segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Alvo Excelente


“O que anda com os sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído.” Prov 13;20

Vulgarmente se diz: “Diga com quem andas e direi quem és.” A ideia é mensurar caráter, de acordo com as companhias de nossa identificação. Nesse sentido o mero andar junto serve de aferidor. Afinal, disse Deus mediante Amós: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” cap 3;3

Entretanto, “andar” com um sábio requer algo mais para se tornar como ele. Digo, não basta a postura de cúmplice, nem mesmo fã; se requer a “sabedoria” de se fazer discípulo. “Dá instrução ao sábio, ele se fará mais sábio...” Prov 9;9 “... todo o discípulo que for perfeito será como seu mestre.” Luc 6;40

Afinal os “sábios” humanos são aquele que estão cônscios das suas próprias ignorâncias. Só os de postura assim são ensináveis, moldáveis como certos metais preciosos. Os “Sábios aos próprios olhos” são intocáveis como porcos-espinhos.

É comum e triste ver tolos afirmando “urbi et orbi” (a cidade e ao mundo) via redes sociais, que já são obras acabadas, que não precisam de retoques. Mesmo “Cristãos” postam e partilham: “Não deixe de ser quem você é por causa da opinião alheia”. Patenteando suas perfeições de obras prontas.

Não que devamos levar a sério tudo o que se diz alhures sobre nós; muita coisa é reles, gratuita, fugaz.

Mas, quantas vezes pessoas que veem a vida de outro mirante, enxergam mais longe, e com um conselho simples alargam nossos horizontes! Graças a muitos desses sou bem melhor que já fui, e muito pior do que serei, se eles continuarem me ajudando, pois, ainda estou na escola.

O reconhecido como mais sábio de Atenas, Sócrates, usava como bordão a frase: “Tudo o que sei é que nada sei.”

Não era um sábio do tipo que dita sentenças, como foi Salomão. Antes, uma espécie de garimpeiro, cuja excelência em “escavar”, o método dialético, fazendo as perguntas certas, destruindo a insensatez pela ironia, levava seus discípulos a descobrirem repostas dentro de si mesmos, como se cada alma fosse uma mina, a ignorância as escórias, e a razão uma pepita encontrável usando as ferramentas adequadas.

No seu contexto, não dispondo da Revelação Divina como nós, inegável que o sujeito fez proezas; embora, não se possa endossar tudo o que ele defendia. Sua maior descoberta, ao meu ver, foi que quem comete uma injustiça é mais infeliz do quem a sofre. Isso combina com a Bíblia.

Todavia, O Sábio com qual devemos andar, é desejável demais, para que nos detenhamos perto de outro invés Dele, Jesus Cristo. “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;3

Assim, os “sábios” horizontais só o são, à medida que tiverem o Santo como alvo. Sem o necessário princípio, fica inatingível o fim; “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria...” Prov 1;7

O conhecimento espiritual é como um escada inversa; digo, pela qual se “sobe” descendo. Quanto mais houver em nós, Dele, menos de nós mesmos; o “negue a si mesmo” necessário à salvação, ou, o “quando estou fraco, então sou forte” a bênção de ser meio de atuação do Espírito Santo, invés de agir mediante o braço carnal.

Aqueles que sabem mais do que nós não são nosso alvo; são bênçãos, sinalizadores do caminho “acendedores de lampiões” colocando placas para que cheguemos onde importa; “Ele mesmo (O Senhor) deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;11 a 13

Notemos, voltando ao ponto inicial, que, o que anda com os sábios, a esse se reserva uma aquisição; ficará sábio; enquanto o oposto, o companheiro dos tolos, por “não precisar” mais nada, nada adquirirá; se lhe mensura apenas o fim; será destruído.

Jacó sonhou que uma escada foi posta ligando Terra e Céus, pela qual anjos subiam e desciam; Quando A Sabedoria encarnada chamou a Natanael para o discipulado apesentou-se como sendo a Mesma; “Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o Céu aberto, e anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.” Jo 1;51

Anjo é uma palavra grega que significa mensageiro. Além dos celestes há humanos, que, nos ensinando alguma coisa sobre O Sábio, diminuem a altura de nossa ignorância; nos fazem descer um degrau mais, rumo à Sabedoria que brotou da Terra.

“A verdade brotará da terra, e a justiça olhará dos céus.” Sal 85;11

domingo, 30 de agosto de 2020

Suprema Humilhação da Justiça



Uma coisa que deixa Kiko e Chaves, meus dois neurônios, disputando uma bola quadrada é nossa incoerência. Desprezamos à falsidade, e morremos de medo da sinceridade.

Se, alguém é falso conosco odiamos ao saber; se é sincero, mas do teor da sinceridade discordamos, também lidamos mal, como se, preferíssemos ser enganados, à dor de ser contrariados, eventualmente. Como não lembrar da música aquela? “Mente pra mim mas, diz coisas bonitas...”

Não poucas vezes fui excluído, algumas excluí desafetos de meu rol de amizades, pelo “péssimo” hábito de dizer o que penso. 

Nossa sociedade precisa Voltaire, digo, voltar à filosofia aquela; “Não concordo com uma palavra do que dizes; mas defenderei até a morte teu direito de dizeres o que pensas.”

Nem sempre digo, claro! só, quando suponho que o interlocutor tem estatura suficiente para lidar com algo diferente do lugar comum, da falsidade corrente, ou da ditadura do “politicamente correto”.

Me engano ao julgar outrem por meus valores e, tardiamente descubro que o presumido Golias era só um Zaqueu, que precisa subir para enxergar alguma coisa.

A mentalidade filosófica que lida com argumentos, não com paixões, e nesses coteja visões opostas em busca da verdade está cada vez mais notável, pela ausência, que pela existência.

Nesse antro de cérebros walking deads, grassa a pós verdade; alquimia que muda fatos ao sabor das paixões, pelo “toque de Midas” das narrativas fraudulentas.

Se essa pandemia de desonestidade intelectual fosse uma doença dos arrabaldes mentais até se explicaria; ser, um trabalhador braçal como eu o ignorante, normal, acontece.

Mas, os maiores doentes disso são juristas, políticos de renome, e sobretudo, jornalistas.

Diferente da outra pandemia, o tratamento dessa demandaria rasgar máscaras invés de usá-las. A vacina seria o apreço pela verdade, mas como foi Bolsonaro que “descobriu a cura”, que “a verdade liberta” deve ser descartada. Tudo o que ele faz ou diz, deve estar errado.

O quê se dizia dele durante a campanha? “Ele não!” É “nazista, fascista, racista, machista, homofóbico”... Se eleito perseguirá negros, mulheres, gays, implantará uma ditadura restringindo liberdades, etc.

Pois, está há vinte meses no poder. Onde se registrou mínimo deslize segundo aquelas sombrias “previsões”? Os que aquilo diziam já fizeram “mea culpa” e disseram que estavam enganados, que os fatos os desmentiram? Nada! O Jair segue não prestando por outros motivos que eles vão inventar.

O Problema não são os presumidos defeitos do Bolsonaro; é sua existência que incomoda; sobretudo, tendo a chave do cofre que sempre foi do “Mecanismo”.

Aquela facada dado pelo celerado do Adélio pode ser adjetivada de mil maneiras; covardia, traição, desespero, frieza, vileza, e o escambau; mas, para efeito dessa análise, ela foi um atestado de autocrítica do Sistema.

Sabiam que o homem era imbatível nas urnas, e incorruptível no poder. Os que hoje sofrem de “crise de abstinência de propina” como bem definiu Roberto Jefferson, prevendo a crise atual tentaram se antecipar a ela com aquele “argumento”.

O jeitão tosco e impulsivo do Bolsonaro não mudou, nem precisa, isso não nos incomoda. Nem a eles, mas não tendo nada mais a falar as prostitutas fingem que são freiras com seus falsos escrúpulos moralistas. Canalhas!!

Dezenas de atos ditatoriais foram tomados pelo militante STF; expuseram publicamente uma reunião de Estado sem motivos para que o fizessem; atuam contra a liberdade de expressão, sobretudo, perseguindo jornalistas e blogueiros identificados com o Presidente.

Mas, não era ele a ameaça de ditadura? Fabricaram a fictícia propagação de “fake News”. Tudo o que apoiar ao Governo Federal deve ser falso por sua ótica doentia.

Desgraçadamente nossa sociedade foi treinada para chamar cães de Majestade, quando eles se assentam na cadeira do rei. 

Digo, militantes ordinários, parciais, rábulas indignos, palhaços mentirosos dever ser nominados de “excelência” porque se alojam indignamente num lugar que deveria ser nobre, a Suprema Corte; têm agido reiteradamente em defesa de bandidos e da desordem democrática, pela interferência indevida em outros poderes. São um partido de oposição, não um poder moderador como deveriam ser.

A coisa é tão “Suprema” que outro dia Luiz Roberto Barroso fez uma “live” com o conselheiro pornográfico de crianças e adolescentes, Filipe Neto; Gilmar Mendes, por sua vez fez outra com os terroristas do MST. Mas eu os devo chamar de “Excelências”, claro!

Não bastassem essas coisas o “Excelente” Barroso gravou um vídeo/áudio em inglês, para consumo externo onde diz que a democracia por aqui está ameaçada e a esperança de salvaguarda são eles...

P*** que o pariu!!! O sujeito se presume intelectual, escritor de livros, jurista?? O Chaves aqui acaba de se esconder em seu barril de vergonha alheia.

“A justiça sem a força é impotente, a força sem justiça é tirana.” Blaise Pascal

As Moscas no Mel


“Come mel, meu filho, porque é bom... é doce ao teu paladar. Assim será para tua alma o conhecimento da sabedoria...” Prov 24;13 e 14

Interessante figura; como mel ao paladar, o conhecimento da sabedoria, à alma.

Ezequiel quando se lhe deu um livro com as Palavras do Senhor para que comesse registrou: “Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, enche tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Então o comi; era na minha boca doce como mel.” Ez 3;3

Porém, João teve dupla sensação; “Tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; na minha boca era doce como mel; havendo-o comido, meu ventre ficou amargo.” Apoc 10;10

Se, crescer em conhecimento, tem um quê de doce, também tem uma parcela de amargo, como versou Salomão; “Porque na muita sabedoria há muito enfado; o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.” Ecl 1;18

Não que o conhecimento seja doloroso; mas, pela luz que enseja nos leva a ver coisas que doem. Inicialmente nossas próprias maldades; depois, maldades adjacentes, mal disfarçadas com as pífias máscaras humanas; e tantas obscenas, sem disfarce nenhum.

