sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Inimigos da luz


“Eles estão entre os que se opõem à luz...” Jó 24;13

Nos opomos ao que parece mau; um conceito, doutrina, filosofia, governo, iniciativa... enfim, a algo do qual discordamos.

O que leva alguém a discordar da luz? O sonho de muitos filósofos. Sua busca era o ser, a verdade.

Aos sofistas bastaria prevalecer num debate; saíam airosos, por terem deixado eventuais adversários sem respostas. Pouco importava que seus argumentos fossem arranjos forçados, palavras caçadas aqui ou acolá; premissas verazes arranjadas ardilosamente para conduzirem a conclusões falsas... lhes bastava “vencer”.

Faziam parecer que entendiam tudo; usavam da arte retórica para pintar esse parecer ao olhar vulgo; não obstante, o desprezo dos filósofos. Eles produziam crença sem ciência; algo inaceitável a um amante do saber.

Invés de dono da verdade, Platão dizia que o filósofo era um meio termo entre o ignorante e o sábio. O ignorante não filosofa porque não sabe; o sábio, porque não precisa. O filósofo era meio ignorante, sabia que precisava mais luz e laborava.

“É normal as crianças terem medo do escuro; mas é trágico os adultos com medo da luz”. Disse.

Em Jó encontramos mais detalhes desses fotofóbicos: “De madrugada se levanta o homicida, mata o pobre e necessitado; de noite é como ladrão. Assim como o olho do adúltero aguarda o crepúsculo, dizendo: Não me verá olho nenhum; oculta o rosto, nas trevas minam as casas, que de dia se marcaram; não conhecem a luz. Porque a manhã para todos eles, é como sombra de morte; pois, sendo conhecidos, sentem pavores da sombra da morte.” Jó 24;14 a 17 Alguns adjetivos acima identificam-nos: Homicida, ladrão, adúltero...

Parece que a esses animais noturnos, luz soava como grande ameaça; a ponto de ensejar pavores.
Após pecar, Adão que vivera em comunhão, mudou; à aproximação do Senhor, tomou providências “cabíveis”, co’a nova situação; “... Ouvi Tua Voz soar no jardim e temi, porque estava nu; escondi-me.” Gn 3;10

Nos dias do Salvador, Adão continuava na moita, sentindo o peso da condenação; “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem pra luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

A obediência ao Senhor é definida como andar na luz; parece que isso requer um modo de agir que não tenhamos nada a esconder; melhor: Que O Caráter de Cristo assome no nosso agir; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;16

O pecado nos é mostrado antes que o cometamos; Tiago ensina: “cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera morte.” Tg 1;14 e 15

Notemos que, antes de o consumarmos, o pecado sai à luz; nossa consciência adverte de que o ato é mau. Como disse Samuel Bolton, “se a consciência não for um freio, ela será um chicote.”

Na verdade, a sedução do traíra ao primeiro casal, de que desobedecendo eles seriam “conhecedores do bem e do mal” ficou faltando algumas “letras miúdas”.

O pecador tem seu prazer nas coisas más; porém, aquilata ao prazer como uma coisa boa; assim, mais que uma propriedade intelectual, conhecer, a alma pecaminosa perverte. Chama ao bem de mal e vice-versa. Logo quando uma assim se opõe à luz, faz a “coisa certa” desde seu ponto de miopia.

A perversão não tem um porto onde ancorar sua chegada, no fim da existência; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

A “excelência” de um pecador nesse mundo dual seria seguir pecando no escuro e fingindo-se amante da luz. Religiosos que escolhem porções “válidas” da Palavra de Deus e desprezam as difíceis; superficiais que se justificam invés de se humilharem ante O Senhor que perdoa ao arrependido; dessa matéria-prima são os hipócritas.

Quem aprendeu obedecer ao Senhor conhece a Luz, pois, “O Mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.” salm 19;8 Invés de se opor, busca mais; “A vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Pr 4;18

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Volta por baixo


“Tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão e aqui pereço de fome!” Luc 15;17

O Filho pródigo de ressaca, após a esbórnia dos prazeres fugazes, “ouvindo” argumentos de ordem diversa dos que estivera a ouvir. Na “monotonia” do cumprimento do dever, embora, no usufruto de uma vida abastada, surgiram os devaneios pela busca de prazeres e lhe deram impulso, para desejar a posse precipitada de sua herança.

“A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada.” Pov 20;21

Tendemos a fantasiar grandezas pintando anseios a despeito dos fatos; e menosprezar bens reais, que, estão disponíveis; quando nossos pés pensam ser os de Hermes, o mensageiro dos deuses, providos de asas.

Geralmente nessas obscuras cavernas costuma se esconder o réptil do, “eu era feliz e não sabia.” Por avaliarmos mal, tanto a realidade, quanto a possibilidade de sucesso na excursão rumo ao desejo de aventuras, deixamos o estável pelo duvidoso; o sólido pelo gasoso.

Nosso jovem em apreço deixara a casa paterna, lugar de estabilidade e conforto, embora com trabalho, responsabilidade, em busca do prazer sem custo; boa vida sem “efeitos colaterais.”
Passados alguns meses o encontramos de novo, privado dos bens, herdados na marra, sem alegrias, prazeres, tampouco, amigos; pior: Sentindo fome.

Iniciara sua diáspora no colorido barco a vela dos anseios mirabolantes; voltava agora, “encorajado” pelos sisudos conselhos da fome.
Salomão filosofou a respeito: “A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce.” Prov 27;7

O mesmo pensador aconselhou a prudência de se fazer a coisa certa ainda em tenra idade; pois, na velhice seria mais difícil; “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;” Ecl 12;1 Pois, mesmo ainda moço, o desventurado pródigo já conhecia alguns dias maus.

Foi o desejo por novas experiências, mesmo habitando O Paraíso, em plena comunhão com O Criador, que estimulou o primeiro casal a colocar à prova a Divina Palavra; deixando a vida plena, por mera existência, fadada à morte.

É menos ruim quando descaminhos, nos levando, ainda permitem um retorno ao lugar de onde nem deveríamos ter saído; no entanto, quantos se fazem reféns de vícios, num grau de escravidão tal, que sequer desejam voltar; apenas saciar os maus hábitos que os devoram.

Esses caminhos sem volta também são desaconselhados; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim, são caminhos da morte.” Prov 14;12

O coração natural, sede de toda sorte de enganos, sempre se coloca como piloto, quando deveria ser mero passageiro; daí o conselho: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago; medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Alguém cunhou a frase que, “quem não vier (a Cristo) pelo amor, acabará vindo pela dor.” Me permito discordar por duas razões simples: a) Todos que vão A Ele o fazem por necessidade, não por amor; depois, conhecendo-O Melhor, alguns poucos aprendem amar.
 
b) muitos possuem uma índole tão endurecida, que nem mesmo eventual dor, os demove de suas incredulidades.

