domingo, 31 de maio de 2020

Honra, a Quem Honra


“Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria.” Jo 4;44

Se deu com dois grandes profetas, Elias e Eliseu; o primeiro em momentos de perseguição por mandado de Jezabel, se escondeu em cavernas alimentado por corvos, depois foi enviado ao convívio de uma viúva estrangeira em Sidon.

Eliseu curou a Naamã um general siro que foi a ele, enquanto os leprosos de Israel não iam. Mencionando a um “pobre homem” que livrara a uma cidade, (Eliseu livrara Dotã) Salomão disse: “... ninguém se lembrava daquele pobre homem.” Ecl 9;15

Assim, no quesito honra humana, os dois profetas não passaram de “pobres homens.”

Acontece que nossas noções de honra passam longe, quando não, se opõem às celestes. “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Infelizmente o pecado mais comum em nós é a ambiguidade; querer a honra Divina, sem abrir mão da humana. Assim agiu Nicodemos, convencido pelas coisas que ouvia sobre Jesus; porém, não tão convencido a ponto de assumir abertamente ao custo de perder a aprovação dos colegas do Sinédrio.

Desse modo, “foi ter de noite com Jesus”. Justamente a ele, foi ensinada a oposição entre luz e trevas. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Ante Deus, é quando aceitamos a desonra por amor a Ele que somos honrados. A cruz requer que abramos mão daquilo que queremos ter, vida, honra... eis o negue a si mesmo! Para que, ao seu tempo tenhamos de novo, segundo os padrões celestes.

Não foi a extrema desonra do esvaziamento de Cristo, feito semelhante aos homens, obediente até à morte, e morte de cruz, que, deu a Ele um Nome que é Sobre Todo o Nome?

O duplo ânimo vem de larga data. Nos dias de Elias, que era reconhecido por profeta de Deus se, diverso de se esconder em cavernas ou, com uma viúva estrangeira ousasse na casa de um judeu qualquer, possivelmente sabedor que o rei Acabe o buscava, quiçá recompensasse por alguma informação, havia grande risco de o tal cair na tentação das honras terrenas expondo a vida do Profeta.

Por isso, quando do célebre desafio do Carmelo, antes de expor a superioridade do Senhor sobre Baal, exortou os duplos a uma escolha ímpar. “Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se Baal, segui-o...” I Rs 18;21

O tema que permeia a epístola de Tiago é sempre esse, duplicidade. Entre fé e dúvida; “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.” Cap 1;6 e 7

Entre teóricos e práticos; “Sede cumpridores da Palavra, não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” Cap 1;22 Desenvolveu isso, adiante, sob o prisma de fé e obras.

Duplicidade de sabedorias, a “do Alto”, e a “terrena animal e diabólica”;

duplicidade de tratamento a pobres e ricos, acepção de pessoas;

duplas fontes; água doce e água salgada...

enfim, toda sorte de impurezas que são derivados do duplo ânimo por isso, exortou: “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti vossas misérias, lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, Ele vos exaltará.” Cap 4;8 a 10

Assim volvemos ao caminho já percorrido; que, abdicando da honra por amor a Deus, seremos por Ele honrados, no Seu tempo.

Ele mesmo assegura: “... aos que Me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

O primeiro passo é atribuir a Deus Integridade crendo no que Ele fala; “Sem fé é impossível agradar a Deus...” Heb 11;6 “A Obra de Deus é essa: Que creiais Naquele que Ele enviou.” Jo 6;29

Descrer, invés de mera opção intelectual implica blasfêmia, atribui mentira a Deus. “... quem a Deus não crê mentiroso o fez...” I Jo 5;10

Salvação trata de vida, mas, também de honra; “Glória a Deus nas alturas...” Luc 2;14

sábado, 30 de maio de 2020

A Riqueza Desprezada


“... Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Quando distinguia o “Bom Pastor” dos mercenários O Salvador disse que Aquele daria Sua Vida pelas ovelhas; o outro fugiria ante perigos, pois, seu cuidado era consigo mesmo.

