segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Neofatalismo


“Alegra-te, jovem, na tua mocidade, recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos do teu coração, pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Ecl 11;9

Aparente liberação para que os jovens extravasem seus desejos, com a advertência que tais, terão consequências. Não mais que uma ironia, portanto.

A Palavra de Deus sempre traz o homem como “condenado a fazer escolhas”; um ser arbitrário, logo, responsável; diferente da visão fatalista.

O fatalismo é uma chave-mestre que abre diversos armários, permitindo que eu pendure minhas roupas sujas onde eu quiser. Mas, segundo Deus, nossas semeaduras trarão, necessariamente, colheitas. Minhas escolhas gerarão “boletos” com meu nome como devedor.

A crença num destino pré-determinado, ante o qual não temos escolhas, permeava a cultura grega antiga; esse modo de pensar dos helenos influenciou romanos, hebreus, pregadores, o alemão Nietzsche, e chegou aos nossos dias. A questão básica é: Somos agentes dos nossos destinos, ou, meros pacientes? Noutras palavras: Somos reflexos das nossas escolhas, ou, já estava escrito como seríamos?

Na tragédia, “Édipo, o Rei”, o oráculo de Delfos previu que o menino mataria ao seu próprio pai; então, para evitar um destino tão cruel, ele foi levado para Corinto; criado sem sequer conhecer seu genitor, temendo tal catástrofe. 

Entretanto, já adulto, teve um desentendimento com um estranho durante uma viagem, com o qual brigou; a luta resultou na morte do seu opositor. Só bem mais tarde ele veio a saber que, aquele que matara era seu próprio pai. Assim, nada valeu tentar evitar o parricídio profetizado pois, ao fugir, acabou facilitando as coisas, cumprindo a sina à qual estava fadado; não teve escolha. Essa forma de crer era comum entre os gregos.

Sua literatura era permeada por tal conceito; sua mitologia trazia vasta gama de “deuses” com vícios bem rasos, ao estilo dos humanos.

No meio teológico há séculos duas correntes disputam; os ditos Arminianos, que creem no arbítrio como prerrogativa dos salvos, e os Calvinistas, que advogam que Deus já predestinou quais serão salvos. Ele faria Sua graça irresistível para esses eleitos, enquanto, soaria desprezível aos demais. Com o devido respeito aos que pensam assim, tal atitude feriria a justiça, que Deus tanto ama.

Certa vez, por ocasião de um massacre de na cidade de Newtown em Connecticut, Estados Unidos, alguns “cientistas” pretenderam estudar o código genético do assassino, Adam Lanza; para descobrir, se possível, os genes da maldade. Se, ele já trazia essa “carga genética”, estava fadado a isso, não teve escolha; era mero peão, nas “mãos de Deus?”

Uma coisa é preciso que entendamos; se, a maldade tiver causas biológicas, deixará de ser maldade e se converterá em enfermidade. Desse modo, uma vez confirmado isso, teremos que implodir nossos equivocados presídios e construir mais hospitais. Afinal, há tantos políticos que definem estupro e pedofilia como doenças. Inevitável pensar nas “drágeas Bolsonaro” como cura.

Interessante que esses que creem no determinismo genético, ou no fatalismo providencial, aplicam sua “crença” apenas no âmbito moral e espiritual.

Nas coisas práticas da vida, são bem arbitrários, consequentes; afinal, estudam, preparam-se para ser médicos, psicólogos, engenheiros. Fazem uma escolha e perseveram nela; trabalham, acreditando nas consequências da mesma; os políticos se esforçam por inflar o roubo coletivo oficializado, que chamam de Fundo Eleitoral; mas, por uma questão de coerência, não careceriam nada disso; poderiam se “jogar nas cordas” afinal, seriam um dia, aquilo que nasceram para ser, independente das opções. Com ou sem campanha, os “escolhidos” pelo Fado acabariam eleitos.

Não gosto de desonestidade intelectual; pois, como caçadores noturnos, esses desonestos usam a luz para cegar às presas; invés de, como líderes probos usarem-na para iluminar. Cristo apreciou tal “Luz”; “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Claro que trazemos alguns dons inatos! mas, nosso existenciário, educação, e formação moral, forjam nosso “paladar adquirido” e, são placas confiáveis que indicam, aonde a vereda da vida nos vai levar.

Afinal, se eles estiverem certos, nem mesmo o pleito entre arbitrários e fatalistas fará sentido; pois, uns nasceram fadados a crer de um modo, outros, de outro. “Cada qual no seu quadrado”.

A bem da verdade, o fatalismo é muito conveniente à má índole; pois, transfere à divindade, providência, destino, acaso, a conta pelos estragos das escolhas desastrosas feitas espontaneamente.

Por isso, muitos, mesmo “não tendo escolha”, escolheram crer assim. Para os tais, soa menos humilhante morrer do câncer da indiferença irresponsável, que submeter-se à luz da verdade, e ao ridículo exame de toque, em suas consciências.

“O fatalismo é sempre uma doença do pensamento ou uma fraqueza da vontade.” Paolo Mantegazza

O duro coração de Faraó


“O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, este não os quis deixar ir.”

Críticos lendo textos assim dizem que há injustiças em Deus; afinal, teria endurecido o coração do soberano para que não obedecesse, e o punido com pragas, pela desobediência.

Todavia, como disse Jó, “... ao meu Criador atribuirei justiça.” Jó 36;3

Paulo ampliou: “... sempre seja Deus verdadeiro, todo o homem mentiroso...” Rom 3;4 ainda, Agostinho: “lendo a Bíblia encontrei muitos erros; todos, em mim.”

Após esses três testemunhos de peso a favor da Integridade Divina, o problema do endurecimento do coração de Faraó permanece clamando por uma solução.

Ainda em Jó temos: “Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

Filósofos fazem distinção entre fenômeno e númeno. O primeiro seria a coisa como parece; o segundo, a coisa em si, como é; a despeito de nossa percepção.

Por exemplo: A Terra gira; dizemos que o sol nasce ou se põe. É assim que percebemos as coisas; nosso corpo ganha peso e dizemos que determinada roupa ficou apertada; foi o corpo que mudou, não a roupa; etc.

O homem natural não pode agir como filho de Deus. É refém da carne, alienado de Deus; “A inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus...” Rom 8;6 e 7

Por isso, a primeira mudança nos que recebem a Cristo é uma capacitação, para contrariar essa tendência natural; “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Isaías dissera: “... Tu És o que fizeste em nós todas nossas obras.” cap 26;12 As boas obras, acrescento. As más tem nossa autoria, pela inclinação natural já vista.

Essa é a atuação do Espírito Santo, mediante A Palavra de Deus; persuadir corações, rumo ao entendimento e prática da Santa Vontade. O homem sozinho não consegue; daí, “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Deus não precisa intervir para que façamos o mal; a gente se vira “bem” sem Ele. O inimigo, a carne e o mundo patrocinam a empresa.

Mas, como vimos, a prática da justiça requer um reforço celeste, senão nossos esforços fracassarão. Assim, O Eterno não “endurece corações” no sentido de os fazer maus; antes, no de não interferir para refrear a má tendência. Deixa o rebelde entregue a si mesmo; “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo que dele.” Prov 26;12

Em suma: Deus deixava Faraó entregue a si mesmo; o resultado eram ações teimosas de desobediência; o fato. “Deus endureceu o coração de Faraó” a percepção humana do mesmo.

Ele deixa patente Seu amor, cujo prazer é consorte do arrependimento e salvação, não de algum sadismo, doença humana. “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...? Ez 33;11

O mesmo Ezequiel aliás, mostra como O Senhor “amolecia” seu coração para obediência: “Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então ‘entrou em mim o Espírito’, quando Ele falava comigo, me pôs em pé e ouvi o que me falava.” Cap 2;1 e 2 O Senhor ordenou algo; Seu Espírito ajudou o profeta a obedecer.

Ainda é assim; A Palavra evidencia a Vontade Divina para nós; O Espírito Santo em nós, nos ajuda a obedecê-la; a quem o ouve e se submete é claro! Ninguém é forçado ao que não quer. “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

A Santa Palavra ensina que devemos nos inconformarmos com uma série de coisas “normais” que nos rodeiam, para termos acesso ao sobrenatural que nos quer habitar; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;2

Deus não cria ímpios pela sina de punir; regenera-os pelo prazer de perdoar. Todavia, muitos seguem insistentes no erro, avessos ao Seu Amor que chama, desviam-se da ventura porvir, reservada aos salvos; escolhem o “dia do mal.” Ainda assim pertencem ao Criador. Não há autonomia possível.


O que existe é possibilidade de escolha; seguir de coração endurecido, ou dar ouvidos A Cristo, para salvação.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Aves Noturnas


“Tornaste meu pranto em folguedo; desataste meu pano de saco e me cingiste de alegria.” Sal 30;11

Uma mudança emocional, dos lamentos para festa; “tornaste meu pranto em folguedo;” depois, mudança de vestes; “desataste meu pano de saco e me cingiste de alegria.”

