domingo, 25 de junho de 2023

Fraqueza da força



“... Esta é a Palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz O Senhor dos Exércitos.” Zac 4;6

A restauração do templo e da cidade de Jerusalém, em meio a grandes adversidades. Mesmo assim, métodos comuns entre os homens, força e violência para persuadir, não seriam usados; antes, O Poder do Espírito do Senhor.

A imposição de um querer, forçada normatização de um modo de ser, é próprio das ditaduras, de quem não conseguiria lograr o mesmo mediante argumentos. O Todo Poderoso faz concessões, facultando escolhas, permitindo a desobediência até, embora, advirta das consequências.

Como seria, se, os motejos comuns dos que duvidam, ou, as blasfêmias atrevidas dos que se opõem a Deus fossem punidas de imediato, com prisões, multas, por transgressão de uma hipotética lei de “Deusfobia”?

As pessoas inclinadas a isso seriam cautelosas, dissimuladas; mesmo pensando do mesmo modo, guardariam seus pensares para si, temendo as punições. Aquele que É A Verdade, não gosta dessas coisas. Prefere a rejeição aberta, à “adesão” hipócrita, dissimulada, interesseira.

Simeão disse a Maria, até onde O Senhor levaria a liberdade de expressão: “Uma espada traspassará também tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35 Antevendo que a rejeição a Cristo, O levaria até à morte; Deus permitiria que os ímpios manifestassem isso.

O Eterno por um pouco, abandonou Seu Filho; em tempo, O justificou, vivificando-o pelo Seu Espírito. “... Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito...” I Tim 3;16

Toda requisição a base de gritaria, ameaças de punições, no fundo, invés de zelo por uma lei, traz embutida a confissão de uma transgressão; a certeza de que os meios normais de persuasão não bastam para que tal anseio prevaleça; então, pedem “reforço” à violência, usam o vigor das ameaças, coagem a sociedade; em nome de suposta liberdade, pedem bexiga pra tirania.

A verdade não lhes serve, porque não corrobora anseios de quem ama à mentira. Então, criam narrativas fajutas, colando rótulos de mel, onde acondicionam veneno, para depois, punirem aos dissidentes pelo desperdício de tão precioso líquido.

Óbvio que estou falando da tirania global dos movimentos gays; seu direito de fazerem o que quiserem de suas vidas inclusive no aspecto sexual é inalienável; ninguém nega isso. Mas isso não lhes basta; ousam ingerir em nosso direito de crer.

Em defesa de suas predileções, fundem o aspecto biológico ao psicológico, como se, ambos fossem iguais.

A natureza biológica é determinista. Nascemos machos, ou fêmeas. O aspecto psicológico pode ser moldado. Então, alguém se portar no âmbito sexual, de modo contrário ao ser, biológico, e dizer que o faz porque “nasceu assim”, presume um determinismo psicológico que tornaria o ensino sem sentido, e a mudança, uma automutilação. Se, cada um deve seguir “como nasceu”, por quê Cristo pagou tão alto preço, desafiando os arrependidos a “nascerem de novo?”

Pois, também a nós, heterossexuais, a Palavra de Deus coloca uma série de limites; veta promiscuidade, adultério, fornicação, zoofilia, incesto... coisas às quais, todo pecador nasce inclinado; nem todos são honestos o bastante para admitir. 

Pela mesma “lógica” dos que adotam o comportamento homoafetivo, poderíamos cometer essas coisas todas e defender-nos: “Eu nasci assim!”

Usando da gritaria e da força, nada impediria que criássemos leis punitivas contra “adulterofóbicos”, “promiscuofóbicos”, etc. Estaríamos usando a “democracia”, o grito unido de muitas vontades, contra a “Tirania” do Criador, com Seus “discursos de ódio”. Pois, Ele admite que odeia algo; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

Tende o ímpio a apoiar-se na fragilidade do braço, onde a problema é de coração. “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

Não nos enganemos; não se trata de liberdade, que todos possuem já, tampouco de fobias tais ou quais; antes, trata-se da milenar peleja espiritual, entre Deus e o maligno, projetada sobre os que servem a Um e outro.

Embora lute contra o inimigo, O Criador não deseja medir forças com um verme como nós, seria ridículo. “Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4

Dada a impossibilidade desse embate, Ele sugere que tomemos para nós Sua Força; “... se apodere da Minha Força, faça paz comigo;” v 5
A Força dos que nos ameaçam tem um limite que O Eterno desconhece; “Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer.” Luc 12;4

Criem as leis que quiserem! Deus já se antecipou, em nós. “... Porei Minhas Leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei...” Heb 8;10

sábado, 24 de junho de 2023

Os náufragos


“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? Um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece.” Tg 4;14 

A Palavra sempre nos desafia a uma resposta no presente; “hoje, se ouvirdes Sua Voz, não endureçais vossos corações.”

Assim como, no aspecto dos defeitos temos mais facilidades de identificar os alheios que os nossos, na questão da prudência, ou, da ausência dela, a mesma lógica se verifica.
Tendemos a pensar que não cometeríamos as temeridades que outros cometem, avaliando-as à distância, sob a proteção dos nossos tetos.

Nunca desceria a quatro mil metros no oceano, diz um que encomenda sua vida à fragilidade de uma corda, saltando de bungee Jump; tampouco eu, o que se expõe ao risco de descarrilamento numa montanha-russa.

Essa “análise apurada”, não raro, fazemos com a lupa das consequências trágicas, nunca, ao mero sabor da aventura, quando, a adrenalina se insinua mais persuasiva que os riscos.

Repercute mundialmente o naufrágio do submersível Titan, onde cinco bilionários perderam suas vidas, intentando visitar as ruínas do Titanic, dada uma implosão da nave, nas profundezas do oceano.

Alguns, acometidos pela febre ideológica aproveitaram para deixar patente a “futilidade do capitalismo” em defesa do seu sistema, que propõe partilhar entre todos, as riquezas alheias. Sua doentia proposta já naufragou numas setenta nações; mas, seguem visitando seus destroços ideológicos, culpando aos icebergs pelas escolhas desastradas dos parvos pilotos. Nenhum deles, ao ver os Venezuelanos passando fome, consegue ver a ruindade do socialismo. O problema aquele, dos defeitos alheios visíveis.

Outros, mais “zelosos” vociferam contra as vítimas, chamam-nas de “idiotas!” Como puderam ser tão sem noção de confiarem numa engenhoca rudimentar? Até quem nunca soube nada de navegação, agora está googlespecialista, cheio de dicas sobre segurança em expedições subaquáticas.

Cinco vidas se perderem num acidente sempre é trágico. Não importa se eram milionários ou pobres, dessa ou daquela raça; expoentes desse ou daquele sistema, em tais ou quais circunstâncias.

Entretanto, muitos dos “prudentes” após a tragédia, estariam babando de inveja se, invés de morrer eles voltassem à superfície com belas fotos e objetos dentre os destroços.

Dizer que não faria algo temerário depois que se revela trágico, não é prudência; apenas casuísmo, oportunismo desonesto. Muitos que dizem isso dirigem alheios às leis de trânsito; outros consomem drogas letais; se dão a comportamentos deletérios no prisma moral, destruindo famílias, etc. Não conseguem ser prudentes nas pequenas coisas que administram, mas, pretendem sê-lo, nas grandes que não lhes dizem respeito.

