sábado, 31 de outubro de 2020

O Corpo de Cristo; Suas Regras


“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus...” Ef 4;13

Dizer que unidade é algo singular seria chover no molhado; o próprio texto traz em si o teor da singularidade; “O conhecimento do Filho de Deus...”

Pode ser múltipla em seu contingente, abarcando a “toda a criatura”, é singular no conteúdo; ímpar em Sua Cabeça; “Uma só fé, Um só Senhor”.

Nada mais inclusivo e diversitário; acessível a todos, a despeito de etnias, culturas, localização... contudo, os termos dessa inclusão são precisos; eliminam todos os caminhos alternativos; “... ninguém vem a Pai senão, por Mim.”

Esses que, a pretexto de inclusão, diversidade obram pervertendo Doutrina, amiúde estão excluindo pessoas do Reino de Deus; pois, invés de apregoarem alto e bom som a “Verdade que liberta”, reverberam em formas requentadas a antiga mentira da serpente; “Certamente não morrereis!”

“Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.” Jr 23;17

Adiante, sobre as ruínas de uma cidade arrasada pelo Juízo Divino o Profeta avaliou o fim, das mensagens falsas que antes denunciara; “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, e não manifestaram a tua maldade, para impedirem o teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 2;14

A inversão de valores traz junto, inversão do sentido das coisas; as cercas que são para nossa proteção são pintadas como grades duma prisão, restritivas de liberdades legítimas.

Como seria se O Todo Poderoso fosse uma “Metamorfose ambulante” como cantou Raul Seixas? Sequer teríamos uma mensagem a pregar; esses que mudam ao sabor das circunstâncias e do humor são líquidos, correndo cada vez mais para baixo como águas de um rio poluído.

Deus É Rocha.

Os guiados pela Serpente pintam em cores ácidas ao “fundamentalismo Religioso, ao radicalismo exclusivo” como se, o fato de Deus permanecer o mesmo fosse mau. “Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Mal 3;6 “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2;13

Aqueles, (os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Is 57;20) invés de permanecerem fiéis a determinado conceito, valor, modo de ser, coerência, etc. mudam e se contradizem diuturnamente; se, obram para assassinar inocentes indefesos, eles postulam: “Meu corpo minhas regras”! (mesmo que, suas “regras” firam outro corpo em formação.)

Agora se for para defender uma vacina de origem dúbia e eficácia a ser comprovada exigem a obrigatoriedade da mesma. Agora é minha vez: Meu corpo, minhas regras! Aqui não!

Desde o início dessa famigerada pandemia atuou a mídia global, invés de, para gerar informações confiáveis e dentro do possível, tranquilizar às pessoas, pelo apavoramento; colocando toda e qualquer morte na conta do dito vírus, fazendo-o parecer infinitamente mais letal que é; dificultaram acesso aos medicamentos até.

Inicialmente pensamos, ingênuos, que era nossa “boa e velha corrupção” que, a pretexto de cuidar da saúde numa emergência teria vastas avenidas para praticar seu esporte predileto; Agora vemos que aquela era só uma rêmora eventual, comendo migalhas deixadas pelo tubarão globalista.

Alguns “Supremos” já defendem a obrigatoriedade da vacina, pois, o “direito coletivo se sobrepõe ao particular” (meu cavalo acabou de perguntar: Se a vacina imuniza, a quem ameaçaria o particular que a rejeitasse?) assim, falam já em impor um “Chip sanitário” para fechar fronteiras a quem recusá-lo.

Primeiro não poderá viajar, depois, com a extinção da moeda e substituição pela digital, não se compra nem se vende sem ser gado marcado pelo sistema.

Onde será que já li isso? Ah! Lembrei: “Faz que a todos, pequenos e grandes, ricos, pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita, ou nas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal...” Apoc 13;16 e 17

Quando nos dias de Samuel, o Governo Divino foi rejeitado, Deus advertiu que veriam a diferença, entre Servi-lo, e servir a ímpios; se Nele temos responsabilidades sérias temos direito de escolha; os “inclusivos” deixarão patente a obrigatoriedade da vacina, do chip, de aceitar todas crenças, por opostas que sejam, adorar certa imagem ou morrer...

Em suma, o problema não é a singularidade de Cristo; o fato inegável que Deus não muda; mas, a constatação que mesmo em momentos difíceis, o homem ímpio não muda.

Nesses dias aumentaram as conversões? É de Deus que sentem necessidade? Nada. Pelejam pelo direito a festas.

 “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende justiça...” Is 26;10

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Envenenando o pão

“Quem guarda o mandamento não experimenta nenhum mal; e o coração do sábio conhece o tempo e o modo.” Ecl 8;5

Que as coisas tenham tempo e modo propício é pacífico; até a sabedoria popular versa; “O apressado come cru” (antes do tempo); ou, “colocar os pés pelas mãos”, (agir de modo errado).

A Palavra de Deus ensina: “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu.” Ecl 3;1 Sobre modo há muitos ensinos; vejamos um exemplo: “Vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como convém responder a cada um.” Col 4;6

Se, como dizia Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”, por outro lado, “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Prov 25;11 O “lugar” das palavras tem mais a ver com o tempo oportuno, que, com uma localidade qualquer.

A falsidade para posar de verossímil (ter aparência de verdadeira) sempre usa alguma porção de verdade em seu desfile; uma mexidinha no tempo, no modo, ou mesmo no contexto; o que era pão pode se tornar veneno. Acaso Satanás não tentou ao Senhor usando trechos das Escrituras?

Em todos os aspectos da vida, temos que lidar com os dois lados da moeda; verdade e mentira. O homem público probo sofre a antítese do corrupto; os filósofos eram combatidos pelos sofistas; os ministros idôneos da Palavra de Deus, o são pelos falsos profetas, etc.

Dizer que Deus ama a todos, de todas etnias, crenças, porque Ele É Amor, está correto; é isso mesmo. 

Daí concluir que todos os credos, por dissonantes que sejam entre si, e sobretudo com A Palavra de Deus estão certos, ou são válidos, é dar o assento da justiça ao amor, isso estraga os dois.

A universalidade do Amor Divino O faz desejar a salvação de todos; movido por esse desejo, O Eterno mandou oferecer igual oportunidade; “Pregai O Evangelho a toda criatura.”

Como é da natureza do amor, não impõe, convida e respeita a escolha do convidado; advertir da consequência das opções não é impor nada; é um derivado do amor; um demonstrativo inteligível, lógico, para o motivo das restrições de agora. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Desse modo, usar a parábola do Samaritano, onde religiosos agiram com indiferença, e um estrangeiro com amor, para validar todos os credos como tentam os ecumenistas, invés de interpretar um texto Bíblico com uma hermenêutica sadia, o estão pervertendo, forçando-o a dizer o que não diz.

O que se demonstra ali é o que Tiago expressou depois, que a “Fé sem obras é morta”; religiosos indiferentes à dor do próximo espiritualmente são mortos. 

O estrangeiro desconhecido que se compadeceu e socorreu, fez a coisa a certa; isso não significa que, cresse ele em qualquer ensino ou adorasse a um ídolo vulgar e estaria certo porque, naquele caso especial fez o que deveria.

Outra vez o amor tomaria o lugar da justiça; Deus é zeloso quanto a ela; “Eu sou o Senhor; este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Portanto, o que ensina aquela passagem é a inutilidade da “fé” que não molda um agir coerente; jamais, a salvação mediante boas obras ou validação de doutrinas espúrias.

Aliás, havia um romano que fazia muitas boas obras e orava a Deus; O que O Santo fez? Disse que ele estava salvo por agir assim? Dirigiu-o ao encontro da mensagem de salvação. Ele era “Piedoso, temente a Deus, com toda sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e contínuo orava a Deus.” Atos 10;2

Com esses predicados todos, Cornélio precisou ouvir O Evangelho mediante Pedro para salvação; “Agora, pois, envia homens a Jope, manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro... Ele te dirá o que deves fazer.” Vs 5 e 6

Socorrer um estranho em dificuldade, grande coisa! A Palavra manda amar aos inimigos.

Porém é só o conhecimento prático da Verdade que liberta; e A Verdade é Jesus. Fora disso é engano, erro, fraude; depende das motivação do trevoso da vez. Não importa que seja o Papa.