O Próprio Senhor ensinou que se deve calcular os gastos antes de se começar algo; “Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não podendo acabar, todos os que virem comecem a escarnecer dele Dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo à guerra contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condições de paz.” Luc 14;28 a 32

O Mestre deixou explícito qual o custo do serviço a Ele; “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” V 33

Triste quando vemos alguém que perambulou pelos ambientes da salvação, até deu alguns passos, eventualmente, depois volveu ao lixo. Deus o quis e ainda o quer salvar. Dizemos; mas do jeito que vai, o canhoto o matará. Acontece muito, infelizmente. Gente que se dispõe a receber o que Deus oferece, contudo, recusa as condições. Querem o Céu sem o ingresso, a cruz; o único lugar a que se vai sem essa é à perdição.

Ora, se o mero discipulado demanda a renúncia de tudo, o que dizer do pastoreio? Pedro abordou isso também; “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;” I Ped 5;2 Por um lado tolhe a ganância; por outro, exorta ao ânimo voluntário, a entrega.

Dois sintomas de doença espiritual saltam aos olhos dos que “se aproximam de Deus” por interesses materiais. Primeiro: Não creem nas riquezas oferecidas em Cristo; se crescem não estariam fazendo mandingas e esforços vários por coisas meras que o braço do trabalho logra conseguir; segundo: Atuam na contramão dos ensinos sadios como se, Deus fosse manipulável, se impressionasse com religiosidade oca, invés de conversão e caráter transformado; como políticos corruptos se impressionam com povo. Portam-se como cegos ao próprio cinismo.

Ora a riqueza à qual o traidor mor nos quer fechar os olhos, não é material, mas aquela eterna, que acena com O Ser Bendito do Rei dos Reis, não as coisas que Ele dá; “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é A Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Notemos que a cegueira é de entendimento, a visão no âmbito espiritual que, deixa patente o Projeto Divino.

O labor do Salvador é de regeneração; originalmente o homem também fora À Imagem de Deus, restaurar isso é a riqueza buscada pelo Eterno; bens, e até mesmo a falta deles, devidamente suprida por uma fé inabalável, são meios em direção a esse bendito fim. Escritos sapienciais antigos já advertem: “No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14

Paulo ensinou a lidar com os dois lados da moeda no que tange às circunstâncias, posses ou falta delas, e até, saúde; “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto ter fartura, quanto, ter fome; tanto ter abundância, quanto, padecer necessidade.” Fp 4;11 e 12

Se, lapsos eventuais não lhe abalavam a fé, faltas espirituais dos discípulos deixados onde passara incomodavam; “Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?” II Cor 11;29
Enfim, verdadeiros pastores sofrem o “vitupério de Cristo” por amor ao rebanho. Os outros vendem feijões mágicos, fogueiras santas, curas, etc. por amor ao dinheiro. Quem escolhe aos falsos também tem sua culpa, a identificação.

“Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

Essa é a riqueza lícita que poucos buscam; “Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela.” Prov 8;11

domingo, 24 de maio de 2020

As Moscas, Senhores


Outrora, quando os resultados da urnas mudavam só a moscas, a mosca que ganhava assumia o controle da bosta e a que perdia ia treinar melhor suas asas para novo pleito em quatro anos.

Sempre foi assim; quem ganhou governa, quem perdeu se opõe com responsabilidade; a alternância de poder sempre foi tida como saudável, oxigênio da democracia; ou, questão de higiene mesmo, como disse Eça de Queiroz: “Políticos e fraldas devem ser trocados periodicamente pelo mesmo motivo”.

Porém, agora, pela primeira vez depois das eleições diretas pós militares, invés de mudar insetos apenas se puxou a descarga para que o costumeiro estrume fosse água abaixo. Revolta geral em Moscou; digo, Moscópolis, Moscolândia, sei lá.

O fato é que os bichinhos sempre bem alimentados com a bosta da corrupção, e até “la prensa” que também se sujava na mesma, estão em polvorosa pela “Crise de abstinência de propinas” como disse o Deputado Roberto Jefferson.

