiro: Um erro não concerta outro. Usar tal argumento é tentar se lavar com lama. Os hipócritas infiltrados não serão salvos; o Senhor separará o joio do trigo; e adjetivar de lindas, pessoas dadas a um comportamento que, A Palavra de Deus chama de infame, abominável, é levar às últimas consequências o conselho de Satanás; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Quem disse que o belo a nós é o mesmo que aos Olhos Divinos? “Dai ao Senhor a glória devida ao Seu Nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.” Sal 29;2

A Palavra é categórica: Não somos chamados a um encaixe com esse mundo e seus valores invertidos; antes, a uma ruptura, sem a qual, sequer experimentaremos a Divina Vontade. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Cheio está o universo virtual de “investidores de palco” dispostos a te ensinar tudo, em troca de alguma relevância nesse espaço.

Mas, a Obra de Cristo é demonstrada, deveras, naqueles cuja transformação, a novidade de vida, salta aos olhos. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3

Chegaremos a um ponto, breve, em que não serão possíveis mudanças; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Por isso a urgência de decidirmos por Cristo enquanto inda podemos. “... Hoje, se ouvirdes a Sua Voz, não endureçais os vossos corações...” Heb 3;15

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Não somos daqui


“Os lábios dos que se levantam contra mim e seus desígnios me são contrários todo dia.” Lam 3;62

Não apenas muitos lábios eram contra Jeremias; também os desígnios, propósitos.

O ser humano normalmente é gregário; gosta de viver em sociedade; a ideia que, de repente todos são contra nós não desce muito bem.

Todavia, quando chamou ao jovem para profeta O Senhor o avisou das contrariedades que ele enfrentaria. “Porque, eis que hoje te Ponho por cidade forte, coluna de ferro, muros de bronze, contra toda a terra; contra os reis de Judá, contra seus príncipes, contra seus sacerdotes e contra o povo da terra. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque Eu Sou contigo, diz o Senhor, para te livrar.” Jr 1;18 e 19

Ele atuaria contra tudo e contra todos, mas, estaria com Deus. Não há retrato mais eloquente da apostasia, que, estando alguém com Deus, se veja contra tudo mais. Isso mostra que todos, já estavam contra O Eterno.

A armadilha que muitos pregadores caem, é o desejo de atuar para agradar suas plateias. O Salvador colocou nossa rejeição como desejável, mais que a aceitação. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa.” Mat 5;10 e 11

O aplauso humano, a exaltação, costuma ser um demérito ante o olhar celeste. “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Aquele que desejar se encaixar aos mundanos padrões, não serve para o necessário confronto que Deus propõe.

O que é famigerado ecumenismo em célere gestação, senão, um acordo global de serem todos contra Deus? O Senhor sentenciou: “... ninguém vem ao Pai senão, por Mim.” Jo 14;6 No entanto, todos os credos, por esdrúxulos que sejam, contraditórios, serão tidos por válidos; cada um “servirá a Deus” à sua maneira. Pior, os remanescentes que insistirem em se manter fiéis à Palavra Divina sofrerão escárnios, açoites, perseguições.

Enquanto O Eterno “condena” Suas criaturas ao direito de fazer escolhas, os sistemas oriundos da oposição não convivem bem com a liberdade. Todos os credos serão permitidos, livres, exceto, crer em Deus segundo a Sua Palavra. Eis a “liberdade” do Capiroto!!

Sendo O Criador O Todo Poderoso, bem poderia tolher aos que se lhe colocassem contra; mas, apenas adverte das consequências das escolhas, enquanto, as permite. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A contrariedade à qual somos chamados na conversão respeita às nossas próprias inclinações interiores, sempre opostas a Deus. “Negue a si mesmo”, “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Vivemos numa geração viciada em bajulações, lisonjas, falsas profecias, concomitante a certa aversão pela Palavra, na qual está nossa vida.

Queremos coisas de valor eterno ao custo de bagatelas efêmeras. Ora, o que está proposto aos salvos é “glorioso demais para ser fácil.”

A famigerada frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, de que, “Uma mentira mil vezes repetida se torna verdade”, embora falsa no mérito, é veraz no método, usado nos últimos dias.

Vivemos na pós-verdade; narrativas abafam fatos; os interesses do sistema são impostos no grito, malgrado, flagrantemente falsos.

Então, na reta final da saga Divino-humana, contrariar às narrativas vendidas como verdades será mais perigoso que mero contraditório amistoso, num embate de opiniões. Poderá custar nossas vidas terrenas.