O Eterno não mudou nem muda, diz: “... Pois não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há além de Mim. Olhai para Mim, e sereis salvos; todos os termos da terra; porque Eu sou Deus, não há outro.” Is 45;21 e 22

domingo, 25 de outubro de 2020

A Fé em apreço


“Agora meu filho, o Senhor seja contigo; prospera, edifica a casa do Senhor teu Deus, como Ele disse de ti.” I Cr 22;11

Davi passando o bastão na “corrida de revezamento” do trono a Salomão. Deu-lhe instruções sobre desafetos e, sobretudo, nas coisas atinentes à Casa do Senhor. “Prospera e edifica como Ele disse.”

Fé tem um lado moral, cuja confiança repousa na Integridade de quem prometeu, Deus; também a demanda por integridade de quem crê, para que não altere o teor do que foi prometido. Por sermos relapsos nesse quesito, muitos falsos profetas têm prosperado sobre a ingenuidade de incautos.

O Eterno não se responsabiliza pelos meus desejos; É Fiel para com Suas Promessas. “... Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da Boca do Senhor. Jr 23;16

Como disse Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”, também a fé tem seu “nicho” onde encaixa e é boa; o que Deus disse. Fora disso não passa de perversão. Acaso não foi assim a perversão original? Reinterpretação, acréscimos ao que O Criador dissera?

Muito do que se difunde como sendo fé mostra uma tentativa profana de manipulação do Santo; pensamento positivo de que certas coisas acontecerão.

Quando creio e aposto as minhas fichas que as coisas serão como quero, não creio em Deus; antes, em mim mesmo. Ele deixa de ser Gestor da minha vida para ser apenas um meio para que eu atinja o que eu mesmo planejo. O “negue a si mesmo” inda não entrou em campo.

“Inimigos da Cruz” se opõem A Cristo; ao Seu Senhorio. Se Ele não está entronizado em mim, eu estou; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição...” Fp 3;18 e 19

No âmbito espiritual as coisas não são assim; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha, dirigir seus passos.” Jr 10;23

Na chamada de Abraão, o não! era específico; “Sai da tua terra, dentre tua parentela” mas, o sim! Estava em aberto; “para uma terra que te mostrarei”.

Assim, a fé tem coisas muito claras das quais nos apartar, “... não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1

E um Nome excelso, que possibilita andarmos no escuro, sem saber onde chegar; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Logo, a fé sadia não se agarra desesperadamente a um anseio rogando que ele dê certo; antes, descansa confiado no Eterno sabendo que a Vontade Dele é o certo.

Se a Salomão, então, herdeiro do trono foi delegado o privilégio e responsabilidade de edificar o Templo do Senhor, nós somos desafiados, cada um, à edificação de um templo também.

Não que O Senhor do Universo seja um sem teto; mas, como É Amor, e todo amor anseia ser correspondido, O Eterno quer habitar conosco, os salvos que formam um Corpo, a “Noiva do Cordeiro.” “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra e Meu Pai o amará; Viremos para ele, e Faremos nele morada.” Jo 14;23

Se, para nosso conforto embelezamos tanto quanto podemos, nossas moradas, qual cuidado e esmero deveríamos ter com o “templo do Senhor?” “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5

Quando Pedro afirma: “Sois edificados”, implica que a iniciativa não é nossa; mas Dele em nós, mediante Sua Palavra; pois, “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” Sal 127;1

Nossa parte clara, como a de Abraão é o não! “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento...”

Então, veremos a “terra que nos mostrará”; “... para que experimenteis a agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;2

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e prova das que se não veem.” Heb 11;1

Não repousa sobre coisas; tampouco, consegui-las é seu alvo; antes, corresponder ao Amor Divino. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, que é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6

sábado, 24 de outubro de 2020

Os albinos e os bilíngues


Ontem deparei com um vídeo, onde, um candidato a vereador local fazia ardente desabafo; pois, teria sido alvo de uma “Fake” difamatória, agressiva, preconceituosa, ou coisa assim.

Não vou citar o nome dele porque não o estou combatendo; apenas, vou refletir sobre uma frase que falou em sua diatribe: “Não tenho medo dos coronéis da política, represento o povo e vou lutar contra eles”. Não é citação literal, mas a ideia era essa.

Quando será que já ouvimos algo semelhante? Ah, lembrei! O PT antes de chegar ao poder vinha da “Senzala” libertário, corajoso contra os “Senhores de engenho” os donos da “Casa Grande”!

Eu acreditei, me vi representado naquilo, votei neles uma vez. “Zumbi dos Palmares” o libertador chegou ao trono e 2002 e ficou quatro mandatos, dois diretamente, dois mediante “postes”. E o que deu?

Roubo e corrupção, como “nunca antes na história destepaíz”; sociedade fracionada em lutas de classe inglórias, ricos contra pobres, pretos contra brancos, gays contra héteros, drogados contra lúcidos, abortistas contra defensores da vida; marginais contra cidadãos; de quebra tivemos o aviltamento da educação, doutrinação ideológica invés de ensino; e afirmo, sem medo de errar, que somos a geração mais estúpida, mais burra de todos os tempos.

Nem ortografia a maioria conhece; quiçá, sombras de filosofia nas humanas, ignoram à história recente mercê de narrativas fraudulentas, em geografia pensam que o Aconcágua fica na Ásia, e carecem domínio preciso nas exatas.

Talvez, dada a promiscuidade que a “liberdade sexual” trouxe, isso lhes dê certo incremento em educação física; sei não.

Outro dia desfilaram vídeos do tal “Mister Olímpia”, uma competição de fisiculturismo, e era um amontoado de músculos sem noção e necessidade, uns brutamontes que parecem o Coisa dos X-Men, a ainda por cima usando calcinhas. 
Mas, esse é um fenômeno global.

A cada dois anos, ora, âmbito municipal, ora, estadual/federal temos eleições. Sempre a mesma bosta! O tal de “Rumo certo”, “Aliança com o escambau”, “Por um futuro melhor”, “Para continuar mudando”, etc.

Sei que, contra a lógica e as probabilidades, existem “animais albinos”; digo, gente honesta na política. Mas, esses são exceção. A regra é o “queromeu todomundoroba”, e para isso os lobos se fazem bilíngues e aprendem o idioma ovelhês pra usar nas campanhas.

Desculpe-me um eventual honesto que esteja lendo isso, mas meus escrotos estão saturados, e detesto gente safada! Se você é honesto (a) inclua-se fora desta.

Por mim, sequer teríamos partidos políticos, pois, invés de não servir para nada o que bastaria para a extinção dos mesmos, fazem menos que nada. Formam quadrilhas implícitas pela identificação, onde erros são desconsiderados, quando não, defendidos, se o sujeito é “dos nossos”, e acertos ou verdades são negadas, maculadas quando, dos “deles”.

O PT roubou à estratosfera, com silêncio tonitruante da mídia, artistas, atletas que, agora, sem nenhuma vergonha na cara conseguem gritar “Fora Bolsonaro”, (um sujeito, decente, honesto) quando praticam seu esporte de proveito duvidoso, sob patrocínio de uma instituição do Governo Federal, com fez a atleta Carol Solberg.

O que os move? Uma quadrilha, um partido. Mas, diria o Democratino Simplício, que estou sendo severo demais ao comparar partidos políticos com quadrilhas, é? 

Conheces outra que tenha furtado em pouco tempo, três bilhões de reais? É. Mas, volveria o estúpido, o “Fundão Eleitoral” é algo lícito, a li o prevê; certo.

Conheces outra espécie de quadrilha que consegue roubar tendo autoridade para isso; que possa usurpar mediante lei usando canetas sem precisar de armas? Por quê Bolsonaro é tão odiado? Pelo seu “albinismo”, óbvio!

Outro dia passou uma “carreata à pé”, digo, alguns veículos e mais de uma centena de caminhantes, todos com bandeiras e camisetas de determinado candidato, com um calor de mais de 30 graus; viva o fundão! (digo; as pessoas estavam desfilando de graça por amor à causa) Todos fazem isso, não importa a cor da bandeira, ou o nome do candidato.

O ideal seria, como defendia Sócrates, o filósofo, que os bons, fossem forçados a governar; a maioria desses, pela própria índole têm aversão à coisa. 

Porém na nossa “democracia” em suprema maioria, os maus fazem força para ter poder, e as consequentes vantagen$, que ele dá. Há poucos idealistas e um Via Láctea de interesseiros.

Não significa que eu esteja defendendo abstenção, voto branco, nulo; nada disso!

Mesmo discordando do sistema, e descrente da “matéria-prima” humana, alguém será eleito a despeito de minha visão, ou participação.