A própria vida de Salomão foi, de certa forma, um reflexo desse trânsito entre doce e amargo, nas coisas que escreveu. Seu lado doce pintou o amor nos Cantares; “As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente desprezariam.” Cap 8;7

No tempo amargo, na velhice, quando escreveu o Eclesiastes desprezando quase tudo, inclusive à sabedoria, como mera vaidade. “... me engrandeci, sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento. Apliquei meu coração a conhecer a sabedoria os desvarios e loucuras; vim a saber que também isto era aflição de espírito.” Cap 1;16 e 17

No intermédio foi um filósofo escrevendo Provérbios; “Ele (O Senhor) reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Cap 2;7 e 8

As sensações de doçura, ou, amaras, não são testemunhas confiáveis; muitas delas não têm relação com os fatos circunstantes, mas com nossa percepção deles; se essa for doentia, fabricaremos nossas próprias amarguras.

“Sábio é quem não se aflige com o que lhe falta e se alegra com o que possui.” Demócrito. 

Assim a sabedoria não seria uma ferramenta para produzir coisas, mas para ensinar como reagir a elas, algo com o qual Salomão também concordava; pois, dissera: “No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14

O alvo da sabedoria espiritual não é o produto de sensações, ainda que essas acompanhem seres sensíveis; sua excelência reside nos frutos preciosos aos quais conduz; “Riquezas e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça. Melhor é meu fruto que o ouro; que o ouro refinado, e meus ganhos mais que a prata escolhida. Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. Para que faça herdar bens permanentes aos que me amam, e eu encha seus tesouros.” Prov 8;18 a 21

Assim, invés de “doçuras” eventuais quase sempre enganosas, o cardápio predileto no restaurante dos falsos profetas, a sabedoria espiritual insta conosco para que, nela busquemos bens permanentes; ou seja: Vida Eterna.

Por isso, Aquele que a dá, quando chamou a si cansados e oprimidos, não lhes acenou com doçura; antes, com um “Jugo suave”, cujo “peso” ensejaria “descanso às almas”.

E, Paulo aconselhando ao jovem Timóteo lhe prescreveu que exercitasse mais à alma nas virtudes celestes, que o corpo, tendo em vista os bens permanentes propostos; “... exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

O duplo sentir de João, doce na boca e amargo no ventre também nos ensina algo; Na boca a Palavra de Deus é doce; fácil recitar. Agora no ventre, comer, praticar, traz o concurso do amargo; luta contra nossa natureza inclinada ao vício.

Cheias estão as redes sociais de trechos da Palavra de Deus partilhado por gente que nem liga para ela. Mel é produto de abelhas, no qual as moscas se lambuzam gostosamente.

Não que seja vetado a ninguém fazer isso; mas excelência é ter a Palavra nos lábios e comê-la também. Diamante não foi feito para usar na funda.

sábado, 29 de agosto de 2020

Maus Samaritanos

“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” Gál 6;2

Normalmente quando pensamos em cumprir leis, o que nos ocorre é a observância de certas regras, diretrizes, às quais, atentando agimos bem. Nunca a ideia de empatia, solidariedade é a primeira coisa que ocorre ao meditarmos no assunto.

Entretanto, a “Lei de Cristo” invés de um rígido conjunto de normas prescreve um modo solidário de se relacionar com o semelhante. Não sem razão, os Dez Mandamentos foram resumido a dois; amor a Deus e ao próximo.

Se, “o cumprimento da Lei é o amor”, onde esse estiver fará coisa certa, a despeito de saber dos pormenores ou não. Amor ágape, entenda-se; não o mero sexo e derivados que, insanos chamam de “amor”.

Contudo, mercê de algum egoísmo, e certamente de ignorância sobre partes importantes, nem sempre avaliamos devidamente a “carga” do semelhante.

O que ocorre amiúde é que, sendo a cruz alheia “mais leve” que a nossa, somos “vítimas de salteadores,” mais que, “samaritanos”.

Por quê, a carga alheia parece fácil, enquanto a nossa pesa sobremaneira? A primeira razão, óbvia, é que, por ser alheia, não sentimos seu peso; e, mesmo repetindo à exaustão que as aparências enganam, tomamos nossas decisões calcados nessas enganadoras.

A facilidade para com os pesos alheios é tal, que mesmo os Fariseus atavam pesados fardos e lançavam sobre terceiros, era mui leve a coisa, para eles.

Outros fatores concorrem para que nossas cargas pareçam mais pesadas. Um deles, é a parcialidade de nossas aferições.
Sempre houve e sempre haverá em nosso redor pessoas que desfrutam posições superiores à nossa, também inferiores. Adivinhe com quais usamos cotejar nossa sorte? Fulano (a) sim que é feliz, tem isso, aquilo, vive aqui, acolá, pode fazer tais e quais coisas...

Se é vero que muitos desfrutam de coisas que não temos, também é que dispomos de coisas que fazem falta a outros tantos.

Outro fator determinante para o erro das nossas análises é que sempre cogitamos das nossas sinas em momentos adversos, de dores, privações; quando tudo nos vai bem nem nos ocupamos em pensar nisso. Assim, se “vendemos nossas ações na baixa” natural pensar que as alheias valham mais que elas.

Ainda ignoramos uma faceta doentia da alma humana que por prezar o amor próprio mais que a verdade, tende a viver “vitrines” em sociedade, enquanto esconde tanto quanto pode seus entulhos íntimos.

Podem estar vivendo as maiores privações, dores, carências, humilhações até; para efeito de consumo externo as pessoas buscam ostentar uma alegria, realizações, bens, que nem sempre condizem com a realidade; uma vez mais, sabedores do logro das aparências não nos furtamos em buscar sua enganosa sombra. A “leveza” da cruz alheia pode pesar chumbo.

Por último, é sempre oportuna a distinção entre meios e fins. O Salvador ensinou: “A vida de qualquer um não consiste na abundância do que possui”. 

Quantas pessoas famosas, ricas, saudáveis, de repente, sem nenhum sinal prévio que sugerisse algo assim, se suicidam, matam, cometem desatinos assomando um deserto que, a redoma de ouro e fama disfarçavam?

Assim, embora os meios materiais sejam coisas importantes, muitas vezes cargas mortais, como escórias se mesclam ao ouro; cegadas pelo brilho desse nem ligamos para aquelas.

O Senhor ensinou a ordem devida das riquezas a se buscar; “Buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua Justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

As coisas necessárias à manutenção da existência devem ser tratadas como tais, não como se fossem o sentido da vida; Paulo ampliou: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10

Pelo prisma, dos valores verdadeiros, muitas vezes alguém está carregado de joias quando o supomos de pedras. “As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade, com as quais o homem próspero nem sonha.” Spurgeon

Aí, como a samaritana observamos que ele não tem como tirar água comum, estando ele pleno da Água da Vida”.

Mas, o fato que, das dores Deus pode forjar riquezas não é motivo da nossa omissão para com quem sofre.

O sacerdote e o levita ignoraram ao ferido, pois, tinham “deveres” religiosos a espera.

Ora, meus interesses posso cuidar quando quiser; mas, as cargas do próximo nem sempre estão próximas; quando estiverem, um pouco, são minhas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Somos Psicopatas?


Deparei com um vídeo de “Elias Obeid Artista”. Cujo título é “Toda religião é uma psicopatia.” (doença de alma)

Agravou todos os credos; acusou a religião de tolher nossa atuação como cidadãos que fazem valer seus direitos, pois, ante um agravo sofrido, atribuímos aquilo aos espíritos não a quem nos maltrata; afirmou: “Religião é um empecilho para a evolução humana”.

Citou algumas nuances da crença espírita, mas se deteve mais sobre o cristianismo; de Cristo disse que o respeita como Xamã, (curandeiro) mas blasfemou Dele como Mestre, sobretudo, ridicularizou o ensino sobre dar a outra face.

Segundo ele, ínfima minoria detém a maior parte das riquezas da Terra; a solução seria uma revolução que tomasse essas riquezas e as distribuísse igualmente.

Paulo desafiou que surgisse uma cabeça pensante capaz de propor soluções, fazer as grandes perguntas que, respondidas colocariam a humanidade na senda da sabedoria. “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século...” I Cor 1;20

Com uns dois milênios de atraso, enfim, surgiu o homem apto a colocar a nave Terra na devida rota; pena que Paulo não possa ver.

Contudo, verificada a coisa com algum critério surgem problemas. Temeridade filosófica; erro de perspectiva; de método; por ignorância histórica e antropológica.

A temeridade filosófica= Não é próprio de um filósofo fazer afirmações categóricas sobre aquilo que desconhece; um dos grandes, Aristóteles dizia: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

A única crença que pode ser chamada de religião, no sentido étnico da palavra, (que religa homem e Deus) é na Pessoa Bendita de Cristo.

Essa ensina que todas as outras são falsas, “Ninguém vem a Pai senão por mim;” disse O Senhor; dos deuses alternativos fala também; “...fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, juntamente o vejamos. Eis que sois menos do que nada; vossa obra é menos do que nada...” Is 41;23 e 24

Portanto, colocar todas as religiões no mesmo balaio é maldade ou estupidez.

A perspectiva= Nunca foi parte dos ensinos de Cristo nem de Seus seguidores a proposição de um “mundo melhor”; O mundo sempre foi apresentado como principado usurpado de Satã, que jaz no maligno, está condenado e, em tempo será julgado; os veros servos de Deus são estrangeiros, embaixadores, peregrinos nele com missão de salvar almas mediante o Evangelho, não o planeta.

Portanto, julgar ao cristianismo porque ele não faz o que não se propõe a fazer, soa mais como elogio que crítica.

O método= Invés de argumentos verazes e demonstração de lapsos doutrinários parte para ofensas e blasfêmias com uma “hermenêutica” rasa, tosca em flagrante inaptidão para interpretar textos; ora, oferecer a outra face é uma figura de linguagem para “Dar nova oportunidade” a quem falhou conosco; o cristianismo sadio não considera toda a maldade como possessão; isso é exceção, não regra; e adverte aos maus que prestarão contas por seus feitos.

Somos desafiados e vencer o mal com o bem numa intenção de emular ao arrependimento, “amontoar brasas sobre suas cabeças” não porque sejamos sub-cidadãos.