Podendo nós, reparar o telhado enquanto o sol brilha, seria estúpido deixar para tapar goteiras durante a chuva.

Não precisamos cair na escravidão dos vícios, nem no insano caminho da promiscuidade, ou, corrupção dos valores, para entendermos que somos maus, privados da Glória de Deus, e que carecemos Dele com urgência. Podemos cuidar de nossas “despensas” antes que a fome nos venha acusar de relapsos.

O pródigo se sentira infeliz na nobre posição de ser um dos três chefes da fazenda; então, após o desperdício forjado pelos enganos, se sentiria aliviado na condição de simples empregado.

O cinema imaginou diversas vezes a “máquina do tempo.” Essa permitiria visitar passado e futuro, conforme o desejo do “viajante”. A Palavra de Deus, por ser Eterna, é alheia à ação de Chronos; e adverte aonde, cada caminho leva.

Cheia está A Palavra de Deus, bem como a vida que nos cerca, com exemplos de gente assim; que, deixam lugares altos, como Adão e Eva, e, convidados a um upgrade, acreditando, acabam em desgraça.

Em nossos dias fartos “Sophia” costuma falar às paredes; quando as privações pedem a palavra, geralmente já não há paredes em nosso redor.

“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

domingo, 25 de setembro de 2022

Nunca vos conheci


“Eu Sou O Bom Pastor, conheço Minhas ovelhas, e delas Sou Conhecido.” Jo 10;14

Nem sempre avaliamos corretamente o que significa, conhecer. Por exemplo: Estivemos em determinada cidade, ou país, e quando ouvimos referência aos tais lugares dizemos: Eu conheço. Quando, mais correto seria dizer: Estive lá. Conhecer demandaria dominar minúcias que nos escapam.

Com pessoas ocorre o mesmo. Há um provérbio que diz: “Para conhecermos satisfatoriamente alguém, precisamos comer um quilo de sal juntos.” Figura de linguagem significando que, carecemos demorado convívio; passar por boas e más situações juntos, antes de afirmar que o/a conhecemos.

Relacionamento interpessoal é via de mão dupla; ambas as pessoas carecem interagir. Não basta uma parte cansar a paciência da outra, fazendo forçado uso do seu nome. Se não houver devido intercâmbio, comunhão de valores, afinidade de sentimentos forjando a interação, não haverá conhecimento.

Cristo É Uma Pessoa ausente, no prisma físico. Todavia, Presente em Espírito e na Palavra. A Verdade. Condicionou nosso conhecimento Dele, e consequente fruir Sua Libertação, a isso: “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Denunciou uns que fariam barulho, em torno do Seu Nome, sem devido compromisso; advertiu que não conheceria aos tais; “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que Está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? e não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;21 a 23

Comunhão e obediência são mais importantes que operação de sinais; pois, existem “sinais e prodígios da mentira”. Nos dois fundamentos, uma casa na rocha, outra, na areia, a diferença entre ambos era que, um cumpria o que ouvia, o outro, não.

“Conheço Minhas ovelhas e delas Sou Conhecido...” A via de mão dupla necessária ao conhecimento.

O Senhor não é uma enciclopédia; deseja uma relação que vá além do conhecimento. Nos Ama; e é próprio do amor ansiar pela devida correspondência. Conhecimento deve progredir para admiração, respeito; finalmente, amor.
Esse é um estágio bem mais sublime que mero exibicionismo religioso. Quem ama Jesus, não deseja meramente fazer coisas em Nome do Amado; antes, agir de modo que Seu Nome seja honrado. Afinal, “O amor... não se porta com indecência, não busca seus interesses...” I Cor 13;4 e 5 “Se Me amais, guardai Meus Mandamentos.” Jo 14;15

O Amor de Cristo nos eleva bem acima do egoísmo que reinava antes do “negue a si mesmo.” Invés de realizações ou frustrações pessoais, como acontecia, no prisma natural do velho homem, morto em delitos e pecados, agora nosso escopo abarca coisas que “não nos dizem respeito”. “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; se um é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;26 “Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?” II Cor 11;29

Nosso amor por Cristo nos faz participantes de Suas bênçãos e Suas Promessas; mas também, de suas dores; “Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.” II Cor 1;5 “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua Glória vos regozijeis e alegreis.” I Ped 4;13

Quando homens de renome do meio cristão agem de modo a causar escândalo, quem ama Cristo sofre com essas coisas. A honra de sofrer com Ele só pertence aos que são Dele; “Porque a vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer Nele, como também padecer por Ele;” Fp 1;29

“É coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais Suas pisadas.” I Ped 2;19 a 21

Infelizmente, o sentimento tem sido acarinhado mais que o entendimento; muitos cultos “avivados” ardem em meio a um “fogo” que produz calor sem luz; emoções que não movem a pedra pesada do pecado que sepulta o morto; movimento sem vida, flores de plástico.

O Senhor não salva os inteligentes; antes os obedientes, que O buscam conhecer; e conhecendo obedecem. Os demais, malgrado o rótulo, falta essência. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6

sábado, 24 de setembro de 2022

Igreja Sem Partido (?)


“Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel... que quiser ir contigo a Jerusalém, vá.” Ed 7;13

Decreto de Artaxerxes, rei persa, enviado ao sacerdote Esdras. Atualmente temos “democratas” simpatizantes de ditadores, admiradores dos que tolhem à liberdade religiosa, como o Ortega na Nicarágua; tais, ameaçam fazer o mesmo por aqui.

No tempo do absolutismo real, tivemos um rei decretando liberdade de escolha, a um povo sabidamente religioso. “Quem quiser ir contigo vá...”

Forçoso concluir que, nem sempre o poder absoluto era tão absolutista assim; tampouco, os “democratas” são fiadores dos direitos e vontades populares como afirmam.

Via de regra, o ser humano usa máscaras conforme suas conveniências.

Tenho deparado com um “purismo” religioso que me tem feito pensar. Chama-se “Movimento Igreja sem partido”; deles a seguinte frase: “Usar O Nome de Deus para pedir votos é heresia.”

Sempre entendi heresia como um desvio da fé ortodoxa; acréscimos ou supressões à Doutrina. O “Dai a César que é de César, e a Deus o que é de Deus”, normalmente é interpretado como separação entre Estado e Igreja. De acordo; o Estado é laico. Mas, somos cidadãos dos Céus e da Terra; as coisas de “César” nos dizem respeito. Nada valerá votarmos com ímpios, depois orarmos como cristãos.

É próprio da democracia que todos os seguimentos se façam representar, se assim o desejarem. Os da liberação das drogas têm seus candidatos; as abortistas, idem; o Agro, defensores da ecologia; cada viés tem postulantes a defendê-lo sem problema nenhum.

Mas, os defensores da família, da moral, dos bons costumes, da heteronormatividade, etc. Esses não podem ter quem defenda suas pautas, dizer o que pensam, nem mencionar O Nome do Santo???