Que há regras de segurança a seguir, saberes de especialistas a considerar, de acordo. Agora dar pitaco só pela coceira por falar, ou achar engraçados os erros alheios, mesmo quando se revelam trágicos, é só mais uma faceta dessa geração abarrotada de cultura inútil, desértica em valores.

Infelizmente, o inferno recebe milhares diuturnamente, desses que, mesmo capazes de ver distante aos erros alheios, não conseguem evitar os próprios.

A arrogância humana no tocante a zombar de Deus é algo incurável. Na mitologia grega, titãs eram gigantes que lutavam contra os deuses. O mega navio, foi batizado de “Titanic”; ou seja: Titânico, gigantesco. Agora, como que, num renovo da arrogância já afundada, o submersível foi chamado de Titan.

Embora, suas dimensões fossem módicas, fizeram questão do nome alusivo ao gigantismo, que foi posto no transatlântico que “nem Deus afundaria.” 111 anos, dois meses e 3 três dias após aquele acidente, outro “titã” pereceu nas águas do Atlântico Norte.

Oswaldo Cruz dizia: “Observando erros alheios, o homem prudente corrige os seus.”

Como estamos pilotando às naves de nossas vidas? Dentro de uma margem confiável de segurança ou estamos nos expondo de maneira insana ao risco da eterna perdição?

A aventura dos bilionários em apreço, teria custado cerca de 1,2 milhão de reais para cada um deles. O fato de a imensa maioria da população não ter condições para uma aventura assim, “protege-nos” de riscos semelhantes.

Porém, há mil maneiras de se perder; só ancorando nossas almas na Palavra de Deus podemos evitar. Pois, como disse O Salvador, “... a vida de qualquer um, não consiste na abundância do que possui.” Antes, consiste na perseverança na fé, cujas obras ensejam uma consciência sem culpa: “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Pois, também temos uma embarcação antiga, (a carne) que afrontou a Deus no passado; afundou nas águas do batismo de arrependimento, dando origem ao “novo homem”. Invés de a considerarmos um ferro-velho, que deve corroer-se nos mares do tempo, se, parecer-nos oportuno, revisitar os seus domínios, colocaremos tudo a perder. “Como o cão torna ao seu vômito, assim o tolo repete sua estultícia.” Prov 26;11

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Nós podemos mais


“O homem sábio é forte; o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5

Os filósofos fazem distinção entre potencial e atual; entre o que se pode, e o que está sendo feito. Motejando da atuação de alguém se diz: “Você pode mais do que isso.”

O verso supra foi escrito pelo homem que, a Bíblia define como sendo o mais sábio, Salomão. “O homem sábio é forte...” Então, natural afirmarmos que foi o mais forte também.

Normalmente aquilatamos como força, a capacidade de mover, suster, carregar grandes pesos. Esse é o aspecto estritamente físico. A Bíblia não o apresenta como um segundo Sansão. Sua “força” se mostrou na posse de um intelecto privilegiado.

“Disse três mil provérbios; foram os seus cânticos mil e cinco.” I Rs 4;32 “Quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; atentando, esquadrinhando, compôs muitos provérbios.” Ecl 12;9

Invés de outro aspecto da força concentrou-se no da sabedoria: “O home sábio é forte...” Conhecia a origem dessa força; “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo Único Pastor.” Ecl 12;11
O Único Pastor, O Senhor é que fortalece com saber, àqueles que lhe agrada. A revelação, oriunda da mesma “Fonte” também é uma força excelente.

Quando, Nabucodonsor, aflito pela interpretação de um sonho exigiu dos intérpretes, mais que o normal; que, além de interpretar, ainda revelassem o quê, tinha sonhado, ninguém se habilitou. Furioso o rei mandou executar a todos os “sábios”. Sabedor da sentença, Daniel pediu tempo para orar e colocar perante Deus a situação.

Recebida a resposta do Altíssimo, agradeceu assim: “Ó Deus de meus pais, Te dou graças e louvo, porque me deste sabedoria e força; agora me fizeste saber o que Te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei.” Dn 2;23 Sabedoria e força, lado a lado. A revelação foi forte o bastante para poupar as vidas de muitos “sábios” porque Daniel fora iluminado.

“... o homem de conhecimento consolida a força.” Voltando à linguagem dos filósofos podemos dizer que, o home sábio pode, e o de conhecimento atua conforme pode. Consolida, se faz sólido junto ao poder que possui.

Mas, a força em si não é sólida? Não necessariamente. O concreto armado, por exemplo, na devida mistura dos elementos sustém toneladas; porém, antes de estar sólido pode ser perfurado com os dedos. Um exemplo didático de poder ainda não solidificado.

O saber requer um segundo passo, que nem sempre, quem sabe, ousa. “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17 O Salvador condicionou o conhecimento da verdade, à solidez em Sua doutrina; “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Tornar o potencial em atual, deixar o que sabemos moldar o que escolheremos, é o meio de consolidar a força que recebemos. Mas, nem sempre acontece assim; na verdade, mui raramente. Quanto aos “mestres” dos Seus dias Jesus aconselhou: “Todas as coisas que vos disserem que observeis, observai-as, fazei-as; mas não procedais em conformidade com suas obras, porque dizem e não fazem;” Mat 23;3 Aqueles também podiam mais.

O próprio Salomão, o mais privilegiado com o dom da sabedoria, no final dos seus dias agiu de modo insano. “Das nações de que o Senhor tinha falado aos filhos de Israel: Não chegareis a elas, elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor... Porque Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, Milcom, a abominação dos amonitas. Assim fez Salomão o que parecia mal aos Olhos do Senhor; não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai.” I Rs 11;2, 5 e 6

Assim, temos um homem que foi forte, mas não consolidou sua força, antes, se deixou corromper. Sua própria sabedoria condenaria suas escolhas; já na introdução aos provérbios o pintaria como louco; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

Noutra parte mencionou um sábio pobre que, embora ignorado, desprezado, no momento oportuno livrou uma cidade pela sua sabedoria; então, filosofou: “... Melhor é a sabedoria que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e suas palavras não foram ouvidas. As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais que o clamor do que domina entre tolos. Melhor é a sabedoria que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9;16 a 18

Sabedoria ainda apela: “Deixai os insensatos e vivei; andai pelo caminho do entendimento.” Prov 9;6

Mais que o ouro


“Os castiçais com suas lâmpadas de ouro finíssimo, para as acenderem segundo o costume, perante o oráculo. As flores, as lâmpadas e os espevitadores eram de ouro, do mais finíssimo ouro. Como também os apagadores, bacias, colheres e incensários, de ouro finíssimo; quanto à entrada da casa, suas portas de dentro do lugar santíssimo, e as da casa do templo, eram de ouro.” II Crôn 4;20 a 22

Utensílios pertinentes ao culto no Antigo Testamento, mesmo os para funções mais simples, eram todos de ouro refinado.

Aqueles dias com seus móveis, utensílios preciosos e ritos, apontavam para outros dias no porvir. “Porque tendo a Lei à sombra dos bens futuros, não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferece cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.” Heb 10;1 Uma sombra de bens, então, futuros; agora, cumpridos em Cristo.