Resta avaliar o que temos e escolher o mal menor; é o que tem pra hoje.

“Noventa por cento dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação.” Henry Kissinger
Se, você é dos dez mais, pois, não me culpe; entenda-se com os noventa restantes.

Luz pra vida; pra morte...


“Responderam a Jesus: Não sabemos. Jesus lhes replicou: Também não vos Direi com que autoridade Faço estas coisas.” Mc 11;33

A questão era a Autoridade de Jesus; de onde vinha. Pois, acabara de fazer um estrago na “feira livre” dos que comerciavam no templo, além de operar muitos sinais milagrosos.

Questionado sobre a origem da mesma O Senhor redarguiu com outra pergunta: “O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me.” V 30

João era tido como grande profeta, respeitado entre o povo; apresentara Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Aquilo não causou nenhuma objeção no momento; mas, começando O Salvador a atuar, e trazendo Sua atuação, coisas inesperadas pelo establishment, agora incomodava.

As raposas pensando em “agradar a gregos e troianos” forma poética que alguém criou para vestir bem à falsidade, preferiram fingir ignorância à responder abertamente o que pensavam.

A desonestidade intelectual não merece o contraponto da honestidade; antes, desprezo. Se eles lidavam mal com o quê sabiam, porque desejariam saber ainda o ponto de vista de Jesus? “...Também não vos Direi com que autoridade Faço estas coisas.” V 33

Vulgarmente se diz: “Quem pergunta quer saber.” Contudo, nem sempre é assim. Há perguntas que são apenas escárnio, como a de Faraó: “Quem é O Senhor para que eu ouça?”

Outras, remendos frágeis de fugitivos como Caim: “Acaso sou guardador do meu irmão?” Na verdade era o assassino; bancava o desentendido.

Há ainda perguntas retóricas, que visam reforçar um argumento evocando o senso lógico dos ouvintes, como a de Amós: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”

Enfim, nem toda a pergunta é um ignaro mendigando saber, tampouco, é honesta; aquela feita ao Senhor era uma armadilha, como a outra sobre o tributo, onde Ele mandou dar a César o que era de César, e a Deus o que Dele era. A questão era pegar ao Senhor nalguma cilada, não saber algo que pensavam nem precisar.

Por quê, em campanhas políticas, como agora, todo mundo, candidatos dos partidos mais corruptos que sejam, todos parecem saber o que é certo, justo; quais a mais legítimas aspirações do povo?

Porque, no fundo eles sabem mesmo. Como caçadores noturnos que usam um foco de luz para cegar às lebres e matá-las, assim usam suas luzes para enganar àqueles dos quais pretendem roubar a confiança, o voto.

Todo o homem, convertido ou não, traz em si uma centelha deixada pelo Criador, uma “pedra de toque”, chamada consciência; reavivada nos convertidos, mas inda palpitante nos que precisam de luz.

Os gregos eram afeitos à filosofia, mas sabedores que lhes faltava algo; Paulo definiu aquilo como procurar a Deus no escuro; ensinou aos filósofos Estoicos e Epicureus que lhe ouviam que Deus era O Criador de tudo, e que dera aos homens um limite de tempo e espaço, “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;27

Acaso alguém precisa ser versado em Bíblia para saber que roubo, mentira, adultério, violência... são coisas erradas? Não, todos sabem.

De novo Paulo, mencionou a “Lei” latente nos que ainda ignoravam à Lei de Deus; “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;” Rom 2;14

Não se entenda disso que eu esteja, como o Papa, validado a todos os credos para salvação; pois, salvar, nem mesmo A Lei de Deus consegue; seu fim era manifestar nossa necessidade do Salvador; “Aio para nos conduzir a Cristo”; assim, as duas Leis, a escrita e a consciência nos levam ao Tribunal do Eterno; “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados.” Rom 2;12

A consciência é educada demais para impor uma vontade; é apenas luz que mostra as coisas como são. Vontade é derivada da alma, que, depois da queda usurpou o lugar do Espírito na mordomia da vida; seu fogo anseia por calor, não luz.

Essa imposição perversa cauteriza a consciência; adultera sua pureza.
Nesse “Santo dos Santos” só O Santíssimo Sacrifício pode limpar; “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo.” Heb 9;14

Podemos bancar desentendidos iguais aos do Sinédrio, ou, como um deles, Nicodemos, deixar que a luz, não as conveniências ímpias dirijam nossos entendimentos.

Disse: “... Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” Jo 3;2

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Interagir com Deus


“Porque, quem esteve no conselho do Senhor, viu, e ouviu Sua Palavra? Quem esteve atento à Sua Palavra, e ouviu?” Jr 23; 18

Os profetas outrora eram chamados videntes, pois, além de ouvir, ainda viam coisas na dimensão espiritual, conforme Deus lhes queria revelar.

Interatividade é uma das palavras da moda. Graças aos meios disponíveis, coisas inimagináveis há pouco tempo, são triviais agora. De certa forma, aqueles tinham já “Tecnologia” para interação nos domínios espirituais.

O profeta Jeremias, como vimos acima, perguntou quem teria participado de um concílio celeste, de uma reunião com o staff Divino, para que pudesse entender Seus planos.


Pois, de certa forma, é isso que se requer de alguém que presume falar em nome de Deus; que conheça os planos Dele, não, que simplesmente saiba manipular Sua Palavra.

Micaías, outro profeta/vidente que enfrentou Acabe e a turba de profetas de Baal, “participou” de uma reunião dessas, e oportunamente declarou: “Ouvi, pois, a Palavra do Senhor: Vi ao Senhor assentado no Seu Trono, todo o exército celestial em pé à sua mão direita, e à sua esquerda. Disse o Senhor: Quem persuadirá a Acabe rei de Israel, para que suba, e caia em Ramote de Gileade? Um dizia desta maneira, outro de outra.” II Cron 18; 18-19

A sentença do ímpio rei estava decidida já; morte. A maneira de executá-la Deus deixara que uma assembleia de anjos participasse e sugerisse.

A ele foi mostrado o propósito e o plano de Deus. Como não gozava de muito crédito entre ímpios, não foi ouvido. A ideia era essa, Deus cansara do pusilânime e idólatra, Acabe. Estava prestes a julgá-lo. Permitiu que anjos desses sugestões que um humano vidente pudesse saber o que acontecia nos Céus.

Porém, uma interação ainda mais acentuada foi legada a Zacarias, o jovem profeta não apenas teve uma visão da purificação pós-exílica do sacerdócio, personificada por Josué, como participou disso, deu uma sugestão coerente com o querer de Deus, e foi ouvido. "Disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; o anjo do Senhor estava em pé.” Zac 3; 5

Assim, ele participou de uma cena profética por “Videoconferência” e sua sugestão foi aceita pelo Eterno.

O fato é que temos tanta gente “interagindo” escolhendo o final, no “você decide” gospel, que é preocupante. É um tal de ordenar anjos, determinar bênçãos, que não parece uma interação com o Divino mas, estar no controle sujeitando-O. Isso além de sem noção é blasfemo.

Não de depreenda daqui, que estou postulando que precisamos de visões e arrebatamento para vermos, enfim, o que Deus quer mostrar; antes, “ver” mediante o Espírito Santo, a vontade Divina expressa na Sua Palavra, submeter-se a ela; então, poderemos até “dar dicas” como Zacarías e será feito, por termos nossos ministérios alinhados ao Senhor.

Todos parecem ter algo a ensinar, poucos ensinam vivendo. “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor e para cumpri-la e para ensinar em Israel os Seus estatutos e os Seus juízos.” Esdras 7; 10 Dos três verbos citados conjugam apenas o último. Buscar e cumprir não lhes parece necessário; entretanto, se presumem aptos a ensinar.

De meros diáconos que, então não se inseriam entre os que ministram a palavra, Paulo demandou que, “estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.” I Tim 3;10

Para a escolha de uns aliás, na igreja embrionária se buscaram qualidades que faltam em muitos “apóstolos” atuais; “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” Atos 6;3

Muitos vivem tão mau testemunho, que até mesmo quando dizem a coisa certa, não transmitem nada. Desmentem o adágio que ouro nas mãos do bandido, ainda é ouro. Matam o sabor da Palavra; poluem com suas vidas nefastas.

São desse calibre muitos “profetas” de Facebook que em troca de curtidas coraçõezinhos e partilhas saem “revelando” coisas a torto e a direito como se suas doenças sem respeito e sem noção fossem extensões da Vontade de Deus. 