“Não tomar O Santo Nome em vão” tem sido usado pelos “puristas” citados. Definir nossos destinos pelos próximos quatro anos é algo vão? Desculpem aí, mas é demais para meus neurônios. Temos mais de duzentos milhões de motivos para desejar a Ajuda Divina.

Claro que púlpitos devem existir para pregação da Palavra de Deus, não para comícios, em defesa desse ou daquele candidato. Todavia, eventualmente, um líder orientar seus ouvintes acerca de valores que estão em jogo anexos a cada escolha não vejo mal nenhum. É bom senso.

Perseguição religiosa campeia onde a esquerda domina; Chile, Bolívia e Nicarágua oferecem elementos para pensarmos. Será que, mesmo vendo essas coisas seremos tão estúpidos de modo a trabalharmos contra nossa causa? Liberdade de crença e culto?

Bastaria orar que Deus faria as coisas acontecerem a despeito de nós? Não! Deus nos Fez arbitrários, portanto, consequentes; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará.” Gál 6;7

Quem semear alienação colherá um rebanho de alienados; quem plantar votos inconsequentes colherá um governante “conforme a espécie” do voto “plantado.”

Em momento nenhum vejo cristãos empunhando a bandeira de um partido; exceto, os “cristãos” de esquerda; sempre esposam valores como liberdade, Deus, Pátria e família. Que mal há nessas coisas? Ah, mas todos sabem que isso significa fazer campanha para O Bolsonaro.

Qual problema se apenas ele tem coragem de defender as coisas com as quais nos identificamos? Quem não gostar é só votar no outro que cultua Zé Pilintra, fala em censura, restrição de liberdades; é amigo do Ortega, da Nicarágua.

Ele disse que nem precisa de Padres ou Pastores, que vai a "Deus" diretamente.

Vergonhosamente deparei com um vídeo do pastor Yago Martins, que eu admirava, repetindo as falácias sobre “votar em genocida”; tal “influência” não diminuiu um milímetro do que o Bolsonaro significa; apenas ele, Yago, desceu do meu patamar de admiração para a masmorra da irrelevância.

Cresci ouvindo uma baboseira, tida como axioma: “Religião, futebol e política não se discutem.” Ora, Cristo passou três anos e meio debatendo contra religiosos hipócritas.

Quem disse que os governos da Terra são autônomos, podem fazer o que quiserem a despeito de Deus? “Ele Muda os tempos e as estações; Ele Remove reis e Estabelece reis...” Dn 2;21

Diz mais: Que Ele restringe o domínio dos iníquos, por causa do peso de sua má influência sobre os que não são maus; “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Com devido respeito, caros do “Igreja Sem Partido”, vosso zelo parece inoportuno e privado de entendimento. Foi pela preservação da liberdade de escolha que certa árvore vetada estava no Jardim; toda a desgraça que campeia pelo mundo é derivada do “voto” errado.

Ele não foi dado pelo Senhor, mas pelo homem. Advertir do significado das escolhas é iluminar. Heresia seria negar que as mesmas trarão consequências.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Os nomes dos bois

“O mar estava posto sobre doze bois; três olhavam para o norte, três para o ocidente, três para o sul e três para o oriente; o mar estava posto sobre eles; suas partes posteriores estavam todas para o lado de dentro. Tinha um palmo de grossura; sua borda foi feita como a borda de um copo, ou como uma flor-de-lis, da capacidade de três mil batos.” II Cr 4;4 e 5

O “mar” era um tanque para purificação no átrio do templo; um bato era uma medida para líquidos equivalente a 22 litros; três mil batos; 66 mil litros de água, uma pequena piscina redonda forjada sobre as figuras de doze bois de bronze.

Além da utilidade prática, toda a mobília e construções anexas ao templo tinham um significado profético; “sombra de um bem futuro.”

O círculo figura a universalidade dos cuidados Divinos; os bois divididos em grupos de três, olhando para os “quatro cantos” da terra. Embora os hebreus fossem o “povo escolhido” a meta Divina incluía a todos; “... em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3

O número doze; a nação de Israel é a origem dos doze patriarcas, no Antigo Testamento; base da fundação da Igreja de Cristo, com doze apóstolos, na Nova Aliança. Assim, um cuidado amoroso e universal deveria originar-se a partir de doze trabalhadores a serviço de Deus. Afinal, que animal tipificava o trabalho pesado naqueles dias, melhor que o boi?

Quando Eliseu foi chamado para o ministério de profeta, trazia consigo uma “fusão” das duas Alianças; invés de doze animais, duas vezes doze; “Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima; Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele.” I Rs 19;19

Evidente eloquência desse símbolo! Quem melhor credenciado para ser profeta, que alguém que conhece a Revelação Divina em ambas a Alianças? “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra...” Luc 4;4

Os bois sustentavam 66 mil litros de água. Se considerarmos a Bíblia sem os apócrifos são exatamente 66 livros no Cânon Sagrado. Os “bois” que laboram na Obra do Senhor não devem levar nada além disso.

Abaixo o modernismo, inclusivismo, ecumenismo! “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

O ecumenismo traz um homem querendo ser Deus, validando tudo o que Deus abomina.
O número seis é tido como símbolo do homem; foi no sexto dia que ele foi criado. A Revelação em ambas as Alianças foi dada mediante homens escolhidos por Deus. Combinando também com o 66.

Paulo analisou o aspecto funcional do Esvaziamento de Cristo; “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente; o último Adão, espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual.” I Cor 15;45 e 46 

Aberta a Porta à regeneração espiritual, Cristo também enviou os “bois” em todas as direções; “Ide por todo mundo e pregai O Evangelho a toda criatura.”

Um homem tentar validar predileções e conveniências anexando-as à Palavra de Deus, como faz o Papa Francisco, misturando o Santo com o profano, via ecumenismo, é colocar um seis a mais; formando o que a Revelação chama de número da Besta; 666. Quando plasmado esse império, via tecnocracia, o sistema excluirá quem não andar segundo a cartilha.

O formato circular do “mar” continua; o sonho de consumo dos “donos do mundo” é o “Great Reset”; globalismo ecumênico sem esse “ranço” das coisas serem criadas e fadadas a se reproduzir, “conforme sua espécie”.

Agora é linguagem neutra; sexualidade neutra; religiosidade neutra... tudo é líquido, moldável ao gosto do momento, relativo...

Se tais tivessem cérebros funcionando acima das vontades perversas, perceberiam que não faz sentido um humano qualquer, que vive em média setenta anos, dominar o planeta. Pior; perverter a ordem natural das coisas que sempre existiram satisfatoriamente sem nenhuma variação essencial.

Isso é reflexo duma batalha milenar da oposição contra Deus. Ao governante humano, ser patriota, zelar pelo bem do seu país é já um peso enorme; muito maior o ônus que o bônus.

