sexta-feira, 16 de junho de 2023

Paixão pelas trevas



“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

“Deus não toma em conta os tempos da ignorância” Atos 17;30
Porém, a reação obstinada contra a luz, não pode ser adjetivada dessa forma. Trata-se de uma escolha consciente, iluminada; não, de um lapso.

Por isso, a apreciação da rejeição à luz começa com aquela palavra tão sisuda: “a condenação.” Sendo a opção de alguém, pelo que Deus abomina, a quem reclamará pela sua perdição. “... Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22

Mudarmos algo conceitualmente, não o cambia essencialmente. O Absoluto é rocha; o relativismo, neblina. O mal segue sendo o que é, as trevas, igualmente; mesmo se lhes colocarmos os rótulos de bem, ou, de luz, respectivamente. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Aquilo que aprovamos ou reprovamos, deriva, necessariamente de duas premissas; digo, de uma, ou outra. Uma: Alinhamos nosso querer e aprovação às coisas que Deus revelou que aprova; outra: seguimos o conselho do inimigo que mandou romper num “brado de independência”; “Sereis como Deus, vós mesmos sabereis o bem e o mal.”
Os desdobramentos podem sofrer variações, mas os princípios, não. Agiremos segundo um, ou, outro.

A fonte da qual bebemos identifica quem somos, no reino espiritual, a despeito do aplauso ou das vaias que a “torcida” mundana oferece. “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

A polêmica do momento é a tentativa dos movimentos LGBTs de ingerirem nas mensagens que os cristãos pregam. O direito de eles fazerem o que quiserem de suas vidas sexuais, ninguém nega. Cada um age como desejar.

A peleja se dá porque alguns desejam colocar o quadrado e o círculo na mesma forma geométrica. Cristianismo bíblico e práticas pecaminosas são coisas que não combinam.

Não significa que cristãos não pequem; antes, que devem ouvir A Palavra de Deus como Ele revelou, e, deparando com seus erros, mudarem suas posturas, até atingirem a regeneração que Deus deseja. Isso inclui héteros e homossexuais, vale para todos. O fato de que Deus É Amor, não anula ao “vá e não peques mais” que O Salvador dizia a cada pecador que se arrependia.

Ontem ouvi o pastor Hermes Fernandes chamar de “mensageiros de Satanás” aos que denunciam o homossexualismo como um erro.

Estaria o adversário interessado em anunciar A Palavra de Deus? Ela diz: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;” Lev 18;22 “... deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Rom 1;27
“Não erreis: nem devassos, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus." I Cor 6;10
etc.

Segundo o pastor, o “espinho na carne” dos gays seria a “homofobia”; e os que pregam contra, seriam “mensageiros de Satanás”, aludindo a um incidente pessoal de Paulo, que usou essas figuras.

Seja o que for que o referido espinho, ou mensageiro signifiquem, mesmo orando três vezes pela remoção, Paulo não foi atendido. “Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: Minha graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” II Cor 12;8 e 9

Segundo a “exegese” do pastor Hermes, pois, Paulo seria um gay que estaria orando a Deus para silenciar quem denunciava seu comportamento como sendo um erro. Mas, não foi ele que escreveu o texto citado acima, de que os tais estariam fora do Reino?

A revolta contra a luz, a defesa apaixonada pelas obras das trevas faz isso; reduz alguém que pode ser brilhante em outros aspetos da interpretação, num ser bisonho, ridículo, com limitações de um neófito.

Cegar não procede de Deus. Antes do “Deus” alternativo, o príncipe do mundo. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Longe do verdadeiro cristão o discurso de ódio! Expor-se a mercê de ataques ferrenhos, como acontece, para advertir alguém que corre risco de perdição eterna é uma ousada demonstração de amor. Não creio que mensageiros de Satanás façam isso.

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