Por quê não pregam simplesmente A Palavra, esses embusteiros se, de fato a conhecem?
Sei que a genuína mensagem não rende joinhas, nem coraçõezinhos, tampouco, compartilhamentos. 

Mas essa em sua pureza e virtude pode, eventualmente conduzir corações arrependidos a Deus, para a salvação. Ministros que têm a relevância pessoal como alvo, não a Glória de Deus e expansão do Seu Reino não representam ao Santo.

A Palavra não revela “Curas” “conquistas” e facilidades várias que esses mentirosos acenam; revela a perdição atual dos ímpios e o “Vinde a mim do Salvador.”

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Sem Papas na Língua

“...Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir a vós, antes que, a Deus;” Atos 4;19

O “primeiro Papa” ensinou a não termos “papas”. Tendo que escolher entre uma ordem Divina e outra humana, nossa escolha deve ser fácil.

Pedro deixou patente que, a obediência a Deus era mais importante que a líderes terrenos; mesmo que, esses fossem autoridades religiosas.

Todavia, sempre fomos, os protestantes, considerados hereges por isto. Segundo o mesmo Pedro, indispensável à interpretação sadia não é a submissão a uma hierarquia humana; mas, à Luz do Espírito Santo. “...nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” II Ped 1;20 e 21

Enquanto a Palavra ensina que não existe salvação sem Cristo, que propicia o “Novo nascimento” da Água e do Espírito, eles sempre reduziram a salvação a uma adesão institucional, dizendo que “Fora da Igreja (Católica) não há salvação”.

Ora, a Igreja Católica como conhecemos, com um chefe mundial começou por volta do ano 500; antes, cada igreja cuidava da própria administração de modo local; nas setes cartas às sete Igrejas do Apocalipse, no ano 96, não há nenhuma menção à hierarquias humanas; Cada uma tem seu “anjo”, Pastor, e lida com problemas locais.

Quando Lutero, colocou suas 95 teses em Witenberg, denunciando desvios da igreja; eram desvios tais, ao ponto de se vender perdão em moedas.

O que a igreja fez? Emendou-se? Não. Perseguiu Lutero que teve que viver escondido; considerou heréticos seus ensinos sem demonstrar à luz da Bíblia em quê consistiam as “Heresias”; de quebra criou-se a “Contra-reforma”; a “Companhia de Jesus”, os Jesuítas; seu alvo; perseguir aos “Hereges” empresa que ensejou o “Santo ofício” a inquisição que de ofício tinha muito, mas de santo, nada. Eram assassinatos frios e cruéis em “Nome” Daquele que mandou amar aos inimigos.

Interessante que, noutro contexto em que combatia a infiltração do comunismo na igreja o Padre Paulo Ricardo disse; “Quer conhecer a vida espiritual de alguém, observe contra o quê, ele está combatendo”. Pois, pergunto, quem sai por aí semeando, até mesmo a morte a quem ousar crer na Palavra de Deus serve a quem?

Não significa que abraçar a dita fé protestante seja selo de qualidade; há muitos patifes, mercenários, travestidos de ministros entre os tais.

A própria Bíblia se encarrega de deixar expresso qual “Selo” identifica os salvos, independente de coisas humanas, como hierarquia ou denominação; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

A Bíblia, sempre a Bíblia! Eis o nosso problema! Se lerem esse texto, ou, de qualquer outro “herege” com eu, sempre verão argumentos derivados da Palavra de Deus.

Muitos católicos que discordam da encíclica globalista a “Fratelli Tutti”, invés de demonstrarem os erros dela cotejando-a com Bíblia, o fazem lendo o texto do Monsenhor Carlo Maria Viganó.

Não questiono o mérito do que escreveu, só demostro a falta de hábito de recorrer a Deus, de um povo que está acostumado às hierarquias humanas, não um relacionamento com O Senhor, mediante Sua Palavra.

Posso mencionar uma frase de fulano ou cicrano, mas se sou deveras, ministro do Senhor, tenho dever de conhecer o que Ele ensinou e retransmitir a quem necessitar. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a lei porque é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

Muitos deles, que sempre defenderam que fora da igreja católica não há salvação, vendo agora a “Nave mãe” navegando impulsionada pelas caldeiras da maçonaria socialismo e Globalismo, defendem que se cultue de fora, alternativamente, por discordarem das diretrizes de “Pedro”.

Mas, não era exatamente esse o nosso erro?

Recusarmos ser servos do homem preferindo ser servos de Deus? Nada como um dia após o outro.

O Papa chega às masmorras morais ao defender o “casamento” Gay. Se tivesse coragem de simplesmente por em relevo o que A Palavra diz sobre o assunto, seria antipático ao mundo e útil a Deus.

O Eterno nunca ordenou que se sacrificasse Sua Doutrina para amontoar todos os credos. Deixou patente que se trata de uma mensagem de vida ou morte, não mera opinião rasa negociável, adaptável aos ímpios paladares. “Quem crer e for batizado será salvo; quem não crer será condenado.” Mc 16;16

Façamos o bom depósito enquanto ainda é permitido ler A Palavra Santa, ou textos que a interpretam; breve isso custará vidas aos que insistirem.

O tipinho com chifres de cordeiro que fala como o dragão tem pressa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Beleza Roubada


“Uma coisa bela persuade por si mesma, sem necessidade de um orador.” Shakespeare

Que a beleza possui um “discurso” eloquente parece pacífico; quem não se admira diante dela?

Contudo, é algo relativo, (que pode mudar mudando a relação sujeito/objeto) noutras palavras, o que é belo para um, não é, necessariamente, para outro. Ademais, alguns folgam na satisfação mera; a sensação agradável é seu “conceito de belo” a despeito do quê, a produza.

Lembro Fernando Pessoa: “Tens um anel imitado, e vais contente de o ter; que importa o falsificado, se é verdadeiro o prazer?” Nem aí para o fato de ser reles bijuteria, simulacro; a pessoa estava contente assim.

Um fato inusitado me levou a pensar nisso; deixei o portão do pátio sem chave e chegando do trabalho fui regar as flores; o calor está intenso e faz tempo que não chove então as mudas que plantei no sábado último carecem ser regadas todos os dias até enraizarem bem.

Em princípio não notei nada de anormal; depois olhando melhor vi que meus canteiros estavam “banguelas,” pois, de modo esparso alguém arrancou doze mudas. Como fez sem muito cuidado de levar o torrão da raiz junto, pouco provável que as mudas peguem; mas, tomara que peguem e se façam mui belas. Quiçá um dia “o galo cante” e desperte Pedro.

Não é o tipo da coisa que, furtada se poderia converter em dinheiro logo ali. Então, presumo que quem as levou o fez para plantar; deve ser um (a) amante do belo.

Se alguém amar à beleza deve amá-la por inteiro e não fracioná-la conforme interesses pontuais.

Outro dia usei numa poesia a expressão, lobos em pele de lobos; isto é; gente que faz o mal abertamente, dissoluta que já não se envergonha dos caminhos que leva.

Para uma alma sadia psicologicamente a beleza não pode ser assim fragmentária, seletiva, parcial. Olhar uma flor e achar bela, tranquilo, normal; mas, não ver o furto como algo feio, desprezível evidencia um conceito de beleza saci; saudável a perna do apreço estético e amputada outra, da moral.

Como um cônjuge pérfido que capricha no visual para encontrar a amante com a qual cometerá adultério, assim, a beleza desprovida de sentido perde-se; é como inteligência que é uma coisa boa, colocada em uso, a serviço do mal, que se reduz a simples astúcia.

Meu jardim é mais dos outros que meu; exceto nos fins de semana, passo os dias fora e transeuntes podem “namorar” minhas flores mais que eu.

Não estou escrevendo isso porque esteja impactado com a coisa; próximo sábado replanto, e vida que segue; o que inquieta é o deserto de valores em que vivemos.

Pode até que quem fez isso, o fez apenas para dar seu recado que não vai com minha cara... nem poderia; onde vou sempre levo ela comigo; por ter apenas uma careço dela todo o tempo. Caso tenha sido esse o motivo, quem fez é mais digno de pena que outrem que as tivesse levado para plantar.

Não sou do tipo falastrão, “amigo de todo mundo”; geralmente fico em meu canto, na minha; mas, não creio que faça mal às pessoas, se o faço, juro que ignoro. Quem tem “amigos” demais, no fundo, não tem nenhum; sou seletivo.