Ignorância histórica e antropológica= Acaso o ilustre nunca ouviu falar sobre “Revolução socialista” e que a “Religião é o ópio do povo”?

Essas bostas já foram ditas por Karl Marx em meados de 1800. Ah, mas ele sabe disso! Então por quê não assume abertamente que seu discurso é só mais do mesmo do velho lixo comunista ateísta? Tal foi experimentado em mais de sessenta países; em nenhum logrou o teórico e prometido igualitarismo a tal, “justiça social”? Sempre acabou em tirania, ditadura, enriquecimento dos cabeças e miséria do povo, com milhões de mortes de opositores.

Propor isso deriva da ignorância antropológica; sobre o ser e o agir do ser humano sem Deus. Quando quer cooptar idiotas úteis esse promete liberdade, igualdade, o cacete. Quando um naco de poder está em suas mãos se revela apenas um diabo encarnado que joga com vidas, sentimentos, e direitos alheios em prol de suas cobiças doentias. Mas a psicopatia é a religião, claro!!

Não que eu defenda religiões que nada valem; mas, desagravo a Cristo e Sua Doutrina, pois essa transforma quem a ouve. Não prioriza os males sociais, ainda que aconselha eventual socorro onde necessário.

Como todos os males que assomam na terra derivam dos corações humanos, nos que se deixam persuadir o Médico dos Médicos faz o necessário transplante. “Dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo...” Ez 36;26

Feito isso, trabalhamos não por um mundo melhor, mas, por um Reino que por agora, não é desse mundo.

Sim há muitas almas doentes; pecados, ignorância, presunção... quando lobos virarem ruminantes teremos um mundo melhor com essa “matéria prima”...

domingo, 23 de agosto de 2020

A Luz da Lei


“...que é que o Senhor teu Deus pede de ti, senão... Que guardes os mandamentos do Senhor, seus estatutos, que hoje te ordeno, para teu bem?” Deut 10;12 e 13

A Lei, não visa restringir-nos coisas boas, ou deixar patente quem manda, como se atentasse a algum capricho Divino; no fundo, as cercas que nos limitam visam nos proteger, não, tolher algo bom. “... te ordeno para teu bem.”

Sempre oportuna a oração do salmista: “Abre Tu meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua Lei.” Sal 119;18

Disse mais: “A lei do Senhor é perfeita, refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, ilumina os olhos.” Sal 19;7 e 8


Quando aludo à Lei do Senhor, entretanto, não me refiro aos Dez mandamentos que na Nova Aliança, foram reduzidos por Cristo a dois; Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Encerrando Seus ensinos comissionou Seus servos a fazer discípulos dentre toda a criatura, “Ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado;” Mat 28;20

Então, por Lei do Senhor tenho como alvo todos os preceitos da doutrina de Cristo.

Acaso um pai que vete más companhias, vícios aos filhos estará sendo caprichoso, ou amoroso? Normalmente as restrições incomodam ao homem natural porque ele busca as digitais do “bom”, onde deveria buscar o bem.

O alvo Divino é outro; “Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo Seu propósito.” Rom 8;28

O Salvador ensinou: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo...” Deixou claro que nosso desafio é a perseguição do bem sem desanimar, crucificando ao bom; suportarmos assédios do fácil, pela busca constante do valioso. Ou, por acaso pecar não muito mais fácil que obedecer?

Quando Paulo cotejou a situação dos convertidos romanos com seu passado sem compromisso, “Porque quando éreis servos do pecado estáveis livres da justiça”, não perguntou se lhes fora bom viver daquela forma; mas, onde as escolhas pretéritas os tinham conduzido; “que fruto tínheis então, das coisas que agora (em Cristo) vos envergonhais?” Rom 6;20 e 21 Se, sua vida sem restrições lhes fora mais fácil, os conduzira à vergonha, não à salvação.

A excelência do caminho reside mais no alvo, na chegada, que na facilidade do percurso; “A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

Paulo usou as privações voluntárias e disciplinadas de um atleta como exemplo; “Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois, assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo meu corpo, o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira ficar reprovado.” I Cor 9;27

O que é um falso profeta, senão um ensinador do “bom”, onde deveria prescrever o bem? “... cometem adultérios, andam com falsidade, fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade...” Jr 23;14

“... fortalecem as mãos dos malfeitores...” Invés de exortar pecadores ao arrependimento aprovam seus descaminhos, atentando mais à aceitação humana que à Divina.

Um profeta idôneo os desafiaria a mudar de rumos; “Se, estivessem estado no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;22

A aperfeiçoamento espiritual tencionado não é uma escalada em “conquistas” do bom, mas uma ampliação no discernimento do bem. “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto o mal.” Heb 5;14

Não que O Eterno tenha algo contra prazeres, alegrias; apenas, em Sua Sabedoria faz distinção necessária entre a época do plantio e a da colheita. Pois, “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de plantar, tempo de arrancar o que se plantou;” Ecl 3;1 e 2

O tempo onde toda a lágrima será enxugada é futuro. Agora concorrem aflições “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.” Sal 126;5

Se fosse possível plantar uma coisa e ceifar outra... Sobre nossas escolhas também pesa o determinismo biológico; “reproduzam conforme sua espécie.”

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

sábado, 22 de agosto de 2020

A Nossa "Mulher Adúltera"


“Vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador.” Luc 19;7

Isso quando Jesus disse que lhe convinha pousar na casa de Zaqueu, o publicano.

Uma questão: Havia alguns que não eram pecadores, com os quais seria lícito pernoitar, ou, ninguém poderia dormir fora de casa?

Numa sociedade moralista e hipócrita, o conceito de pecado era absurdamente superficial. Prostitutas e publicanos, principalmente; os demais, religiosos sobretudo, eram todos “do bem”; se, Jesus tivesse pernoitado na casa de um dos que depois O entregariam para ser crucificado estaria “tudo certo”; o Mestre errou o endereço, parece.

Ora, quando conceituo como pecado simplesmente as coisas que não gosto, enquanto acarinho no íntimo meus desatinos favoritos, é a “Bíblia” do Diabo minha diretriz, não a Bendita Palavra de Deus. Lá diz: “Vós sereis como Deus decidindo o bem e o mal.”

O episódio da mulher adúltera que foi levada ao Senhor, o Qual, delegou o veredicto ao júri popular, com a condição que só executasse a pena quem não tivesse pecados, deveria nos ensinar algo. Paulo ensina, aliás; “Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31

Óbvio que julgar a si mesmo não é decidir de modo autônomo sobre o que é bem, e o que é mal; essa é dica da oposição. O contexto da frase é a celebração da Ceia do Senhor, o que implica cada um analisar a si mesmo segundo Sua Palavra, não as próprias predileções.

Afinal, o pecado tanto é pecado quando me dá prazer, quanto, quando me dá asco. Pois, para O Santíssimo enseja a segunda sensação sempre, jamais dá alguma alegria Àquele que “É tão puro de olhos que não pode ver o mal...” Hc 1;13

O “não julgueis”, biombo atrás do qual se tentam esconder tantos melindrosos ante a mensagem, não equivale a “não pregueis a Palavra”, como querem fazer parecer. Essa não é o meu juízo, antes, do Senhor; quando prego-a julga a mim também, pela mesma medida.

Há um grande diferença entre pretender ser fonte de algo, ou mero canal para fluxo d’outra fonte; um obreiro idôneo é, por assim dizer, uma extensão do Senhor, à medida que deixa patente Seus Juízos; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

O episódio da mulher adúltera é convenientemente pervertido em seu significado, como se pretendesse que cada um, seguisse pecando e não “se metesse na vida alheia”; “atire a primeira pedra quem não tem pecados” se canta em prosa e verso após aberrações, como adultério, até.

Se, é vero que O Salvador sempre foi leniente, perdoador, também é que, nunca tratou pecado por outro nome menos “ofensivo”; “Perdoados estão os teus pecados; vá e não peques mais!” eram suas abordagens usuais.

Quando desafiou aos “sem pecado” a atirarem a primeira pedra, fez duas coisas concomitantes; primeira: Expôs a hipocrisia dos que, zelosos contra terceiros ignoram aos próprios erros; segunda: Estabeleceu prioridade para nossa aplicação do Juízo Divino. Primeiro nossos erros, depois os de terceiros.

O que noutra parte disse de modo explícito; “Como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Mat 7;4 e 5

O “Também Eu não te condeno” frase do Salvador à mulher aquela, já deparei com “interpretações” blasfemas insinuando que Jesus estaria “confessando pecados”, por isso não a poderia julgar. A Palavra de Deus verte por homens idôneos, não pelos Dan Browns da vida.

Não julgou porque não era essa, então, Sua Missão; “Porque Deus enviou Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.” Jo 3;16

Entretanto, virá outra vez, agora como Juiz, não mais como Salvador; as mesmas coisas que ensinou serão os parâmetros do julgamento; “Quem me rejeitar, não receber Minhas Palavras, já tem quem o julgue; a Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

Ainda convém ao Senhor se hospedar com pecadores como Zaqueu. Não que tenha algum apreço pelo pecado, mas ama suas vítimas a tal ponto, que deu-se em resgate por elas; só seguirá refém do sequestrador mor, quem amar os pecados mais que a vida.

Ante tal demonstração de misericórdia, amor, Zaqueu comoveu-se rumo ao arrependimento.

No fundo, nossa alma viciada em pecados é a “mulher adúltera” que, mais que apedrejada deve ser crucificada. Feito isso, o Senhor também lhe dirá. “Não te condeno, não peques mais.”

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

As riquezas ignoradas


“... me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo” Ef 3;8

Falar das riquezas de Cristo, desejá-las, sentir-se partícipe delas, quem não quer?

Não são nada módicas, aliás; “... estejam unidos em amor, enriquecidos na plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus Pai, e Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e ciência.” Col 2;2 e 3

Contudo, quando a condição para participar disso é posta, “... por meio do Evangelho...” a coisa muda de figura. Pois, o Evangelho tem algumas nuances desagradáveis ao homem natural.

Se, traz a alentadora notícia do amor imensurável de Deus, a ponto de dar Seu Filho para nosso resgate; a correspondência necessária desafia-nos a crucificarmos o que de mais amado temos, o ego; “negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” Correr atrás de riquezas é muito fácil.

