terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Híbridos


“Não semearás tua vinha com diferentes espécies de semente, para que não se degenere o fruto da semente que semeares e a novidade da vinha.” Deut 22;9

Preservar a pureza das espécies, sob pena de degeneração, caso houvesse mistura.

A simples sentença do Criador, que cada ser vivo reproduzisse conforme sua espécie trazia em si o veto aos hibridismos que o ser humano pudesse vir a forjar.

Se, supervisionando a Obra da Criação, “Deus viu que era bom,” cada arranjo em busca de uma espécie diversa implica uma crítica velada ao Criador; como se, algo que Ele aprovou pudesse ser melhorado pela mão humana.

A não observância disso, não se restringiu às coisas plantadas pelo homem; também nas relações afetivas a mistura trouxe degeneração. O profeta denunciou, daí, a mescla de diferentes espécies espirituais: “... porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual Ele ama, e casou com a filha de deus estranho.” Ml 2;11 “... Porque O Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela tua companheira, e a mulher da tua aliança. Não fez Ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? Por quê, somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.” vs 14 e 15

Pior que o divórcio, ainda se casaram com gente que adorava deuses estranhos; aí a degeneração espiritual se tornava inevitável.

Esdras teve que lidar com algo assim, quando o povo retornava do cativeiro.

Ao saber que muitos judeus tinham casado com mulheres estrangeiras orou entristecido; “Tornaremos, pois, agora a violar os Teus Mandamentos e a aparentar-nos com os povos destas abominações? (As abominações eram os deuses dos povos, não as pessoas) Não te indignarias tu assim contra nós até de todo nos consumir, até que não ficasse remanescente nem quem escapasse?” Ed 9;14” “Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus; faça-se conforme a Lei.” Ed 10;3

Um divórcio coletivo foi feito. O Eterno silenciou; pois, o motivo do mesmo foi evitar a degeneração espiritual, não o mero repúdio por razões mesquinhas.

Comparando Seu Povo com uma vinha, O Senhor denunciou a degeneração; a incapacidade de produzir os frutos, por Ele desejados. “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? Por que, esperando Eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

Um povo que fora chamado para ser puro e santo estava degenerado; falhava até nas relações comerciais, movidos pela cobiça; “Ai dos que ajuntam casa a casa, campo a campo, até que não haja mais lugar; fiquem como únicos moradores no meio da terra!” Is 5;8 

Naquilo que aumentaram mediante fraude, pelo juízo de Deus seriam diminuídos; “... Em verdade que muitas casas ficarão desertas; as grandes, excelentes, sem moradores.” v 9

Aos do Novo Testamento, outra “Videira” foi dada; “Eu Sou a Videira Verdadeira, Meu Pai é O Lavrador. Toda vara em mim, que não dá fruto, tira; e limpa aquela que dá fruto, para que dê mais.” Jo 15;1 e 2

O risco de degenerar, agora, não é da “Videira”; mas, das varas. Toda sorte de deuses estranhos à Palavra de Deus tem grassado por aí, nas ondas pujantes do ecumenismo; a pureza que O Santo ama, tem sido depreciada como “radicalismo, intolerância, fundamentalismo, discurso de ódio...”

Quem, deveras, nasceu de novo e está em Cristo, não tem direito de macular isso com a mescla entre “diferentes espécies”, sob a mesma pena aquela: Degeneração.

O antídoto contra adesão aos ensinos alternativos é a edificação; se possível, até à Estatura de Cristo, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Permanecer na Videira, frutificar, requer identificação com a raiz; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

As coisas são relativamente simples ao entendimento, embora, seja complexa a perseverança. 

Ajudados pelo Espírito Santo, podemos viver em Cristo; Sua Pureza nos é imputada para salvação; ou, aceitarmos o coquetel do mundo, bebido sob aplausos humanos, pra depois acordarmos com a ressaca da perdição.

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