O espírito desse tempo deixa patente, via mídia, política, artes, sua aversão à verdade.

A disseminação da mentira será uma permissão do Eterno, como juízo para quem não amou à verdade; a vinda do fantoche de Satã “é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira;”

Necessariamente temos que escolher: nos opormos ao sistema que governará tudo, ou nos alienarmos de Deus; não haverá meio termo.

Esses “profetas”, entregadores de “chaves”, “código de ativação”, estarão do lado de fora. Os que entram pela Porta, Cristo, precisam de perseverança, não de bajuladores.

Toda escolha virtuosa implica uma contrariedade; não parece difícil aquilatar o que mais vale, entre o aplauso humano e aprovação dos Céus.

terça-feira, 17 de maio de 2022

A voz dos "imbecis"


“Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...” Prov 2;7

A expressão, verdadeira sabedoria, implica a existência de outra, que perante Deus, é falsa.

Dado o conteúdo moral dos verdadeiros sábios, os retos, tal sapiência nunca será mero enunciado de sentenças, cujo viver não confirme; dessa matéria-prima, falar bem e viver mal, são feitos os hipócritas. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

Tiago desafiou a sabedoria a um desfile, não a um discurso; “sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos... Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato, suas obras em mansidão de sabedoria.” Tg 1;22 e 3;13

Ante O Eterno, a sabedoria não tem consórcio com o intelecto apenas; antes, com os fins que, o conhecimento albergado nesse, atinge; pureza, retidão. “A sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade nem hipocrisia.” Tg 3;17

Se, ao menos, algumas pessoas admitissem que não sabem... ante O Santo, falta de noção é mais grave que a privação de sabedoria; “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo que dele.” Tg 26;12 Daí, “... vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” Tg 4;16

Desfilar garbosa sobre a imundícia moral e espiritual é um mal atribuído a uma geração inteira: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Todavia, o antídoto à ignorância sempre foi a busca pelo que falta, não a mordaça. “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente; não lança em rosto, ser-lhe-á dada.” Tg 1;5

Então, o lamento do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, pois a Internet teria “dado voz aos imbecis”, certamente significa, dado ser ele um homem reputado de “notório saber”, que ele deseja que nosso sistema educacional seja incrementado, melhorado, para que, os hoje imbecis, amanhã sejam esclarecidos.

Não?? Meu cavalo acabou de murmurar que o objetivo do “sábio” é usar tal argumento como patrocinador do “controle social da mídia”, frase que, traduzida do eufemismês para o português, significa censura.

Mas, se ele e a maioria dos demais de “notório saber”, não sabem nem mesmo ler a constituição, entender mediante ela a diferença entre democracia e ditadura; o que significa independência e harmonia entre os poderes da República; onde estará excursionando o “notório”, que só notamos sua ausência?

A diferença entre conhecimento e sabedoria, basicamente, é que aquele, pode servir seus préstimos ao mal, enquanto essa, jamais.

Quando pessoas esclarecidas se fazem de tontas para, usando argumentos esdrúxulos defender o mal travestido de bem, então temos o caso denunciado pelo Salvador, da “luz” que são trevas; “Se, porém, teus olhos forem maus, teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

A voz dos tolos apenas retrata-os em suas limitações; enquanto a dos astutos mal intencionados, tenta forjar um lastro virtuoso, sobre o qual, a vileza dos seus anseios doentios pretende passar.

Embora os postos que alguns ocupam demandam uma abordagem respeitosa, seus atos parciais, cretinos, têm potencial de ensejar asco, por sua obscenidade moral.

Quando “universitários” cirandava nus, um “plugado” no traseiro do outro, silêncio ensurdecedor; era “ensino superior”.

Agora que, os desmandos de uma Corte parcial, política, oposicionista barata, quando, finalmente somos dirigidos por alguém decente, são denunciados nas redes, por gente que, superou os efeitos tóxicos do carnaval e do futebol e começou a se ocupar com o que interessa, urge que eles nos controlem.

Ora, falsidade deve ser combatida com verdade; e ignorância com fomento do conhecimento. Para nenhum dos casos, a mordaça é o remédio.

Sempre fomos manipulados do primeiro ao quinto, por um mecanismo corrupto, viciado e vicioso. Finalmente, Deus Proveu um governante que coloca o país, não as vantagens pessoais como prioridades. Os “defensores do povo” espalhados na política, mídia e judiciário passam o mandato todo tentando sabotar. Eis a “democracia” que defendem.