A repetição sistemática dos rituais era um testemunho, de que o problema do pecado permanecia em pé. “Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo.” Heb 9;8

Apesar de toda a santidade requerida, da preciosidade dos objetos do culto de então, ainda era mera sombra do que estava por vir. “Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu Próprio Sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Heb 9;11 e 12

A “purificação” daqueles dias era como que um cheque pré-datado, que O Próprio Deus assinava, a espera do que, depositaria a devida quantia; “Porque é impossível que o sangue dos touros e bodes tire pecados.” Heb 10;4

A remissão dos ofertantes era exterior, “segundo a carne”; a de Cristo toca consciências; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

A mera repetição de “arrependimentos” que não logram transformar nossa vida, nos lança na mesmice daqueles dias, quando, O Espírito Santo ainda não fora dado aos arrependidos. “Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, (sacrifícios) porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados.” Heb 10;2 e 3

Nosso comprometimento com Cristo deve ser intenso profundo; de modo a nos identificarmos cabalmente, Nele; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Então, o viver relapso, a volta ao lixo depois de havermos sido libertos é considerado como “repetir” para si o Sacrifício do Salvador. “... pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Heb 6;6

Infelizmente, o ouro compra quase tudo aqui; até coisas que o dinheiro não deveria. Antes de nos impressionarmos com a pompa do templo antigo, suas riquezas, pois, devemos meditar, “Sabendo que, não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas, com o Precioso Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado, incontaminado.” I Ped 1;18 e 19

Nos impressiona o precioso; na escala de valores dos Céus, o Amor está no topo; “Ninguém tem maior amor do que este, dar alguém sua vida pelos seus amigos.” Jo 15;13 A fé também se avantaja ao metal amarelo; “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo.” I Ped 1;7

Nossa identificação com Cristo em Sua renúncia, fidelidade e obediência, transfere parte do Seu inefável valor, aos regenerados Nele, Deus diz: “Farei que o homem seja mais precioso que o ouro puro, mais raro do que o ouro fino de Ofir.” Is 13;12

Não se trata de encontrar o que há de bom em nós; antes, de remover o que há de ruim, para que Suas virtudes brilhem através do nosso viver. “... Porque Ele será como o fogo do ourives como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata... os refinará como ouro... então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3;2 e 3

A fé genuína nos torna agradáveis a Deus; obtido isso, quem precisa de ouro?

quarta-feira, 21 de junho de 2023

A demora de Deus


“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” Heb 10;36

Os hebreus estavam desanimando, na iminência de recuar, apostatar da fé; então, o autor evocou o começo deles; “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações, fostes participantes com os que assim foram tratados.” vs 32 e 33

Se, no prisma dos que mudam de vida por Cristo, o passado não importa, “... esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo..” Fp 3;13 e 14

No dos que, começaram bem e vacilam, aquele bom começo deve ser lembrado, para que o ânimo, então latente, torne a despertar. A certa igreja foi cobrado esse retorno: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e pratica as primeiras obras...” Apoc 2;4 e 5

Esse mundo corre sem tempo para refletir; segue sua desabalada carreira a competir com as sombras; os meios são modernizados a cada dia; os fins? se recusam a perguntar, onde essa insanidade veloz nos levará. As máquinas treinadas por mãos astutas são pródigas em saciar sede de coisas, para maquiar que, no fundo as pessoas têm sede de vida.

A velocidade virtual, com sua difusão de cultura inútil, mesclada a algumas coisas úteis para disfarçar, tem cansado às almas humanas, numa carreira sem meta. Essa “corrida” estraga também o andar de poucos que ainda ousam na vereda da fé; pois, como tudo é célere nesse sistema amoral, muitos devaneiam com a mesma rapidez no tocante ao usufruto das coisas espirituais.

“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa.”

Se, nossas bênçãos maiores vêm “depois de termos feito a Vontade de Deus...” Como elas irão ao encontro dos que, recusam-se a pagar o preço das renúncias para conhecê-la? Paulo ensina: “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas sede transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Duas condicionais, pois; o tempo para sermos abençoados não é um curso de tempo, estritamente; antes, é o tempo necessário para que aprendamos à Vontade Divina, e a pratiquemos. Depois disso, poderemos esperar a “promessa”; O Eterno não se responsabiliza pelos desejos, devaneios; antes, pelo que prometeu.

Quando diz que, “todas as coisas são possíveis ao que crê”, atrela isso à certeza de que, os que creem verdadeiramente, não pedirão coisas opostas à Sua Vontade. “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Tudo é possível, mas nem tudo será concedido; “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam.” I Cor 10;23

No fundo, grande parte da insatisfação das pessoas que professam crer é derivada de uma relação pobre com Deus. Quanto mais Dele, houver em nós, menos coisas serão necessárias.

Como os levitas, que tinham privilégio e responsabilidade de cuidar das coisas santas, em Israel; a eles não foi dado possessões para o agro pastoreio; apenas o necessário ao ofício. “Por isso não terão herança no meio de seus irmãos; O Senhor é sua herança, como lhes tem dito.” Deut 18;2

Será que termos “apenas” O Senhor é pouco, e precisamos desejar grandezas terrenas ainda?

Não que não seja lícita a busca pelas coisas necessárias; trata-se de estabelecer prioridades pelos valores celestes, como O Salvador ensina: “buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia seu mal.” Mat 6;33 e 34

Quando nosso relacionamento com O Eterno se apequena, as causas estão sempre em nós. “... a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; os vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Em casos assim, invés de parar de crer, desistir de esperar, que tal pararmos de pecar, começarmos a orar e vigiar mais? Na imensa maioria das vezes, as “demoras” de Deus são reflexos das nossas; “Por isso, O Senhor esperará, para ter misericórdia de vós...” Is 30;18

domingo, 18 de junho de 2023

Stênio e a harmonização


Dizemos que as aparências enganam; mas, vivemos como se a essência fosse um imenso deserto, onde, mesmo a sombra do engano trouxesse algum lenitivo.

Nossa dificuldade de convívio com a verdade foi explorara pela arte. Séries como “O Super Sincero” com Luiz Fernando Guimarães, e filmes como “O Mentiroso” com Jim Carrey, retrataram de forma bem-humorada, o vício de mentir para preservar aparências, a “harmonia” dos ambientes e situações. Aparência, tanto tem seu aspecto estético, quanto, psicológico.

A Bíblia também a aborda: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” Jo 7;24 Os homens dos últimos dias “Terão aparência de piedade, mas negarão sua eficácia.” II Tim 3;5

O que é um hipócrita, senão, um que cultua aparência de virtudes como cosméticos pra disfarçar as marcas dos vícios?

Nem tudo precisa ou deve ser dito, nos relacionamentos interpessoais. Podemos omitir coisas, até conviver com pequenas “mentiras” certos exageros, em nome da boa convivência. Um “super sincero” espantaria às pessoas.

Agora adotar a mentira como filosofia de vida é encomendar-se à perdição. “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44

Certo grau de vaidade todos têm. Escolhemos vestes que combinem entre si e se possível, nos realcem; mulheres, sobretudo, (no meu mundo só há homens e mulheres, agindo com tais, ou, não) usam recursos como maquiagem para melhorar a aparência, o que, dentro de certo equilíbrio, nada tem de anormal. Algumas fazem reparos mediante cirurgias plásticas até.

O assunto da vez é a dita “harmonização facial,” feita pelo ator Stênio Garcia. Mesmo estando na casa dos 90 anos, ficou com uma aparência facial que beira aos cinquenta. Aos meus olhos ficou meio esquisito. Entretanto, as variáveis do gosto são da escolha arbitrária de cada um. O problema é que o restante do corpo seguirá tendo a idade que tem, de modo que, as vantagens disso, são discutíveis. Se ele gostou...