Marionetes do Capiroto são cegas; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Falam em liberdade, tolerância, inclusão, harmonia... contudo, são apenas alegorias enfeitando ao letal carro da perversão. Breve O Senhor Voltará; então, todos saberão os nomes dos bois.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Evangelho profanado


“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra dum evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

“Mas...” aponta geralmente, para trás; Tais e quais são assim, mas tu, sê diferente. Como eram os que figuravam com uma postura adversa à aconselhada a Timóteo?

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” vs 3 e 4 “Mas tu, sê sóbrio...”

Paulo os via embriagados pelo desejo de aceitação, comodismo; invés de mestres que lhes mostrassem o caminho, outros, escolhidos a dedo que concordassem com os caminhos escolhidos.

Outrora já fora assim; “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos que não querem ouvir a Lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;9 e 10

Nada contra uma fábula; a maioria traz ensinos valiosos; a “moral da história” justifica a criação da mesma. Esopo, pensador grego, se notabilizou por isso.

Contudo, quando fábulas são colocadas como alternativas à verdade, aí me ocorre Jorge Amado: “Não me pergunte pela moral da história; pois, essa história não tem moral nenhuma.” Nesse caso, digo, a fábula perde seu caráter didático, para revestir-se dum manto herético.

Hoje ainda deparei com uma delas; dizia: “Não haverá morte nem luto em tua casa, nem em tua família, em Nome de Jesus”. Reproduzo o comentário que postei; - Na minha vai, infelizmente. Lido com a realidade não com fantasias infantis. O que Jesus salva é a alma dos que lhe seguem e obedecem, mas mesmo esses morrem e causam luto. Que gente sem noção e sem laços com a realidade da vida!! Pior, seguidos por milhares de incautos, que decepção!! -

Usando O Nome Santo, uma fábula divorciada da realidade; almas com síndrome de Peter Pan recusando-se a crescer. Mas, quando olhei os comentários partilhas e curtidas, aos milhares, percebi basbaque que não se trata de uma síndrome pontual; mas de uma pandemia. Quase todos gostam de mentiras doces.

“... sofre as aflições...” uns chamados a sofrer, porque a imensa maioria tem ojeriza à verdade; alguém precisa seguir zelando por ela.

Há algum tempo, a pretexto de contextualizar O Evangelho, se adotou diversos cacoetes do mundo; “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Contextualizar seria apresentar Valores Eternos, numa linguagem assimilável aos tempos atuais; não, perverter O Evangelho para agradar o mundo. Tudo fazer para que os pecadores se arrependam e aceitem O Evangelho; porém, jamais criar um “Evangelho” que soe aceitável a quem se recusa a mudar de vida.

Qualquer coisa que o mundo faça, a Igreja emulada tenta produzir sua versão “gospel”; Carnaval, festas juninas, semana farroupilha, funk... e adjacências. Ora, isso nem de longe é contextualizar; apenas emporcalhar o que É Santo e Eterno, misturando-o ao profano e vulgar.

“... faze a obra de um evangelista...” não consigo imaginar uma obra assim, que não seja anunciar genuinamente A Palavra; até porque, a hipótese de um Evangelho alternativo foi amaldiçoada. “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

A “contextualização desceu tanto, que nem se trata disso mais; antes, de esculhambar à Verdade, “incluindo” toda sorte de perversões, temendo à vaia do mundo. Dane-se!!

Não fomos chamados para ser aplaudidos, antes, ser santos, embora perseguidos e rejeitados. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

“... cumpre teu ministério.”
Uma autoridade delegada; quem a recebe não tem permissão para alterar nada; como um porta-voz apenas fala o que lhe mandam, assim é um ministro probo. Não herda um mote para refletir e filosofar a respeito; tampouco uma ideia vaga para aperfeiçoar e apresentar ao mundo; recebe um ministério pra cumprir; uma missão nobre bem definida; não um esboço pobre.

Se o mundo não aceitar, paciência. Nossa missão não é sermos aceitáveis; é sermos verdadeiros. Os que têm comichões por facilidades, que vão se coçar noutro lugar.

Hão de porfiar conosco e não mudaremos uma vírgula; “A porfia é a paciência do lado avesso; a longanimidade do Diabo”. Z. Rossa

terça-feira, 20 de setembro de 2022

O pior inimigo


“Tomaram a Arca de Deus e colocaram na casa de Dagom; a puseram junto a Dagom. Levantando-se de madrugada no dia seguinte, os de Asdode, Dagom estava caído com o rosto em terra, diante da Arca do Senhor...” I Sam 5;2 e 3

Dadas as muitas profanações dos filhos Eli, e a omissão dele em corrigi-los, O Senhor lhe fizera saber que os julgaria. Mesmo avisado, o sacerdote deu de ombros como se não fosse com ele. “Ele é o Senhor; faça o que bem parecer aos Seus Olhos...” cap 3;18

Pois, pareceu bem aos Olhos do Senhor, permitir que os filisteus derrotassem os exércitos de Israel. Na iminência da derrota, alguns concluíram que Deus “não fora” à peleja; mandaram buscar a Arca, símbolo da Divina Presença e nada; a derrota se consumou, os filhos rebeldes de Eli foram mortos; a Arca foi tomada.

Naqueles dias, quem vencia determinada batalha concluía que seu deus era superior ao dos adversários; a vitória na peleja significaria isso.

Quando Senaqueribe tencionou invadir Jerusalém, advertiu que não confiassem no Senhor; pois, várias nações circunvizinhas tinham confiado em seus deuses e perecido; “... Porventura os deuses das nações livraram cada um, sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram Samaria da minha mão?” Is 36;18 e 19.

O Rei Ezequias orando, colocou os pingos nos is; “Inclina, ó Senhor, o Teu Ouvido e ouve; abre, Senhor, Teus Olhos e vê; Ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar O Deus Vivo. Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.” Cap 37;17 a 19

Não foi preciso levar a Arca ao front, bastou que orasse um que Deus aceitava; O Eterno Enviou Seu Anjo que numa noite matou a 185 mil soldados adversários e livrou Seu povo.

Portanto, a conclusão de que uma vitória em combate prova a superioridade do deus do povo vencedor, sobre o dos adversários não é regra.

Nunca foi hipotética superioridade do deus adversário que infundiu derrota a Israel; mas, quando aconteceu, sempre foi porque O Eterno Estava julgando rebeldia, desobediência. “Como poderia ser que um só perseguisse mil, dois fizessem fugir dez mil, se a Sua Rocha os não Vendera; o Senhor os não Entregara? Porque a sua rocha não é como a nossa Rocha, sendo até nossos inimigos juízes disto.” Deut 32;30 e 31

Os filisteus eufóricos pela vitória pegaram a Arca como troféu de guerra a oferecerem a Dagon, seu deus. O Eterno deixou patente que não se tratava disso; “Levantando-se, porém, de madrugada no dia seguinte, os de Asdode, eis que Dagom estava caído com o rosto em terra, diante da Arca do Senhor...”