No mesmo salmo o autor equacionara tristeza com a Ira Divina, e alegria com o favor de Deus; “Porque Sua ira dura só um momento; no Seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” v 5

Antevendo o Messias, Isaías disse que Ele viria, para “Ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que Ele seja glorificado.” Is 61;3

Se, essas transformações em nós devem culminar na Glória de Deus, é porque Ele Se alegra sendo partícipe da nossa alegria.

E, pelo Ministério do Messias se traria "glória em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de tristeza, para que fossem chamados, árvores de justiça...” implica que, fora por ter capitulado à injustiça, que acabaram na tristeza.

Quando um anjo anunciou a vinda do “Senhor Justiça Nossa” disse: “Não temais, porque vos trago novas de grande alegria, que será para todo povo.” Luc 2;10

Salomão usou “noite” como figura de trevas espirituais, impiedade; “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4;19 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” v 18 A mudança do escuro para a luz é gradual e constante.

Diferente da alegria natural que geralmente deriva de circunstâncias externas, é pontual, efêmera, alegria no Espírito tem a ver com nossa proximidade de Deus; como o fato Dele estar alegre conosco; “... portanto não vos entristeçais; porque a Alegria do Senhor é vossa força.” Ne 8;10

O aumento de bens via uma safra abençoada era motivo de júbilos naturais; estar em comunhão com O Santo enseja alegrias sobrenaturais que só quem sente conhece; “Puseste alegria no meu coração, mais que, no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.” Sal 4;7

Jesus Cristo ensinou: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eu vos digo: Levantai vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para ceifa.” Jo 4;35

O homem se alegra por bens terrenos, Deus sente o mesmo por salvar almas. “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Luc 15;10

A tristeza tem dois aspectos distintos; segundo o mundo e segundo Deus; também a alegria. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera morte.” II Cor 7;10

Salvação é a “noite” que acaba transformada em alegria; a tristeza segundo Deus onde Seu Espírito nos persuade ao arrependimento, e então, “alegria vem pela manhã”.

“Minha alma anseia pelo Senhor, mais que os guardas pela manhã, mais que aqueles que aguardam pela manhã.” Sal 130;6

O mundo tem suas “alegrias” de plástico; devassidões como o famigerado carnaval, cujo frêmito depende do concurso de drogas, bebidas, promiscuidade; numa sincera autocrítica acaba em cinzas, na quarta-feira.

O Senhor oferece “óleo de gozo por cinzas...” O fim da noite com alegria pela manhã.

Porém, como certas aves possuem hábitos noturnos, ímpios preferem o império das trevas, o dia lhes mete medo. “Porque a manhã para todos eles é como sombra de morte; sendo conhecidos, sentem pavores da sombra da morte.” Jó 24;17

Os que se escondem quando a manhã chega seguem ainda a saga de Adão que foge ao ouvir a Voz de Deus. A alegria com Cristo está depois de um funeral, onde o ego, o si mesmo precisa ser sepultado pelo arrependimento. “Melhor é ir à casa onde há luto que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

O Salvador alertou que Seus discípulos teriam breve noite pela Sua separação e Morte; e um dia que não findaria, graças à Sua ressurreição; “Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e vosso coração se alegrará; a vossa alegria ninguém vos tirará.” Jo 16;22

Para os salvos, “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia...” Rom 13;12 e 13

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Questão de peso


“Agora, pois, ó Israel, que é que O Senhor teu Deus pede de ti, senão ... que guardes os mandamentos do Senhor, Seus Estatutos, que hoje te ordeno, para teu bem?” Deut 10;12 e 13

Quando entendermos que, os nãos de Deus significam Sua proteção, mais que Seu veto; ou, que Seus mandamentos, invés de tolher “direitos” atuam para nosso bem, então, veremos as coisas como, deveras, são.

Tendemos a ter os mandamentos como castração de liberdade, restrição de direitos, estreitamento de vida; entretanto, Aquele que sabe onde os caminhos levam, conhece o fim desde o começo, o que o que cada semente produz, adverte que o erro de avaliação pode ser letal; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Quando prescreve que entremos pela porta estreita, não o faz por algum prazer sádico de nos ver andar estreitados; mas, pela Sabedoria Amorosa a antever, que, na amplidão, nos perderemos.

Embora, o motivo dos Divinos encargos seja Seu amor, ama também à justiça, a qual, demanda que seja um muro, um limite para os que tencionam ser Seus. “Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

Sobrecarga significa peso excessivo. Um sábio não requereria de ninguém que levasse uma carga maior que suas forças. O príncipe desse mundo que veio para roubar, matar e destruir, não está nem aí se alguém for esmagado sob sua carga; desconhecendo amor, misericórdia, compaixão e demais sentimentos nobres, se satisfaz em sua sanha destrutiva.

O Criador se preocupa até com cargas dos animais; ordenou que se superassem divergências, para socorrê-los, quando fosse o caso; “Se vires o jumento daquele que te odeia caído debaixo da sua carga, deixarás, pois, de ajudá-lo? Certamente o ajudarás a levantá-lo.” Ex 23;5

Quanto mais, com os que Criou com Suas Mãos, para serem Reflexo de Sua Santa Imagem? Por isso O Salvador chamou-os: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós Meu jugo, aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas. Porque Meu jugo é suave, Meu fardo, leve.” Mat 11;28 a 30

O Salvador veio para um povo que ainda era inimigo de Deus; senão, não seria necessária Sua mediação reconciliadora; “Isto é, Deus Estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados, pôs em nós a Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Dizemos que, o costume do cachimbo deixa-nos com a boca torta; uma figura de linguagem para ilustrar o que os hábitos fazem com o caráter. Nos habituamos a agir de certo modo; se, for proposto que façamos diferente, estranharemos; quiçá, acharemos pesado.

O homem natural não age diferente das suas vontades desorientadas. Abrir mão delas, (negue a si mesmo) pela Vontade Divina; (tome sua cruz e siga-me), ao primeiro momento parece insuportável.

Mas, à medida que cambiamos nossos pensares pelos Divinos, fruímos a paz interior e alívio que o Perdão de Cristo enseja, vamos percebendo que, as coisas passam a ficar mais leves; João ensina: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos Seus mandamentos; e Seus mandamentos não são pesados.” I Jo 5;3

Depois que a obediência se faz usual, os valores humanos se alinham aos Divinos, até o “caminho estreito” fica mais amplo; ouçamos Pedro: após recomendar uma caminhada com fé, virtude, ciência, temperança, paciência, piedade, amor fraternal, caridade, concluiu: “Porque assim vos será ‘amplamente’ concedida a entrada no Reino Eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” II Ped 1;11

Quem aprendeu, finalmente, a obediência, não precisa de argumentos externos para concluir que os mandamentos, além de não serem pesados, são para o seu bem. Tendo sido resgatado do cativeiro do inimigo pelo Sangue de Cristo, frui uma paz interior, uma leveza de consciência que compensam; além disso, uma luz espiritual que “insiste” em crescer; “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Claro que, ao homem natural, obediência soa pesada; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7 

Assim, o “negue a si mesmo” não é a castração de um direito; antes, o enfrentamento de um adversário.

A regeneração daquele que foi criado À Imagem e Semelhança de Deus, requer o banimento do que foi deformado, segundo as perversões do inimigo.

Deus nos imporia pesos, querendo nos elevar aos céus? “Os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas...” Is 40;31

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A mesmice de Deus


“Porém Tu És o Mesmo; Teus anos nunca terão fim.” Sal 102;27

“Porém” aponta para trás; o envelhecimento das obras da Criação, e a necessidade de uma mudança por isso; “Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás...” v 26

As coisas criadas envelhecerão, carecerão renovo; porém, Tu És O Mesmo. Assim se diz do Salvador. “Jesus Cristo é o Mesmo, ontem, hoje e eternamente.” heb 13;8

A efemeridade dos modismos, gostos artísticos, estéticos, troca sistemática de governantes, supressão dum invento útil por outro mais esmerado, etc. Nuances, do desejo e necessidade humana, por mudanças.

Heráclito dizia que não se pode passar duas vezes pelo mesmo rio; na segunda passagem já não é o mesmo, dado seu movimento. Diferente das águas que são reféns da gravidade, o ser humano move-se acossado por ansiedades, ou atraído por miragens, fantasiando com felicidade.

Todavia, inércia é melhor que mover-se na direção errada; “Porque o Egito os ajudará em vão, para nenhum fim; por isso clamei acerca disto: No estarem quietos será sua força.” Is 30;7 “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus!” Sal 46;10

Ninguém muda para pior, deliberadamente. Alguma coisa acredita que vai melhorar; até mesmo um suicida pensa que suas angústias cessarão à sombra da morte. Alguém disse: “sentimos nas mudanças certo alívio; ainda que estejamos mudando para pior.”