Sempre se disse que a culpa era nossa; O Congresso era o retrato fiel do povo; as manifestações espontâneas em favor do Presidente mostram que não. Não somos tão indecentes assim.

Os eternos “donos do circo” se cagam de medo; o “elefante” descobre paulatinamente sua força. Para eles urge que o espetáculo volte a ser com pulgas amestradas.

Malgrado, sermos pecadores, não somos quadrilheiros. “Quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Prov 29;2

domingo, 15 de maio de 2022

Deus Criou o mal?


“Porventura o contender contra O Todo-Poderoso é sabedoria...?” Jó 40;2

Em nome da Soberania Os calvinistas defendem que Deus decretou tudo de antemão; “eleitos e perdidos”; de modo que, embora o teatro de nossas vidas traga constante desafio a alinharmos nosso viver à Vontade Divina, no fundo, tudo já está decretado; o que tem que ser, será.

Assim, dada a Onisciência do Eterno, tendo Ele criado o anjo que se tornou Satanás, Ele sabia e ainda assim, fez; levada essa “lógica” às últimas consequências, Deus teria criado o mal.

A Palavra traça um limite para as “excursões teológicas” que convém observar; “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém, as reveladas pertencem a nós e nossos filhos para sempre...” Deut 29;29

Nosso escrutínio observável se restringe aos nossos dias; ninharia aos olhos do Eterno; fora disso especulamos. “... mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou...” Sal 90;4 “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos; se, alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta, vamos voando.” v 10

Na saga de Jó, em suas queixas evocou seu tratamento aos pobres, órfãos, viúvas, sua retidão em questões morais, seu respeito à dignidade das mulheres, sua fé... tudo, como não poderia ser diferente, coisas atinentes aos dias de sua vida.

Quando O Eterno resolveu falar, a primeira das dezenas de perguntas que fez o deslocou ‘um pouco;’ “Onde estavas tu, quando Eu Fundava a terra?” Jó 38;4 Depois, uma série de questões mais, do mesmo calibre.

Então, ficou visível ao infeliz patriarca que há pleitos bem maiores que, a breve vida humana, disputas que remontam à eternidade, das quais desconhecemos as minúcias.

Depois de Jó ter se arrependido e reconhecido sua temeridade, Deus cuidou dele restituindo seus bens em dobro.

Nossa atuação, embora reputemos restrita à nossa existência terrena, também respeita a coisas que a excedem. Uma plateia eterna nos assiste; “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus”. Ef 3;10 “Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o Evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.” I Ped 1;12

Pois, ante os anjos, a dona tentação também desfilou garbosa, quando um deles inflamou em orgulho por causa da sua formosura, se tornando Satanás. “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.” Ez 28;17

O Todo Poderoso, Onisciente, sabia de antemão que isso aconteceria. Mas, estancarmos O Divino Saber aí, é temerário, imprudente.

Acaso O Eterno não sabia também da necessidade do Calvário? O que significa quando diz que “O Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo?” Quando aceitou a missão, aos Olhos Eternos, foi morto. Assim, quem acusa ao Santo de ter criado o mal, deve acusá-lo também de ter enviado O Redentor.

Mas, por quê proveria um “remédio” de tão alto custo, para nos redimir do mal, se, Ele tivesse algum interesse na criação do mesmo?

Como quem se submete a uma cirurgia, quimioterapia, ou similar, em busca da saúde, sabe dos transtornos que terá; mas, em vista do bem final, a saúde, “paga o preço” necessário.

Um dos “Problemas” do Eterno é que Ele É Amor; e o amor, “... não busca seus interesses...” I Cor 13;5 Como o pai do Pródigo, bem sabia onde a esbórnia do filho inquieto daria; mas, seu amor proibiu de proibir a excursão.

O Eterno É Culpado de nos amar tanto, que nos “condenou” à liberdade; embora Ame também à justiça, o que nos força a sermos consequentes.

Tivesse criado seres impecáveis (incapazes de pecar) em quê seriam superiores aos robôs? Se fizesse meros autômatos que nós também podemos, em quê nos seria superior?

Frutos que dão na Árvore da Ciência não são os mesmos da Árvore da Vida.

Acaso nós, chamados por Cristo ao “Negue-se” fazemos isso por gostar dos custos da renúncia, ou, pelo prêmio eterno prometido aos fiéis?

Mais facilmente sucumbem os seres criados perfeitos, à inquietação de conhecer algo novo, como anjos e o homem caíram, que outros, reciclados, que, conhecem as dores da alienação a Deus, desejariam voltar à miséria de onde foram tirados.