Achando que fora acidental tornaram a pôr o deus no seu lugar; “levantando-se de madrugada, no dia seguinte, pela manhã, eis que Dagom jazia caído com o rosto em terra diante da Arca do Senhor; a cabeça de Dagom e ambas as palmas das suas mãos estavam cortadas sobre o limiar; somente o tronco ficou."

Pior que a humilhação do fantoche cultuado pelos filisteus, O Senhor fez eclodir tremenda peste entre eles; mudaram de lugar diversas vezes a Arca e onde a levavam a peste ia; até que resolveram devolvê-la aos hebreus. Feito isso, a peste cessou.

Se eu servisse a um deus que fosse humilhado dessa forma, por algum rival, palavra que repensaria minha fé. Mas, os filisteus se livraram do “problema” e seguiram segundo suas cegueiras.

Infelizmente, muitos de nós sabedores dessas coisas, ou, vergonhosamente ignorantes, incorremos no mesmo erro. Atribuímos eventuais derrotas à fúria do inimigo, “trabalhos” que fizeram contra nós etc. A Palavra de Deus É clara; “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Os filhos de Eli cansaram À Santa Paciência com suas profanações; quando o juízo veio queriam que O Eterno pelejasse por eles. Pelejou contra. “Eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

São nossos pecados que “enfraquecem” a Deus; não, eventual poder do inimigo. “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça. Porque vossas mãos estão contaminadas de sangue, vossos dedos de iniquidade; vossos lábios falam falsidade; vossa língua pronuncia perversidade.” Is 59;2 e 3
Portanto, “... Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.’ Tg 4;8

domingo, 18 de setembro de 2022

A cura da peste


"Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro...” Tt 1;12 e 13

O que dissera isso se chamava Epimênides. Durante uma grave peste em Atenas ele fora chamado para ajudar.

Chegando a Atenas, disse que não faria mais do mesmo. Sacrifícios tinham sido oferecidos a todos os “deuses” e a peste continuava dizimando vidas.

Deve ser um deus desconhecido que tem poder sobre a vida e que está irado conosco, concluiu. Uma promessa de anistia fora feita a alguns dissidentes, e o juramento não fora cumprido; rendendo-se os tais, invés do perdão prometido, foram mortos; o juramento foi quebrado; então, a peste começou.

O cretense ergueu as mãos ao céu e orou ao desconhecido pedindo que Ele manifestasse que tinha poder sobre as vidas humanas e dos animais; que mostrasse isso fazendo deitarem invés de pastar, as ovelhas soltas pela manhã; aquelas que Ele fizesse deitar-se seriam sacrificadas, para que Ele livrasse a cidade da peste.

Algumas fizeram assim logo que soltas; essas foram oferecidas junto com orações e pedidos de clemência; a peste cessou. Então ergueram aquele altar que Paulo mencionou muitos anos mais tarde; “Ao Deus Desconhecido”. Do livro “O Fator Melquisedeque” de Don Richardson.

História conhecida então; Paulo mencionou o Profeta Cretense, no escrito a Tito.

Mas, surgiu um “Problema” lógico na afirmação do apóstolo. Lembrou que, o próprio profeta dissera que os cretenses eram todos mentirosos; sendo ele também proveniente da referida ilha. Assim, se Epimênides falava a verdade, ele mentia; mas, se mentia, ele não era mentiroso. O chamado “Paradoxo de Epimênides.”

Claro que, com alguma honestidade intelectual a coisa se resolve. Ele não denunciaria as mazelas que ele mesmo praticava, sendo um sujeito decente. Se ele se incomodava com os maus hábitos dos ilhéus, natural se concluir que ele era um “albino” no bando; que ele agia de modo diferente dos demais. Os desprezava por isso. Tanto era diferente dos demais que fora chamado a Atenas na emergência mencionada.

Os caçadores de palavras com cujas “peles” empalham argumentos fajutos sempre existiram. Sócrates tinha calorosos debates com os sofistas que buscavam vencer uma disputa apenas, sem se importar com a verdade. Produzir crença sem ciência, como dizia.

Esses, à narrativa do feito do profeta cretense apresentariam o “Paradoxo”, desqualificariam ao mesmo pelo “lapso lógico” e prosseguiriam airosos e “vencedores”. A falta de amor pela verdade faz isso. Tal espaço acaba ocupado pelo amor ao interesse; genitores de falácias se orgulham de suas proles, invés de se envergonharem de suas faces abastardadas.

Os que juram que Bolsonaro “adquiriu 51 imóveis” em dinheiro vivo seguem “vitoriosos” lançando isso ao ventilador para deleite e partilha dos “idiotas úteis.”

Basta mudarmos uma palavra, (há quem diga que a origem é derivada) de cretenses para cretinos e tudo se encaixará. “Os cretinos são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro...” Tt 1;12 e 13

Ora, bastaria juntar “lé com cré” para concluir que se trata de grosseira calúnia, espetaculosa fake news. O Xandão deve ser de Creta. Aliás, ele decreta cada coisa...

Enfim, a sistema todo em seus diversos tentáculos, (mídia militante, STF, Rouanets, isentões, comunas) odeia de Paixão ao Jair e o que ele representa; um indício só de ilicitude comprovável no currículo do Presidente bastaria para a casa cair.

Mas, os cretinos insistem. De certa forma assemelham-se aos atenienses; aqueles quebraram uma promessa solene, um juramento; ofenderam ao Senhor da Vida e a peste punitiva começou.

Esses quebraram dezenas; direitos humanos, inclusão social, ética na política, democracia, liberdade de expressão, de culto, de ir e vir, etc.

O “Epimênides” da vez chegou inovador; invés de promessas mirabolantes, mais do mesmo, rompeu com os velhos hábitos e pontuou um compromisso com O Alto. “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos.” Feito o devido culto, a nação começou a sarar.

A “Vanguarda do atraso”, o “quanto pior melhor”, os “Incapazes capazes de tudo” atritam pedras full time, no afã desesperado de atear fogo no circo.

Muitas “ovelhas” abdicam do “pasto” e jejuam; se oferecem em sacrifício para que a peste não volte nunca mais. Ainda que, a “máquina de ungir reis” esteja em mãos indignas, eles não têm a última palavra; “Ele (Deus) muda os tempos e as estações; Ele Remove reis e Estabelece reis; Ele Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos." Dn 2;21

Mesmo que a Extrema Imprensa grite pedindo censura; que a pobreza pleiteie por miséria; que os “democratas” anseiem uma ditadura, os paradoxais, o “gado” somos nós. Urge livrar os cretinos deles mesmos.

“Tão cegos são os homens que chegam a gloriar-se da própria cegueira”. Santo Agostinho

sábado, 17 de setembro de 2022

Sabor de sal



“... oferta queimada é de cheiro suave ao Senhor.” Lev 2;9

Tanto sacrifícios quanto oferendas, que eram aceitáveis Ao Eterno sempre subiam como “cheiro suave ao Senhor”.