Porém, tais, para nós seriam bens materiais, com quais construiríamos nossos impérios particulares, alheios ao Reino de Deus. No entanto, os tesouros aludidos mencionam “sabedoria e ciência”, não prata, ouro, ou outros metais quaisquer.

Afinal, se a condição indispensável ao ingresso no Reino é o “negue-se”, as riquezas em apreço já não podem ser as minhas, mas as que O Rei prescreve. Se vou atrás dos meus “valores”, que tipo de renúncia pratico?

A sabedoria discursa sobre valores em “causa própria”; “Aceitai minha correção, não a prata; e conhecimento, mais que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela. Eu, a sabedoria, habito com a prudência; acho o conhecimento dos conselhos. O temor do Senhor é odiar o mal; soberba, arrogância, mau caminho e boca perversa, eu odeio. Meu é o conselho, a verdadeira sabedoria; sou o entendimento; minha é a fortaleza.” Prov 8;10 a 14

Quando mencionam o dito do Salvador, que veio para que tivéssemos vida e vida em abundância, “convenientemente” os que apreciam o casulo mais que a borboleta, pervertem a interpretação para que coisa signifique, vida com fatura.

A abundância prometida é de vida, não de coisas. Paulo amplia: “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação; em laço e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;8 a 10

Vejo seguido uns dizendo que esse foi um ano perdido; referindo-se às restrições de diversão. Eis o seu conceito de “vida!” Porém, no meio desses males todos, muitos se acham; reconciliam com O Príncipe da vida; daí não se trata de mero ano, mas de uma vida toda ganha.

A sabedoria espiritual nunca desfila na passarela das cobiças naturais trajando um modelo para se ganhar dinheiro ou prazeres; antes, por ser muito mais excelente que quaisquer metais, seu “produto” é superior também; “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

Então, se, as riquezas de Cristo mediante o Evangelho são “tesouros de sabedoria e ciência” que atinam à vida não às coisas, qualquer um pode ser enriquecido; se, invés dos pregoeiros das moedas ouvir aos que apregoam o genuíno Evangelho.

Se, vulgarmente se diz, reverberando a Maquiavel que “os fins justificam os meios”, nas coisas atinentes ao Reino de Deus, esse Nobre Fim, restringe os meios. “Entrai pela porta estreita...” Mat 7;13

Spurgeon dizia: “Ninguém é obrigado a se dizer cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta.” Ou seja: Porte-se como tal.

Alguns incautos presumem que a “porta estreita” seja a igreja. Frequentar uma igreja te faz tão “cristão”, quanto, morar numa garagem te transformaria em carro.

A porta estreita é a cruz; renúncia das tendências naturais nocivas pelos valores do Reino. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências.” Gál 5;24

Enfim, as riquezas de Cristo estão ao alcance de qualquer um; entretanto, assim como a tempestade testa a resistência de uma casa, as provações testam-nos a fé; “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual é a obra de cada um.” I Cor 3;13

E, o “fogo” só é uma ameaça para quem o sofre sem Deus; não, os enriquecidos Nele; “... Estarei contigo... quando passares pelo fogo, não te queimarás...” Is 43;2

terça-feira, 18 de agosto de 2020

O Cobertor curto


“As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém, as reveladas pertencem a nós e nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas palavras desta Lei.” Deut 29;29

Quando ouvimos que as coisas encobertas pertencem a Deus, muitas vezes passamos por alto; quiçá, nos permitimos uma inquietação superficial.

Ele saberia das amplitudes cósmicas, se há mais planetas habitáveis, extraterrestres, estrelas, galáxias... Nós outros saberíamos das coisas do nosso mundinho. Será? Digo, será que é assim que se interpreta?

Se, “há muito mais entre o Céu e a Terra do que supõe nossa vã filosofia”, também há muito mais coisas encobertas, que supõe nossa presunção de conhecimento.

As coisas reveladas, no contexto, eram as palavras ensinadas mediante Moisés; os Dez Mandamentos e seus desdobramentos em mais de seis centenas de variáveis. “Pertencia-lhes” para cumprir, não como um contingente autônomo de conhecimento.

As encobertas, invés de precisarmos uma nave “Enterprise” para a “jornada nas estrelas” como imaginado pelo cinema, estão muito mais perto que ousaríamos supor.

“A glória de Deus está nas coisas encobertas; mas, a honra dos reis em descobri-las.” Prov 25;2

Se, podem ser descobertas, então as que nos interessam não estão na estratosfera, no espaço; mas, em nosso existenciário mesmo.

A tendência de quem age mal é, acusado pela consciência, tentar ocultar, invés de corrigir; salvas felizes e raras exceções. Por isso, aliás, os coevos Dele mantinham distância do Salvador. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz...” Jo 3;20

Ainda que possamos, como os gatos, cavar e esconder nossas... “obras”, diante de Deus não funciona; nosso “escuro” é nosso, não Dele. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior; até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

A função da Palavra do Senhor, que atua em consórcio com Seu Espírito é acender essa “Lâmpada” para que nossas coisas encobertas sejam tratadas; se, não preferirmos que sigam enfermas, nossas almas.

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e espírito, das juntas e medulas; é apta para discernir pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Quem tiver honestidade interior, além de assumir os erros que sabe que praticou, ainda suspeitará que sua ignorância seja maior que a honestidade; que poderia albergar erros ocultos de si mesmo, e orará como Davi. “Quem pode entender seus erros? Expurga-me Tu dos que me são ocultos.” Salm 19;12

Há coisas ignoradas à exaustão, muito além dos nossos erros, conhecidos ou não. Aquilo que, presumimos como “coisas reveladas” pelas aparências, muitas vezes é apenas o disfarce das encobertas que, vindo à luz ensejam grandes decepções, onde pareciam habitar as mais ricas bênçãos.

Por causa desse lapso, a observação que não sabemos orar como convém, a menos que O Espírito ore em nós; daí o conselho de, uma vez feitas nossas petições, anexarmos a ressalva aquela: “Todavia, não seja como Eu quero; mas, como tu queres.”

Vai que a água onde peço para nadar tem crocodilos e não sei... Os que “Determinam, ordenam, decretam” coisas foram devorados há muito pelos monstros da presunção blasfema e da ignorância espiritual.

É nessa dimensão, onde o vero ser das coisas nos escapa, que entram os “olhos da Fé”; esses não ensejam ver, mas confiar irrestritamente Naquele que tudo vê.

Às vezes Deus permite que deixemos nossos “esqueletos” no armário por muito tempo; não conseguindo nos persuadir ao arrependimento, resta-lhe o juízo que nos descobre e humilha. “Estas coisas tens feito, e me calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21 Pois, “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

Quando demanda arrependimento e confissão dos que ama, O Senhor não busca com essa “delação premiada” descobrir algo; antes, despertar-nos ao amor pela verdade que liberta, mesmo que, eventualmente envergonhe.

Quem esconde seus erros, no fundo é um traidor de si mesmo em consócio com o Capeta que lhe persuade ao engano. “Quem encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Dizem que o avestruz esconde a cabeça na areia ao ser ameaçado e se sente “seguro”; parábola viva de tantos pecadores. Daquele se depreende certa inocência, pois, “Deus o privou de sabedoria, não lhe deu entendimento.” Jó 39;17

Dos Filhos Deus espera mais; “Filho meu, se teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu...” Prov 23;15

domingo, 16 de agosto de 2020

Não conta a minha astúcia


“Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.” I Cr 3;19

Se, aparentemente temos uma linguagem ambígua aqui, que, ora predica os mesmos sujeitos como sábios, outra, como astutos, também temos uma dupla arena onde são avaliados; “Neste mundo e diante de Deus.”

Assim, aquilo que o mundo aquilata como sabedoria, aos Olhos Divinos não passa de astúcia; e, embora ambas tenham alguns traços em comum, nos reflexos que geram, são coisas bem distintas.

Mas, onde reside a fronteira entre elas? Digo, onde uma pretensa luz deixa de ser sabedoria para cair na astúcia?

Bem, eu diria que a astúcia reside em certa habilidade, aptidão para os meios, enquanto a excelência da sabedoria habita na nobreza dos fins.

Se, a astúcia pode prevalecer até pelo engano, a sabedoria só se firma pela essência. “São justas todas palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida. Todas elas são retas para aquele que as entende bem, justas para os que acham conhecimento. Aceitai minha correção, não a prata; o conhecimento, mais que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela.” Prov 8;8 a 11

Usar a habilidade de entendimento para fins vis invés de nobres, é a “luz” entenebrecida; a prostituição do saber dobrando resistências a serviço da maldade; um simulacro de rocha, de isopor, flutuando sobre o pântano fétido de interesses rasos.

Se O Eterno É leniente para com a ignorância, “não toma em conta seus tempos” no dito de Paulo, É mui zeloso com a luz pervertida a serviço do mal.

Por isso, a severidade do juízo para com os que enxergam mais longe. “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1

Logo, o inferno está mais perto de um charlatão, um falso profeta, do que de um assassino que ainda poderá se arrepender em tempo.

O Salvador também apreciou de passagem aos ser dos astutos; “... portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23 Muito mais culpado o cego voluntário, que o impossibilitado de ver, óbvio!

Lembro um vídeo do Padre Paulo Ricardo, onde ele denunciava infiltrações comunistas no catolicismo; dizia mais ou menos o seguinte: “Queres conhecer as motivações, intenções de alguém? Observe contra o quê, ele está combatendo.” Se combate contra o pecado, (interpreto) é cristão; mas, se invés disto dilui a coisa em males sociais, e dirige contra o liberalismo e o capitalismo suas diatribes, é só um comunista imiscuído.

Bem, para afeito de escrutínio entre astúcia e sabedoria esse conselho pode servir; pois, “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

Então, quem lutar contra O Senhor, seja diretamente, seja contra Sua Palavra, Ensinos, Seus servos, Seus valores, não está a serviço da sabedoria; no máximo, da astúcia.

Falando das nossas armas, aliás, Paulo as disse eficazes para combater aí; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Por isso os príncipes do Sinédrio que decidiram entregar O Salvador aos romanos para “salvar” sua situação, nunca poderiam ser avaliados como sábios, coisa que o mesmo Paulo fez, justo no contexto do verso inicial desse tratado. “Falamos sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;7 e 8

A sabedoria é muito mais um estado de espírito, um princípio, que um contingente; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Quem está de posse disso é sábio em princípio; sabedor de Quem é O Senhor, e que é carente de saber mais, invés da presunção espinhosa que recusa conselhos, postura do “sábio aos próprios olhos”, esse é ensinável; “Dá instrução ao sábio, ele se fará mais sábio; ensina o justo, ele aumentará em doutrina.” Prov 9;9

O sábio não é um intelecto brilhante; antes, um iluminado pelo espírito Santo, rumo a um alvo que brilha.