Quem disse que o Trabalho do Criador acabou? Cada feixe de luz que acende ante teus olhos é um chamado para galgares um degrau mais, rumo ao lugar onde Ele te quer.

sábado, 14 de maio de 2022

A necessária leveza


“Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

Esperável do “Juiz de toda a Terra”, que a justiça paute Suas Ações. Quando diz que Ele não nos sobrecarrega, significa que não requerer que portemos uma carga maior que nossas forças.

Após ensinar as consequências, tanto da obediência, quanto da rebeldia, O Eterno “condena” os Seus, à liberdade de escolha.
“Os Céus e a Terra Tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te Tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência;” Deut 30;19

Deus não manda ninguém para o inferno; antes, chama todos a Si; a ida para lá é uma escolha humana, por cegueira, incredulidade, rebeldia, autonomia, não importa. No fundo, todas as variáveis derivam do conselho que sugeriu a independência humana em relação ao Criador. “Vós mesmo sabereis o bem e o mal”.

Esse “sabereis” é a maior "fake” de todos os tempos. Pois, se os homens deveras, soubessem as consequências das escolhas perversas não as fariam. Se, não por amor, obediência, ao menos, por esperteza.

Após a queda o homem já não pode escolher o bem, sem a bendita regeneração em Cristo.

Paulo explica os dilemas da boa vontade alojada num corpo refém do pecado; “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim; quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;19 a 21

Ao pensar numa carga Divina devemos ter como “carregados” os que decidem dar ouvidos ao Senhor. Apenas esses poderão se evadir ao juízo; o mundo já está perdido.

Jesus não veio falando com quem poderia ser, eventualmente, morto; mas, com quem já estava. “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Os que ouvem O Divino Chamado devem tomar para si a carga correspondente; “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

O jugo, nada mais é que submissão completa a Deus; “achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;8

Aprender Dele, excede em muito ao preencher de uma lacuna intelectual; deve moldar nosso viver; mais do que saber, devemos permanecer na Sua Palavra. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Conhecedor da natureza humana após a queda, (Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus... Rom 8;6 e 7) O Eterno capacitou, mediante O Espírito Santo, os que O recebem Cristo, a levarem a carga necessária, que mantém o homem livre do juízo. “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Semeadura e ceifa, muitos entendem mal, como se fosse uma via de salvação mediante obras; incide sobre os que recebem Jesus. Só esses têm a opção de “semear no espírito”, embora, também possam fazê-lo, na carne.

Seria um escárnio se, alguém abraçasse apenas o rótulo, seguisse vivendo conforme os disparates do mundo, e herdasse com Cristo; não! “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Como uma lousa totalmente escrita não pode receber um texto legível sem que aquilo seja primeiro apagado, nossas almas precisam “apagar” tudo do modo mundano entranhado, para que possamos “ler” a nova direção.

Antes da carga Divina precisamos nos esvaziar de nós mesmos; “Deixe o ímpio seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Para a carne rebelde a obediência é insuportável, aos que andam em espírito, a novidade de vida enseja uma leveza e segurança que não querem mais perder; “Porque Meu jugo é suave e Meu fardo é leve.” Mat 11;30

quinta-feira, 12 de maio de 2022

No apagar da Luz


“... Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Jo 10;21

Se pode abrir os olhos de alguém literalmente, curando da cegueira; ou, figuradamente, no sentido de aclarar o entendimento, ensinar, advertir, informar, fazer entender.

No caso, tratava-se de uma cura que O Senhor fizera; quando alguém atribuiu Seus Ensinos aos demônios, o feito foi usado como argumento: “Pode um demônio abrir os olhos aos cegos?” Afinal, “Pelo fruto se conhece a árvore.”

Muitas curas são operadas por gente que debita isso a certos espíritos, “guias” “rezas” “benzeduras”; invocações ausentes nas Escrituras; portanto, não oriundos de Deus. Essas coisas costumam ter um custo espiritual imenso; enquanto, “A bênção do Senhor enriquece; não traz consigo dores.” Prov 10;22

Não significa que alguém curado se tornará Seu servo, necessariamente; Jesus curou dez leprosos e apenas um voltou para agradecer. “Um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; era samaritano. Respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? Onde estão os nove?” Luc 17;15 a 17

Os judeus deram as costas; o estrangeiro voltou, agradecido. Como disse Paulo: “Se formos infiéis, Ele permanece fiel.” II Tim 2;14

Todavia, se “curas” periféricas o inimigo até encena, algo dessa grandeza, restituir a visão a um cego, faltam registros de que tenha acontecido; senão, pelo Espírito de Deus.