A coisa virou assunto de muitos. Mesmo aqueles indelicados que, ao menor conselho soltam seus porcos-espinhos, “Só fale de mim quando pagares minhas contas”, passaram a fazer memes, ou partilhá-los às custas do procedimento do ator, o que, me leva a concluir que, os tais, pagam as contas dele; quiçá à harmonização até.

Normalmente cito pessoas em meus escritos; quando as critico o faço no tocante às ideias esposadas; suas escolhas de cunho pessoal não me interessam.

Pois, quem ousa expor publicamente o que pensa, precisa aprender a conviver com o contraditório, com a opinião alheia, mesmo dissidente. Aqueles que rechaçam “palpites” geralmente palpitam nas vidas de outros; não têm problemas com a apreciação alheia, quando essa, os aprova. “As pessoas lhe pedem críticas, mas elas somente querem elogios.” W. Somerset Maugham

No fundo, são narcisistas, a postos para os aplausos, e entrincheirados contra toda crítica. “Quem se enfada pelas críticas, reconhece que as tenha merecido.” Tácito

Enfim, é fato que lidamos mal com as marcas do tempo. O que haverá em nossos corações, que desde sempre devaneamos com a fonte da juventude, ou a máquina do tempo? “Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.” Ecl 3;11

Uma beleza com prazo de validade, “em seu tempo”; um anseio insaciável, “o mundo no coração”. Algumas versões trazem, a eternidade; o que explicaria a infinda sede dos humanos.

As águas para essa sede não vertem do seio da terra. Aqui recebemos certa redoma de tempo e espaço, onde e quando, devemos aprender o caminho pra Fonte; “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27

Na verdade, em Cristo Deus nos busca; Ele disse: “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Nele recebemos harmonização espiritual por inteiro; nascemos de novo. Nossa vida toda será regenerada conforme o projeto original.

Se nos submetermos, aprenderemos amar à justiça, nela veremos Deus, e seremos feitos parecidos com Ele. “Quanto a mim, contemplarei a Tua face na justiça; eu me satisfarei da Tua semelhança quando acordar.” Sal 17;15

A doentia mão do homem


“Sucedeu que, vindo a Arca da Aliança do Senhor ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu. Os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial.” I Sam 4;5 e 6

A primeira batalha tinha sido nefasta para Israel; aproximadamente quatro mil homens tinham morrido. Então, alguém sugeriu que Deus não fora à peleja com eles. Decidiram buscar Sua Arca, para que, também Ele participasse da luta.

Supondo que esse arranjo bastaria para que O Eterno os socorresse, ao verem a Arca comemoraram vitória, de modo que, até os inimigos ouviram e temeram.

Acontece que, aqueles dias eram mui sombrios em Israel. A profanação do sacerdócio pelos filhos de Eli e a omissão dele em colocar as coisas no lugar tinha acendido a Ira do Senhor, que os traria a juízo, como advertira mediante ao ainda jovem Samuel. “Porque já lhe fiz saber que julgarei sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia; porque, fazendo-se seus filhos execráveis, não os repreendeu.” Cap 3;13 A omissão dos pais em educar devidamente os filhos, sobretudo, pais envolvidos no ministério, é grave.

A primeira derrota era já o começo do Divino Julgamento, pela forma profana, relapsa e descompromissada com que tinham se portado, os que, deveriam ser exemplares, as lideranças.

Se, nas horas de calmaria virarmos as costas ao Poderoso, e apenas em tempos de aflição desejarmos seu socorro, deixaremos patente o reles interesse, não, fidelidade como convém.

“Devemos consertar o telhado em dias de tempo bom” B. Franklin. Assim, quando aflições externas não nos assolam, é prudente aproveitarmos essa calmaria, para bem ordenarmos nosso relacionamento com O Eterno.

Se estivermos em comunhão com Ele, não careceremos de arranjos de emergência ante eventuais ameaças. “Então temerão o Nome do Senhor desde o poente, e Sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, O Espírito do Senhor arvorará contra ele Sua Bandeira.” Is 59;19

Se, O Senhor quisesse defender a Israel já o teria feito, sem carecer de levar a Arca da Aliança ao front; nunca se fizera isso antes. Mas, em tempos de paz viverem às suas ímpias maneiras, na hora do aperto lançaram mão de uma astúcia, como se, isso colocasse O Poderoso a pelejar por eles, não passava de uma forma requintada de idolatria.

Por que idolatria, se envolvia ao Senhor? Porque o suposto “envolvimento” não passava de uma obra das mãos humanas; uma inglória tentativa de cooptar ao Todo Poderoso, como se Ele fosse manipulável.

A idolatria é multifacetada e ocorre sempre que o braço humano visa suplementar ou substituir ao Divino; “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

A gritaria que os animados soldados fizeram ao ver a Arca no front é um triste retrato da tendência idólatra das nossas almas. Somos chamados a confiar no que não vemos; porém, nosso júbilo, confiança, só eclodem quando vemos alguma coisa palpável; pois, nossa alma hemiplégica parece carecer sempre de muletas. Desse “Calibre” todos os tipos de fetiches “góspeis” que se distribui por aí; ou, o apego desordenado ao dinheiro, que o converte num detestável ídolo. “Mortificai, pois... a avareza, que é idolatria;" Col 3;5

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não vê.” Heb 11;1 “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10 “... Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” Jo 20;29

As coisas invisíveis se tornam compreensíveis pelas que vemos, se formos honestos com as informações que recebemos; “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

O usufruto de graças genéricas que descem sobre justos e injustos não é testemunho de salutar relacionamento com Deus. Agora, um modo de vida avesso à iniquidade, zeloso na busca por santificação, certamente exercita sua “eloquência” no silêncio de uma consciência sem culpas. “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tom 2;19

Nossas casas espirituais são testadas pelas tempestades da vida; em dias de calmaria devemos fundá-las sabiamente. “Todo aquele, pois, que escuta estas Minhas Palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha;” Mat 7;24

sábado, 17 de junho de 2023

Máscaras rasgadas


“Tendo saído os demônios do homem, entraram nos porcos; a manada precipitou-se de um despenhadeiro no lago e afogou-se. Aqueles que os guardavam, vendo o que acontecera, fugiram, e foram anunciá-lo na cidade e nos campos.” Luc 8;33 e 34


A Obra que Jesus fizera estava sendo anunciada na cidade e nos campos. Expulsara uma legião de demônios de um habitante de Gadara; os espíritos retirantes lançaram uma vara de suínos despenhadeiro abaixo, matando-os. Será que esse assombroso Poder do Senhor sobre os demônios despertara temor piedoso nos que viram aquilo, de modo a torná-los missionários voluntários? Infelizmente, não.
Quando viram o resultado, desejaram distância Dele; “Saíram a ver o que tinha acontecido e vieram ter com Jesus. Acharam então o homem, de quem haviam saído os demônios, vestido, em seu juízo, assentado aos pés de Jesus e temeram. Os que tinham visto contaram-lhes também como fora salvo aquele endemoninhado. E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles...” Vs 35 a 37
Há uma diferença entre medo, apenas, e temor piedoso, cujos escrúpulos, são em não ferir à Santidade do Senhor, não macular Sua Glória, tampouco, envergonhar Seu Nome.
O “temor” que roga a Ele que se afaste, apenas, não passa de medo.