Inventos tecnológicos assomam superando modelos em uso, que acabam descartados. Tal ato deixa patentes duas coisas; um ganho de qualidade via saber, e a imperfeição humana; pois, se o invento fosse perfeito, não seria objeto de aperfeiçoamento.

Tendemos a abstrair mudanças comportamentais, como se fossem frutos do acaso, ou, uma ordem natural. Hoje os tempos são outros, dizemos, como se, o mero passar dos dias demandasse por elas. Falo dos fins, não dos meios, que, óbvio, sofrem melhoramentos à medida que o saber melhora.

Os tempos são os mesmos; o homem muda constantemente, para pior. A inversão de valores não tem nada a ver com os tempos, mas com escolhas; “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas, luz; da luz, trevas; fazem do amargo, doce; do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Eça de Queiroz falando sobre os políticos realçava isso; “Políticos, como fraldas - disse - devem ser trocados frequentemente; pelo mesmo motivo.”

Como seria se, O Eterno mudasse; agisse como nós, ao sabor do momento? Ele mesmo responde: “Porque Eu, O Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Ml 3;6 Somos aconselhados a superar momentos ruins sem praticar atos ruins também; “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Ef 4;26 e 27

Como, sempre tendemos a mudar para pior, se, O Todo Poderoso desse vazão à ira que lhe causamos, nos consumiria pelo caminho; bem antes do juízo, ou, do final dos nossos breves dias.

Portanto, as coisas que os “progressistas descolados”, “moderninhos” da vez julgam “Jurássicas” ultrapassadas, são os leitos que ainda sustentam o rio da vida, não obstante, sua imensa poluição. “O Senhor não retarda Sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” II Ped 3;9

Aos “loucos” “obscurantistas” e “fanáticos” que ainda ouvem ao Santo, Ele aconselha: “Assim diz O Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6;16

Como um alpinista que chega ao topo na escalada, à partir dali só pode mover-se para baixo; assim, quem conheceu a Deus, andou com Ele; caso deseje uma mudança, só pode mudar para pior.

Se, os escarnecedores da terra riem dos que deixam o “moderno” o “diversitário”, o “inclusivo” pelo “radicalismo” que persevera nas coisas antigas, os filhos dos Céus ficam estupefatos com os que trocam a Água da Vida, por fontes sujas, mortas;
“Espantai-vos disto, ó Céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, O Manancial de Águas Vivas e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;12 e 13

Por fim, uma “má notícia” aos modernizantes que se atrevem a mudar porções da Palavra de Deus, para torná-la palatável aos que preferem acalentar comichões carnais, à abraçar a cruz de Cristo; Ele assegura que coisa grandes sairão de cena, invés da Palavra; “Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão.” Mc 13;31

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Divirta-se


“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” Col 4;5

É comum vermos “cristãos” mostrando incisivas armas, em ditos agressivos contra toda e qualquer aproximação; “Só me dê conselhos quando fores perfeito; pague minhas contas antes de palpitar na minha vida; sua opinião é sua; fique com ela...” coisas dessa estirpe, para deixar patente que não deseja proximidade, interação, muito menos, conselhos. Como uma tartaruga, esconde-se na própria carapaça.

“... cada qual cuida de si, e os outros que se danem...” Cantou Nelson Gonçalves.

Nos alheios a Cristo, ainda sob domínio do ego, embora insana, é compreensível a postura. Mas, os que se dizem cristãos não têm direito de agir assim. Se, pertencem ao Senhor devem ter entendido o “Negue a si mesmo.”

Somos membros de um corpo, cuja cabeça é Jesus Cristo; assim, vivemos interdependentes. Malgrado, as funções sejam diferentes, todas são necessárias. Paulo explicou: “O olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;” I Cor 12;21 e 22

Vai além da esfera funcional; atinge até mesmo a emocional; “De maneira que, se um membro padece, todos padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” v 26
Assim, um “cristão” avesso a correção, conselhos, ensinos ainda não entendeu sua posição.

Pois, como vimos no texto que encabeça essa reflexão, até com os que estão fora devemos interagir, interessadamente; “Andai com sabedoria para com os que estão de fora... vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” Col 4;6

Prudência no falar; nuance da prescrita sabedoria; e, claro! como disse Pedro, termos ciência das razões pelas quais cremos; “santificai ao Senhor Deus em vossos corações; estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós;” I Ped 3;15

Uma pregação mais eloquente que palavras, atitudes; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Embora, fé venha pelo ouvir, ao nos verem atuar diferente nas questões espirituais e morais, isso despertará curiosidade neles, sobre nossos motivos para assim agir; nosso modo de caminhar na vereda da fé deve ser um precursor do Evangelho, como prescreveu Paulo: “calçados os pés na preparação do evangelho da paz;” Ef 6;15 Notemos que nosso andar é uma preparação, não pregação; feito isso O Espírito Santo completará a obra.

Como negar a eloquência da salvação, numa vida que, outrora errava em toda sorte de vícios, perversões, maldades; após ouvir o “vinde a Mim”, pouco a pouco foi sendo transformada num vaso novo; onde habitaram vícios vários, agora a virtude de Cristo faz assento?

O testemunho aos olhos é muito importante. Também capaz de gerar mudanças, como versou o salmista: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3

Se, o mau testemunho gera uma reação dos que nos veem, “Vós sois o sal da terra; se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mat 5;13 Eles nos pisariam. 

Eventual bom exemplo, enseja inquietações nas suas mentes; mais que ter algo a contar, fomos chamados a ‘sermos’ testemunhas vivas, por nosso modo de viver; “... ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém quanto em toda Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” Atos 1;8

Como o ensinado na parábola do Bom Samaritano, o próximo é aquele que se importa com a dor alheia, independente da raça, ou da função religiosa que exerça; o mandamento de amarmos ao próximo como a nós mesmos amordaça aquelas malcriações todas, próprias de egoístas, individualistas.

Não que falarmos a coisa certa baste; mas, não falarmos as erradas já é um primeiro passo; o caminhar demanda fazer as coisas que Cristo faria, ou aprovaria.

Fomos figurados como sendo sal e luz; nenhuma dessas coisas existe para si mesma; antes, para servir, ou, O Salvador errou as figuras, ou, muitos de nós inda erramos no entendimento.

Se, alguém descrê porque assim escolheu, paciência; ainda assim, deve ser alvo de nossas orações, para que receba o mesmo perdão regenerador que recebemos. “Para o tolo, cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido, divertimento é ter sabedoria.” Prov 10;23

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Híbridos


“Não semearás tua vinha com diferentes espécies de semente, para que não se degenere o fruto da semente que semeares e a novidade da vinha.” Deut 22;9

Preservar a pureza das espécies, sob pena de degeneração, caso houvesse mistura.

A simples sentença do Criador, que cada ser vivo reproduzisse conforme sua espécie trazia em si o veto aos hibridismos que o ser humano pudesse vir a forjar.

Se, supervisionando a Obra da Criação, “Deus viu que era bom,” cada arranjo em busca de uma espécie diversa implica uma crítica velada ao Criador; como se, algo que Ele aprovou pudesse ser melhorado pela mão humana.

A não observância disso, não se restringiu às coisas plantadas pelo homem; também nas relações afetivas a mistura trouxe degeneração. O profeta denunciou, daí, a mescla de diferentes espécies espirituais: “... porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual Ele ama, e casou com a filha de deus estranho.” Ml 2;11 “... Porque O Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela tua companheira, e a mulher da tua aliança. Não fez Ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? Por quê, somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.” vs 14 e 15

Pior que o divórcio, ainda se casaram com gente que adorava deuses estranhos; aí a degeneração espiritual se tornava inevitável.

Esdras teve que lidar com algo assim, quando o povo retornava do cativeiro.

Ao saber que muitos judeus tinham casado com mulheres estrangeiras orou entristecido; “Tornaremos, pois, agora a violar os Teus Mandamentos e a aparentar-nos com os povos destas abominações? (As abominações eram os deuses dos povos, não as pessoas) Não te indignarias tu assim contra nós até de todo nos consumir, até que não ficasse remanescente nem quem escapasse?” Ed 9;14” “Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus; faça-se conforme a Lei.” Ed 10;3

Um divórcio coletivo foi feito. O Eterno silenciou; pois, o motivo do mesmo foi evitar a degeneração espiritual, não o mero repúdio por razões mesquinhas.