“Os que forem sábios resplandecerão como o fulgor do firmamento; os que a muitos ‘ensinam a justiça’, como as estrelas, sempre, eternamente.”

Eles não têm potenciais seus; são bênçãos do Todo Poderoso em busca de um fim excelente; ensinar Sua Justiça.

sábado, 15 de agosto de 2020

As mortes de papel



No tempo em que os cachorros mijavam nos postes; digo, quando as coisas atinentes à coerência, verdade, lógica, bom siso, etc. ainda tinham valor, a vida era mais fácil de ser vivida, entendida. Os pais sabiam mais que os filhos, Balaão era o profeta e a mula não falava nada.

Agora que grassa a pandemia da hipocrisia, do cinismo, na era da pós verdade, onde narrativas fajutas deixam as masmorras e sobem na mesa, as palavras já não fazem sentido.

Os valores esmaecidos, aos poucos deixam cair seus quadros, outrora excelsos, que pendiam nas paredes do tempo. Argumentos lógicos e coerentes no lixo, e as paixões doentias empunhando o timão do desgovernado Titanic da humanidade.

Antes, quando um médico tinha que falar com um paciente terminal, não raro depois de o medicar o tranquilizava dizendo: “Você vai ficar bem”, mesmo não sendo assim; pois, via num estado de ânimo elevado mais vantagem que o oposto, e contava pequenas “mentiras” pra não agravar ao que já era grave.

Agora, a imprensa prostituta e todos os “Urubulinos” do Mecanismo corrupto que sempre nos roubou, comemoram as presumidas 100 mil mortes que querem lançar no colo do Presidente, cujos poderes confiscaram via STF, e cujos conselhos pró abertura parcial da economia temendo desemprego, e medicação desde cedo via cloroquina, foram veementemente atacados, boicotados, rejeitados, por ser “anticientífico;” esses mesmos que não veem problema nenhum na legalização das drogas.

Dados oficiais das agências onde se emitem certidões de óbito dizem que o número de mortes não aumentou nada de um ano para outro no mesmo período, malgrado a “matança” exponencial do famigerado vírus.

Se em determinado período analisado houve aproximadamente 110 mil mortes, e nesse ano tivemos mais cem mil, mantida a incidência deveríamos ter por volta de 200 mil, contando algumas variáveis de gente que morreu de uma causa e morreria igualmente de outra.

Se, a imprensa fosse ao essencial apenas, para não assustar, como o médico aquele; mas, prefere inflacionar o número de mortos, trabalhar por alarmismo e histeria, invés de fatos; (fatos aliás escondidos como a autópsia de muitos italianos que malgrado o diagnóstico de vírus morreram de outras causas e foi ignorado) quais valores ou objetivos pretende defender?

A própria OMS, ora quer isolamento, outra não; ora exige máscaras para todos, outra só para profissionais da saúde; uma hora teremos vacina chinesa, russa, israelense, finalmente, americana. Por quê essa barulheira toda desconexa, contraproducente e alarmista?

Aos poucos as digitais do capeta começam a aparecer na lupa das “soluções” propostas. Muitos líderes internacionais já defendem que problemas globais demandam um Governo Global para resolver. Bingo!!

Esses canalhas defensores do governo único, a Nova Ordem Mundial detêm quase todos os veículos de comunicação; são eles os feitores desse escarcéu todo.

Não que a doença não exista, mas é tratável e seus danos não chegam a 5 % do que tem sido apregoado por essa corja de canalhas que jogam com vidas como se fossem meras coisas ao dispor de suas cobiças desmedidas pelo poder.

É como se tivéssemos a cura do câncer, dos infartos, dengue, broncopneumonia, etc. afinal, não se morre mais dessas coisas só do bichinho aquele. Patifes!!

Não fossem os caminhos alternativos à informação, as possibilidades via NET, e seríamos reféns desses biltres que nos fariam gato e sapato. Sabem os que conhecem as Escrituras Sagradas, que o império global do Capeta é inevitável; Deus permitirá; em seu tempo irá acontecer.

Entretanto, é nosso papel resistir, tanto quanto possível; pois, se o capeta fará uma sucursal do Inferno aqui, que o faça sem nossa cooperação, com nossa oposição, aliás.

Portanto, não contem comigo para a função que eles mesmos chamam de “idiota útil” aqueles que, por eles manipulados acabam reverberando seus desejos, dos pretensos donos do mundo.

Recuso-me a posar de máscara e postar nas redes, ou ecoar seu chavão friamente calculado: “Proteja quem você ama! Fique em casa”. Eu amo à verdade e viso protegê-la rasgando às vestes da mentira, mesmo as forjadas com a seda dos sofismas.

Algumas regrinhas deveriam ser básicas para quem se atreve a pensar de fora da caixa; o que é bom para a esquerda e para a Globo, não presta para o país.

Ademais, valores espirituais eternos estão em jogo; embora aos mais sonolentos a coisa não passe de inclinação ideológica ou opção política, no fundo, dados os valores em jogo, trata-se de optar entre luz ou trevas, vida ou morte, verdade ou mentira, Jesus ou o Capeta.

Não que a direita seja de convertidos exemplares; mas, os valores conservadores se alinham aos preceitos de Deus. Me recuso a esposar qualquer valor ou prática que exalte ao traidor. Ele não!!!

Vendo no escuro


“Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

Aparentemente, uma contradição aqui; dado que o Mesmo Senhor testificara que Jó era “sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal”, as perdas, de bens, familiares, saúde, reputação, pelas quais passava, soavam necessariamente, como sobrecarga, peso excessivo. Que raio de juízo era aquele, que dava ao justo a sorte dos ímpios?

A ideia corrente passava ao largo disso; “Eis que Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos malfeitores;” cap 8;20

Tanto que, sempre que nos colocamos a meditar sobre o tema, “o sofrimento dos justos”, uma das primeiras coisas que assomam é a saga de Jó.

Diferente dos “batalhadores espirituais” modernos, ele não atribuía aquilo ao inimigo; antes, ao Senhor; “Quem não entende, por todas estas coisas, que a mão do Senhor fez isto? Na Sua Mão está a alma de tudo que vive; o espírito de toda carne humana.” Cap 12; vs 9 e 10

Embora, tenha sido a inveja do inimigo a causa, sem a permissão do Eterno nada aconteceria; então, estava certo em afirmar que aquilo tudo derivara da “Mão do Senhor”.

Sua convicção em seu relacionamento com O Santo era tal, que ousava expor a vida confiadamente; “Ainda que me mate, Nele esperarei; contudo, meus caminhos defenderei diante Dele. Também Ele será minha salvação; porém, o hipócrita não virá perante Ele.” Cap 13;15 e 16

Quando O Eterno finalmente decidiu falar com o infeliz, não o acusou de iniquidade, mas de ignorância; “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?” cap 38;2

E ao emitir juízo de valor sobre o que fora dito, aos amigos de Jó O Senhor censurou, e validou os ditos dele; “... Meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que não vos trate conforme vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como meu servo Jó.” Cap 42;8

Então, se o livro começa e acaba patenteando sua retidão, por quê aquela carga excessiva toda?

Porque embora estivesse no meio da tsunami, não era o “barco” de Jó o alvo. Tratava-se da luta milenar entre Deus e o inimigo. Esse defendendo interesses rasos, fisiológicos como motivo de adoração; enquanto, O Eterno pautando o relacionamento por valores espirituais, como, fidelidade, lealdade, temor, integridade...

Os que, como Edir Macedo e adjacências apregoam a tal “fé inteligente” que oferta coisinhas em demanda de coisonas, derivam essa “inteligência” dos valores defendidos pelo Capeta.

Quem estava sob julgamento não era o infeliz Jó, estritamente; mas, os valores que ele representava, em aposição aos argumentos fajutos do canhoto.

Quando O Eterno fez aquela série de perguntas, cujas respostas demandariam que Jó fosse muito maior que era para respondê-las, nas entrelinhas estava dizendo: Jó meu filho, bem sei de tua integridade, que és justo e temente, mas existem muitas coisas maiores que ignoras; por um pouco estou tratando dessas; então ele se refez; “... relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e eu não entendia. Escuta-me, pois, e falarei; te perguntarei, e tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem meus olhos. Por isso me abomino, me arrependo no pó e na cinza.” Cap 42;3 a 6

Então, pontualmente O Criador tomou Seu servo “emprestado” para juízo do Capiroto e suas falácias; depois, julgou Seu servo como bem lhe pareceu; “... o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; o Senhor acrescentou, em dobro, tudo quanto Jó antes possuía.” Cap 42;10

Quando Deus demanda fé para um relacionamento agradável consigo, não o faz porque seja um Ser carente de afirmação, cujas carências seriam acalmadas pela nossa fé; antes, por Ser Eterno, Onisciente sabe de coisas que nos escapam; quando nos requer “firmes como quem vê o invisível”, nos deseja tornar aptos para o que Ele já está vendo; só Ele sabe onde nossas escolhas nos levam.

Notemos, finalmente, que o momento da mudança na história de Jó não foi quando se lamentava tentando entender aquilo; mas, “O Senhor virou o cativeiro de Jó quando orava pelos seus amigos...”

Esse é um sintoma de fé sadia; que, tendo encomendado a própria vida aos Divinos cuidados pode descansar nisso e se ocupar das necessidades alheias.

Quando não vir nada inteligível, explicável, como Jó, que veja a Deus; será o bastante; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Estamos mesmo evoluindo?


“A terra... murcha... enfraquecem os mais altos do povo da terra... está contaminada por causa dos seus moradores...” Is 24;4 e 5

“... toda a criação geme, está juntamente com dores de parto até agora.” Rom 8;22


Tanto Isaías, quanto Paulo apresentam o planeta Terra em decrepitude, envelhecimento. Isso, à luz de um raciocínio lógico derruba duas crenças bastantes difusas; Evolucionismo e Espiritismo.

Embora o primeiro pretenda ser científico, o segundo espiritual, ambos os postulados se apoiam na mesma premissa; as coisas evoluem, seja uma espécie se transformando noutra superior; ou, espíritos sendo aperfeiçoados.