Invés de oposição, os senhores das moscas, ou as moscas dos senhores, o bicharedo todo que sobrevoa a mídia o Congresso e o STF têm um alvo em comum. Derrubar o Presidente.

A perseguição da mídia atinge um nível de obscenidade tal, que chega a dar vergonha alheia. Esquerdistas fazes suas “Lives” publicamente concordando que o homem deve ser “impichado” sem nenhum crime. Democracia, alternância de poder, respeito à escolha do povo, aquelas regras antigas não valem mais. Valeriam apenas se a bosta seguisse como sempre.

Ora, o “Vídeo Bomba” que vergonhosamente o STF pela caneta do decrépito, digo, decano Celso de Melo, divulgou ontem foi um descarado intento de golpe.

O Objeto da investigação era apenas as denúncias do finado Moro, de interferência na PF por parte do presidente. (Os que trabalham comigo nunca reclamam de “interferência” quando dou uma ordem, quem manda não interfere, cumpre um dever; amiúde esperam por isso para saber o que fazer) Mas, voltando, apenas partes que fossem atinentes a essa denúncia seriam alvo de investigação, sem precisar publicar; caso fosse oportuno tornar público essa fala, não seriam necessárias as dos demais ministros como foi mostrado na íntegra.

Tudo o que acharam foram alguns palavrões, numa reunião privativa?? Então não acharam nada. A Globo, Ciro Gomes e Jandira Feghali não gostaram; isso é como Selo do INMETRO, garantia de qualidade da dita reunião.

Que tal tornar público o vídeo onde o Governo do PT discutiu a compra de Pasadena com prejuízo trilhonário ao país? Para esses bravos “democratas” pau que dá em Chico dá apenas em Chico. O Telefone dos advogados do Adélio esfaqueador são intocáveis, mas o Celso de Mala queria apreender o do Presidente e do seu filho. Que patifes!!

A harmonia e interdependência dos poderes há muito foi para o lixo. O Congresso sob a batuta de Maia e Alcolumbre invés de legislar pelo bem do pais, objetivo para o qual foi constituído e é regiamente assalariado, ocupa-se em “desidratar” o Governo, eufemismo cretino que usam para boicotar a um poder legitimamente constituído.

O STF que por sentido de sua existência seria apenas o guardião da Constituição, com homens sóbrios, sábios e discretos, tem arvorando-se numa ditadura judicial, legislando em lugar do Congresso e interferindo em decisões de cunho exclusivo do Executivo e rasgado a Carta Magna inúmeras vezes. Se alguma mão sensata não puxar o freio de mão daquela carroça velha, logo teremos uma crise institucional que só os homens de verde jogando os de preto em excelentes jaulas será solucionada.

Ouço desde sempre que os apegados à política em algum momento foram “picados pela mosca azul”. Uma metáfora usada para definir que, estando lá pegaram gosto pela coisa. Será isso uma autocrítica do sistema, que dada a dieta a que estão acostumados sabem que bichos eles são? Não sei, mas, começo a pensar no sentido que a coisa faz.

Só não sei por que azul, dado que essa é uma cor usualmente associada à nobreza, (O sangue azul) e os que nos tem oprimido há umas três décadas moralmente são da ralé, não da nobreza. Quiçá seja pela opulência dos palácios onde as moscas vivem...

Para a narrativa do cinema, um jovem, Peter Parker, após ter sido picado por uma aranha, o veneno dessa entrando em sua corrente sanguínea amalgamou duas naturezas e o converteu num super-herói, o Spiderman. Ou, Homem-aranha.

Um dos maiores heróis nacionais até então, Sergio Moro, segundo dizem se deixou corromper por ter sido picado pela mosca azul.

Depois nos acusam de imitarmos aos americanos; lá um inseto pica um nada e esse vira um super-herói; cá uma mosca pica um super-herói esse vira um bosta.

Não fosse o povo nas ruas e já teriam derrubado o Presidente.