Paulo ensinou: “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que O Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” I Cor 2;13

Sendo Deus, Espírito, e Desejando Ser Adorado em espírito e em verdade, não devemos entender que cheiro da carne assada ou de alimentos queimados seriam Seu Deleite; antes, “cheiro suave” é uma metáfora para pontuar o prazer que O Eterno Sente em nosso arrependimento, quando erramos; na adoração sincera, desligada de interesses mesquinhos, quando estamos em comunhão.

Nós mesmos usamos essa figura em nosso dia a dia; quando algo soa suspeito, dúbio, inconfiável, não raro dizemos: Isso não está me cheirando bem.

A Própria Bíblia, que interpreta a si mesma, mostra que se trata de figura; “Odeio, desprezo vossas festas; vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro.” Amós 5;21

O mau comportamento do povo, então, desqualificava a assembleia, malgrado, solene. “Ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como as águas, e justiça como o ribeiro impetuoso.” Am 5;22 a 24

Antes do ajuntamento, culto, cânticos, o caráter; os frutos.

O Sacrifício Perfeito, Daquele que não cometeu pecados, Cristo, foi apreciado da mesma forma; “Andai em amor, como também Cristo vos amou e Se Entregou mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” Ef 5;2

Desafiando cristãos a imitarem O Mestre, Paulo disse: “Graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do Seu Conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles, cheiro de vida para vida. Para estas coisas quem é idôneo?” II Cor 2;14 a 16

Nossa idoneidade demanda cuidado até em minúcias que passariam despercebidas ao vulgo; “Assim como as moscas mortas fazem exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é, para o famoso em sabedoria e honra, um pouco de estultícia.” Ecl 10;1

Alguém se preocuparia com o “cadáver” de uma mosca em decomposição?? Quem deseja que sua adoração suba em “cheiro suave”, aprenda ouvir a Voz do Espírito e obedecer. Coisas lícitas e normais ao ímpio, muitas vezes não convêm a quem teme Ao Senhor.

Não significa que um deslize mínimo romperá a relação; antes, que entristeceremos ao espírito Santo que nos foi dado; “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” Ef 4;30

Quem pensa que a adoração tem a ver com cânticos ainda não entendeu nada; o próspero Jó recebera uma leva de notícias catastróficas; perda dos bens e filhos, todas em sequência; “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou sua cabeça, se lançou em terra e adorou. Disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor Deu, e o Senhor Tomou: bendito seja o Nome do Senhor.” Jó 1;20 e 21

Nada trouxe e nada levarei quando morrer; O Senhor que sabe, Bendito Seja Ele! Submissão e reconhecimento da Divina Soberania em meio à dor; adoração de primeira qualidade; certamente, “cheiro suave ao Senhor”.

O mesmo que Isaías propôs: “Quem há entre vós que tema Ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10

Nos dias do Antigo Testamento não havia energia elétrica, geladeiras; o conservante de alimento então, era o sal; “Todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal.” Lev 2;13

Três vezes o preceito num verso apenas; O Pai, O Filho nem Espírito Santo Querem nada com as moscas. Elas deteriorariam a carne dos sacrifícios se não fosse o sal.

Pois, nossa aceitação está condicionada aos mesmos princípios; “Vós sois o sal da terra; se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” Mat 5;13

Se nosso porte em Cristo não tiver esse elemento que inibe as moscas, invés de servos de Deus acabaremos capachos dos homens.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Os vis e o metal


“O diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe: Dar-Te-ei todo este poder e sua glória; porque me foi entregue e dou a quem quero. Portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu.” Lc 4;5 a 7

O Inimigo tentando Ao Salvador. Primeiro; reino nenhum lhe fora entregue; Deus dera o domínio da Terra ao homem. “Criou Deus o homem à Sua Imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes Disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gn 1;27 e 28

O usurpador roubara o domínio do homem através de mentiras; não existia o Alexandre de Morais para coibi-las. Então, com o butim roubado tentava comprar a adoração de Jesus Cristo. “... se me adorares tudo será Teu.”

Um aspecto relevante sobre a dignidade. Quem é digno de adoração espera justo isso, de Suas Criaturas; quem não é e sabe que não é carece oferecer uma “recompensa”.

O Criador Fez tudo o que há e Deu livremente ao primeiro casal; apenas uma restrição; certa árvore, para que soubessem que seu domínio não era absoluto, mas delegado. O inimigo que não criou nada, exceto a mentira; ciente da própria indignidade se dispunha a comprar rebeldia.

Primeiro problema era que Jesus não tinha para vender o “produto” que o traidor queria; “Aquele que Me Enviou Está Comigo. O Pai não Me Tem deixado só, porque Faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29 É impossível agradar a Deus e à oposição ao mesmo tempo.

Depois, supondo que, remotamente fosse possível uma negociação, Cristo teria que confiar em meras palavras do Pai da mentira. Portanto, além do pleito ser impossível pela Santidade do Salvador, também era, do ponto-de-vista da prudência; um ser abjeto e indigno desejando adoração como se fosse um deus e propondo ninharias em troca.

Todos os servos dele quando se tentam transfigurar em ministros de justiça cometem o mesmo erro. A relação que se deve estabelecer livremente, movida por dignidade e amor dum lado, arrependimento e submissão d’outro, tentam estabelecer na indigna e traiçoeira mesa dos negócios; Pedro os descreveu: “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença; sua perdição não dormita.” II Ped 2;3

Quando um negociante desses tentou mercadejar coisas espirituais com o mesmo apóstolo, sua resposta foi dura: “... Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração;” Atos 8;19 a 22 Como o "comprador" chamava-se Simão, convencionou-se chamar simonia, mercadejar coisas santas.

Não importa que profanem O Excelso Nome de Deus, esses mercadores; o Senhor deles é outro. Os Testemunhos do Amor do Criador fervilham ao nosso lado o tempo todo; “Ele não deixou a Si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria vossos corações.” Atos 14;17

Se, os cuidados amorosos Daquele que, manda sol e chuva sobre justos e injustos; o testemunho da sabedoria, beleza e propósito de Suas Obras que nos cercam não bastarem, nada bastará. Nos Ama muito e nos deseja Consigo; mas, nos fez livres; convida a valorarmos as coisas ao nosso arbítrio; “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-Me o Meu salário; se não, deixai-o; e pesaram Meu salário, trinta moedas de prata.” Zac 11;12

O devemos dar a Cristo? Isaías responde arguindo: “Quem deu crédito à nossa pregação?” Cap 53;1 Invés disso, de dar crédito, os religiosos dos dias de Cristo preferiram comprar um traidor e matar Ao Senhor. Por trinta moedas, como vaticinara Zacarias.

Os Judas modernos seguem mercadejando Jesus; saem vendendo promessas a torto e a direito, onde acham incautos para comprar. Como seu “produto” não precisa ser entregue e sempre será a fé do “comprador” a inadimplente, vendem a muitos a mesma mentira; Satanás sentir-se-ia estagiário perto dos tais.