Comparando Seu Povo com uma vinha, O Senhor denunciou a degeneração; a incapacidade de produzir os frutos, por Ele desejados. “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? Por que, esperando Eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

Um povo que fora chamado para ser puro e santo estava degenerado; falhava até nas relações comerciais, movidos pela cobiça; “Ai dos que ajuntam casa a casa, campo a campo, até que não haja mais lugar; fiquem como únicos moradores no meio da terra!” Is 5;8 

Naquilo que aumentaram mediante fraude, pelo juízo de Deus seriam diminuídos; “... Em verdade que muitas casas ficarão desertas; as grandes, excelentes, sem moradores.” v 9

Aos do Novo Testamento, outra “Videira” foi dada; “Eu Sou a Videira Verdadeira, Meu Pai é O Lavrador. Toda vara em mim, que não dá fruto, tira; e limpa aquela que dá fruto, para que dê mais.” Jo 15;1 e 2

O risco de degenerar, agora, não é da “Videira”; mas, das varas. Toda sorte de deuses estranhos à Palavra de Deus tem grassado por aí, nas ondas pujantes do ecumenismo; a pureza que O Santo ama, tem sido depreciada como “radicalismo, intolerância, fundamentalismo, discurso de ódio...”

Quem, deveras, nasceu de novo e está em Cristo, não tem direito de macular isso com a mescla entre “diferentes espécies”, sob a mesma pena aquela: Degeneração.

O antídoto contra adesão aos ensinos alternativos é a edificação; se possível, até à Estatura de Cristo, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Permanecer na Videira, frutificar, requer identificação com a raiz; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

As coisas são relativamente simples ao entendimento, embora, seja complexa a perseverança. 

Ajudados pelo Espírito Santo, podemos viver em Cristo; Sua Pureza nos é imputada para salvação; ou, aceitarmos o coquetel do mundo, bebido sob aplausos humanos, pra depois acordarmos com a ressaca da perdição.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

A Marca da Besta

“Faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” Apoc 13;16 e 17

À medida que o fim se aproxima, textos de cunho escatológico tendem a ser mais escrutinados, sobretudo esse, que trata da famigerada “Marca da Besta”.

Ouvindo diversos intérpretes percebo que, a maioria deles, pregadores renomados, esposam a ideia que a “marca” é uma identificação ideológica, afinidade espiritual, atual, não uma marca, literalmente.

Estar na mão tipificaria nossos atos, e na testa nosso modo de pensar; Como Deus ordenou um memorial amarrado no braço ou preso entre os olhos.

Os que não se alinharem com o sistema global em gestação, serão excluídos; essa exclusão equivaleria a tolher de mercadejarem no mundo globalizado.

Quem costuma ler o que escrevo sabe que minha levada não é prioritariamente escatológica; movo-me mais na área da edificação que na de intérprete das últimas coisas. Há tantos mais aptos por aí; todavia, agora me atrevo.

E, atrevido, ouso discordar desses renomados que defendem que a “marca” não será literal, e que, muitos, por afinidade com o “admirável mundo novo” inda embrionário, já estariam marcados.

Primeiro; a ordem de se trazer consigo uma lembrança foi entendida e praticada literalmente, pelos judeus; “As atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.” Deut 6;8 Assim, embora o teor fosse espiritual, o “veículo” para ter o mesmo na memória era físico, literal.

Logo, o argumento da imitação faria o inimigo ser de mais acuidade e percepção espiritual que O Criador; pois, Esse, ordenou-o, literalmente; mas, para a oposição bastaria mera afinidade espiritual; assim, com o devido respeito, o argumento da contrafação é pueril.

Segundo; quem tem algum discernimento, e consegue ir além das narrativas fajutas da mídia prostituta sabe que o “zelo com saúde” que restringe uma série de coisas e requer diversas vacinas para o mesmo mal, tem a ver com controle de massa, rebanho; saúde nunca foi preocupação dessa gentalha que pretende governar o mundo.

O tal “Passaporte sanitário” tencionado em várias partes, eventualmente imposto, agora, rejeitado em países da América do Norte e Europa foi um ensaio, para quando a marca de “Cidadão do Mundo” for obrigatória. 

Se, o “ensaio” requeria um documento comprobatório de submissão ao sistema, por quê, quando for à vera seria meramente ideológico?

Terceiro; se a “Marca” fosse afinidade espiritual e ideológica com o sistema mundano, por quê e como, poderia ser de três maneiras diferentes? Pode ser “O sinal, o nome, ou o número do seu nome...”

A tecnologia possibilita inúmeras formas de identificação; digitais, íris, voz, reconhecimento facial, identidade digital... Sendo, como acredito, um sistema ancorado na tecnologia, as possibilidades de identificação excedem em muito a três; parece que o sistema e seu príncipe escolherão três modos distintos com a mesma funcionalidade.

Em tempos de criptomoedas e adjacências, ninguém precisa ser gênio, ou profeta para saber que breve o dinheiro físico desaparecerá; no império tecnocrático, quem não “andar na linha” traçada pelo Capiroto será excluído; alijado do sistema. Não tendo acesso ao mundo virtual, óbvio que não poderá comprar nem vender, como vaticina A Palavra de Deus.

Todos os documentos se fundirão numa identidade digital, sem a qual, nada feito.

Temos ainda os Adventistas com sua ideia fixa do “Decreto Dominical” por darem ao sábado, um peso maior que A Bíblia dá. Todas as leis do reino fugaz do capeta serão contrárias À Lei de Deus por completo. A inversão de valores que grassa já é amostra do pano. A Palavra que inda pregamos com apenas sinais de perseguição será vetada completamente.

Pouco importa qual dia será escolhido pela fé ecumênica concomitante ao reino; será um motim contra O Ungido, Jesus Cristo, não, contra os mandamentos dados mediante Moisés. Ver salmo segundo.

O que faz desnecessário O Eterno marcar literalmente os Seus, senão com O Selo do Espírito Santo é Sua Onisciência, capaz de ler o Espírito do Homem; “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

O que tornará obrigatório a marcação literal dos servos do inimigo é sua limitação de criatura, privado de Onisciência e Onipresença. Sua “ubiquidade” possível virá pela árvore da ciência, pois à da Vida ele não tem acesso.

Claro que, afinidade espiritual com O Santo é imprescindível, e com a oposição será letal. Porém, Deus regenera filhos, o inimigo arrebanha gado; natural e lógico, pois, seu “ferro em brasa.”

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Os grandes vazios


“Irei aos grandes e falarei com eles; eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;5

Na iminência de um juízo severo, o profeta recebera ordem de procurar algum sujeito decente; “Dai voltas às ruas de Jerusalém, informai-vos, buscai pelas suas praças, pra ver se achais alguém; se há um homem que pratique a justiça, busque a verdade; Eu lhe Perdoarei.” v 1

Esse ditoso, caso existisse, seria poupado do julgamento vindouro.

Triste decadência! A nação que fora chamada para ser “Reino sacerdotal, povo santo”, sendo investigada em minúcias para ver se nela se encontraria um justo.

Religiosos eram, porém, hipócritas; “Ainda que digam: Vive O Senhor, de certo, falsamente juram.” v 2

Apesar do COVID da época o povo não mudava; não emendava seus caminhos segundo Deus. “Ah Senhor, porventura não atentam Teus olhos para a verdade? Feriste-os, e não lhes doeu; consumiste-os e não quiseram receber correção; endureceram suas faces mais que uma rocha; não quiseram voltar.” v 3

Óbvio que Deus enviara enfermidades, juízos mediante a natureza, e nada; nenhum sinal de mudança, arrependimento.

A breve oração de Jeremias evidencia que sua busca por um justo se revelara fracassada. Então, decidiu aprofundar a “pesquisa;” “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres, loucos; não sabem o Caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem...” vs 4 e 5

Talvez, pensou o infeliz investigador, a questão nem seja tanto por maldade, mas ignorância; esses são a ralé. Vou aos grandes, aos entendidos, lá acharei. Triste ingenuidade. “...estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” v 5

A condição social elevada nunca foi sinônimo de moral mais alta; geralmente é o contrário, como cantou Elis Regina: “tá cada vez mais down the high society”. (cada vez mais baixa a alta sociedade) “... o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4

Observando nosso STF, e o Congresso, salvas três ou quatro honrosas exceções, não precisamos vistas mui apuradas para constatar o cumprimento cabal da profecia citada.

Nos Seus dias, Cristo ensinou todos, pequenos e grandes; mas, a rejeição mais ferrenha foi dos da elite religiosa; Falando com esses, O Salvador colocou os pingos nos is: “... Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes, mas os publicanos e as meretrizes creram...” Mat 21;31 e 32

O cerne da questão era ouvir, crer e se arrepender, a despeito da condição social.

Essa balela rapino-ideológica de “inclusão social, preferência pelos pobres” nunca foi ensino das Escrituras. Deus busca aos fiéis, malgrado, seus bens. “Os Meus Olhos buscarão aos fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Riqueza não é agravante, nem pobreza, atenuante; justiça e direito contam. “...numa demanda não falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda.” Ex 23;2 e 3

Como, normalmente os “grandes” se mostram orgulhosos, cheios de justiça própria, e a humilhação é o juízo predito para o orgulho, Deus chama aos pequenos, por duas razões: a possibilidade deles ouvirem é maior; os que ouvem e mudam servem, quando exaltados, de juízo e confusão aos “grandes” presunçosos.

“Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Antes de pensarmos iludidos que somos melhores que os ímpios dos dias de Jeremias, algumas considerações são necessárias: Acaso a pandemia que grassa logrou reacender das cinzas a chama do temor esquecido? Aumentaram conversões de gente que, à amostra grátis do juízo porvir decidiu arrepender-se?

A fúria da natureza, enchentes, furacões, tufões, tsunamis teve algum contraponto em mudança de vida para melhor??? De novo, como naqueles dias, se verifica o mesmo; “... Feriste-os, não lhes doeu; consumiste-os, não quiseram receber correção; endureceram suas faces mais que uma rocha; não quiseram voltar.”

Os apelos do amor se revelando insuficientes, só sobra ao Eterno a necessária justiça. “Deixaria Eu, de castigar por estas coisas, diz O Senhor, ou não se vingaria a Minha Alma de uma nação como esta?” Jr 5;9

Ainda, o Amor lança derradeiros brados; breve será o juízo, sem apelação. “O que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Excesso de bagagem


“Todo homem, a quem Deus deu riquezas, bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar sua porção, gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus.” Ou;

“Um homem a quem Deus deu riquezas, bens, honra; nada lhe falta de tudo quanto deseja; Deus não lhe dá poder para daí comer; antes, o estranho o come; também, isto é vaidade, e má enfermidade.” Ecl 5;19 e 6;2

Temos nesses versos a exposição de duas situações semelhantes: Pessoas abastadas, porém, com predicados diferentes. Uma pode usufruir suas posses, a outra, não.

Ora, se o direito à propriedade é sagrado em qualquer regime democrático, por que alguém não pode usufruir o que possui? Acontece que essa restrição não reside nas leis humanas; antes, na alma de tal “rico”. Para o que pode, o dinheiro é um meio; para o outro, um fim. Aquele, do que possui faz sua vida regalada; esse, do que ainda não tem, o alvo da sua cobiça.

Assim foi com Acabe, por exemplo; mesmo com as regalias do palácio real, sofria por não ter a vinha de Nabote. A megera rainha Jezabel maquinou como possuí-la a preço de fraude e sangue; isso lhe custou a vida.

Então, quando Deus “dá poder” para usufruir, devemos entender com isso uma alma iluminada quanto ao papel dos bens forjando um coração liberal, altruísta. “Melhor é a vista dos olhos do que o vaguear da cobiça; também, isto é vaidade, aflição de espírito.” 6;9

Muitos católicos que fazem peregrinações, como a de Santiago de Compostela na Espanha, por exemplo, dizem que o primeiro aprendizado é que devem descartar tudo o que for supérfluo para que a bagagem seja um socorro essencial, não, um peso.

Se sabemos que a vida terrena é mera peregrinação, posto que mais extensa que aquela, por que nos sobrecarregarmos de bagagens mui pesadas que não poderemos levar além? “Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas, a fartura do rico não o deixa dormir.” 5;12 Algumas nuances do “não poder” desse ser, materialmente apegado.

Desgraçadamente, muitos que se dizem evangélicos, ao invés de viver e ensinar o vero sentido de nossa peregrinação, cujo alvo é ser sal e luz aos semelhantes e ajuntar Tesouros no Céu para si, ensinam a cobiça mundana, como se, âncora e asas fossem sinônimos.

Ora, o Salvador denunciou que, do que o coração está pleno, a boca fala. Lógico e natural que seja assim. Como apresentaria eu, a outrem, como desejável, aquilo que não for desejável para mim? Assim foi o pecado original. Satanás propôs como alvo ao primeiro casal algo que era seu sonho; ser como Deus.

Então, quando um pilantra qualquer acena ainda que pisoteando textos bíblicos, com a busca de mais bagagem mediante a fé, obscenamente expõe seu avarento coração; e sua mensagem só ecoa noutro igual. Assim, tais igrejas vivem sua “simbiose”; incauto e mercenário completam-se, numa versão gospel de otário e vigarista.

Claro que em casos de privação alheia, os bens são a primeira “oração” que devemos fazer em socorro de um necessitado qualquer; não se trata de omitir o óbvio. 

A ideia é uma profilaxia para evitar que a mosca dourada da cobiça nos possa inocular seu vírus. “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” 5;10

Não alude aos bens em si; antes, a um sentimento deslocado que faz amar coisas, bens, quando deveria fazê-lo em relação a pessoas. Paulo amplia isso: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;10

O livro de Atos traz o exemplo de Ananias e Safira que, por amor ao dinheiro mentiram solenemente perante Deus; isso lhes custou mais que dores; a vida.

Conheço pessoas de bem poucos bens que vivem felizes; e outras de muitas posses, que sofrem; todos conhecem! Certo que é saudável certa emulação ao vermos a prosperidade de nossos semelhantes, que nos faz trabalharmos também, em busca de melhorias das nossas condições de vida. 

Entretanto, é insano e destrutivo dar asas à cobiça desenfreada; pois, além de não apreciarmos devidamente o que temos, podemos incorrer em ilícitos almejando o que sequer carecemos. Façamos nossa a oração de Agur.

“Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, …ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o Nome de Deus em vão.” Prov 30; 8 e 9

O sábio e o louco


“Todo prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia sua loucura.” Prov 13;16

Seguidamente deparo com uma frase onde alguém diz gostar de ver um sábio fingindo ser tolo, observando ao tolo que finge ser sábio.

Algumas “sabedorias”, dessas diluídas por coladores de banners que se sentem filósofos; não passam de jogos de palavras, cujo sentido, se for devidamente escrutinado traz algumas varáveis que escapam ao “jogo.”

Poderíamos dizer que, ambos, o sábio e o tolo, pretendem parecer o que não são. Ora, a simples difusão de ideias alugadas, por quem se recusa a pensar por preguiça mental, ou sei lá o motivo, já traz em si certa pretensão de possuir uma luz ausente. Fazer cortesia com chapéu alheio, como se diz. Assim, temos um tolo pretendendo-se sábio, e denunciando aos que isso fazem.

“Pensar é o trabalho mais duro que há; essa, talvez, seja a razão pela qual tão poucos se ocupam disso.” Henry Ford

Segundo a Bíblia, dito por aquele que foi o mais sábio dos homens, Salomão, o melhor disfarce para um tolo se esconder é o silêncio; “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; o que cerra seus lábios é tido por entendido.” Prov 17;28 Como poderia “se disfarçar de sábio” sem “matéria-prima” para isso?

Pois, as facilidades da tecnologia interativa são tentadoras demais, para que alguém ainda use esse disfarce, o silêncio; “Todo prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia sua loucura.” Prov 13;16

Como uma lata rolando vazia tende a fazer mais barulho que outra, cheia, assim, mais fala quem precisaria ouvir.

O silêncio do sábio não visa escondê-lo; como, sua fala também não tem necessidade de aparecer; se, é de fato sábio, já fez seu assento acima dos aplausos e das vaias circunstantes.

Seu silêncio é consorte da sua leitura da vida; sua fala uma tentativa de difundir um feixe de luz. Há um provérbio hindu que diz: “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o teu silêncio”. Temendo que sua fala possa não ser assim, muitas vezes se cala.

Quando digo sábio, porém, não pretendo identificar um manancial de conhecimento, com sapiência para dar e vender; antes, um que, por ciente das suas ignorâncias tenta aprender; enriquecer sua alma com o mais precioso dos bens; “Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.” Prov 13;18

Sua “Sabedoria” consiste em identificar a sede de conhecimento, e beber na Fonte certa; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

Notemos que os opostos ao sábio, nem são por razões intelectuais; ignorância. Antes, por insanidade que os indispõe à sabedoria; são loucos.

Embora o sábio possa ter em seus depósitos coisas pra dividir é uma alma sempre disposta à aquisição de mais, das riquezas que, deveras, contam; “Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, ele te amará. Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo, ele aumentará em doutrina.” Prov 9;8 e 9

Esse, pois, não se finge de tolo, age com prudência; sabe das suas tolices contra as quais luta diuturnamente, na arena da instrução. Não vive desnudo exibindo seus “músculos” tatuados; sua intervenção é pontual, quando julga oportuno. Prudência caminha com ele.

Infelizmente são os números que valoram bens nessa sociedade consumista, não a essência das coisas. Daí, “influencers” cujos seguidores são muitos, malgrado, sua influência seja pífia, inútil, deletéria até, estão “bombando”; pois, a galera quer “Causar” não mergulhar nas profundezas em busca das pérolas do saber.