Assim como um mago faz seus “milagres”, o simples adjetivo de ilusionista, já deixa patente que, seu “poder” reside na arte de ludibriar, enganar. Também, os “prodígios da mentira” normalmente são mais mentirosos que prodigiosos.

Um desses, quando viu os milagres operados pelos apóstolos desejou ser como eles; porém, invés de “nascer de novo” em Cristo, quis um atalho forjado pelo dinheiro; Pedro advertiu: “Teu dinheiro seja contigo para perdição, pois pensaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque teu coração não é reto diante de Deus.” Atos 8;20 e 21

Dos “milagres” do canhoto A Palavra de Deus diz que a vinda do seu milagreiro mor “... é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

Seus métodos: mentira, engano, injustiças... seus “pacientes”, os que perecem por não amar à verdade.

Sobre esses, depois de os ter cegado, deita e rola; “Mas, se ainda o nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4 Cegueira de entendimento, compreensão do significado do Evangelho.

Normalmente a cegueira soa conveniente aos incrédulos, com ela se identificam, por não os “incomodar”; deixar que durmam o sono da morte sem as demandas que acompanham à Água da Vida.

Quem pensa que somos chamados para um bom encaixe com os descaminhos do mundo, ainda não entendeu o significado da “porta estreita”; nosso desafio é para um bom confronto espiritual, firmados na Doutrina de Cristo; ou, como disse Paulo, o “bom combate.”

O Salvador denunciou que Sua Luz fora rejeitada, pela identificação preferencial com o mal, por aqueles que Tentara iluminar; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Se, como vimos no exemplo dos leprosos, alguém curado fisicamente pode dar as costas ao Senhor, outrem iluminado espiritualmente, dificilmente fará isso;

se o fizer, patrocinará uma segunda crucificação; “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Embora os demônios não possam curar, podem arrastar ao curado, para a cegueira novamente. A luz espiritual não é para vermos apenas; mas, para moldar nosso andar. “se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

terça-feira, 10 de maio de 2022

Rejeição à Vida


“... A Palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa, não gostam dela.” Jr 6;10

As contradições sofridas por Cristo são a prova mais eloquente de, quanto A Palavra de Deus é rejeitada. Escolher pontualmente um texto, qualquer um faz; colam na geladeira, nos carros; a maioria das seitas deriva suas idiossincrasias de alguma porção bíblica.

O Espírito Santo disse, mediante Simeão, Jesus seria contraditado à morte. Não até ao tempo de morrer; mas, ao disparate de ser morto, pelos contradizentes. “... Este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado; uma espada transpassará também tua alma, (de Maria) para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;34 e 35

Podemos perceber que O Eterno levou a liberdade de expressão às últimas consequências; os religiosos de então, levaram sua rejeição à Palavra de Deus, até o mesmo ponto.

Quando é preciso matar alguém por causa do que ele diz, essa é a maior prova que, sua fala não é de pequena relevância. As Escrituras ensinam que, “O ouvido prova à palavra como o paladar prova aos alimentos.” Como, as “Palavras de Vida Eterna” demandam uma morte antes do ingresso à vida, para quem as ouve, inicialmente, têm um cheiro de morte, de cruz.

Por isso, Paulo pontua a diferença para uns e outros; “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles, cheiro de vida para vida.” II Cor 2;15 e 16

Não há neutralidade; ou, o homem nega a si mesmo submisso à Palavra de Deus, ou acabará negando a Deus, se fazendo adversário resiliente da verdade. “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Alguns tentaram um meio termo, mas, Deus considerou rejeição inteira. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Saber teorias corretas, divorciados da prática, nos faz mais réprobos que, os que não sabem; “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

A incredulidade é multifacetada; uma das formas mais cretinas de se negar a Deus é fingir que O Serve, enquanto, o coração egoísta serve-se das coisas que pode
.
Quem tiver alguma dúvida sobre a aversão À Palavra, por esses barulhentos em torno dela, faça cultos de estudo, escolas bíblicas e veja quais e quantos, comparecerão.