Nas primeiras investidas O Senhor resistira às tentações; então, cansou do tentador; “Vai-te Satanás!” A Santa paciência tem limites.

Há muitas filosofias de botecos sobre as coisas que o dinheiro não compra; pena que as pessoas não conseguem escutar o que dizem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

O fruto do voto


“Estes, apoderando-se dele, o feriram e mandaram embora vazio.” Mc 12;3

Os vinhateiros, ao receberem um emissário do Senhor em demanda dos frutos, assim agiram.

Que mal fizera para ser ferido? Embora tenha um quê de lógico, imaginar que o mal se faça contra quem o pratica também, geralmente as coisas não acontecem assim. A justa retribuição será no juízo; por aqui, as coisas ainda erram. “Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e ímpio que prolonga seus dias na maldade.” Ecl 7;15 Vaso ruim não quebra; filosofam alhures.

Requerer frutos de quem só produz espinhos ofende; foi justamente nesse ponto que João Batista tocou com sua mensagem.

Não demandou por frutos de justiça; O Senhor denunciara nos dias de Isaías já, como ausentes; “Agora, pois, vos Farei saber o que Hei de Fazer à Minha vinha: Tirarei sua sebe, para que sirva de pasto; Derrubarei sua parede, para que seja pisada... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das Suas delícias; Esperou que exercessem juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;5 e 7

Dado o fracasso em produzir uvas boas, foram desafiados a produção de outros “frutos”; “Vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Mat 3;7 e 8

Diferente do enviado visto no início, João não foi apenas ferido e mandado embora vazio ao pelejar pelo Senhor da Vinha; foi morto; decapitado.

Cristo foi o Último “argumento” do Altíssimo; “Tendo Ele, pois, ainda um Seu Filho Amado, Enviou-o também a estes por derradeiro, dizendo: Ao menos terão respeito ao Meu Filho. Mas, aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e a herança será nossa.” Mc 12;6 e 7

“Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.” Jo 11;49 e 50

Notemos que, malgrado a farsa do julgamento, não havia nenhum crime que justificasse a morte, nem sequer a prisão do Senhor; forjaram pretextos tendo como fim, a manutenção do próprio poder; Pilatos testificou: “Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho Nele.” Jo 19;6

“Há um justo que perece na sua justiça...”
no aspecto da vida terrena campeiam injustiças várias; quanto mais honesta a pessoa for, mais propensa a sofrer rejeições e perseguições há de ser. Se alguém pensou em nosso Presidente evocou um bom exemplo.

“Esse é o herdeiro; vamos e matemo-lo e a vinha será nossa”. Contra Bolsonaro atentaram uma vez já; sua reputação, buscam matar todos os dias. Pra gente avessa a bons valores e refém de interesses rasos, apenas, demandar patriotismo e honestidade, e ser zeloso com os bens públicos ofende profundamente; quem ele pensa que é para defender uma barbaridade dessas? “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos?”

Agora criaram os tais 107 imóveis em “dinheiro vivo”; forma dos “Fariseus” interpretarem ‘moeda corrente;’ 51 foram vendidos e 56 comprados; tudo se computa como “suspeito” sem nenhum indício de ilicitude; feito por qualquer parente e em qualquer tempo. O ministro aquele que seria “implacável” com fake news teve amnésia; idiotas úteis seguem se esbaldando na bosta, quais besouros no esterco. ‘Convém a eles que sofra um só, e não pereça toda a corrupção.’

O que cada um de nós fizer com seu voto será um fruto diante de Deus. Seja fruto de justiça, sejam as “uvas bravas” da opressão.

Se aqui a colheita pode destoar do plantio, no juízo não será assim; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Se o ladrão de nove governasse apenas sobre os seus eu nem me importaria; eles o merecem. Mas, que graça? Roubar de quem? Tá teria a história dos cem anos de perdão; mas, não teria força produtiva pra gerar riquezas.

Ideologia de gênero com esse rótulo tem sido barrada; mas, seus ensinos campeiam onde os comunas têm espaço. Aceleram a destruição das famílias.

Alguns confundem defesa de valores cristãos com partidarização da igreja. Púlpitos são para pregar; de acordo. Mas, se deixarmos vigorar o conselho de Caifás, breve não precisaremos pregar mais; não poderemos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Olhos da fé


“... O sonho de Faraó é um só; o que Deus Há de Fazer, Mostrou-o a Faraó.” Gn 41;25

O então prisioneiro chamado a interpretar um sonho de Faraó. José fora o último recurso; “... Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.” v 15 Depois de recorrer a todos os “sábios” do reino, inutilmente, o copeiro lembrara de José.

O jovem hebreu em sua simplicidade e confiança garantiu que Deus daria resposta de paz ao rei. Assim que os dois sonhos foram contados, disse o que vimos acima; “O sonho de Faraó é um só; o que Deus Há de Fazer, Mostrou-o a Faraó.” Como “mostrou” se o rei errava no escuro?

Aquilo que é luminoso para uns, pode ser demasiado escuro para outros. Paulo descreveu assim: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Lembro do episódio em que rei da Samaria buscara prender Eliseu; o jovem que estava com ele se apavorara ante os exércitos cercando a cidade; “Ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço e viu; o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” II Rs 6;16 e 17

Os descrentes afirmam que a fé é cega; não podendo eles “ver”, (crer) tratam suas “visões” como sendo as de terceiros; onde eles nada divisam, imaginam que nada vejamos também. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1 Nada adianta a Bondade Divina se mostrar perante quem prefere o escuro.

A matéria-prima dada aos olhos é a mesma para o crente e o ateu; as Obras da Criação; uns podem ver de longe; “Senhor meu Deus, quando eu maravilhado...” outros, nem em Braille conseguem. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 a 21

Migração voluntária da Luz para as trevas, por rebeldia; “... tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus... seu coração insensato se obscureceu.”

Uma paráfrase do que dissera O Salvador quando viera; “A condenação é esta: Que a Luz Veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a Luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

A conversão é figurada como o caminho inverso do tomado pelos ímpios; “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” Ef 5;8

Aos filósofos que buscavam o sentido da vida, uns no ascetismo, outros no hedonismo, Estóicos e Epicureus, Paulo insinuou que eles estavam cegos; “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe...” Atos 17;26 e 27

O “conhecimento" filosófico foi tido por ignorância; “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

Podemos ver agora, nas questões políticas como o fanatismo cega seus pacientes; agem com tal dose de insensatez, que, parecem odiar a si mesmos e à liberdade.

Aquilo que soa claro a José, ainda é escuro para o “Faraó”. Pessoas diferentes sentem prazer em coisas diferentes; “Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas, para o homem entendido é o ter sabedoria.” Prov 10;23

Quando Moisés veio, 430 após a saga de José, na praga das trevas os hebreus tinham luz enquanto os egípcios apalpavam no escuro.