Talvez, o prejuízo pela morte dos porcos, fosse mais impactante para eles, que a restauração do que fora possesso. Os que se gastam em busca de bens, e negligenciam a salvação, seguem na mesma senda, até hoje. “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma...” Mat 16;26
O temor que interessa, abre-nos as portas à sabedoria que Ele mesmo lega; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento...” Prov 1;7

Quando a atuação do Salvador parecia algo espetaculoso apenas, sem ensejar maiores responsabilidades, presto o “telefone sem fio” espalhou a notícia na cidade e nos campos.
Porém, quando viram o antigo desterrado da sociedade, que vivera entre sepulcros, liberto e em pleno juízo, tiveram medo, e desejaram distância do Mestre, por quê? Porque temos paladar fácil para as coisas que nos divertem, espantam, distraem... mas, nenhum apreço para as que nos responsabilizam.
Se o que andara nu entre sepulcros poderia estar em paz e perfeito juízo, o que seria requerido dos “cidadãos de bem” daquela comunidade? Teriam também que emendar seus caminhos? Melhor não arriscar e manter “distância segura.” Que Jesus se afaste de nossos termos. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19
O episódio da mulher adúltera que todos queriam apedrejar, ilustra essa faceta da alma humana sem noção. As falhas alheias causam excitação, curiosidade, e despertam a sanha punitiva até, quando essa puder envernizar minhas falhas, com o falso brilho do zelo religioso. Convidados pelo Senhor a se autoavaliarem antes de arremessarem a primeira pedra, logo a brincadeira perdeu a graça.
O erro mais acalentado na sociedade atual, por ser o mais palatável à natureza perversa, é que, por mais vicioso que seja o porte de alguém, por mais diversos e infames que sejam seus crimes, deve ser tratado com benevolência, afinal é uma “vítima da sociedade”.
Essa balela até pode colar nas esferas da política, onde narrativas parecem contar mais que fatos; até o inverossímil posa de verdadeiro. No prisma espiritual, o “furo é mais acima”; “não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13
Deus trata com indivíduos, para efeito de julgamento, não com abstrações como “sociedade”. A Palavra pergunta: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39 Depois adverte: “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12
Acho que esse rasgar o véu dos que tentam se ocultar em subterfúgios é um dos motivos pelos quais as almas adoecidas preferem distância do Senhor, assim como fizera Adão, ao sentir que a relação com Deus fora rompida. “Onde estás?”
Os Adões atuais pedem que Jesus se afaste, vetando o anúncio de Suas Palavras; cancelam atletas, atores, artistas, tolhendo que expressem sua fé.
Muitos infiltrados falam em “atualizar” Seus ensinos, reescrever, de modo que não choquem tanto, aos porqueiros atuais. O espetáculo da porcada descendo ladeira abaixo até pode ficar. Mas, a regeneração, a plena restauração dos possessos, a mudança de vida que ilumina e desafia aos demais, aí já seria fanatismo, fundamentalismo religioso.
“Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas. Aquele que habita nos Céus Se rirá; O Senhor zombará deles.” Sal 2;3 e 4

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Vendo a banda passar


“Eu sou eu e minhas circunstâncias.” José Ortega Y Gasset

Isso não significa que as coisas ao meu redor me moldem; antes, que tenho que lidar com elas, gostando ou não.

Quando a mentira e a desonestidade se fazem a regra para o convívio, o alinhamento social, por exemplo, quem não compactua com essas coisas, certamente não possui o pejo de parecer “desalinhado”. Então, tornar-se-á um estranho no ninho das circunstâncias.

Para esse presumido “albino”, a necessária seletividade moral o afastará de muitos ambientes, como diz no Salmo primeiro: “... não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1 Pra tal têmpera, os valores internos serão mais persuasivos que os externos.

Natural pensarmos em Ló vivendo em Sodoma; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, pelo que via e ouvia sobre as suas obras injustas. II Ped 2;8

As coisas ao seu redor, não influenciavam seu modo de ser, de agir; apenas tocavam em seu sentir; afligia-se. A distância moral tinha que sofrer os danos da proximidade social.

Quem sucumbe ao desejo pela aceitação social a todo custo, como os asnos apreciados pelo Pré-socrático Estobeu, prefere palha ao ouro; e esse Mário indo com os outros, ao som do berrante, suicida-se para existir, como disse Nicolai Berdiaev: “Se, nos estados puramente emocionais da massa, o eu, não sente a solidão, não é porque se comunique com um tu; antes, porque perde-se. Sua consciência e individualidade são abolidos”.

Deus nos fez ímpares; que o digam as impressões digitais. Mas, a presente geração atua como se, temesse mais o “cancelamento social” ao inferno; rasa escala de valores que O Salvador deprecia. “... Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer. Mas Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5

Quando O Salvador preceituou amar ao próximo como a si mesmo, tomou o amor-próprio como ponto de partida; como referencial do amor devido ao semelhante. Se, em determinados ambientes minha “aceitação” requer que eu me anule me tonando como os demais, é porque não sou aceito. Aquele que aplaude apenas as coisas com as quais concorda, no fundo aplaude a si mesmo. Essa masturbação psicológica impossibilita um relacionamento.

O espírito do tempo atual mostra ojeriza aos fatos, aos virtuosos pelo menos; e dá largas às vãs narrativas, às falácias doentias, desde que, essas se alinhem à ideologia hegemonizante que, se impõe ao bel prazer do sistema amoral vigente. Almas prostitutas estão sempre à venda, e assaltantes do poder com as chaves dos cofres fazem e acontecem, contra os que, como Ló, tudo o que podem é afligir-se pelo que ouvem e veem.

O sentido de muitas palavras foi esterilizado pelo cautério dos interesses, e a pós-verdade qual um câncer segue espraiando-se para completar a metástase social. Maduro é democrata, o ladrão é presidente, e Dallagnol é bandido. Bolsonaro um risco, que deve ser alijado da vida pública.

Sob seu governo vivemos breve utopia de patriotismo e honestidade; a vontade social foi amordaçada por um tribunal corrupto; pois, o último bastião da moralidade, segundo se supunha, as forças armadas, se revelou cancerígeno também. Digo, contaminado pelo câncer da corrupção, sepultando a utopia de construir um país de primeiro mundo, e lançando os frustrados patriotas na vala comum do salve-se quem puder.

Não é o medo que cala nossas vozes, silencia-nos as críticas; antes a desesperança, a sensação de que seria estúpido pedir que vampiros doassem sangue. Digo, que os patifes defensores de interesses rasos, por um momento se propusessem a defender a justiça.

Quem traz em seu íntimo, depósitos de valores, não chegará à “vergonha de ser honesto”, como ironizou Ruy Barbosa. Mas, acompanhar CPIs sob a batuta majoritária de bandidos, que invés de inquirir aos suspeitos blinda-os, ouvir noticiários falaciosos de uma imprensa igualmente prostituta, cansa a beleza das almas que ainda não se venderam ao Diabo.

O consolo de quem cultivou valores virtuosos em tempo oportuno, é que, a imensa passeata dos vícios, marchando garbosa na avenida da indecência sob a batuta da imunda banda dos interesses, não basta para arrastá-lo para a avenida. Como diria Buarque, ficará de longe vendo a banda passar.