De novo, Salomão: “Melhor é a sabedoria que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e suas palavras não foram ouvidas. As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais que o clamor do que domina entre os tolos.” Ecl 9;16 e 17

Desnecessário perguntar se a geração atual prefere ler bons textos, ou rir de “memes” jocosos, e expor frases breves sobre as quais nem se ocupa em pensar. Vivem “colando” alheios pensares e sentem-se descolados.

Todos já ouviram versar, ensinam até, que a verdade liberta; pacífica sentença. Todavia, quando a Verdade diz que meu algoz sou eu mesmo, que preciso negar-me em submissão a Cristo para ser livre desse verdugo inclemente, o desejo pecaminoso, logo a brincadeira perde a graça. Os “influencers” ensinam que devo ser eu mesmo...

Por isso o oposto do sábio é o louco. Suicida-se em nome do comodismo, enquanto aquele, nega-se por amor à vida. Assim, o sábio parece “morto” por amar à vida; e o tolo camufla de curtir a vida, os andrajos da sua morte.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

A Ira Divina


“Não se desviará a Ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do Seu Coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23;20

Certa vez um pastor perguntou: “De quê, Jesus Cristo nos salva?” Alguma hesitação reinou no ambiente, dado o inusitado da questão; então, um respondeu; do inferno; outro, da perdição; um terceiro, da morte; ... dos pecados, do juízo... finalmente, um, para deleite do pastor disse: Ele nos salva da ira porvir.

“Todas as respostas têm uma parcela válida; mas, essas coisas citadas são nuances da expressão da Ira do Senhor.” - ensinou.

Com isso concordam os textos bíblicos; aos religiosos ímpios que descansavam à sombra da própria religiosidade João Batista questionou: “... Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” Mat 3;7

Aos que recusam a mudar seu modo de vida a ameaça da Ira permanece. “Mas, segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

Contudo, parece que a Ira Divina, mesmo se expressando, eventualmente, não é entendida como tal; por isso, “... nos últimos dias entendereis isso claramente.”

Geralmente as manifestações pontuais da Ira Divina são diluídas como fatalidades, ou, “força da natureza.”

Nos dias de Ageu, como os “sinais naturais” não bastaram para deixar patente o descontentamento Divino, O Eterno enviou o profeta como um que deixa claro o que, deveria ser óbvio; “Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vesti-vos, porém ninguém se aquece; o que recebe salário, recebe-o num saco furado... Por causa da Minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa. Por isso retém os céus sobre vós o orvalho; a terra detém seus frutos.” Cap 1; v 6, 9 e 10

Sempre a “ciência” tem uma explicação aparentemente satisfatória para as grandes catástrofes naturais; a ideia dessas coisas serem manifestações da Ira Divina em pequenos “adiantamentos”, como apelos do Pai para que emendemos nossas vidas, soaria como coisa ridícula, devaneios “negacionistas” dos que descreem da “ciência.” Pois é.

A Palavra de Deus é categórica: “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Maldições por causa da impiedade.

O cenário porvir será demasiado trágico; lá, essas “explicações científicas” é que cairão no ridículo quando, a Ira Divina se expressar de forma diáfana.

Será tão clara que seus alvos clamarão pedindo um “plano B”, mesmo que suicida, para tentar fugir dela. “Diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, escondei-nos do rosto Daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; quem poderá subsistir?” Apoc 6;16 e 17

Embora, para o catolicismo existam sete “pecados capitais”, sendo um deles, a ira, a Bíblia jamais apresenta assim. Essa, por um motivo justo é uma reação esperável; malgrado, seja uma má conselheira e não devamos atuar movidos por seu calor, se nos concede esse direito; “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira.” Ef 4;26

Se ela fosse pecado, Deus, que não pode ser atraído pelo mal, não a sentiria; “Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias.” Salm 7;11

A segurança dos salvos em Cristo, pois, está no fato que, além da mudança cabal da vida aqui, Ele nos livra das consequências da ira, lá; quando, ao seu tempo, se manifestar. Além de adorar ao Salvador, agradecidos, estamos a “Esperar dos céus a Seu Filho, (de Deus) a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” I Tess 1;10

E aos que se sentem seguros em suas idiossincrasias, achando que, vivendo cada um da sua maneira tudo está bem, é um direito que lhes assiste, a mesma pergunta feita por João Batista cabe: “Quem vos ensinou a fugir da Ira futura?”

Diferente da ideia que O Relojoeiro criou um “relógio automático” e deixou-o à sorte para que funcione sozinho, esse planeta será chamado a prestar contas dos seus atos, pelo seu Criador.

As alternativas são duas, claras; lutar contra Deus, o refazer a paz com Ele. “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim, na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da Minha Força, e faça paz Comigo; sim, que faça paz Comigo.” Is 26;4 e 5

Paz com Deus requer negar a si mesmo, submisso a Cristo; então, “O efeito da justiça será paz...” Is 32;17

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Abaixo à opressão!


“Depois, voltei-me, atentei para todas opressões que se faz debaixo do sol; vi as lágrimas dos que foram oprimidos, dos que não têm consolador, e a força estava do lado dos seus opressores; eles não tinham consolador.” Ecl 4;1

Se os “socialistas” soubessem desse verso, certamente o usariam, até para “provar” que Paulo Freire é “bíblico” em sua dicotomia monótona de oprimidos e opressores.

Uma coisa que O Eterno preza acima de tudo, é a verdade; jamais Sua Palavra negou a existência de opressores, tiranos, injustos... tampouco, ensinou a proceder como eles.

Todavia, não propõe as soluções “inclusivas” dos esquerdóides, ou, abona a menor injustiça a pretexto de “inclusão social.” Também não patrocina “movimentos sociais” 
reivindicatórios como se, uma turba nas ruas pleiteando o que quer que seja, faça tal reivindicação justa; antes, adverte: “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito.” Ex 23;2 Para Deus não é o pleito da maioria que prepondera; antes, retidão, direito.

Essas “mudanças” buscadas no grito, ao arrepio das leis, são desencorajadas; “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará sua destruição, e a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24;21 e 22

O direito à propriedade, por exemplo, está contemplado nos dez mandamentos, quando diz: “Não furtarás”. A submissão às autoridades começa em casa já, com dever de honrar pai e mãe.

Um homem decente jamais rejeitará a inclusão dos menos favorecidos; embora, pela mesma decência, recusará a considerar vagabundos e diligentes, como se fossem iguais; a decência “contamina” a inteligência também. Chamamos de honestidade intelectual.

O que repudiamos veementemente no esquerdismo, além dos valores anticristãos da ideologia, claro! é a hipocrisia. A narrativa da virtude como posse exclusiva deles, não obstante, vivam os mais crassos vícios.

Via de regra usam rótulos certos nos produtos errados. Sua ideologia totalitária, intolerante, ao ponto de invadir e queimar igrejas por exemplo, como fizeram no Chile e ameaçam começar por aqui, para eles é a mais pura expressão “democrática”. Tanto que, ditaduras com mais de meio século, como a de Cuba, são “exemplos de democracia”.

Não se dão ao trabalho de pesquisar nazismo e fascismo para saber o que foram; mas, assim rotulam gratuitamente quem discorda.

Se, os cristãos aprendem a lidar com a verdade, quer ela os favoreça, quer não, esses lidam com narrativas falaciosas; douram pílulas dos alinhados ideológicos, malgrado, os fatos insistam em mostrar o contrário.

Assim, a divergência não é entre defesa de pobres ou ricos, como os mestres das falácias tentam fazer parecer; antes, o pleito se estabelece entre a defesa da verdade, contra a da mentira.

Em nosso país, com eles no poder discursaram por quase duas décadas sobre socorrer ao sofrido nordeste, com a transposição do rio São Francisco. Gastaram bilhões pulverizados pelo sopro dos ventos da corrupção e a coisa nunca saiu de esboço; só discursos.

Os sertanejos vitimados pelo estio seguiam dependendo de caminhões pipas, ou, buscando águas distantes no dorso de jericos. Mas, os “defensores dos pobres” estavam cuidando deles.

Agora, um “maldito Capitalista, liberal, fascista, nazista” está no Governo; em pouco tempo fez, sem vestígios de corrupção, o que eles prometeram sempre e jamais fizeram. Quem cuida dos pobres, dos desfavorecidos??

Então, fora com essa balela de protetores dos excluídos, detentores da virtude, que tanto esses gostam de usar!

Nos importamos com os pobres, mas não legitimamos usurpar nada de ninguém para favorecê-los. Que haja certo assistencialismo em situações extremas, e meios para ganhar o pão para todos. Contudo, dos preguiçosos indolentes A Palavra de Deus versa também; “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.” II Tess 3;10

Preguiça se expulsa a pontapés, não usurpando fruto do trabalho alheio e apelidando de “causas sociais”.