Essa geração carece urgentemente, ser lavada, e pensa que sua necessidade é de ser bem sucedida; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Embriagados de egoísmo anseiam por “profetas” segundo seus porres; onde já vimos isso? Ah, “Se houver alguém que, andando com espírito de falsidade, mentir, dizendo: Eu te profetizarei sobre o vinho e bebida forte; será esse tal o profeta deste povo.” Miq 2;11

Hoje, grassam os que “profetizam” chaves, portas, restituições, riquezas terrenas, humilhação de adversários, exaltação da carne; recebem estima e pagamento proporcional, para mentirem a uma geração avessa à Palavra da Vida, que nem se importa de perecer por falta de conhecimento.

Nossa omissão facilita o trabalho do furo-olhos; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a Luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Oportuna a figura de Belsazar; cheio de cultura inútil alienado do Deus Vivo; “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Urge entendermos que A Palavra de Deus não é um manual para conquista de bens terrenos; antes, um Escudo, para proteção do bem maior, a vida; “O salário do pecado é a morte;” Rom 6;23 “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;11

Não traz uma reformulação onde preponderam nossas inclinações rasas envernizadas com cacoetes bíblicos; antes, uma transformação, onde o vidro e o diamante ocupam, cada um, o devido lugar; “Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, assim são os Meus Caminhos mais altos que os vossos, e os Meus Pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;9

Quem rejeita os caminhos delineados pela Palavra, que se desiluda das promessas nela contidas, também; apenas, “o que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

domingo, 8 de maio de 2022

Mais perto quero estar


“Começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos. Entrando Ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com Ele.” Mc 5;17 e 18

Os que estavam “bem” queriam que O Salvador se afastasse, que saísse dos seus termos; o que fora possesso, recém liberto, desejava andar com Jesus.

Normalmente as coisas são assim. Quem viu ao capeta mais de perto valoriza a salvação que Cristo oferece. Os que presumem que estão bem, optam por desprezar à Água da Vida, como se, dela nem precisassem. “Você não apreciará devidamente a Misericórdia de Deus, até ter conhecido a severidade do Diabo.”

Enquanto O Senhor busca Se Revelar, o Capiroto, autocrítico, precisa disfarçar-se; quiçá, negar a própria existência. Quanto mais o traíra conseguir se esconder, menos as pessoas perceberão quanto necessitam do Senhor.

Foi assim quando Cristo Veio. Os errantes pelos descaminhos do inimigo desejaram ouvi-lo; os que estavam “bem” endureceram-se contra Ele. “Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes, mas os publicanos e as meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;31 e 32

A “bondade” dos ruins que os faz acessíveis ao Salvador é que suas mortes espirituais estão mais “vivas” que a dos presunçosos com verniz religioso. Presunção é a maldade dos “bons”.

O Evangelho caminha sobre uma “terra arrasada”; nivela todos ao patamar da morte espiritual, não é bem recebido pelos que ocupam lugares mais altos. Deus não tem preferência por pobres ou ricos; chama aos “pobres de espírito”, barco no qual estamos todos, mas, só percebem isso os humildes.

A missão do precursor do Senhor era patentear isso: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus. Todo vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido...” Is 40;3 e 4 

Nivelar os do Sinédrio, às meretrizes e aos publicanos era uma “desigualdade” que feria o orgulho dos religiosos.

O Senhor disse que falava com mortos, independente das condições sociais; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus, os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Quem são os mortos espirituais? Pecadores; “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23 

O Único sem pecados É O Senhor, fica lógico entender o “Sem Mim nada podeis fazer.” Pois, “... nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, e feito mais Sublime que os Céus;” Hed 7;26

O “descanso para as almas” aos que fossem a Ele, implicava, e ainda implica, no “novo nascimento da Água e do Espírito.” A alma é impotente para enfrentar às inclinações pecaminosas da carne; “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus...” Rom 8;6 e 7

Nem se trata de querer ou não, fazer a coisa certa; mas de não poder, sem Cristo. “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” Rom 7;22 e 23

Por isso a necessidade da cruz, de mortificar às más inclinações para andar segundo a Vontade Divina.

A primeira dádiva aos que recebem O Senhor, é poder “andar com Ele” ou, poder agir conforme, as demandas do espírito regenerado; “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

Enfim, a qual distância nos convém estar de Cristo, é o melhor aferidor de nossa salvação. Queremos estar com Ele, ou que Ele se afaste?

Muitos camuflam sua aversão ao Senhor “justificando-se” atrás de erros dos cristãos. O Senhor mesmo ensinou que serão inevitáveis os escândalos; e quanto mais Sua Palavra se cumpre, mais patente fica o quão Digno de crédito Ele É.

“... Digno És de tomar o livro e abrir os seus selos; porque Foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, língua, povo e nação;” Apoc 5;9