Mudas de flor custam uma bagatela; uma caixa com 15 mudas, 18 reais; o que faz cada uma valer 1,20. O problema é que, O Salvador ensinou que devemos ser fiéis no pouco, para um dia sermos constituídos sobre o muito.

Grande é o estio de referenciais morais; outro dia tivemos um Senador flagrado escondendo 30.000 reais no traseiro; homens de idade avançada, pouco tempo para usufruir riquezas, e geralmente possuem grandes patrimônios, além do salário parlamentar, que, somadas as vantagens todas excede aos 100.000 por mês. Mas como “Quem ama dinheiro nunca se farta de dinheiro” o dito tinha que encher a bunda de grana.

A beleza tem vários aspectos; estético, moral, espiritual, psicológico, e intelectual. O estético salta aos olhos e não carece maiores definições; o moral deriva dos bons valores que alguém abraça e pelos quais peleja; o espiritual o faz imitar ao Senhor na “Beleza da Sua Santidade” como disse Davi; a beleza psicológica patrocina a dita inteligência emocional, que mesmo tendo motivos para se descontrolar e agir precipitadamente, a alma bela consegue atuar com equilíbrio, domínio próprio; e a beleza intelectual tem seu consórcio com a perspicácia, o entendimento sempre a serviço de bens probos, sabendo que, fora disso não seria bela.

Então, cortar um naco de beleza com a faca da feiura mostra, acima de tudo, falta de noção; como dizia o humorista Batoré: “Pensa que é bonito sê feio?”

domingo, 18 de outubro de 2020

Com qual árvore irei?


“Assim farei cessar em ti tua perversidade e prostituição trazida da terra do Egito; não levantarás teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais do Egito.” Ez 23;27

Outrora libertos do cativeiro egípcio rumando a novo cativeiro, em Babilônia. A Causa? “... porque te prostituíste após os gentios, te contaminaste com seus ídolos.” V 30

Foram tirados de modo milagroso, alimentados no deserto por quarenta anos; tinham dever de conhecer a Deus, de modo a não reduzir O Altíssimo a meros bibelôs humanos.

Normalmente deparo com um texto vendido como promessas grandiosas; “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Sou teu Deus; Eu te fortaleço, te ajudo, te sustento com a destra da Minha Justiça.” No contexto, não é uma promessa; mas, um puxão de orelhas pelo mesmo motivo descrito em Ezequiel, idolatria.

Dos gentios O Eterno apenas descreve o processo; “O artífice animou ao ourives; o que alisa com martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos firma, (a imagem) para que não venha a mover-se.” V 7

Daí em diante começa a correção; pois, se era normal aos gentios agiram na ignorância, com Israel Deus tinha um relacionamento pessoal; “Porém tu, ó Israel, servo Meu, tu Jacó, a quem Elegi descendência de Abraão, Meu amigo; tu a quem Tomei desde os fins da terra, Te chamei dentre os seus mais excelentes, e disse: Tu és meu servo, a ti escolhi e nunca Te rejeitei. Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Sou teu Deus; Te Fortaleço, Te ajudo, Te Sustento com a destra da Minha Justiça?” Is;41 8 a 10

O Santo não está fazendo promessas a quem pegar primeiro; antes, recapitulando a fidelidade amorosa com a qual tratara seu povo, então ingrato, idólatra.

Sabemos que, quem não aprende com erros tende a repeti-los. A diferença entre O Todo Poderoso e os ídolos do Egito fora demonstrada de modo cabal durante as dez pragas e consequente libertação do povo; a aversão do Santo às imagens, deixada patente no infeliz episódio do bezerro de ouro; agora estavam presos novamente no mesmo erro.

Quem precisa imagem para firmar sua fé não possui fé nenhuma; engana-se. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem... Pela fé (Moisés) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;1 e 27

Então, se dizer liberto por Cristo, pertencente a Ele, e se curvar diante de imagens é apenas deixar patente o cativeiro da ignorância, o lapso do conhecimento do Salvador. “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

Outro dia, católicos “tradicionais” estavam zelosos contra a “idolatria”, porque Francisco recebera com honras nos jardins do Vaticano uma imagem andina, a Pacha Mama. Eles conseguem a proeza de tem “imagens canônicas” e outras pagãs.

O texto que as veta é categórico; “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso...” Ex 20;4 e 5

O Criador fez o homem à Sua Imagem e Semelhança, a única imagem que lhe interessa é a regeneração disso que foi perdido.

Por isso, quando Filipe pediu a Cristo que lhes mostrasse o Pai, Jesus perguntou se ele não O conhecia; pois, veio “sendo o resplendor da Sua Glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

A “imagem” de Cristo em nós é Sua Palavra que forja; pois, devem os salvos estar plenos Dele que como disse Paulo; ter a “mente de Cristo”; essa molda caracteres, invés de esculpir matéria. 

Só é visível no teatro das ações, resulta em Glória a Deus; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Como não há neutralidade possível, os que preferem as imagens espúrias terão seu ápice; uma que “fala” para ser adorada; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Cabal e sério assim: Ou seremos regenerados à Imagem de Deus mediante Sua Palavra, ou acabaremos nos curvando à imagem do Capeta mediante tecnologia. Termina onde começou; as duas árvores, a da Ciência e a da Vida. “Escolhe, pois, a vida.”

sábado, 17 de outubro de 2020

Fratelli Tutti?


“Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome.” Jo 1;12

Filiação espiritual, mediante “Novo nascimento”, sempre foi algo óbvio, entre os minimamente conhecedores da Doutrina de Cristo.Entretanto, chegamos a um momento crítico, onde, sequer o óbvio é tão óbvio assim; precisa ser defendido.

Numa encíclica de mais de oitenta páginas chamada “Fratelli tutti” (somos todos irmãos) o Papa Francisco esposa a ideia rasa, ecumênica de que todos, de qualquer credo, mesmo aqueles que degolam aos “infiéis” são irmãos. Todos, cada um a sua maneira estão certos, pois “buscam a Deus” que certamente os não rejeitará.

Dada nossa dupla natureza, duas irmandades são possíveis. Uma da carne; nesse caso, “Fratelli tutti”; outra espiritual, da água e do Espírito. Aí, já não é tão simples assim, pois esses, “... não nasceram do sangue, nem da carne, nem do homem, mas de Deus.” V 13

Pretendendo ser ele, um líder espiritual, não um antropólogo, usar como base o natural para acondicionar em cima, ao sobrenatural, blasfema por afrontar diretamente ao Mandado Divino; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Ainda, por adicionar caminhos espúrios; O Salvador foi categórico: “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Daí, invés de uma “equalização” com os “irmãos” dos demais credos, a fé em Cristo, requer exatamente o contrário; uma diferenciação dos salvos. Nas questões éticas, valores, a “mente de Cristo”, que patrocinam as comportamentais; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;2

Também, na relação com a disciplina; a correção da Palavra, coisa que filhos recebem, enquanto estranhos desprezam; “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;7 e 8

Para muitos, a Bíblia carece “atualizações” para “santificar” perversões que eles gostam; com esse fito criaram “versões inclusivas” para sua própria exclusão.

Se O Eterno fosse biodegradável, (sofresse ação do tempo) não seria Eterno; não teríamos segurança nenhuma; “porque Eu não mudo vós não sois consumidos... se formos infiéis Deus permanece fiel; não pode negar a Si mesmo;” Graças a Deus!

Então, não escreveu um rascunho para ir evoluindo; antes Sua Palavra Eterna é “lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos.” Sal 119;105

Circula nas redes um texto inteligente sobre esse vício blasfemo de imputar ao Santo as faltas que palpitam em nós, diz; “Lendo a Bíblia encontrei muitos erros... todos eles em mim”.

Mas, surgiria a questão: Se, o reino temporal do Anticristo bem como, a igreja global se farão, a Bíblia os prevê, que adianta a gente lutar contra? A tarefa de um ministro do Senhor não é evitar o inevitável; mas, difundir Sua Luz, (do Senhor) para que as escolhas particulares não sejam no escuro.