Se as circunstâncias logram ser cruéis, o tempo é juiz sóbrio e lançará na devida lata de lixo, toda a banda podre. Poderoso É O Juiz que os julga!

Enquanto os biltres fazem suas precipitadas festas no plantio, os íntegros terão seus júbilos no devido tempo, da colheita.

Paixão pelas trevas



“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

“Deus não toma em conta os tempos da ignorância” Atos 17;30
Porém, a reação obstinada contra a luz, não pode ser adjetivada dessa forma. Trata-se de uma escolha consciente, iluminada; não, de um lapso.

Por isso, a apreciação da rejeição à luz começa com aquela palavra tão sisuda: “a condenação.” Sendo a opção de alguém, pelo que Deus abomina, a quem reclamará pela sua perdição. “... Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22

Mudarmos algo conceitualmente, não o cambia essencialmente. O Absoluto é rocha; o relativismo, neblina. O mal segue sendo o que é, as trevas, igualmente; mesmo se lhes colocarmos os rótulos de bem, ou, de luz, respectivamente. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Aquilo que aprovamos ou reprovamos, deriva, necessariamente de duas premissas; digo, de uma, ou outra. Uma: Alinhamos nosso querer e aprovação às coisas que Deus revelou que aprova; outra: seguimos o conselho do inimigo que mandou romper num “brado de independência”; “Sereis como Deus, vós mesmos sabereis o bem e o mal.”
Os desdobramentos podem sofrer variações, mas os princípios, não. Agiremos segundo um, ou, outro.

A fonte da qual bebemos identifica quem somos, no reino espiritual, a despeito do aplauso ou das vaias que a “torcida” mundana oferece. “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

A polêmica do momento é a tentativa dos movimentos LGBTs de ingerirem nas mensagens que os cristãos pregam. O direito de eles fazerem o que quiserem de suas vidas sexuais, ninguém nega. Cada um age como desejar.

A peleja se dá porque alguns desejam colocar o quadrado e o círculo na mesma forma geométrica. Cristianismo bíblico e práticas pecaminosas são coisas que não combinam.

Não significa que cristãos não pequem; antes, que devem ouvir A Palavra de Deus como Ele revelou, e, deparando com seus erros, mudarem suas posturas, até atingirem a regeneração que Deus deseja. Isso inclui héteros e homossexuais, vale para todos. O fato de que Deus É Amor, não anula ao “vá e não peques mais” que O Salvador dizia a cada pecador que se arrependia.

Ontem ouvi o pastor Hermes Fernandes chamar de “mensageiros de Satanás” aos que denunciam o homossexualismo como um erro.

Estaria o adversário interessado em anunciar A Palavra de Deus? Ela diz: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;” Lev 18;22 “... deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Rom 1;27
“Não erreis: nem devassos, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus." I Cor 6;10
etc.

Segundo o pastor, o “espinho na carne” dos gays seria a “homofobia”; e os que pregam contra, seriam “mensageiros de Satanás”, aludindo a um incidente pessoal de Paulo, que usou essas figuras.

Seja o que for que o referido espinho, ou mensageiro signifiquem, mesmo orando três vezes pela remoção, Paulo não foi atendido. “Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: Minha graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” II Cor 12;8 e 9

Segundo a “exegese” do pastor Hermes, pois, Paulo seria um gay que estaria orando a Deus para silenciar quem denunciava seu comportamento como sendo um erro. Mas, não foi ele que escreveu o texto citado acima, de que os tais estariam fora do Reino?

A revolta contra a luz, a defesa apaixonada pelas obras das trevas faz isso; reduz alguém que pode ser brilhante em outros aspetos da interpretação, num ser bisonho, ridículo, com limitações de um neófito.

Cegar não procede de Deus. Antes do “Deus” alternativo, o príncipe do mundo. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Longe do verdadeiro cristão o discurso de ódio! Expor-se a mercê de ataques ferrenhos, como acontece, para advertir alguém que corre risco de perdição eterna é uma ousada demonstração de amor. Não creio que mensageiros de Satanás façam isso.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Esse estranho; o amor


“Portanto, deixará o homem pai e mãe, se unirá a sua mulher e serão dois numa só carne; assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? Respondeu-lhes: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas no princípio não foi assim.” Mat 19;6 a 8

Os religiosos debatendo com Jesus acerca do casamento. O Senhor o colocara como monogâmico, (os dois) heterossexual (o homem se unirá à sua mulher) e indissolúvel (não separe).

Como que, tendo achado um ponto fraco na Doutrina do Mestre alguém perguntou: “Então, por que Moisés mandou dar carta de divórcio?” O Salvador ensinou que, tal concessão tinha a ver com a ruindade humana, não com o projeto original. “por causa da dureza dos vossos corações... mas, no princípio não foi assim.”

As permissões Divinas têm a ver com nossas limitações, não com Sua Vontade que é “boa, perfeita e agradável.” Rom 12;2

Se, “o amor jamais acaba”, por que tantos casamentos se desfazem diariamente, sempre sob o estigma que ele acabou?

Se nos ativermos apenas à duração do amor, sem atentarmos para as demais características poderemos ver algum simulacro dele, e confundir com o próprio. “O amor é sofredor, benigno; o amor não é invejoso; não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha...” I Cor 13;4 a 8

Se essas qualidades todas estiverem presentes num relacionamento, certamente ele permanecerá. Senão, pode ser que, mera atração física, paixão, tenham sido confundidos com amor; arrefecido o calor dessas febres, juras e promessas usadas como moedas de troca em busca da conquista também alçarão voo, deixando um vácuo a testemunhar que “o amor acabou”.

Somos compostos de corpo, alma e espírito, como admoesta Paulo: “... vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tess 5;23

Deus não criou o homem para fracioná-lo; toda união que Ele abençoa deve contemplar os três aspectos da personalidade humana.

Os apelos do corpo são os mais elementares, atinentes, sobretudo, às formas, aos atrativos estéticos que despertam o desejo de outro, ao apelo sensual. As qualidades de alma atinam aos gostos musicais, intelectuais, esportivos, formas de lazer várias, ambientes, viagens, etc. As afinidades espirituais requerem que ambos creiam no mesmo Deus, tenham interesses parecidos, na adoração, oração, meditação na Palavra.

Se, dois formarem uma família identificados nos três níveis, então teremos algo unido por Deus, que o homem não separará. “As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.” Cant 8;7

Essas celebridades que exibem coleções de casamentos, beirando a duas dezenas, invés de uma procissão de amores, como poderia parecer ao incauto, deixam patente um deserto, uma busca inglória, infrutífera, por sequer saberem direito o que buscam. “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4;19

Uma característica ensinada pelo Salvador sobre os últimos dias da humanidade seria essa; o arrefecimento do amor, pelo crescimento da iniquidade. “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Mat 24;12

O efeito colateral desse lapso se daria na banalização dos casamentos. “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca e não perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também na vinda do Filho do homem.” Mat 24;38 e 39 Banalização nos relacionamentos e alienação espiritual, infelizmente.

A dureza do coração humano precisa ser tratada, pois, para que ele seja regenerado e volte à comunhão com O Criador, como foi no princípio. O único meio possível para isso é através do feito de Cristo; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Resolvida a questão do “divórcio” com Deus, pela escravidão ao pecado, poderemos pertencer a Cristo eternamente. Não sem motivo, pois, A Palavra figura a Igreja como a Noiva de Cristo.