O Rei dos Reis às Portas


“Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família... o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês...” Ex 12;3 e 6

Muitos estudiosos se ocuparam da relação de Deus com números, na Bíblia; sobretudo, sete, três, quarenta e doze. Se, nos arriscarmos além deles, algumas “coincidências” mais, assomarão.

Segundo a cronologia normalmente aceita, sem pretensão de precisão, temos desde Adão até Moisés, dois mil anos; de Moisés a Cristo, mais dois; do Calvário aos nossos dias, (dado que a contagem usual remonta ao nascimento, não à morte aos 33 anos) ainda faltam 13 anos para dois mil.

Pois bem, acima temos a instrução de como celebrar à páscoa; um cordeiro sem máculas seria escolhido ao décimo dia do primeiro mês; guardado por quatro dias, até o dia catorze quando seria imolado.

Quando se diz que O Cordeiro de Deus “foi morto antes da fundação do mundo”, significa que, na presciência Divina, antevendo a queda e se dispondo a ser o resgate, ao aceitar isso o Cordeiro foi “guardado” por “quatro dias”; “Amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, mil anos como um dia.” II Ped 3;8 Quatro milênios de Adão ao Calvário.

Aquele que pode chamar às coisas que não são como se já fossem, dada a imutabilidade dos Seus propósitos poderia dizer que O Salvador fora morto antes mesmo de ser fato, dada a firmeza daquilo que era uma escolha, uma decisão.

Desse modo, quando O Cordeiro saiu à luz era já o dia “catorze”, a páscoa; número que, “coincidentemente” apareceu três vezes numa contagem de tempo mediante gerações na introdução de Sua Pessoa Bendita entre nós; “De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações.” Mat 1;17

Só que agora a contagem remonta aos dias de Abraão, aquele que fora escolhido para ser o meio de onde viria o “Antídoto” ao feito de Adão que ensejara a maldição do pecado. “Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gên 12;3

A Descendência de Abraão que conta para a bênção é antes, espiritual que sanguínea, como ensina Paulo: “Sabei que os que são da fé são filhos de Abraão.” Gál 3;7 Zaqueu era judeu, mas só foi chamado de filho de Abraão após crer em Jesus. Luc 19;9

Não se conclua, porém, que eu esteja marcando data para volta de Cristo, coisa que ignoro e não me pertence fazê-lo. Entretanto, Daniel faz distinção de entendimentos entre “sábios” e ímpios. “... os ímpios procederão impiamente, nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão.” Dn 12;10

Se, os “sábios” aqui estão em oposição aos ímpios, óbvio que eles são os que “Temem ao Senhor;” essa escolha os faz sábios, a despeito das estaturas intelectuais.

Assim, se a data precisa escapa, o tempo oportuno salta aos olhos.

A própria ONU com sua “Agenda 2030” tempo que aprazou para unificar nações, moedas e religiões, e implantar, enfim, seu sonhado governo mundial, com a ascensão do Anticristo ao trono acaba oferecendo pistas a quem sabe ver no âmbito espiritual.

Se faltam 13 anos para se completar o segundo milênio pós Calvário; dez para o projeto supra, cujo rei fará um acordo de uma semana (sete anos) e romperá na metade, coincidentemente temos, treze anos e meio até isso; dá o que pensar.

Deus não salva mediante matemática, antes, pelo Sangue bendito do Cordeiro. Mas, em Sua Onisciência agrega à Sua Palavra imutável, sinais paralelos que, quem tem olhos espirituais pode ver.

Diferente do cordeiro da páscoa, aquele do Egito que cada família teria o seu, esse é Um só para todos. “... pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.” Rom 5;15

No entanto, a eficácia do que Ele fez só se verifica sobre cada um em particular, que toma sua cruz e lhe obedece. “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim...” disse.

Muitos gastam tempo e esforços especulando quem será o Anticristo como se, isso fosse relevante. Independente do fantoche a ser usado será Satanás.