Quando refutamos à doutrina espírita citando porções bíblicas, como Isaías 8;19 e 20, ou, Hebreus 9;27, por exemplo, nos ridicularizam como fanáticos ineptos que levam um “mito ao pé da letra” forma jocosa para desfazer da lídima interpretação.

Eles se dizem filósofos; portanto, amantes do saber; não desceriam ao rés do chão desses primitivismos, a debater com insignificantes como nós.

Então, em respeito a esse argumento que já encontrei repetido em sua literatura, minhas objeções não serão bíblicas, não que isso seja nocivo, mas, como sua arena aceitável é filosófica, assim seja.

Um pensador, pré-socrático chamado Heráclito dizia: “Em questões filosóficas ou de fé, ninguém tem direito de dizer ao oponente; seu modo de ver/crer está errado porque se opõe ao meu, que é correto; pois, - ensinava - o outro poderá dizer a mesma coisa, o que arrastaria a questão, ao infinito. O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo, não porque se opõe a outro que se presume verdadeiro.”

Não é literal; é forma que lembro, mas, asseguro que o teor é esse.

Desse modo, em atenção ao conselho dele tentarei refutar o que presumo errôneo, sem o valioso apoio da Bíblia.

Olhando para a vida sob qualquer prisma, artístico, filosófico, espiritual, político, qual a nossa percepção? Estamos evoluindo, ou, como rabo-de-cavalo, crescendo pra baixo?

A arte já nos deu Bethoven, Mozart, Camões, Aleijadinho, Homero... hoje temos Anitta, Vittar, Naldo, sertanejos “universitários", Ludmilla...

A filosofia, o citado Heráclito, Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant... hoje temos algum que será lembrado daqui há trinta anos?

Não só a filosofia veraz hiberna, como a mera capacidade de pensar logica e coerentemente está ausente.

Temos pessoas zelosas por ovos de tartarugas à favor do assassinato de fetos; o “Meu corpo minhas regras” vale para o corpo da mãe, o nascituro que se dane; muitos são contra o uso de remédios eficazes que salvam vidas, e à favor da liberação de drogas letais. Um lenhador conseguiria emprego no Saara, antes que um desses aprendesse a coerência.

No âmbito espiritual tivemos John Bunyan, Charles Spurgeon, Sundar Sing, Jonathan Edwards... hoje temos Macedo, Santiago, Soares, Duque...

A política já deu Ruy Barbosa, Oswaldo Aranha, Deodoro da Fonseca... hoje temos Lula, Dilma, Rodrigo Maia... diga lá caro filósofo, são traços de evolução ou de apodrecimento?

Mais, segundo a doutrina espírita, os sofrimentos derivam dos ditos Karmas; dívidas de males feitos em vidas passadas, que as pessoas trazem ao nascer, para “pagar” nessa, a fim de serem purificadas.

Se há uma coisa em que o espiritismo concorda com o cristianismo, essa é no quesito caridade; necessidade de socorro.

Pois bem, o Pedrinho é um morador de rua que, em vidas passadas foi muito rico e egoísta; agora encarnou para ser mendigo e pagar suas culpas pretéritas.

Aí bate em minha porta pedindo comida, pleito que devo atender, pois, caridade é um princípio do ensino espírita. Mas, solícito nisso estarei fazendo bem a ele, ou mal?

Se, veio para sofrer e pagar suas culpas, amenizando sua dor não estarei atrapalhando seu pagamento? Pensando em lhe fazer um bem, lhe faço, no fundo, um mal?

Que doutrina é essa que, de um lado apregoa o valor purgatório do sofrimento, de outro aconselha que se estrague isso? Não sem razão, foi para filósofos atenienses que Paulo, ao apresentar a Cristo disse que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância.”

Segundo ele, para ambas as fomes, de saber ou de vida, o “Pão é o Mesmo”. “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” I Cr 1;22 a 24

Nem gastei chumbo com Darwin, pois, após a descoberta do DNA, cabe a eles demonstrar que as mutações são possíveis, não a nós refutar ao inverossímil.

É mais fácil nos desprezar como ignaros e fanáticos, que tomar a espada dos argumentos e ousar no Coliseu das ideias, contra o Leão da Verdade.

A prostituição nossa de cada dia


“Assim farei cessar em ti a tua perversidade, a prostituição trazida da terra do Egito; não levantarás os teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais do Egito.” Ez 23;27

O Eterno denunciando a prostituição de Israel; dizendo que ela seria entregue aos seus “clientes” os gentios, cuja idolatria imitava.

Havia múltiplos deuses no Egito. As dez pragas enviadas então, além de esmigalhar a arrogância de Faraó tinha uma função didática de ensinar a diferença entre O Todo Poderoso, e os bonecos humanos; por quê os deuses egípcios não os protegeram, se eram mesmo deuses? Os judeus deveriam ter refletido nessas coisas.

Entretanto, malgrado a inutilidade desses, deixada patente quando da Divina intervenção libertadora, um deles, o bezerro Ápis, parece que impressionava aos judeus, por alguma razão.

Tanto que, quando Moisés “demorou” a descer do Monte de Deus, os afoitos que queriam um deus palpável, visível para seu culto persuadiram Aarão a fazer uma réplica daquele; o famigerado Bezerro de Ouro.

Não obstante a punição exemplar com milhares de idólatras mortos, depois de estabelecidos na terra, atendendo a valores políticos invés de espirituais, Jeroboão, temendo que para cultuar no templo que ficara sob domínio de Roboão, o povo se voltasse àquele, tomou suas “providências”; “Assim o rei tomou conselho; fez dois bezerros de ouro e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. Pôs um em Betel, e outro em Dã. Este feito se tornou pecado; pois, o povo ia até Dã para adorar o bezerro.” I Rs 12;28 a 30

Notemos que, além do colocarem aquelas abominações como alternativas ao Altíssimo, ainda lhes deram os créditos pelos feitos do Senhor. “...deuses... que te fizeram subir da terra do Egito.”

Pensar que a divisão do reino, Israel com dez tribos e Judá com duas, se dera como juízo pela idolatria de Salomão, que atendendo a política também, vivera temendo mais aos homens que a Deus. Quem não aprende com erros históricos tende a repeti-los.

Noutra parte O Eterno deixa patente; “Eu Sou o Senhor; Este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não Darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Quando esse tema é abordado muitos católicos se ofendem como se fosse um ataque religioso; não é. Uma testemunha de Jesus, não precisa jurar com a mão sobre a Bíblia que irá dizer a verdade, tão somente a verdade, nada mais que a verdade. Ele não pode agir de outra forma; sabedor como disse Paulo, que, “Nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Outro dia católicos tradicionais ardiam em zelo porque o “Papa Francisco” recebeu um ídolo indígena a tal Paccha Mama nos jardins do Vaticano. Vociferavam contra a idolatria do pontífice, tendo suas casas repletas de imagens. Qual a diferença?

“Esse é meu santinho de devoção, mas Deus é mesmo dizem.” O Mesmo que proibiu imagens de toda espécie; “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás...” Êx 20;4 e 5

Já li padres afirmando que as imagens “canônicas” são lícitas, pois, Deus mesmo mandou fazer uma serpente de metal e dois querubins sobre a Arca. Esse argumento prova exatamente o contrário; tanto era proibido fazer imagens, que só O Eterno ordenando pontualmente, para determinado fim, se faria. Isso não é defesa da verdade, mas sofisma.

Contudo, a idolatria é bem mais ampla que o culto de imagens. Temos muitos “Evangélicos” idólatras também. Os da prosperidade seu ídolo favorito é o dinheiro. Por esse fazem imagens da “Arca da Aliança” cruzes, portais, fetiches vários, mantos, lenços, lâmpadas, sal, óleo, rosa, etc. todos ídolos do mesmo quilate, tudo abominação diante do Altíssimo.

Havia uma disputa sobre o local correto para se cultuar, entre samaritanos e judeus; Aqueles o faziam no monte Gerizim os judeus no templo. A Samaritana questionou ao Salvador sobre o local certo e Ele apontou para o modo certo. “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar... os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura tais que assim o adorem.” Jo 4;20 e 23

A única “Imagem” aceitável ante Deus é Cristo em nós. Não será visível em si mesma, mas nas consequências. Pois, invés de furtar à Glória de Deus, realça-a; “Resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Esqueletos nos Armários


“... Das minhas ofensas me lembro hoje;” Gen 41;9

Havia uma crise; Faraó sonhara algo que sabia ser relevante; nenhum dos seus conselheiros conseguia interpretar o sentido.

Então, o copeiro lembrou do prisioneiro José, que, dois anos antes, quando estivera preso com ele, aquele lhes interpretara corretamente a dois sonhos.

A que ofensa ele se referia? Prometera falar na casa real em defesa do preso inocente que o ajudara; “... lembra-te de mim, quando te for bem; rogo-te que uses comigo de compaixão, e faças menção de mim a Faraó; faze-me sair desta casa... O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.” Vs 14 e 23

Geralmente em momentos de angústia somos solícitos, generosos; facilmente prometemos grandes coisas, para que sejamos livres do que, eventualmente, nos angustia; mesmo uma ninharia como a interpretação de um sonho; mas, passado o mau tempo e retornado o sol, nem sempre nos damos ao cuidado de honrarmos o que prometemos. “O telhado devemos reparar em dias de sol, não quando está chovendo.” Benjamin Franklin

Por isso O Salvador preceituou que nosso sim, deve ser sim; o não, não. Sendo o que for além disso, de procedência maligna.

Normalmente, quando pensamos em vencer a angústia são às suas dores que nos referimos; nem sempre, às tentações ao erro que essas mesmas dores podem induzir.

Salomão disse: “Se te mostrares fraco no dia da angústia é que tua força é pequena.” Prov 24;10

No entanto, usar palavras vãs, promessas fúteis para nos evadirmos a ela, não é vencê-las, mas, “acrescentar pecado a pecado,” no dito de Isaías. Como versa determinado hino da Harpa Cristã onde somos desafiados à valentia, essa engloba algo mais que triunfar às adversidades; “... a ti também vencer, sê valente!”

Há dois momentos cruciais em que nossas defesas estão fragilizadas; os angustiosos, por razões óbvias, e os de exaltação, algo não tão óbvio assim.

