quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

A Ira Divina


“Não se desviará a Ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do Seu Coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23;20

Certa vez um pastor perguntou: “De quê, Jesus Cristo nos salva?” Alguma hesitação reinou no ambiente, dado o inusitado da questão; então, um respondeu; do inferno; outro, da perdição; um terceiro, da morte; ... dos pecados, do juízo... finalmente, um, para deleite do pastor disse: Ele nos salva da ira porvir.

“Todas as respostas têm uma parcela válida; mas, essas coisas citadas são nuances da expressão da Ira do Senhor.” - ensinou.

Com isso concordam os textos bíblicos; aos religiosos ímpios que descansavam à sombra da própria religiosidade João Batista questionou: “... Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” Mat 3;7

Aos que recusam a mudar seu modo de vida a ameaça da Ira permanece. “Mas, segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

Contudo, parece que a Ira Divina, mesmo se expressando, eventualmente, não é entendida como tal; por isso, “... nos últimos dias entendereis isso claramente.”

Geralmente as manifestações pontuais da Ira Divina são diluídas como fatalidades, ou, “força da natureza.”

Nos dias de Ageu, como os “sinais naturais” não bastaram para deixar patente o descontentamento Divino, O Eterno enviou o profeta como um que deixa claro o que, deveria ser óbvio; “Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vesti-vos, porém ninguém se aquece; o que recebe salário, recebe-o num saco furado... Por causa da Minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa. Por isso retém os céus sobre vós o orvalho; a terra detém seus frutos.” Cap 1; v 6, 9 e 10

Sempre a “ciência” tem uma explicação aparentemente satisfatória para as grandes catástrofes naturais; a ideia dessas coisas serem manifestações da Ira Divina em pequenos “adiantamentos”, como apelos do Pai para que emendemos nossas vidas, soaria como coisa ridícula, devaneios “negacionistas” dos que descreem da “ciência.” Pois é.

A Palavra de Deus é categórica: “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Maldições por causa da impiedade.

O cenário porvir será demasiado trágico; lá, essas “explicações científicas” é que cairão no ridículo quando, a Ira Divina se expressar de forma diáfana.

Será tão clara que seus alvos clamarão pedindo um “plano B”, mesmo que suicida, para tentar fugir dela. “Diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, escondei-nos do rosto Daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; quem poderá subsistir?” Apoc 6;16 e 17

Embora, para o catolicismo existam sete “pecados capitais”, sendo um deles, a ira, a Bíblia jamais apresenta assim. Essa, por um motivo justo é uma reação esperável; malgrado, seja uma má conselheira e não devamos atuar movidos por seu calor, se nos concede esse direito; “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira.” Ef 4;26

Se ela fosse pecado, Deus, que não pode ser atraído pelo mal, não a sentiria; “Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias.” Salm 7;11

A segurança dos salvos em Cristo, pois, está no fato que, além da mudança cabal da vida aqui, Ele nos livra das consequências da ira, lá; quando, ao seu tempo, se manifestar. Além de adorar ao Salvador, agradecidos, estamos a “Esperar dos céus a Seu Filho, (de Deus) a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” I Tess 1;10

E aos que se sentem seguros em suas idiossincrasias, achando que, vivendo cada um da sua maneira tudo está bem, é um direito que lhes assiste, a mesma pergunta feita por João Batista cabe: “Quem vos ensinou a fugir da Ira futura?”

Diferente da ideia que O Relojoeiro criou um “relógio automático” e deixou-o à sorte para que funcione sozinho, esse planeta será chamado a prestar contas dos seus atos, pelo seu Criador.

As alternativas são duas, claras; lutar contra Deus, o refazer a paz com Ele. “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim, na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da Minha Força, e faça paz Comigo; sim, que faça paz Comigo.” Is 26;4 e 5

Paz com Deus requer negar a si mesmo, submisso a Cristo; então, “O efeito da justiça será paz...” Is 32;17

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