A Palavra de Deus com essa mania “opressora”. Sabemos que há muitos vagabundos usurpando à Própria Palavra; o “socialismo”, apesar de ateu, migrou para a religião também. Mas esses, que fazem injustiças com as coisas santas receberão juízo conforme. Verdade e justiça, O Eterno Ama.

Repartir o pão é mandamento, mas cada um em particular decide se quer ou não, obedecer.

Nada mais inclusivo que O Reino de Deus! Todos podem entrar a despeito das condições sociais. Para todos, o “ingresso” é o mesmo; a cruz.

Entrando pela porta estreita e nela perseverando, cada um herdará, enfim, um Reino de Justiça e Paz.

O opressor tem planos eternos para seguir oprimindo no inferno, mas O Salvador chama: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei.” Mat 11;28

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Os pés na cova


“... Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós, que a Deus;” Atos 4;19

Os apóstolos desafiando o Sinédrio a um julgamento lógico da situação. O que seria justo? obedecer aos homens, ou a Deus? A resposta parece óbvia.

Embora a lógica tenha sido estudada e sistematizada pela filosofia, (Aristóteles) não foi uma invenção filosófica; antes, é um estudo de algo que permeia a vida humana e é amplamente encontrável nas Escrituras Sagradas.

“... dos ímpios procede a impiedade...” I Sam 24;13 “... pelo fruto se conhece a árvore...” Mat 12;33 “... se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.” Jo 8;39 etc. O que são esses fragmentos, senão, cristalinos exercícios de lógica?

Lógica deriva do grego “Logos” que foi traduzido por “Verbo”. “No princípio era O Logos, e O Logos Era Deus.” Daí, lógico é aquilo que soa verdadeiro, pleno de sentido, racional.


Aristóteles dividiu a lógica em três princípios. Identidade, não contradição e terceiro excluso. A identidade limita o ser ao que é, não comporta anexos. A é A e ponto final. Não pode ser outra letra. 

A não contradição, demanda coerência do ser; é impossível ser e não ser, ao mesmo tempo, ou ser outra coisa oposta, que contradiria a identidade, diluindo-a. 

Por fim, a exclusão de terceiro. Segundo esse princípio, só existem duas opções; afirmativa ou negativa. Pedro é arquiteto ou Pedro não é arquiteto. Não há neutralidade ou variante lógica.

A dualidade da vida confirma isso; é verdade, ou mentira; está vivo, ou morto; é reto, ou torto; é luz, ou trevas; vê, ou é cego; está se movendo, ou inerte, é macho, ou fêmea, está grávida, ou não, é bíblico ou não é, etc. Estados intermediários entre luz e trevas, como aurora e crepúsculo, por exemplo, têm seus próprios seres, sua lógica.

O que é hipocrisia, tão denunciada pelo Salvador, senão, uma discrepância lógica, onde as palavras afirmam determinado ser, e as ações deixam patente, outro? Paulo disse mais claro; “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

Como é mesmo a frase aquela? “O que és fala tão alto que não consigo ouvir ao que dizes”. Assim, o ser é mais eloquente que o falar.

Spurgeon dizia: “Ninguém é obrigado a se declarar cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta.”

Em nome do “progressismo”, o que até ontem fora lógico, sem um nexo plausível, deixa de ser. Valores se diluem como se, líquidos; o que era perene, de repente se revela caduco; quem ainda ousa manter sua locomotiva nos trilhos lógicos vira radical, fundamentalista, “negacionista”...

Segundo a lógica, uma vacina imuniza; possíveis efeitos colaterais são conhecidos; determinada droga é testada exaustivamente até seus efeitos se tornarem ciência; imunizados estão fora de perigo, (exclusão de terceiro) guardiães da Constituição guardam-na; sexo é um fator biológico independente de escolhas; cristãos escolhem para governantes gente que representa seus valores...

Essa lógica é chata mesmo. Que mania que ela tem de contrariar às pessoas; se elas querem ser “Metamorfoses ambulantes” como cantou Raul Seixas? “Se hoje sou estrela, amanhã já se apagou; se hoje te odeio amanhã lhe tenho amor, lhe tenho horror...”

Dos Seus, Deus demanda integridade acima de lucro, vantagens ilusórias; um “cidadão dos Céus” é, “... aquele que jura com dano seu, contudo, não muda.” Sal 15;4

Infelizmente tem sido recorrente ver postagens de “cristãos” nas redes sociais, onde defendem certa candidatura de notório ladrão, corrupto, anticristão que defende tudo o que se opõe aos nossos valores, como sendo a melhor escolha na eleição que se aproxima. Não falo de predileções políticas, mas de identidade de valores. Defendem aborto, drogas, ideologia de gênero, protegem bandidos, ditadores sanguinários, são corruptos, perseguem à fé como fizeram recém em Curitiba, etc.

Dos “cristãos” sem noção, Deus Fala moralmente; “Quando vês o ladrão, consentes com ele...” Sal 50;18 e os avalia intelectualmente; “... o coração do tolo está à sua esquerda. Até quando o tolo vai pelo caminho, falta-lhe o entendimento e diz a todos que é tolo.” Ecl 10;2 e 3

Até podem orar com as palavras de santos, mas fazem escolhas como imbecis.

Então, do ponto-de-vista lógico, esses não são convertidos, embora atrapalhem cultos com suas indignas presenças, e cansem com a cantilena de suas falácias ocas. Tais, pensam estar emulando gente de bem com suas postagens fora da casinha, como se, lhes negássemos o direito de serem estúpidos.

Esse direito deles é inalienável; mas, é também um derivado da lógica, que toda causa gere consequências; “Quem abrir uma cova, nela cairá, e quem romper um muro, uma cobra o morderá.” Ecl 10;8

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Efeitos colaterais


“Crescia a Palavra de Deus; em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Atos 6;7

“crescia A Palavra...” figura de linguagem para dizer que crescia sua influência, difusão; daí a multiplicação célere dos discípulos, chegando mesmo a alcançar lideranças praticantes do judaísmo.

“... grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Diferente do que possa parecer, a fé bíblica é mais que uma teoria para adesão mental, só um escapismo intelectual inconsequente. A “fé” que não gera obediência é mera abstração, simpatia ideológica sem o necessário engajamento que enseja mudança de vida.

O simples discurso, sem um procedimento conforme, foi combatido por Tiago como sendo coisa morta. “Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, eu tenho obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, e te mostrarei minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios creem e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” Tg 2;17 a 20

Logo, mero crer sem compromisso duma atuação conforme, iguala-nos aos demônios. Uma crença que gera medo, estremecimento, não, frutos.

Sendo a fé algo demonstrável, isso não pode ser feito no campo puramente ideológico. Será nossa atuação no teatro da vida, que a mostrará; ou deixará patente nossa reles presunção. “Mostra-me tua fé sem as obras; e te mostrarei a minha, pelas obras.”

O fato da salvação nos ser dada mediante a fé, sem concurso das obras não nos isenta de as praticarmos; antes, demanda que as pratiquemos com a motivação correta; porque somos de Cristo, e não para que passemos a ser, mediante elas. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Quando, gente espiritualmente descompromissada com O Reino dos Céus, se dispôs a fazer algo, no calor da excitação por terem visto a extraordinária multiplicação de pães, O Salvador requereu primeiro o compromisso de fé, antes do serviço. “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Sem fé em Cristo todos estão mortos, alienados da Vida; a fim de quê, Ele demandaria boas obras de mortos? Primeiro cuida da regeneração; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Longe do Santo a inversão de valores; que, ao mal chame bem, ou vice-versa. Mas, uma boa obra feita por um “morto” herda a “qualidade” do seu agente fazendo-se obra morta. “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e fé em Deus.” Heb 6;1

No entanto, se nossas “boas obras” de antes são reputadas como mortas, também as más entram no mesmo rol, depois que formos regenerados em Cristo; pois, “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo.” Heb 9;14

Purificados para servir. Removida a morte que estava em nós pelos pecados, somos guindados de criaturas a filhos de Deus, e capacitados Nele, a agirmos conforme. “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

A fé em Deus, pois, demanda obediência à Sua Palavra; os imitadores conseguem toda uma teatralidade que os assemelha aos filhos da cruz, sem terem tomado para si, os mandamentos a obedecer.

Esses até operam sinais, pregam, profetizam comem “com Cristo”, sem, contudo, Dele serem conhecidos; pois, recusa-se a conhecer desobedientes. “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? e em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;22 e 23

Aqueles que falam como filhos da luz, até ensinam aos preceitos Santos, mas, vivem na impiedade, se fazem piores que os que desconheciam o chamado da “porta estreita”. “Se teus olhos forem maus, o teu corpo todo será tenebroso. Portanto, se a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

As ações dos que se dizem cristãos são as mais eloquentes declarações de fé. A “eloquência” que Deus preza é a verdade.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Pandemídia


“Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a Lei;” Atos 6;13

Homens malignos que queriam ceifar a vida de Estêvão e conseguiram. Como “argumentos” usaram a falsidade de aluguel e o pretexto da defesa de coisas boas; a reverência para com o lugar Santo, e à Lei.