O que são as lisonjas, elogios desmedidos, bajulações, senão, tentações testando nossas defesas contra gente falsa que nos tenta enganar?

“Como o crisol é para a prata, o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores.” Prov 27;21

Normalmente não vemos assim, como uma prova, os elogios desmedidos. Embora sejam marcas digitais de hipocrisia, falsidade, nós incautos da silva os engolimos sem mastigar, como se fossem justas medidas de alheio reconhecimento ao nosso presumido valor.

Se na lógica mercante “quem desdenha quer comprar”, nas relações interpessoais, quem bajula quer enganar. Habacuque chegou a denunciar uns que além das bajulações faziam banquetes enganadores para descobrir segredos mediante o álcool; “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro! Ai de ti, que adiciona à bebida o teu furor, e o embebedas para ver sua nudez!” Hc 2;15

Às vezes a realidade precisa alguns acessórios para nos curar do torpor da nossa própria vaidade, para estabelecer diante de nós outra vez, a justa medida das coisas sem o inchaço do engano.

Ao falastrão Pedro que prometera ser fiel a Jesus mesmo à morte, o Salvador usou o canto do galo como acessório, e pontualmente expôs a fragilidade da qual ele nem desconfiava; no verso em apreço, o sonho do Faraó foi o “canto do galo” que acordou ao sonolento copeiro, para um lapso de caráter ao qual ele nem ligava, sequer percebia.

É infinito o manancial dos recursos do Pai; pode trazer insônia a Dario; um enigma “insolúvel” mediante Nabucodonosor, um leitor de crônicas perante Assuero... Qualquer coisa O Eterno usa, quando, para o bem da Sua Obra, alguma memória hibernante precisa ser desperta. A primavera de um fato novo tira o urso polar da sua letargia.

Uma máxima asiática diz que deveríamos escrever as ofensas recebidas na areia, e os benefícios na rocha. O que, outra coisa não é, senão, os preceitos do perdão e da gratidão desfilando com vestes poéticas.

Mas, quando sou eu o ofensor, não a vítima das ofensas, precisarei, como o Filho Pródigo, errar entre porcos para perceber o mal que fiz?

Numa geração doente como a atual, onde só é permitido elogios, o menor sinal de correção, ressalva, já soa a intromissão indevida, se Deus não fizer o “galo cantar” para mim, como não seguirei adormecido no confortável saco de dormir dos meus pecados?

Todos temos “esqueletos” no armário da memória e se o deixarmos fechado como se estivesse tudo bem, seguirá tudo mal; morreremos abraçados aos nossos erros, a menos que O Senhor nos desperte em tempo.

A verdade não nos embriaga para que a língua se solte; normalmente escava o “sítio arqueológico” dos nossos lapsos, para que os “ossos” passados permitam a compreensão da vida, e correção de rumos enquanto ainda dá.

domingo, 9 de agosto de 2020

As luzes na fachada


“Como águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o trará para fora.” Prov 20;5

Normalmente associamos à inteligência, rapidez de raciocínio, facilidade de compreensão, perspicácia... entretanto, na sentença supra, de Salomão ela foi anexa à arte de trazer para fora, o que já está no profundo de cada um.

Disse mais: “O homem sábio é forte, o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5 Isto é: faz valer, o depósito que possui em si.

Assim, se o tolo é visto como outrem que usa uma pedra preciosa na funda, o inteligente é o que faz o uso oportuno daquilo que tem alto preço, a sabedoria. Ela diz: “Riquezas e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça. Melhor é meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado, os meus ganhos mais do que a prata escolhida.” Prov 8;18 e 19

Ter algo valioso no âmago e não trazer isso à luz, numa linguagem simples é saber o que é certo, e fazer o errado. O Salvador aconselhou a moldarmos ações ao conhecimento; “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Se observarmos as redes sociais, por exemplo, parecerá que somos a geração mais sábia que já viveu; dados os conselhos, as sentenças filosóficas, propostas existenciais, e as porções bíblicas que se partilham.

Contudo, se deixarmos o “País das Maravilhas” para Alice, e observarmos com algum critério à realidade depararemos com a pior de todas as épocas, também vaticinada nos provérbios; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia. Há uma geração cujos olhos são altivos, e suas pálpebras são sempre levantadas.” Cap 30;12 e 13

Pouco vale ter diamantes no fundo e trazer à luz o reles cascalho.

No antigo pleito entre o ser e o parecer algo, esse vai ganhando de lavada daquele; somos a geração vídeo, consumidora de cultura inútil, de hienas que riem da própria morte, nas tolices que as distraem, e evitam a buscar vida nas coisas profundas pelas quais recusam-se a mergulhar. Parece que descobrimos pérolas de superfície.

Assim, mesmo sentenças sábias partilhadas, não passam de “vídeos;” digo, de como as pessoas querem ser vistas...

Alhures se denuncia a inutilidade de um asno carregado de livros, o que para o tal não passaria de um peso; um amontoado de sentenças sábias apenas para consumo externo, para fazer pose ante terceiros acaba tendo a mesma função que os livros no dorso do jerico.

Sempre recorro a uma sentença de Plutarco: “A mente não é um vaso para ser cheio; é um fogo a ser aceso.”

Logo, invés de se empanturrar de frases profundas sem refletir sobre nenhuma, que tal ousar pensar detidamente sobre uma só? Moldar o agir por ela? Pode que, tico e teco produzam uma faísca atritando pedras, e o prazer da reflexão acenda um fogo que paulatinamente irá consumindo a ignorância.

O abençoado descrito no Salmo primeiro faz algo assim; “... tem seu prazer na lei do Senhor, e na Sua Lei medita de dia e de noite.” V 2

Claro que a coisa não será tão divertida quanto rir de memes; mas, enquanto aqueles laboram para distrair mortos, a sabedoria se esforça para ressuscitar.

Se o conhecimento fosse apenas uma posse para ostentação, ginástica intelectual, mero deleite a alimentar a vaidade, não teria relevância buscá-lo ou não; entretanto, o Criador que colocou cérebros dentro dos nossos crânios o fez tencionando que os usássemos em prol de nossas vidas; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei...” Os 4;6

Nossa palavras (postagens) são registradas em memoriais celestes; “... o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele ...” Mal 3;16

E pelas nossas palavras seremos julgados, ensinou O Salvador; por isso Tiago adverte a que se fale menos e ouça mais; “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo.” Cap 3;1 e 2

Ou seja, se tens esse conhecimento no fundo, por quê, não o trazes a luz? A luz espiritual não está no fim de um túnel; deve fulgir mostrando o lugar dos passos; “Lâmpada para os meus pés é Tua Palavra; luz para o meu caminho.” Sal 119;105

Então, “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I Jo 1;7

sábado, 8 de agosto de 2020

A Carta dos Bispos; Abalo "Císmico"


“O estrangeiro não afligirás, nem oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito.” Ex 22;21

Uma qualidade apreciável é a empatia; a capacidade de se colocar no lugar do outro para entender seus motivos e dores.

Pois, acima temos o mandamento para o exercício dessa qualidade, em consórcio com a experiência; não oprimirás ao estrangeiro, pois já o fostes e sabes como é.

Cá no sul se diz que “touro em terreno alheia é vaca”; o que, abstraído o verniz machista, pretende deixar patente que, em terra alheia nossa ousadia perante a vida, fiados nos direitos de cidadania e identidade com o chão, não são os mesmos, de quando estamos em casa.

“Um profeta não é bem vindo em sua terra”, mas, para efeito de convívio social é em terra alheia que somos fragilizados.

A suma é que, dadas as nossas dores vividas devemos aprender a ser solidários para com as alheias.

Durante mais de cinco séculos, os Protestantes têm convivido com pechas como “Hereges, desviados, sectários...” etc. Isso vindo dos Católicos que, por se considerarem a “Única Igreja Verdadeira” assim avaliavam aos que ousaram discordar de seus ensinos e hierarquia.

Não esqueçamos que Lutero, pai da Reforma, era um padre; que, ao descobrir práticas e ensinos vários em desacordo com as Escrituras publicou suas 95 teses, exortando católicos fiéis a uma mudança de postura nos temas propostos, não à separação de Roma e criação de nova igreja.

A reação de Roma àquilo, que preferiu perseguir aos descontentes a rever suas práticas que incluíam até venda de indulgências (perdão) em moedas, essa reação sedimentou o cisma, não a vontade dos que discordavam. Portanto, a culpa pela existência dos protestantes deriva dos que exigiam obediência incondicional, malgrado, pudessem ser demonstrados seus erros.

Embora houvessem disputas pontuais de interpretação desse ou daquele texto, o cerne da questão sempre foi a “necessidade de submissão ao Cabeça visível da Igreja” a causa maior; pleito cada vez mais frágil, quase extinto; não por concessão ou mudança dos romanistas, mas, por apostasia dos “protestantes” que acham mais desejável a aclimação política mesmo no erro, que o zelo de Deus pela Verdade, que motivara a Lutero.

Entretanto, com o golpe de derrubou Bento XVI e a eleição de Francisco, o Papa comunista, novo cisma se desenha, entre os católicos sinceros, e os da “Teologia da Libertação” que bebem mais de Karl Marx que da Bíblia.

Dia desses 152 Bispos brasileiros assinaram uma carta que convenientemente “vazou” para alívio da CNBB; é tão baixa, parcial e mentirosa que, não merece comentários pormenorizados; dá preguiça. Basta dizer que é um “Ele Não” religioso, um “Fora Bolsonaro” eclesiástico, um ataque petista com vestes de igreja.

Se, os católicos mais convictos desde o famigerado “Sínodo da Amazônia” e antes até, estavam desalinhados com o Vaticano, muitos padres denunciavam abertamente que Francisco é o Falso Profeta dos últimos dias, previsto no Apocalipse, agora, o “Manifesto Comunista” dessa múmias disfarçadas de religiosos foi a cereja da torta, a pá de cal nas esperanças de uma cura na igreja.

Os que apregoam nas redes sociais que se cultue de forma alternativa, se ignore Francisco e suas heresias, a despeito do conteúdo, na forma se portam de maneira igual ao que fizeram os protestantes medievais. Entre obediência irrestrita ao erro, e a ação “desalinhada” que lhes aquieta as consciências, preferem essa.

Serão cada vez mais incisivas as excomunhões, as pechas de hereges, desviados, sectários... bem vindos ao clube; sabemos como é, pois também fomos “estrangeiros” desde sempre.