A dureza dos corações, no âmbito espiritual também enseja separação; não, para novo casamento, antes, para perdição. “segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Fábio de Melo e os aplausos

 

“Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” Luc 14;30

Sina comum dos que começam bem, mas cedem ao apelo das seduções; se tornam defensores dos erros que deveriam denunciar.
“Se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito; a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;20 a 22

Deparei com um vídeo onde o padre Fábio de Melo fala o seguinte: “Muitos cristãos ainda não entenderam que uma das causas da morte de Jesus foi justamente combater o rigorismo religioso que oprimia de um lado, e favorecia a hipocrisia de outro.”
Reprovando ao que, a mídia e os globalistas comunistas, alinhados a ela, chamam de “discursos de ódio”; (ele chamou rigorismo religioso) quando, pregadores enfatizam que, certos comportamentos sexuais contrariam à Palavra de Deus.
Como ele parece gostar de sair bem na foto, ao lado dos ímpios e suas narrativas “inclusivas”, mais do que da verdade, emprestou sua voz e prestígio para discursar em favor dos ventos da mentira que sopram no mundo. Toda impiedade o aplaude.
Jesus ensinou a sermos cautelosos com a aprovação humana também; “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Que O nosso Salvador atuou contra a hipocrisia religiosa e o formalismo oco, as Escrituras testificam. Entretanto, em lugar nenhum fracionam os motivos pelos quais Ele deu Sua Vida. “... Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” I Cor 15;3 “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” Rom 4;25 “Ele é a propiciação pelos nossos pecados...” I Jo 2;2
Esses textos e muitos mais, deixam patente por que Cristo morreu; todos os pecadores, com todos tipos de pecados. Portanto, qualquer tentativa de fracionar isso, fazer parecer uns erros mais nefastos que outros, não passa de um eufemismo barato, derivado de astúcia maligna, para defender o indefensável, parecendo defender virtude e justiça.
Óbvio que, quem ensina santidade e não pratica é um hipócrita; a Palavra adverte: “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3 Por isso, a aplicação da disciplina está atrelada à coerência: “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6 Hipocrisia é um mal em qualquer lugar; sobretudo, nas vidas dos guias espirituais.
Quanto ao rigor, porém, algumas coisas precisam ser melhor entendidas. Quem pensa que a Graça de Deus, manifesta em Cristo significa portas abertas para licenciosidade e toda sorte de erros, ainda não leu a Bíblia; se o fez, não entendeu.
A Lei, cuja função não era salvar, mas conduzir ao Salvador, tratava das coisas superficialmente; Cristo aprofundou; requereu cuidado com as causas; “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; qualquer que disser ao seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.” Mat 5;21 e 22
Mais: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” vs 27 e 28

Quanto à punição pelo agravo à graça, o rigor também cresceu: “Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29
Portanto, caro frei, Jesus Cristo deu Sua Vida pelos nossos pecados; como nos deu O Espírito Santo como Ajudador, fez ainda mais severas exigências a quem quiser ver O Eterno. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14
Como não quero figurar bem perante a Globo, nem aos demais defensores do sistema, não tenho problemas com a verdade.

Ter grande influência como ele tem, não lhe dá maior autoridade, antes, responsabilidade. “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1

Figueira amaldiçoada


“De manhã, voltando para a cidade, teve fome; avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! A figueira secou imediatamente.” Mat 21;18 e 19

O Senhor estava reduzido à condição humana; portanto, sujeito às mesmas coisas que nós, como sentir fome.

Todavia, ensinou e viveu priorizando a Vontade de Deus, antes das necessidades naturais. “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

“... Seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer? Jesus disse-lhes: Minha comida é fazer a vontade daquele que Me enviou, realizar Sua Obra.” Jo 4;31 a 34

Quanto a comida, dela abriu mão por quarenta dias, priorizando as coisas espirituais; “quarenta dias foi tentado pelo diabo, naqueles dias não comeu coisa alguma;” Luc 4;2

Essas passagens fazem entender que, a fome do Salvador era diferente da nossa. Ele ensinou: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna...” Jo 6;27 Logo, concluirmos que, Ele estaria com tanta fome que, à impossibilidade de saciar-se, pela ausência de frutos na figueira o levasse a amaldiçoá-la seria uma estupidez.

Somos reputados plantação Dele; “... vós sois lavoura de Deus...” I Cor 3;9 Em Seus ensinos ampliou; “Não escolhestes vós a Mim, mas Eu vos escolhi e nomeei, para que vades e deis fruto, e vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu Nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda.” Jo 15;16

Os frutos que O Eterno deseja são de outro tipo; “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão! Justiça; eis aqui clamor!” Is 5;7

O Salvador contou uma parábola; “certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? Respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e esterque, se der fruto, ficará; se não, depois a mandarás cortar.” Luc 13;6 a 9

Quando do incidente da figueira amaldiçoada, o ministério do Senhor tinha passado de três anos já, tentando convencer os de Seu povo levando-os ao arrependimento. Havia cavado e estercado a planta e nada de frutos, apenas, rejeição, perseguição. Então, usou o episódio da figueira como uma parábola viva, tipificando Sua ruptura, com o establishment religioso hipócrita.

 Expressou claramente noutro momento: “Portanto, vos digo que o Reino de Deus vos será tirado; será dado a uma nação que dê seus frutos.” Mat 21;43

Tendo sido rejeitado pelos Seus, O Salvador “enxertou” na árvore da salvação, aos que creram, de qualquer nacionalidade; “Veio para o que era Seu, os Seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;11 e 12

Olhando para a “figueira” decepcionado pela sua rejeição O Senhor lamentou; “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis ajuntar teus filhos, como a galinha aos seus pintos debaixo das asas, e não quiseste? Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. Em verdade vos digo que não Me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em Nome do Senhor.” Luc 13;34 e 35

Folhas de figueira foram usadas no Éden, quando o primeiro casal pecou, para lhes encobrir a nudez. Esvaziar-se de Sua Glória e descer entre nós e ensinar as veredas da vida, em busca de frutos, e colher apenas rejeição, foi a gota d’água, destilada por aquela geração ímpia. “Nunca mais nasça fruto de ti!”

Israel continua sendo o povo da promessa, amado por Deus; mas, ainda não consegue ver ao Messias de modo a dizer: “Bendito o que vem em Nome do Senhor!”

Quanto aos gentios, o risco é o mesmo, caso sejamos omissos em produzir os frutos que O Eterno deseja. “... pela sua incredulidade (aqueles) foram quebrados; tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não poupe a ti também.” Rom 11;20 e 21

“Toda a vara em Mim, que não dá fruto, a tira; limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” Jo 15;2

terça-feira, 13 de junho de 2023

Brechas nos muros


"Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor. Viram vaidade, adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor não os enviou; fazem que se espere o cumprimento da palavra.” Ez 13;5 e 6

Antes de denunciar o que os falsos profetas faziam, O Senhor lembrou o que eles não faziam; “Não subistes às brechas nem reparastes o muro...” O omisso, relapso nas coisas mais elementares, por que seria diligente nas importantes? “Um abismo chama outro abismo.”