A questão vital, alheia ao tempo preciso do evento é estar em Cristo. Muito feliz a estrofe dum hino evangélico que diz: “Mas um dia senti, meus pecados e vi, sobre mim a espada da Lei; apressado fugi, em Jesus me escondi e abrigo seguro nele achei.”

sábado, 23 de maio de 2020

A Cidade Ameaçada


“Dai-nos agora aqueles homens, filhos de Belial, que estão em Gibeá, para que os matemos e tiremos de Israel o mal. Porém os filhos de Benjamim não quiseram ouvir a voz de seus irmãos, filhos de Israel.” Jz 20;13

Toda nação congregada pedindo aos de Benjamim que lhes entregassem para a justiça uma quadrilha de estupradores que abusaram até à morte, da concubina de um levita que passava a noite na cidade.

Invés de extirparem exemplarmente tamanha maldade, preferiram se identificar com os malfeitores e fazer guerra contra as demais tribos dos seus irmãos. “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Prov 14;16

Benjamim, embora tenha feito estragos na batalha foi praticamente destruído por essa insanidade de se identificar com a canalhice e defender o indefensável.

Quantos cristãos nos ofenderam durante a campanha política, vergonhosamente se identificando com ladrões e ofendendo a quem os rejeitava... há algo errado no cristianismo de alguns. Não se trata de pessoas com suas qualidades e defeitos, mas de representatividade, valores defendidos por esse ou aquele.

Um ditado veraz diz que ouro na mão do bandido também é ouro; por outro lado, também é vero que, patifaria cometida por alguém de meu sangue, partido, agremiação, também é patifaria.

Identificar-me com o mal a ponto de defendê-lo me torna tão ou mais culpado que aquele a quem defendo. Ele fez a coisa que fez, no calor do momento; tenho as consequências como advertência, e o tempo para pesar minha decisão; se ainda assim me coloco ao seu lado sou pior que o malfeitor.

Do “cidadão dos Céus” entre outras coisas se diz que, aos “seus olhos o réprobo é desprezado.” Não há menção de laços, sanguíneos ou não; apenas, de postura réproba que, no reino do Espírito está acima das coisas atinentes ao pó.

Situação semelhante tivemos numa cidade chamada Abel, onde Seba, um sedicioso fugitivo se abrigou perseguido pelo Exército de Davi, sob comando de Joabe. Invés da cidade inteira se aliar ao malfeitor, liderada por uma mulher sábia, entregou esse apenas e foi poupada. “A mulher, na sua sabedoria, foi a todo o povo, e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e lançaram a Joabe; então este tocou a buzina, e se retiraram da cidade, cada um para sua tenda; Joabe voltou a Jerusalém, ao rei.” II Sam 20;22

Salomão em suas reflexões mencionou um homem sábio e pobre que livrara uma cidade; “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, cercou-a e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria que a força...” Ecl 9;14 a 16

Eliseu fizera algo assim, livrando Dotã, ferindo de cegueira aos exércitos que a ameaçavam. Então, temos pelo menos dois exemplos; um homem e uma mulher sábios a salvar cidades, pela sabedoria em consórcio com a justiça; diverso dos que, pela cegueira cúmplice puseram a perder a tribo de benjamim.

Embora esses atos nos soem heroicos, lidamos com coisas “maiores” que cidades, na perspectiva espiritual. “Melhor é o que tarda em irar-se que o poderoso; o que controla o seu espírito que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Cada alma administra sua “cidade” dentro da qual moram atitudes, hábitos, desejos, carências, dúvidas, resoluções, e claro! pecados.

É contra esses apenas a bronca dos “Exércitos do Rei”. Nossa escolha é dual e mera; podemos cortar suas cabeças pelo arrependimento e jogar pelo muro para reconciliar com o Rei; ou, como os insensatos de Benjamim, ir à guerra suicida em defesa do mal.

O Salvador ensina que, em caso iminente de derrota, melhor ouvir proposta de paz. “... estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.” Luc 14;32
Dada a impossibilidade de vencermos ao Invencível, O Eterno já propusera a paz desde dias idos; “Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força e faça paz comigo...” Is 27;4 e 5

As condições de paz foram cantadas no nascimento do Salvador; “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

Tomar uma cidade é fácil! Políticos tomam-nas mentindo; depois subjugam decretando isso e aquilo ao sabor dos interesses escusos. Purificar-se desses interesses livrando-se de tais algozes, encomendando a alma à salvação de Deus, só para corajosos capazes do enfrentamento de si mesmos, tomando a cruz de Cristo.

