sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Os vis e o metal


“O diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe: Dar-Te-ei todo este poder e sua glória; porque me foi entregue e dou a quem quero. Portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu.” Lc 4;5 a 7

O Inimigo tentando Ao Salvador. Primeiro; reino nenhum lhe fora entregue; Deus dera o domínio da Terra ao homem. “Criou Deus o homem à Sua Imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes Disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gn 1;27 e 28

O usurpador roubara o domínio do homem através de mentiras; não existia o Alexandre de Morais para coibi-las. Então, com o butim roubado tentava comprar a adoração de Jesus Cristo. “... se me adorares tudo será Teu.”

Um aspecto relevante sobre a dignidade. Quem é digno de adoração espera justo isso, de Suas Criaturas; quem não é e sabe que não é carece oferecer uma “recompensa”.

O Criador Fez tudo o que há e Deu livremente ao primeiro casal; apenas uma restrição; certa árvore, para que soubessem que seu domínio não era absoluto, mas delegado. O inimigo que não criou nada, exceto a mentira; ciente da própria indignidade se dispunha a comprar rebeldia.

Primeiro problema era que Jesus não tinha para vender o “produto” que o traidor queria; “Aquele que Me Enviou Está Comigo. O Pai não Me Tem deixado só, porque Faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29 É impossível agradar a Deus e à oposição ao mesmo tempo.

Depois, supondo que, remotamente fosse possível uma negociação, Cristo teria que confiar em meras palavras do Pai da mentira. Portanto, além do pleito ser impossível pela Santidade do Salvador, também era, do ponto-de-vista da prudência; um ser abjeto e indigno desejando adoração como se fosse um deus e propondo ninharias em troca.

Todos os servos dele quando se tentam transfigurar em ministros de justiça cometem o mesmo erro. A relação que se deve estabelecer livremente, movida por dignidade e amor dum lado, arrependimento e submissão d’outro, tentam estabelecer na indigna e traiçoeira mesa dos negócios; Pedro os descreveu: “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença; sua perdição não dormita.” II Ped 2;3

Quando um negociante desses tentou mercadejar coisas espirituais com o mesmo apóstolo, sua resposta foi dura: “... Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração;” Atos 8;19 a 22 Como o "comprador" chamava-se Simão, convencionou-se chamar simonia, mercadejar coisas santas.

Não importa que profanem O Excelso Nome de Deus, esses mercadores; o Senhor deles é outro. Os Testemunhos do Amor do Criador fervilham ao nosso lado o tempo todo; “Ele não deixou a Si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria vossos corações.” Atos 14;17

Se, os cuidados amorosos Daquele que, manda sol e chuva sobre justos e injustos; o testemunho da sabedoria, beleza e propósito de Suas Obras que nos cercam não bastarem, nada bastará. Nos Ama muito e nos deseja Consigo; mas, nos fez livres; convida a valorarmos as coisas ao nosso arbítrio; “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-Me o Meu salário; se não, deixai-o; e pesaram Meu salário, trinta moedas de prata.” Zac 11;12

O devemos dar a Cristo? Isaías responde arguindo: “Quem deu crédito à nossa pregação?” Cap 53;1 Invés disso, de dar crédito, os religiosos dos dias de Cristo preferiram comprar um traidor e matar Ao Senhor. Por trinta moedas, como vaticinara Zacarias.

Os Judas modernos seguem mercadejando Jesus; saem vendendo promessas a torto e a direito, onde acham incautos para comprar. Como seu “produto” não precisa ser entregue e sempre será a fé do “comprador” a inadimplente, vendem a muitos a mesma mentira; Satanás sentir-se-ia estagiário perto dos tais.

Nas primeiras investidas O Senhor resistira às tentações; então, cansou do tentador; “Vai-te Satanás!” A Santa paciência tem limites.

Há muitas filosofias de botecos sobre as coisas que o dinheiro não compra; pena que as pessoas não conseguem escutar o que dizem.

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