Quem quiser, enfim, fazer parte desse balaio de todos os gatos, validação de todos os credos, fim de toda disciplina segundo a Palavra de Deus, que o faça; mas, saiba de antemão como O Céu vê; “... grande Babilônia... morada de demônios, covil de todo espírito imundo, esconderijo de toda ave imunda e odiável. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição...” Apoc 18;2 e 3

Infelizmente as pessoas tendem a descansar numa hierarquia viciosa como se o erro de terceiros não incidisse sobre elas, dado tratar-se de um líder. “Se um cego guiar a outro, ambos cairão na cova”; o que deveria cessar nossos pleitos é se um mandado é verdadeiro, não se foi ordenado por um “grande” da Terra. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Os salvos têm o coração no alto, nas as bundas assentadas em locais altos; “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi os servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

Ademais, “... Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Um simplório incapaz de enxergar um palmo verá aqui um João ninguém como eu atrevendo-se contra o “Santo Padre”; quem tem olhos espirituais verá O Espírito Santo lutando contra as mentiras do Capeta.

Compare-se essa página, com as oitenta e poucas aquelas, e veja qual traz mais citações da Palavra de Deus. Meu Líder É O Senhor.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A quem imitar?

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados...” Ef 5;1

Dada a abissal diferença entre criatura e Criador, a imitação tencionada por Paulo nesse verso deve ser algo estrito, pontual; possível a seres finitos e falhos como nós.

A conjunção conclusiva, “pois” por sua natureza aponta para trás; para o contexto imediatamente anterior, uma vez que está concluindo um argumento, uma ideia.

Se, olharmos o verso anterior, veremos em quê, somos desafiados a imitar Deus; “sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Cap 4;32 Imitarmos na prática do bem, no exercício da misericórdia, e sobretudo, perdoarmos ao semelhante como, por Ele fomos perdoados. Eis a imitação requerida ali!

O Salvador, quando desafiou ouvintes a darem a outra face (uma nova chance a quem falhou) ou, andar duas milhas quando a demanda fosse uma; ainda, solicitada a capa, dar também a túnica; enfim, amar inimigos, chamou essa postura de imitação da perfeição Divina; “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;48

Paulo disse expressamente isso; que imitássemos ele, na “arte” de imitar a Cristo; “Admoesto-vos, portanto, que sejais meus imitadores.” I Cor 4;16

Quando se diz vulgarmente que um exemplo vale por mil palavras, de modo oblíquo se diz também que tendemos muito mais a imitarmos o que vemos, que assimilarmos ao que ouvimos.

Nas relações interpessoais é assim; agora em se tratando da relação com Deus, carecemos certa acuidade auditiva, “Ouvir da Palavra de Deus” para sabermos como agiu e ensinou, deixando-nos um parâmetro para seguir.

De qualquer forma, a imitação requerida ainda que O Imitado seja O Senhor, se refere ao trato com o semelhante, pois, “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão é mentiroso. Quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

Entretanto, parece que, em nosso entorno o vício é um oceano, e a virtude raras ilhotas difíceis de se encontrar. Desgraçadamente as pessoas preferem nadar nas águas fáceis dos vícios, a palmilhar a terra firme das ações ponderadas, virtuosas e consequentes.

Não pouca vezes ouço, com sentimento de vergonha alheia, pessoas defendendo políticos corruptos com “argumentos” tipo: “Todo mundo tira uma lasquinha; tem mais é que levar vantagem mesmo;” Ou, nos domínios da promiscuidade, “ninguém é de ninguém, não existe mais fidelidade; então vou passar o rodo, o que vier eu traço.”

Ouvi isso ainda hoje de um colega de trabalho e respondi: “Se um cachorro te morder vais mordê-lo também? Eu sei que tem muito disso; maus exemplos existem à exaustão; mas, não altero o que sou pelo que os outros são; seja homem! Nade contra a corrente!”

Na verdade quem se corrompe, se prostitui, não o faz porque há muitos que fazem também; antes, faz porque é disso que gosta, porque se identifica com as aves das mesmas penas. A “justificativa" é só uma fuga hipócrita para acrescentar aos pecados praticados a covardia de lambuja.

Infelizmente, exemplos bons são raros; onde encontramos os que adotam as boas e virtuosas práticas, apenas por imitação de outrem que admiram?

Somos uma geração sem noção ao cubo; a ponto de, algumas pessoas postarem trechos de “músicas” pornográficas, cheias de expressões chulas, e versos bíblicos no mesmo dia, na mesma página!

Em outro contexto, no Desafio de Elias, a coisa foi posta assim: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” I Rs 18;21

Posso parafrasear assim: “Até quando estareis divididos em vossos corações? Se o lixo imoral é bacana, espojai-vos no lixo. Agora se fizerdes menção da Palavra de Deus não O profanem.” Ele mesmo adverte: “Ao ímpio diz Deus: Que fazes tu que recitar os meus estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” Sal 50;16 e 17

O Senhor encerrando da Revelação desafiou a cada um que deixasse patentes suas escolhas; virtuosas, ou viciosas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda. Eis que cedo venho, Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;11 e 12

Para Confúcio imitação é o método mais fácil de aprendizado.

Imitar a Deus cercado de impiedade como vivemos não chega a ser fácil; mas, como citou Dave Hunt, “o que espera pelos salvos é glorioso demais para ser fácil”.

domingo, 11 de outubro de 2020

Para quem será?

“Disse Mefibosete ao rei: Tome ele também tudo; pois já veio o rei meu senhor em paz à sua casa.” II Sam 19;30

O contexto era o da restauração de Davi ao trono após a sedição derrotada de Absalão.

Mefibosete e Ziba tinham uma questão sobre propriedades herdadas na qual Davi não quis se envolver; sugeriu que repartissem os bens entre eles.

O aleijado filho de Saul abriu mão de tudo, pois considerava honra suficiente ser recebido na mesa do Rei. “Porque toda a casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte diante do rei meu senhor; contudo, puseste teu servo entre os que comem à tua mesa; que mais direito tenho de clamar ao rei?” v 28

Se, tinha problemas nas pernas, não no cérebro.

Temos facilidade de julgar do quê, somos “dignos” quando se trata de honrarias; não quando se trata de justiça e somos réus.

Achara-se, junto com toda família de Saul, dignos de morte. Pois, Saul perseguira Davi à morte mais de uma vez.

O problema do apego material é sua inutilidade quando a vida está mais frágil; às portas da morte, como ensinou O Salvador sobre o “próspero” que se alienava de Deus. “Louco! Esta noite pedirão tua alma; o que tens preparado, para quem será?” Lc 12;20

As filosofias de botecos tipo, “Da vida nada se leva;” “Caixão não tem gavetas;”, “vão-se os anéis ficam os dedos;” etc. parecem priorizar a vida sobre os bens.

Contudo, os frequentadores de botecos bebem e não se deve levar tão a sério o que falam. Digo, uma coisa é esposar a rota certa numa ginástica mental repetitiva, como o que estica os braços espreguiçando-se ao acordar; outra é pautar o modo de viver pelo que sabemos ser a escolha certa.

Não é errado possuir bens; todos laboramos por isso. Mas, o apego excessivo, o amor ao dinheiro, o culto a Mamon é suicídio.

O Globalismo acelera seu projeto; o Brasil já cadastra para adotar o PIX, sistema de pagamento digital full time; funcionará 24 horas, domingos feriados.

Daí para a moeda digital, um passo; para a moeda global única, dois; para a marca aquela, sem a qual ninguém poderá comprar nem vender, três. Diferente da canção em que o sujeito estava a “dois passos do Paraíso”, estamos há três passos do Reino do Anticristo.

Quando isso acontecer, não importará quanto temos de bens; quem conhece a verdade e se recusar a ser marcado como gado do Capeta, não terá mais patrimônio nenhum. Não podendo comprar nem vender servirá para quê? Nossos bens serão confiscados pelo sistema e dados aos “fiéis”.

Então, o desapego não é só porque depois da morte a coisa não servirá; ainda em vida, nesse contexto a riqueza de quem a possui, sendo salvo, será pó. Faça bom uso dela, pois, enquanto ainda tem domínio sobre a mesma.

“Isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” Rom 13;11

“Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que folgam, como se não folgassem; os que compram, como se não possuíssem; os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa.” I Cor 7;29 a 31

Mas, diria o Simplício mero, por quê ser tão dramático, apocalíptico, invés de abraçar a união de todos, construir juntos um mundo sem fronteiras, sem divisão, em paz?

Quando O Criador colocou o primeiro casal a administrar a criação vetou certa árvore sob pena de morte; bem dramático; o Capeta apareceu com uma proposta “muito melhor”; autoconhecimento, autonomia, auto divinização, auto escolha, autoestima, levou uma montadora de autos e o ingênuo casal comprou.

A questão não era o quê soava melhor, ou, o que tinha um viés mais dramático. Mas, que um dito era verdade, e o outro mentira. A coisa se repete.