Vulgarmente dizem que, o que os olhos não veem o coração não sente; pois, para homens espirituais, o que os olhos não veem O Espírito Revela, quando oportuno.

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Os desviados


“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.” Rom 16;17

Chamamos alguém que por determinado tempo andou conforme os preceitos da fé e depois deixou de andar no estreito caminho, de desviado. Assim, desviar-se não é um verbo de conjugação desejável em nosso escopo.

Entretanto, nem todo desvio é ruim; tal ato demanda o concurso do devido contexto, antes de receber nossa valoração. Noutras palavras, se alguém se desviou carecemos saber: De quê?

Acima, vimos Paulo recomendando aos cristãos romanos que se desviassem dos promotores de dissensões e escândalos, falsificadores da doutrina. Alguns perverteram o Evangelho na região da Galácia ele denunciou: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

Quando O Eterno Decidiu realçar o caráter de Jó, disse: “... ninguém há na Terra semelhante a ele, homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” Jó 1;8 Mais um desvio desejável, pois.

“Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo.” Prov 15;24 etc. Dezenas de exemplos há, que mostram certos desvios como meritórios; outros tantos, como viciosos.

Nesses tempos de emocionalismos suplantando à razão; centro confortável sendo preferido à sanidade doutrinária, o gesto “ousado” de desviar-se das más companhias infiltradas entre o povo de Deus, os promotores de doutrinas falsas, nem sempre é fácil.

Grassa toda sorte de partidarismos enfermos, cumplicidades interesseiras; nem sempre quem peleja pela verdade e pela justiça é visto assim; antes, é tido como desagregador, polêmico; um doente a se evitar.

Pipocam, infelizmente, denúncias contra pastores mercenários, ditadores autoritários, dados ao nepotismo, que não aceitam nenhuma contestação dos seus duvidosos atos. Sempre tem um biombo de “Ungido do Senhor intocável,” atrás do qual se abrigam, sem devido apego para com a verdade.

O “não tocar” no contexto do Velho Testamento equivalia a não matar; os ungidos então, eram reis e patriarcas; no Novo Testamento todos os salvos são; “Vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.” I Jo 2;20

Embora o não matar siga valendo, a correção dos errados de espírito deve ser pública, quando o erro também for; “Chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.” Gál 2;11 Não se entrou no mérito sobre Pedro e Paulo, para saber quem seria ungido; ambos eram. O que se analisou e combateu foi a falsidade de Pedro, que, claudicara do Evangelho ao judaísmo, dependendo das circunstâncias.

Quanto ao domínio do homem pelo homem foi desaconselhado; “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam; seus grandes usam de autoridade sobre eles; mas, entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.” Mc 10;42 a 44

Merecem respeito e submissão os que foram comissionados a apascentar rebanhos do Senhor. “Obedecei aos vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, não gemendo, porque isso não vos seria útil.” Heb 13;17

No entanto, os pastores devem respeitar certos limites também; “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” I Ped 5;2 e 3

Qual será o galardão dum pastor, se, com seu autoritarismo, malversação e parcialidade, tiver dado azo ao desvio de almas que estavam andando sob seus cuidados?

O fato de se andar muito tempo por descaminhos “ouvindo” o Silêncio de Deus, não significa que Ele Esteja de acordo; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças Minhas Palavras para detrás de ti... Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Te arguirei, as Porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16, 17 e 21

O hábito pernicioso de se desviar da Correção do Senhor pode nos arrastar até um ponto de onde não seja mais possível o retorno; “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

“... Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15 “O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena.” Prov 27;12

domingo, 11 de setembro de 2022

A Obediência de Cristo


“Pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.” Rom 5;19

Justificados pela obediência de Cristo. Woody Allen zombando do pecado, disse: “Se Cristo morreu pelos nossos pecados, seria tolice deixar de cometê-los.” Parece que acreditava e vivia mesmo isso; um relacionamento amistoso com o pecado. Traiu sua companheira Mia Farrow com sua própria enteada, e passados muitos anos disse que faria tudo de novo.

Justificados por Cristo não são todos; embora o dom da Graça esteja acessível a todos, só incide sobre os que, uma vez iluminados, deixam as trevas pretéritas onde viveram e passam a andar na Luz; “Se andarmos na luz, como Ele na luz Está, temos comunhão uns com os outros e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Um “se” condicionado a incidência da graça. Justificação é um processo gracioso que independe de nossas obras, basta que creiamos no que justifica; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

No entanto, uma vez justificados, reputados justos, somos chamados a andar como tais; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

“O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Notemos que a “obediência de Cristo” não é apenas Dele; Nos Seus dias Desafiou: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou Manso e Humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

A Sua Entrega foi identificação amorosa com nossas necessidades; Morreu nossa morte, e requer que vivamos Sua Vida. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Portanto, se Cristo Morreu por nossos pecados, a regeneração necessária por causa deles custou tão alto preço, seria vergonhoso continuar praticando os atos patrocinadores de tal vexame. “... pois assim, quanto a eles, (os iluminados que persistem no pecado) de novo crucificam o Filho de Deus; O expõem ao vitupério.” Heb 6;6

A primeira condição para a salvação é “negue a si mesmo”. Não significa que ficará um vácuo; o lugar onde reinava em seu trono enganoso, nosso ego, será agora ocupado pelo Rei dos Rei, Jesus Cristo. “Já estou crucificado com Cristo; vivo, não mais eu, mas Cristo Vive em mim; a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o Qual me amou, e Se Entregou por mim.” Gál 2;20

A “isca” que nos atrairá a essa “prisão” é o amor correspondido; a obediência será mero efeito colateral; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra; Meu Pai o amará; Viremos para ele e Faremos nele morada.” Jo 14;23 Como O Senhor disse: “Eu e O Pai Somo Um”, cabem Ambos onde nosso ego sem noção se esparramava.

A “Obediência de Cristo” passou a se expressar mediante nossas vidas, em nós Ele vive. Fomos justificados e agora seremos santificados pela mesma. “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós Começou a boa obra a Aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Paulo delineou a impotência da vontade que, desejando uma coisa acaba fazendo outra, mercê da escravidão ao pecado; “Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero.” Rom 7;18 e 19

Por fim, suspirou aliviado olhando para o socorro; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...” v 25

Ele, Sendo Quem É, jamais Precisara obedecer; mas, para ser um pouco como nós, Careceu aprender; “Ainda que Era Filho, Aprendeu a obediência, por aquilo que Padeceu.” Heb 5;8
Se, Ele Precisou descer para Se assemelhar a nós nas limitações, permite que subamos o suficiente para nos assemelharmos a Ele, na obediência; “A todos quantos O receberam, Deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

"Fé e obediência fazem parte do mesmo pacote. Aquele que obedece a Deus, confia nEle; aquele que confia em Deus, obedece-lhe." Charles Spurgeon
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