Aliás, a ideia bíblica é mesmo essa; “Todos estes (os heróis da fé) morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.” Heb 11;13 e 14

A Palavra de Deus sempre coloca obediência como indispensável, aos cristãos; “Obedecei aos vossos pastores...” entretanto, pressupõe que esses atuarão de modo a ser eco do Único Pastor; “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos, bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ecl 12;11 e, “O Senhor É O meu Pastor...” Sal 23;1

Um líder espiritual não é uma fonte, é um canal; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

Quando um pastor para de representar Deus, em atenção a interesses espúrios, a coisa deixa de ser Divina; desce ao rés do chão das humanas. Então, o mandado é à desobediência; “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens.” I Cor 7;23

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Maligna Perspectiva


“Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, só as dos homens.” Mat 16;23


A ideia comum de “pisar serpentes e escorpiões” metáfora para triunfar aos maus espíritos é uma espécie de exorcismo. Um enfrentamento direto com o canhoto e associados.

Entretanto, na maioria dos casos a coisa não se dá assim; eventualmente acontece. Como vimos no texto inicial, Satanás conseguiu emitir sua ideia em consórcio com Pedro, que era chegado do Salvador.

Todos sabem que “Deus É Espírito”; mas, muitos parecem ignorar que Satanás também é. Assim, uma influência espiritual, dele derivada, está a seu serviço, mesmo que a pessoa usada por essa influência, sequer identifique; esteja munida das melhores intenções.

O Salmista pintou o traidor assim: “As palavras da sua boca eram mais macias do que manteiga, mas havia guerra no seu coração: suas palavras eram mais brandas do que azeite; contudo, eram espadas desembainhadas.” Sal 55;21

Explicando a peleja espiritual Paulo ensinou: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5

Se, nossas armas são eficazes “em Deus”, necessariamente, pela “Espada do Espírito” é que somos capacitado para a peleja.

Na diatribe ao conselho de Satanás pelos lábios de Pedro O Senhor o acusou de cogitar apenas das coisas dos homens, não das de Deus.

Alguém já ouviu falar de alguma promessa de reino de Satanás para depois dessa vida? Algum tipo de salvação e esperança futura?

Diferente do Eterno que promete enxugar todas as lágrimas, vida eterna; “Novo Céu e uma nova Terra onde habita a justiça”, o “Sinédrio de Satã” trabalha por toda parte visando acelerar o implemento do que eles chamam de “Nova Ordem Mundial”. Um império aqui.

Tiago cotejou a Pura Sabedoria Divina com a oposição e disse que essa é “Terrena, animal e diabólica.” Sua perspectiva; terrena, um reino aqui; seu âmbito de atuação; animal, ou seja, na alma do homem não no espírito que só o “Novo Nascimento” mediante Cristo possibilita. Sua fonte, diabólica; vinda do Pai da Mentira.

Há pouco deparei com fragmentos de ensinos que desafiavam a cada um a enfrentar suas “sombras” e livrar-se das “crenças falsas” como “única maneira de curar-se ser inteiro novamente...” Ressalvada a boa intenção de quem partilhou e sua sinceridade, trata-se de mais um “conselho contra o conhecimento de Deus.”

Outrora se usava certo brado de apoio: “Falou e disse!” Grosso modo parece uma redundância gratuita, mas não é; há uma grande diferença entre falar e dizer; pois, o texto apreciado falou bastante, embora não disse quase nada.

Se, tenho que enfrentar minhas sombras e me livrar das crenças falsas, mas o texto que isso propõe não ousa identificar uma, nem outra, apenas me tira a escada e me deixa no pincel. Falou mas não disse nada.

Agora, quando ousa esse conselho em fluente “Dilmês” dizendo que ele é a “única” maneira de ser regenerado, (inteiro outra vez) finalmente disse algo; blasfemou chamado ao Salvador de mentiroso, pois Ele disse duas coisinhas básicas; uma: “... Sem Mim nada podeis fazer” Jo 15;5; outra: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão, por Mim!” Jo 14;6

Portanto, quando enfrento “Conselhos que se levantam contra o conhecimento de Deus”, o faço expondo o que Deus disse sobre o tema; afinal, “Nada podemos contra a verdade; senão, pela verdade”.

Por não cogitar das coisas Divinas, antes, laborar por cegar os homens à compreensão delas, (... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho...) os conselhos do maligno soam mais saborosos ante os incautos que A Palavra de Deus.

Acenam com direitos irrestritos; tolerância, inclusão, prosperidade, liberdade... mentiras que os homens adoram ouvir; O Eterno não doura a pílula, chama-nos pelo que somos, maus e pecadores, irremediavelmente condenados ao inferno sem Cristo.

Entre tomar uma cruz, ou, fazer o que quiser nas asas das paixões, facilmente percebemos o que soará mais agradável ao homem natural.

Pelo império da mentira o adúltero pode trabalhar acenando com pureza; o corrupto pode propagar acenos de probidade; o tirano discursar em defesa da liberdade...

Pelo Reino de Deus, só regenerados em Cristo, pecadores arrependidos e por Ele transformados podem laborar; sempre com as armas da Verdade.

Pois, a excelência de um caminho não reside nas facilidades que enseja, mas aonde ele leva; “Há um caminho que parece direito ao homem, mas seu fim são os caminhos da morte.” Prov 16;25

domingo, 2 de agosto de 2020

Alerta Vermelho


Há algum tempo, conservadores mais convictos, entre os quais me incluo, denunciavam os riscos de uma ditadura comunista por aqui; uma “venezuelização” do país, onde liberdades básicas corriam risco de desaparecer.

Para a maioria passávamos ao largo; alguns, nos achavam alarmistas, que veem pelo em ovo, ou chifres em cavalos.

Afinal, era vigente “plena democracia” com um saudável vigor institucional, liberdade de expressão; censura, ditadura eram males pretéritos, coisa dos “malditos militares” de outrora.

Pois bem, uma vez eleito Jair Bolsonaro, o único candidato de fora do “Mecanismo”, como um cumprimento do seu bordão bíblico, “conhecereis a verdade...” veio, enfim, à luz que tipo de “democracia” imperava. Não passava de uma oligarquia de safados, (domínio de poucos corruptos); eventuais enfrentamentos e ataques mútuos entre eles era de jogo de cena, para a sonolenta torcida.

Apesar de alguns incautos dizerem, eventualmente, durante arruaças pontuais, “O gigante acordou!” o bosta seguia indiferente, “deitado eternamente em berço esplêndido.”

Ora, como disse Barão de Itararé, “De onde nada se espera é que nada vem, mesmo”; governantes de então, invés de se reunirem com expoentes de economias e democracias sólidas, para efeito de intercâmbio, por identificação com os vermelhos, sempre faziam suas “comissões mistas” e iam lamber as botas dos chineses, mesmo sabendo o tipo de “liberdade” existe por lá.

Quando em meados dos anos oitenta estudantes saíram às ruas pedindo direito de escolha foram massacrados com tanques de guerra, o fatídico “Massacre da Praça da Paz Celestial”. Que ironia!! Chamar de local de paz celestial um local transformado em palco de guerra infernal.

Aquele vírus nos prejudica há umas duas décadas, já. A sede de totalitarismo, partido único dominando ao povo como se, gado de sua propriedade.

Agora que os fatos mostram que estávamos certos, os que advertiam dos riscos, não me alegro porque estava certo, temo o que virá.

Nossa Suprema Corte é mais venezuelana que se poderia prever. Gente como Adélio Bispo, e Glenn Greenwald, contam com a proteção dela, malgrado, seus crimes notórios; os que pensam fora de um matiz vermelho, como Osvaldo Eustáquio, Bernardo Kuster, Sara Winter, Allan dos Santos, etc. são censurados, perseguidos, alvos de busca e apreensão sem motivo nenhum, presos até. Eis a democracia à chinesa!

Agora, Allan dos santos, teve que deixar o país para fazer seu trabalho de jornalista investigativo sem risco de ser assassinado.

Mas, diria alguém, fez denúncias graves contra membros do STF, embaixadas da China e Coréia do Norte, e um advogado do PT. Sim, fez. Mas, se ele tem provas é seu direito fazer; e dever de uma nação democrática com instituições minimamente funcionais, investigar; comprovadas as denúncias, punir exemplarmente aos culpados.

A inversão aos moldes dos vermelhos é tal, que, ladrões vagabundos condenados há muitos anos em segunda instância, como Lula e José Dirceu, andam livremente articulando conchavos pra lá e pra cá; enquanto, jornalistas e youtubers que nenhum crime cometeram, são presos, eventualmente carecem se refugiar. Seu crime? Não são comunistas, apoiam Jair Bolsonaro.

A invasão Chinesa é mais profunda do poderia pensar um desavisado qualquer; já dominam meios de comunicação, de produção e mesmo terras produtivas. E, se a acusação do Allan se comprovar, estariam usando sua embaixada em Brasília, como local de espionagem e conspiração para derrubar a um Governo legítimo; quiçá, plantar outro que “fale a mesma língua” deles.

Parece alarmismo de novo? Não esqueçamos que, semana passada foi fechada a embaixada dos chineses em Huston, Texas, EUA, pela mesma acusação; espionagem.

Essa gente tem autocrítica embora para efeito de discurso doutrinador seu sistema é libertário, democrata, inclusivo, superior, na verdade, para implantá-lo carecem fraudes, espionagem, mentiras, pois, a verdade não convenceria ninguém.

Há rios de sangue por onde o comunismo passou, entretanto, seus proponentes e idiotas úteis adictos insistem, que o capitalismo é que é nocivo ao mundo. Ora, o “mal” que o capitalismo enseja é a falência dos incompetentes.

Como não se cura câncer com Aspirina, e o “Organismo do Seu Brasil” está mui tomado pelo vermelho tumor, temo o risco de uma guerra civil, caso tentem mesmo tirar o presidente mediante golpe; ou guerra internacional, até, se os orientais, confiados no apoio dos traidores da pátria daqui, resolverem invadir mesmo, para valer, nosso país.

Das guerras internas desmedidas de cada patife, as outras são feitas, para que, inocentes percam vidas, porque safados não perdem suas ambições. “De onde vêm as guerras, pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Tg 4;1

O gigante dormiu por muito tempo; o inimigo veio e plantou seu joio; não temos como salvar a seara das instituições democráticas sem erradicar certas ervas daninhas. Mãos à obra!