Se há uma coisa que não se pode dizer da maldade é que ela não tenha certa autocrítica. Jamais desfila abertamente dizendo-se pelo mal. ‘Eu sou a maldade, os valores inversos; faço isso mesmo, dane-se o bem!’ Não. Ela não ousa se apresentar assim; sabe que seria rejeitada.

Antes, furta algumas roupas no varal da virtude, com elas disfarça-se, e finalmente sai em público camuflada, com sua face “apresentável”.

Como os algozes de Estêvão; não eram ímpios contumazes em resistir ao Espírito Santo, predispostos ao assassinato; antes, “zelosos religiosos”, defensores da Lei. Mas, os seus frutos insistiram em deixar a verdade nua.

Ontem assisti passivamente ao “Jornal Hoje”, e durante uns vinte minutos fizeram apologia da “vacina”; usaram uns dois “especialistas” para explicar o dano social que fazem os não vacinados, e arrolaram alguns percentuais de mortes em determinados estados sendo majoritário o número de mortos os que não tinham o “quadro vacinal” completo.

Primeiro: Muitos especialistas probos que dispensam as aspas têm sérias restrições ao famigerado experimento, mas são abafados pelos defensores vorazes da “Pandemídia”. Segundo; nada assegura que os que fizeram duas doses apenas e morreram foi por isso que morreram; digo, por terem feito apenas duas; quem garante que não foi, justo por terem sido feito duas vezes de cobaias, não o contrário; terceiro: uma reportagem da Globo atualmente tem tanta credibilidade quanto uma declaração do Lula.

Portanto, não venham com pretexto de “bem comum”, “saúde pública”, “defesa da ciência” e o escambau.

Jamais uma vacina causou tanta polêmica, por duas razões bem simples: Uma: As outras funcionavam. Duas: Já eram exaustivamente testadas em cobaias e conhecidos os possíveis efeitos colaterais, isso sim é ciência; o resto é safadeza. Seja no interesse escuso dos fabricantes dessas bostas, seja, na imposição dos globalistas para irem adestrando o gado aos seus moldes, enquanto, de lambuja diminuem um pouco o “excesso” de gente.

Acabei de receber um grande benefício da ciência. Minha esposa fora diagnosticada com cálculo na vesícula; foi operada com sucesso. Os médicos sabiam o que estavam fazendo; sua ciência se revelou eficaz.

Não sou contra a ciência, pois; apenas, contra o vilipêndio de vidas humanas, expostas ao nível de animais em experimentos cujas amostras são preocupantes, mais que o próprio vírus, que deveriam combater.

Nos dias de Estêvão, falsas testemunhas faziam o jogo do establishment religioso; hoje, a mídia prostituta em sua imensa maioria, tem se prestado ao desonroso papel de falsa testemunha, com fim de espalhar terrorismo psicológico, desinformar uma vasta plateia, viciada, sôfrega por desinformações; e manipular à mesma por motivações políticas conexas com possíveis vantagens financeiras, caso, o fim pelo qual manipulam, seja atingido.

Ora, só um completo insano desejaria fazer um gol contra sua própria saúde. Mas, assim como um tribunal decente desqualifica e elimina uma testemunha quando essa se revela mentirosa, um homem prudente espera o escrutínio da verdade, antes de expor em mãos inconfiáveis seu bem mais precioso, a saúde. Mas, se morrer do vírus antes disso?

Se, esse risco prefere correr, à exposição aquela, isso deriva da sua percepção de duas coisas. Desconfiança ante o terrorismo psicológico que hipertrofia dados fazendo a coisa parecer maior do que é; e ante uma “solução” que pela simples demanda de um suplemento que jamais acaba, mostra desonestidade, ou incompetência; e não encomenda sua vida a nenhuma dessas duas doidivanas.

Negacionista um cacete! Nego-me a ser gado de gente desonesta e inconfiável. Saúde sempre foi prioridade em falácias de campanhas políticas. Porém, a realidade insistia em colidir com as promessas. Todavia, de repente, num passe de mágica ela passou a ser a prima donna da ópera global? Nova consciência liderada por gente que defende o aborto e descriminação das drogas???

Sei não; mas, acho que os globalistas decidiram apedrejar ao “Estêvão” já; o que estão é desesperados, em busca de um pretexto para que suas imposições totalitárias desfilem, como se fossem coisas boas.

Isaías anteviu o que eles fariam: “... ao mal chamam bem e ao bem, mal; eles fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo!” Is 5;20

Não sejamos ingênuos ao ponto de contratarmos à maldade por se aparentar vestida de bem; examinemos antes, seu currículo, seus últimos cinco ou seis empregos; se fizermos isso, não delegaremos poder sobre nós a quem é indigno disso.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

A "Periquita" do Bonde


“A embriaguez excita e traz à luz todos os vícios, tirando aquele senso de pudor que constitui um travão aos instintos ruins.” Sêneca

À luz dessa reflexão do pensador latino devemos concluir que nossa geração está embriagada. A falta de pudor atinge tão alarmantes espaços, que os instintos ruins nunca estiveram tão lépidos, como agora.

Outro dia, falando com um irmão sobre música, (eu e ele gostamos mais das antigas) disse que parte disso se deve ao nível moral atual. Que a arte também apodrece, onde a vida apodreceu.

Bastava uma palhinha dos intérpretes de outrora, e presto os identificávamos, pois, tinham identidade; hoje a coisa foi massificada de tal forma, que, passando uma manhã inteira ouvindo essas rádios que tocam o tal “sertanejo universitário” a impressão é que são os mesmos cantando sempre; mudam os nomes. A pobreza poética e harmônico/vocal da coisa salta aos danificados ouvidos.

Digo porque muitas vezes ouvi, passivamente, gente trabalhando perto de mim “curtindo um som” assim, e torrando-me os escrotos.

Não bastasse a indigência melódica vimos o concurso da indecência. “Se te pego, ai, ai...” o “leque-leque”, o “lepo-lepo” “meu pau te ama”, e demais náuseas afins, agora deparei com a “Periquita” do “Bonde do Forró”, onde a vocalista enumera personalidades, para quem daria, e para quem não, a referida ave; tudo com uma coreografia chula apontando pra “gaiola”.

Não se trata de moralismo. Tudo pode ser dito, com as palavras certas, no devido contexto.

Trata-se de bom gosto mesmo, ou, no caso “paladar estragado”, como falava outro amigo.

Uma excursão abaixo da linha de pobreza, no campo da criatividade, o concurso do despudor ao cubo, e desrespeito a muitas pessoas públicas, voam nas asas da “Periquita.”

Outrora, a cor dos olhos da amada, a ousadia de um beijo roubado, pasmem! Um “biquini de bolinhas amarelinhas!” o namoro no portão e simplicidades afins, serviam de pano de fundo para poesias dos amantes.

Agora temos a pornografia cantada em prosa e verso, e consumida pela maioria de uma geração embriagada, que já não sente vergonha de não ter vergonha. É a dissolução total.

Uma triste e inexorável tendência; à medida que o rio do tempo avança, fica cada vez mais sujo, como ensina a Bíblia; “Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.” Ecl 7;10

A salvação é categórica! Não existe meio termo, alguns tons de cinza entre preto e branco. Ou se está salvo, ou não. Ou se tem o paladar apurado ou, se come toda sorte de porcarias.

O Salvador desafia cada um a deixar patentes suas escolhas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Pois, mesmo nos que se dizem cristãos há uma versão “gospel” para muitos lixos do mundo. O despudor grassa, maculando corpo, pelas vestes indecentes; alma; pela mentalidade e vontade malsãs; e espírito, pelo consumo das drogas espirituais que profanam Ao Santo.

Eu sei que quem não gosta basta não ouvir; faço isso desde sempre, exceto quando sou “fumante passivo”. Estou analisando uma doença social, não, reivindicando um espaço pessoal.

O apodrecimento moral do homem moderno atrai maldições sobre a terra; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Como, quem está acostumado com o lixo não se ressente da falta de limpeza, para muitos desses, se tiverem contato com essa modesta diatribe, tudo seguirá como sempre, o maluco, o fora da casinha serei eu; “... sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;22

A Bíblia previu a “baixaria” dos altos; “A terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4 e vaticinou que a ascensão de gente assim, indigna moralmente, daria margem à baixaria geral; “Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados.” Sal 12;8

Será assim, até o dia em que a Santa Paciência acabe, e, em atenção à minoria justa, O Eterno recoloque as coisas em ordem; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Então, não haverá mais choque de pudor, cada um terá o devido habitat, pois, “A indecência pode perverter um inocente, assim como a inocência pode chocar um pervertido.” Thimer