Esse globinho mágico, multicolorido, de diversidades, tolerância, inclusão, prosperidade e liberdades sem limites é só o marketing do totalitarismo opressor, de um sistema que tolherá todas as liberdades; até os pensamentos “inconvenientes”. Então, pena de morte a quem desobedecer ao Big Brother.

Aprendamos com Mefibosete que, estarmos, seres indignos, pecadores, à Mesa do Rei dos Reis, é muito superior à possiblidade de nos esbaldarmos por um pouco, sobre vastidões condenadas, falidas.

“Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

sábado, 10 de outubro de 2020

O Globo da Morte

“A falta do saber e a falta de informações, são os princípios da manipulação." Diogo Pantoja

Cultura inútil a todo vapor. Me contam de grátis a saga de Will Smith, a “Verdadeira história do Titanic”, a resiliência do Satollone até a fama; a suspeita morte do filho do Bruce Lee;

destacam grandes surras do cinema; espalham “lições de moral” forjadas; mendigos comprando mansões, (se um maltrapilho vier comprar minha casa que não é nenhuma mansão, acharei ridículo também, não se trata de preconceito; mas, de ter ainda dois neurônios funcionando) ainda, piriguetes rejeitando magnatas de bicicleta, tendo um “possante” ao lado; ( a ‘moral’ seria encostar a bunda na grana)

e se eu quiser, até montam um bonequinho que seria “minha cara” um tal de Avatar, coisa que algumas crenças orientais atribuíam a espíritos que possuem humanos; como já vive em mim o Espírito Santo, não tem vaga. Prefiro evitar.

Mas é só uma brincadeira, o que tem demais? Eu sei. Cheia está a internet de gente que brinca com najas e cascavéis; o pai das cobras assegura: “Certamente não morrereis!”

Halloween também é inocente, carnaval infantil idem; eu e minha mania de levar tudo em ponta de faca.

Acontece que flores e hortaliças que planto sempre brotam de acordo com as sementes.

Essas “brincadeiras” lançam fundo sementes também, de modo a entranhar nas almas infantis e moldar ações futuras como disse certo profeta: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Vergonhosamente, “príncipes e princesas” que ainda não aprenderam o alfabeto já são versados em caras e bocas para fotos de pais orgulhosos e sem noção do perigo da sexualidade precoce.

Por quê será que o sistema ímpio tenta “treinar” as crianças no caminho do homossexualismo desde cedo, a famigerada ideologia de gênero?

O mundo se seu príncipe, o Capeta pintam tudo forjando seu mosaico de papel picado; tentam fazer belo um arranjo cujo teor, são cinquenta tons de bosta. Multicolorida, mas bosta.

Cortina de futilidades para esconder a única coisa que, no final da corrida terá relevância; ainda que, agora repouse sóbria, preto no brando; O Bendito Feito de Cristo por nós, e seu registro, A Palavra de Deus.

Daniel traz a sina de um rei versado em cultos inúteis e inútil no que É vital, o Deus Vivo. Isso o levou a práticas profanas o que lhe custaram o reino e a vida. “Te levantaste contra o Senhor do Céu, pois foram trazidos à tua presença os vasos da casa dele, tu, teus senhores, tuas mulheres e concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de Quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Eu sei que, um pouco de humor e de leveza é necessário; já escrevi muitos textos de humor outrora; estão no “Recanto das Letras”; mas, minha unção é de outra estirpe, e o momento urgente e sério demais para que eu também me ocupe de papeis coloridos, quando vidas estão se perdendo aos montes.

Vivemos a era da velocidade, das tiradas breves e dos “memes”; textos com algum teor demandam espaço e são pouco apreciados; não raro se dá pitacos em quem escreve “textões”; não ligo. Não escrevo para ser “curtido”, tampouco, aplaudido. Se for entendido por uma minoria seleta que ainda lê, está de bom tamanho.

Achei nobre a cena do cinema; o Titanic afundando e a orquestra tocando. Naquele caso as opções seriam morrer com, ou sem dignidade; mas, inevitável morrer;

porém, agora que existe escolha entre salvação e perdição eternas, optar pelo riso sem nexo das hienas invés de basear a escolha na vida, não tem nada de nobre; é estúpido, suicida.

O cerco se fecha. O Falso Profeta que atende pela alcunha de Francisco escreveu sua “encíclica” globalista pela “fraternidade entre os povos” de todos os credos; O imbecil e os que lhe dão crédito devem pensar que a Arca de Noé continha um rebanho.

Ainda, condenou o liberalismo, o patriotismo e fez silêncio ensurdecedor sobre o comunismo assassino e opressor.

O papel dum representante de Deus não é sacrificar a mensagem para agrupar diferentes; antes, ensinar a sã doutrina, para que, quem crer e obedecer seja regenerado à Imagem de Deus. O mundo não pode ser salvo; já está condenado, aliás.

Uma advertência do Salvador para esses dias foi: “Cuidado, que ninguém vos engane”. Mas essa geração auto enganada foge da liberdade ao encontro das algemas...

A Ordem Sobrenatural das Coisas

“... Arão fez expiação por eles, para purificá-los. Depois vieram os levitas, para exercerem seu ministério...” Nm 8;21 e 22

Tratando-se das coisas espirituais, purificar-se antes de servir é a ordem “natural”, como lavar-se antes das refeições.

No fundo tratava-se de coisas sobrenaturais, de Divina esfera; embora, a “purificação”, fosse bem natural mesmo.

Mera capacitação formal, de participar de uma Assembleia humana; A maioria das prescrições sobre “pureza” tinha a ver com aspectos de higiene; prevenção de doenças contagiosas ainda desconhecidas dos homens, não do Criador; malgrado, a coisa fosse reputada como purificação espiritual, não passava de um tipo, um símbolo tênue de vera purificação que O Senhor buscaria.

A epístola aos Hebreus que ensina a transição do velho para o Novo Sacerdócio chama aqueles ritos de purificação horizontal, nas coisas atinentes à carne; “... o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne...” Heb 9;13

Lavar-se com água limpa era a purificação prática; o ritual, um tipo profético em sinal de reverência a Quem a prescrevera.

Só quando veio Cristo, a regeneração desejada se fez possível; “... nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que sangue de touros e bodes tire pecados.” Heb 10;1 a 4

Sendo impossível por aqueles meios, Deus os quis apenas como figuras transitórias, até O Sacrifício perfeito; “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;24 a 26

O Feito de Cristo é muito mais que mero arranjo externo para que eventual inepto se torne apto ao rito sagrado. A Água da Vida lava consciências. “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo...” Heb 9;14

A premissa aquela, seja primeiro purificado, depois sirva, no nosso caso demanda comparecermos ao Serviço do Santo, com as consciências em silêncio, como testemunho do bom porte em Cristo.

Não significa que todos que O servem sejam assim; mas, que se, recusarem a ouvir esse atalaia que, oportunamente adverte das impurezas ainda não tratadas, uma hora não apenas o ministério mas até fé irá a pique. "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Eventualmente ouço uns dizendo que “se busque poder”; de minha parte diria que busquemos purificação. Da santificação Deus se agrada, e “A alegria do Senhor é nossa força”. 

O poder necessário ao serviço vem como bônus a quem cumpre o dever, igualmente necessário. A isso Paulo chamou: “Fortalecei-vos no Senhor; na força do Seu Poder”. Ef 6;10

Por causa da “matéria prima” ruim, O Eterno usa de longanimidade, dada nossa dureza; pesa também Seu amor para com outros que pode tocar mediante nós; porém, nossos erros adormecidos, “escondidos” se, não tratados, ouvida a consciência poderão resultar em escândalo um dia; pois o silêncio de Deus são significa aprovação, apenas misericórdia eventual; “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50;21

Muitos buscam “silenciar” a consciência com serviço; quanto mais ela lhes acusa do erro não tratado, mais querem “Fazer a obra” quando, a obra que está sendo requerida segue intocada.

Esdras dá um exemplo bem didático da ordem correta das coisas; “Porque Esdras tinha preparado seu coração para buscar a Lei do Senhor, para cumpri-la e para ensinar em Israel os Seus estatutos e Seus juízos.” Ed 7;10

Buscar a Lei; aprender. Cumprir, obedecer. Só então, ensinar.

