terça-feira, 20 de setembro de 2022

O pior inimigo


“Tomaram a Arca de Deus e colocaram na casa de Dagom; a puseram junto a Dagom. Levantando-se de madrugada no dia seguinte, os de Asdode, Dagom estava caído com o rosto em terra, diante da Arca do Senhor...” I Sam 5;2 e 3

Dadas as muitas profanações dos filhos Eli, e a omissão dele em corrigi-los, O Senhor lhe fizera saber que os julgaria. Mesmo avisado, o sacerdote deu de ombros como se não fosse com ele. “Ele é o Senhor; faça o que bem parecer aos Seus Olhos...” cap 3;18

Pois, pareceu bem aos Olhos do Senhor, permitir que os filisteus derrotassem os exércitos de Israel. Na iminência da derrota, alguns concluíram que Deus “não fora” à peleja; mandaram buscar a Arca, símbolo da Divina Presença e nada; a derrota se consumou, os filhos rebeldes de Eli foram mortos; a Arca foi tomada.

Naqueles dias, quem vencia determinada batalha concluía que seu deus era superior ao dos adversários; a vitória na peleja significaria isso.

Quando Senaqueribe tencionou invadir Jerusalém, advertiu que não confiassem no Senhor; pois, várias nações circunvizinhas tinham confiado em seus deuses e perecido; “... Porventura os deuses das nações livraram cada um, sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram Samaria da minha mão?” Is 36;18 e 19.

O Rei Ezequias orando, colocou os pingos nos is; “Inclina, ó Senhor, o Teu Ouvido e ouve; abre, Senhor, Teus Olhos e vê; Ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar O Deus Vivo. Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.” Cap 37;17 a 19

Não foi preciso levar a Arca ao front, bastou que orasse um que Deus aceitava; O Eterno Enviou Seu Anjo que numa noite matou a 185 mil soldados adversários e livrou Seu povo.

Portanto, a conclusão de que uma vitória em combate prova a superioridade do deus do povo vencedor, sobre o dos adversários não é regra.

Nunca foi hipotética superioridade do deus adversário que infundiu derrota a Israel; mas, quando aconteceu, sempre foi porque O Eterno Estava julgando rebeldia, desobediência. “Como poderia ser que um só perseguisse mil, dois fizessem fugir dez mil, se a Sua Rocha os não Vendera; o Senhor os não Entregara? Porque a sua rocha não é como a nossa Rocha, sendo até nossos inimigos juízes disto.” Deut 32;30 e 31

Os filisteus eufóricos pela vitória pegaram a Arca como troféu de guerra a oferecerem a Dagon, seu deus. O Eterno deixou patente que não se tratava disso; “Levantando-se, porém, de madrugada no dia seguinte, os de Asdode, eis que Dagom estava caído com o rosto em terra, diante da Arca do Senhor...”

Achando que fora acidental tornaram a pôr o deus no seu lugar; “levantando-se de madrugada, no dia seguinte, pela manhã, eis que Dagom jazia caído com o rosto em terra diante da Arca do Senhor; a cabeça de Dagom e ambas as palmas das suas mãos estavam cortadas sobre o limiar; somente o tronco ficou."

Pior que a humilhação do fantoche cultuado pelos filisteus, O Senhor fez eclodir tremenda peste entre eles; mudaram de lugar diversas vezes a Arca e onde a levavam a peste ia; até que resolveram devolvê-la aos hebreus. Feito isso, a peste cessou.

Se eu servisse a um deus que fosse humilhado dessa forma, por algum rival, palavra que repensaria minha fé. Mas, os filisteus se livraram do “problema” e seguiram segundo suas cegueiras.

Infelizmente, muitos de nós sabedores dessas coisas, ou, vergonhosamente ignorantes, incorremos no mesmo erro. Atribuímos eventuais derrotas à fúria do inimigo, “trabalhos” que fizeram contra nós etc. A Palavra de Deus É clara; “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Os filhos de Eli cansaram À Santa Paciência com suas profanações; quando o juízo veio queriam que O Eterno pelejasse por eles. Pelejou contra. “Eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

São nossos pecados que “enfraquecem” a Deus; não, eventual poder do inimigo. “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça. Porque vossas mãos estão contaminadas de sangue, vossos dedos de iniquidade; vossos lábios falam falsidade; vossa língua pronuncia perversidade.” Is 59;2 e 3
Portanto, “... Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.’ Tg 4;8

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