Quem é espiritual identifica que há uma disputa em tempo integral pelos nossos pensamentos, pelo domínio dos temas a ocuparem-nos a mente. Se negligenciarmos às coisas santas, de modo automático acabaremos mesclados às profanas. Quando se diz que, “mente desocupada é oficina de Satanás” a ideia é essa. Que sendo o homem alheio ao que deve, mais cedo ou mais tarde estará se ocupando do que não deve.

Devemos disciplinar nossos pensamentos; “... tudo o que é verdadeiro, tudo que é honesto, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se há alguma virtude, algum louvor, nisso pensai.” Fp 4;8

O mundo aplaude irreverência, independência, atrevimento, esperteza e coisas afins; a nós que somos de Cristo essas “virtudes” seriam brechas; não apenas devemos evitar a arrogância, o orgulho e similares, como, à medida que essas “cartas” forem postas à mesa, devemos “jogar” outras melhores; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Expor o que supostamente O Eterno dissera aos “profetas” óbvio que era mais fácil que organizar as coisas à luz do que fora dito em dias idos já, sobre a Vontade Divina e o dever dos que invocam Seu Santo Nome. Reparar as brechas, tem a ver com denunciar descaminhos do povo; chamá-lo de volta à obediência. Só um profeta idôneo faria assim. Os citados por Ezequiel estavam longe disso.

Quando compôs suas lamentações perambulando entre as ruínas de Jerusalém, Jeremias bem sabia de quem era a culpa: “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura; não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs, motivos de expulsão.” Lam 2;14

Manifestar a maldade de quem se desencaminha, é reparar o muro, tapar as brechas. A mensagem de correção, exortação, nunca é popular. Porém, os falsos profetas laboram em causa própria, buscando aplausos, aceitação, não a correção de rumos de quem está errado. Nos dias de Paulo já havia os que evitavam os temas mais sisudos de olho apenas em facilidades; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora repito chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, cuja glória é para confusão deles; pois, só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

Os erros desses, além de mascararem suas mortes espirituais, servem muito bem aos interesses da oposição; pois, mais que ir minando a fé dos crédulos que lhes rodeiam, profanam ao Nome do Senhor, fazendo parecer que Ele falha em Suas promessas; O Senhor não os enviou, porém, usam O Nome Dele como fiador, fazendo os crédulos esperarem o cumprimento da suposta palavra do Eterno.

Se, então era necessário reparar o muro sanando as brechas para estar firme no dia da peleja, agora muito mais. Naqueles dias, falsos profetas viçavam quais ervas daninhas; agora a profusão é assustadora. Basta que alguém abra as redes sociais, onde esses salafrários semeiam seu joio, para ser informado que “O Senhor lhe reservou três bênçãos”; sempre incondicionais, no quesito, abandono de pecados; no máximo hão de requerer uma “curtida” ou a partilha da mentira em busca de outras vítimas.

Nossa fé nunca foi atacada como agora. Censura, coerção, afrontas, falsificações, deboches, blasfêmias, infiltrações de ministros da oposição, perversão da sã doutrina... porém, os “profetas” seguem “anestesiados” distribuindo facilidades! Pilantras!

“Não mandei esses profetas, contudo, eles foram correndo; não lhes falei, mas, profetizaram. Porém, se estivessem no Meu conselho, então teriam feito o Meu povo ouvir as Minhas palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22

Todos os dias os “aríetes” da imprensa a serviço do maligno tentam abalar nossos muros; os farsantes seguem ensinando edificar sobre a areia; desprezíveis, uns e outros.

Permanecemos firmados na Rocha. “Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará nossos inimigos. Sal 60;12

domingo, 11 de junho de 2023

Natureza do combate


“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;7

O bom combate. Essa distinção deixa evidente que há combates que não são bons. Que nem por todas as coisas vale a pena lutar. Há lutas que são inglórias, mesmo vencendo-as.

“Vitórias” que pessoas ímpias tiveram, conquistando altos degraus, e prazeres que lhes pareciam oportunos, necessários, uma vez convertidos se lhes tornaram vergonha. Paulo mencionou de passagem; “Que fruto tínheis então das coisas de que agora (convertidos) vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertos do pecado, feitos servos de Deus, tendes vosso fruto para santificação; por fim, a vida eterna.” Rom 6;21 e 22

As “conquistas” pretéritas dos que se converteram a Cristo, tinham a ver com a servidão deles, ao pecado. “agora, libertos do pecado...” Então, “vencer” nesse prisma não é conquistar algo, antes, perder-se sob o domínio de um feitor maligno que nos conduz à perdição.

A luta que vale à pena tem a ver com a eternidade que ela reserva aos vencedores. Na epístola aos hebreus, aos que pensavam em retroceder depois de terem tido um início promissor, foi posta a seguinte situação: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4 Parte da peleja estava pendente.

Eis a identidade do “bom combate!” Tendemos a ver de longe os erros alheios. Combatermos contra o pecado requer que enfrentemos os vícios que se abrigam em nós, não, alhures.
O episódio da mulher adúltera registrado em João ilustra bem essa faceta da falta de noção humana. Todos estavam com pedras para atirarem na acusada; uma vez desafiados a olharem para si mesmos antes de julgarem-na, cada um recolheu sua fúria, dando assento à vergonha, à culpa.

“... acabei a carreira...”
às vezes confundimos terminar, com acabar. Terminar algo tem a ver apenas com encerrar, sem nenhum apreço sobre a perícia, a qualidade do que foi feito. Acabar é terminar com esmero, com toques refinados, que chamamos de acabamento.

No Velho Testamento, tempo de batalhas terrenas, havia uma maldição aos relapsos: “Maldito aquele que fizer a Obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10

No Novo, quando não devemos mais lutar contra carne e sangue, o bom combate é realizado dentro de nós mesmos; assim, o ser omisso na obra, tem a ver com acariciar ainda vícios na alma; abandonar alguns pecados, sem ser exaustivo, deixando a todos. A arma da vez é outra: “... a Espada do Espírito, que é A Palavra de Deus;” Ef 6;17

Podemos lançar longe alguns vícios mais rasteiros e conservar os de estimação, nos recônditos de ser. A luta agora, requer profundidade; retoques de acabamento em nossas almas, que A Palavra chama de santificação. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14

O Salvador condicionou o vermos a Deus, a uma limpeza profunda em nós; “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

Paulo alinhou o direito a disciplinarmos, aos desobedientes, apenas, depois que os disciplinadores eventuais, se tornarem exemplares em suas posturas. “Estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” II Cor 10;6

Coerência necessária exposta ainda na Carta aos Romanos; “E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as, escaparás ao juízo de Deus?” Cap 2;3

Acabarmos nossa carreira, além da santificação demandada de cada um, tem a ver ainda com o cuidado de não sermos tropeço aos demais.

“... guardei a fé”. Não se trata do nosso inalienável direito de crer; antes, do conteúdo no qual nos cremos. Quando alguém, ou algo ameaça nossa fé, geralmente o faz pervertendo a mensagem na qual cremos, não vetando-nos de crer. Então, Judas, em sua epístola exortou a se batalhar pela fé, explicando o motivo: “Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” v 4

Todo ser humano crê em alguma coisa; mesmo os ateus acreditam que suas fantasias negacionistas da realidade têm algum sentido.

Sabedor disso, o inimigo não luta para negar-nos o direito de crer; antes, para perverter o teor daquilo em que cremos. Paulo adverte: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

Paulo “cantou vitória” quando condenado à morte, porque entendia a natureza do combate no qual militava: “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer.” Luc 12;4