Nossas escolhas morais e espirituais patrocinam nosso agir; esse molda nosso caminho. Por isso a figura que nossos caminhos estão nos corações; (consciências) “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Assim, a fé “remove montanhas” principalmente de culpas, para que em nós, como João Batista, se prepare o “Caminho do Senhor”; “... todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

Se você tem fé na Palavra quando ela promete algo, creia-a também quando te corrige; “seja purificado, depois sirva”.

domingo, 4 de outubro de 2020

Nossos inimigos íntimos


“Foi o número dos dias, que Davi habitou na terra dos filisteus, um ano e quatro meses.” I Sam 27;7

Inusitados dezesseis meses de Davi. Ele fora ungido por Samuel para ser rei, vencera ao gigante Golias, fora amado e reconhecido pelo príncipe Jônatas como sucessor de Saul; aclamado pelo povo como grande guerreiro, agora refugiava-se com um “exército” de seiscentos proscritos, entre os inimigos de Israel.

Humildemente pedira para não ficar na cidade real, Gate e recebera de Aquis, o rei filisteu, a cidade de Ziclague.

Tornara-se mero salteador dos povos circunstantes; malgrado o rei soubesse que fora ele que derrotara Golias, no passado, ignorava isso; considerava as vantagens de tê-lo por perto. “Aquis confiava em Davi, dizendo: Fez-se ele por certo aborrecível para com o seu povo em Israel; por isso me será por servo para sempre.” I Sam 27;12 Essa “moral” atual, tipo, se me traz vantagens danem-se as demais coisas vem de larga data.

A sina de que “Os inimigos do homem são os da sua própria casa”, era coisa antiga também, quando O Salvador mencionou-a.

Entre os filisteus Davi era respeitado, bem quisto; no palácio de Saul, odiado; de modo que, o rei tentara matá-lo mais de uma vez. Com “amigos” assim, desnecessários os inimigos.

Oportuna uma citação de Voltaire: “Deus me livre dos meus amigos, que dos inimigos eu me cuido.”

Se, é vera a máxima que “um profeta não é bem-vindo, na sua terra”, naquele caso era um guerreiro valente que não era bem vindo; as qualidades proféticas e unção de rei só afloraram ulteriormente. Davi não era o inspirado salmista, tampouco rei; apenas o guerreiro precoce e ousado que matara ao gigante.

A inveja foi avaliada em dia futuros pelo filho seu que nasceria, Salomão; Sua essência violenta; “O furor é cruel, a ira impetuosa, mas quem poderá enfrentar a inveja?” Prov 27;4 Por fim, sua causa; “Também vi que todo o trabalho, toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo.” Ecl 4;4 A destreza em obras, popular talento, atrai a inveja alheia.

Portanto, quem recebe um talento do Senhor, seja para o que for, recebe um peso para carregar; ou, usa-o e será alvo da inveja, ou, enterra-o e será réu, no Tribunal do Senhor.

Um fragmento de uma antiga canção diz: “Na verdade o homem se sente mais realizado, se invés da dizer parabéns! Ele fala, coitado!” Quem invejaria um coitado? Possivelmente sua triste sina fará a minha parecer melhor do que é; quiçá, dar vez ao orgulho de me presumir também, melhor do que sou.

Tipo antigos palhaços de circo, que faziam brejeirices sobre pernas-de-pau, assim é o orgulho. Leva um palhaço bobo a ostentar uma estatura muito maior que possui, e seu valor é pueril, para um riso momentâneo e mais nada.

Então, quando virmos alguém com unção na vida, potencial ministério, em situação, eventualmente desvantajosa, não significa, necessariamente, que o tal “enterrou o talento”; pode que, como Davi esteja sendo exercitado em circunstâncias desvantajosas até o tempo oportuno, aprazado por Deus, para que saia à luz, enfim, o Divino propósito.

Não esqueçamos que a Onisciência do Eterno Lhe permite “Chamar às coisas que ainda não são, como se, já fossem.”

Somos imediatistas; veríamos em José, mero prisioneiro; em Davi, um fugitivo fora-da-lei, como viu o finado Nabal; em Jesus, um amigo da ralé social, como fizeram os religiosos da época.

Em José Deus via o primeiro ministro de Faraó; em Davi o rei de Israel; em Jesus Deus É, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Se, vulgarmente se diz, atribuindo a Maquiavel, que os fins justificam os meios, numa espécie de vale-tudo pelo fim almejado, em se tratando das coisas espirituais, o fim, (objetivo) qualifica os meios, ou o caminho.

Não importam circunstâncias adversas que enfrentemos; se, no fim redundar em salvação, vida eterna, será esse um caminho bendito, e vice-versa. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Não estranhemos pois, se, malgrado andando retamente tivermos que, eventualmente “comer do ruim” como se diz, estando mais seguros distante dos “chegados” que perto deles.

A presença deles por perto não é essencial. A que É já está; “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti. Porque Eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel ...” Is 43;2 e 3

A grandeza das rejeições e perseguições que sofremos é proporcional à chamada ministerial do Senhor. Ele não faria um lutador peso-pesado par segurar a toalha de fora do ringue.

sábado, 3 de outubro de 2020

A unidade e o conjunto vazio

“Há um só corpo, um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus; Pai de todos...” Ef 4;4 a 6

Esse texto, ora é distorcido para que signifique união, ora, para que valide credos espúrios. Se, Deus é o mesmo, dirá o Simplício, todas as religiões são boas e todos serão salvos. Se, no aspecto espiritual tudo é ímpar assim, então só resta nos unir, dirá o sofista com viés ecumênico.

Há diferença entre exegese e eisegese; a primeira é a ciência que se ocupa em extrair o real significado de um texto, a despeito de como repercuta. 

A segunda ocupa-se de um simulacro, um sofisma tencionando forçar um escrito no rumo que deseja, invés de deixar que ele fale por si.

De outra forma: A Exegese busca entender o que Deus disse; a outra “força” para que o escrito “diga” o que o “intérprete” deseja.

Deus denunciou alguns assim; “Porventura Minha palavra não é como fogo, diz o Senhor; como martelo que esmiúça a pedra? Portanto, eis que Sou contra os profetas, diz o Senhor, que furtam Minhas Palavras, cada um ao seu próximo.” Jr 23;29 e 30

Se, “Há um só Senhor” subentende-se, verdadeiro; pois, as Escrituras apresentam vastíssimos exemplos de deuses falsos.

O mesmo se aplica ao batismo e à fé. Um só batismo de arrependimento, uma só fé salvífica. Mas, espere, volverá o Simplício; “... um só Deus e Pai de todos” diz também. É.
Acontece que esse “todos” não é tão “inclusivo” como pode parecer superficialmente.

João ensinou: “Veio para o que era Seu, os seus não O receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;11 a 13

Notemos que, pessoas adultas com arbítrio para receber ou não ao Salvador, fazendo isso, nasceram.

Interpretação teológica de João; porém, adiante temos o registro das Palavras do Salvador sobre os que entram no Reino; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

Quanto à visão ecumênica de todos os credos serem válidos, uma vez que Deus é um só, a interpretação sadia mostra o oposto. Ao restringir o ingresso a Cristo, automaticamente elimina todos os demais que trilham caminhos alternativos. “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo 14;6

A unidade dos salvos é conhecida como “Corpo de Cristo”, a despeito das diferenças denominacionais, ou mesmo, rituais; há uma comunhão com os que são habitados pelo mesmo Espírito, que testifica e os une. “Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” Ef 4;3

Eventualmente, irmãos se desentendem, não por diferenças de espírito, mas, de crescimento, entendimento; uns têm determinada estatura, outros ainda não. Mas, isso não leva a rupturas nem inimizades.

Por isso a importância do aprendizado, preceituado adiante, como fator de profilaxia espiritual, “vacina contra heresias.” Pois o crescimento derivado do ensino de obreiros idôneos nos capacita, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” V 14

Se, Deus é Pai de Todos, indistintamente, por quê, a imensa maioria está de costas para Ele, vivendo cada um à sua maneira, ostentando nas redes sociais seu egoísmo e independência? Uns capricham na sensualidade, nas caras e bocas e legendam: “Dono (a) de mim!

Os que são de Deus não autônomos assim; pertencem a Ele, e por Ele são ensinados, disciplinados mediante A Palavra; “Porque O Senhor corrige o que ama, açoita qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;6 a 8

Se, a paz é vínculo entre os que têm o mesmo Espírito, isso nos coloca em guerra espiritual contra esse sistema ímpio que se opõe ao Criador. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais, que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Enfim, todos os salvos pertencem a Um só Espírito; mas, tão Um, que não se mistura com a oposição.