Ele ensina: “Tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de mim...”

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O Tesouro da Ira


“... não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito... quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos Céus, vos perdoe...” Mc 11;23 e 25


Duas coisas que inibem a reação favorável dos Céus; dúvida e incoerência. Peço e duvido; não recebo; rogo para mim (perdão) algo que nego ao semelhante; igualmente, não.

Do mesmo modo nossos juízos proferidos contra terceiros provocam uma reação nos Céus, de modo a retribuir a cada um na justa medida pela qual julga. Por isso o conselho do Mestre a fazermos ao próximo exatamente aquilo que desejamos receber.

Com a medida que medirmos seremos medidos; eis a Divina Justiça! Paulo escrevendo aos romanos realçou isso advertindo que condenar em outros, posturas que aprova para si é um “tesouro avesso”. “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? ... Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira...” Rom 2;3 e 5

Embora nossa possibilidade de fazer bem, ou mal, seja estritamente horizontal “Se pecares, que efetuarás contra ele? (Deus) Se, tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele da tua mão? Tua impiedade faria mal a outro como tu; e tua justiça aproveitaria ao filho do homem. Jó 35;6 a 8” Aquele que habita no Alto, determina Suas Reações conforme nossas ações, uma vez que, “Tudo o que o homem semear, ceifará.”

Todavia, jamais, a incoerência engajada, também conhecida como hipocrisia esteve tão em voga como atualmente.

Se o juízo é sobre um “dos meus” se lhe concede todos os direitos; pode ser incoerente, obtuso, mentiroso, bêbado, hipócrita, criminoso; nenhuma exigência moral ética; porém, se o alvo é um desafeto, até exigências estéticas se faz; o cara é um grosso, fala o que dá na telha; mesmo se for honesto, patriota, será condenado pelo “crime” de não ser dos nossos. Será tachado de fascista, nazista pelos que nem sabem o que as palavras significam.

Eis o homem, cujo projeto foi À Imagem e Semelhança do Criador; agora se tornou “A cara do pai”, do novo pai que o adotou. “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio; não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso; pai da mentira.” Jo 8;44

Não significa que um filho de Deus não cometa erros; mas, que cometendo trata-os como tais, invés de lavar-se com lama justificando-se porque outros também erram. Não fala; “Antes de me criticar pague minhas contas” como se ouve; antes, como dizia Sócrates, “liberte-me de minha ignorância e te terei na conta de um grande benfeitor.” Mas, “Os vaidosos só ouvem elogios” Sait-Exupérry

Citam o cisco e trave como se, quem ensina e adverte contra desvios, necessariamente tivesse uma trave em seus olhos; será? Já fui acusado muito disso, sem jamais apontarem onde está a mesma.

Pois, tendo a verdade por princípio o cristão sabe que essa é boa, tanto quando o defende, quanto, quando o acusa. “... anda sinceramente, pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração... não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra seu próximo; (aos seus olhos) o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor... jura com dano seu, contudo, não muda.” Sal 15;2 a 4 Se, honra aos que temem ao Senhor, quando um desses fala da parte Dele, reconhece a Fonte, invés de desfazer da água.

Quanto políticos que pareciam uma coisa durante as campanhas, e, uma vez eleitos os fatos revelaram outra muito distinta? Por quê? Porque em seu anseio de conseguir votos buscaram parecer o que os eleitores gostariam. Uma vez eleitos, no exercício dos mandatos, suas máscaras não eram mais necessárias; se deixaram ver como são.

A questão é: Como encenarão escrúpulos morais, pudor, novamente se já se mostraram obscenos? Certamente ceifarão, então, do que agora semearam.

Por isso os filhos de Deus são exortados a vencer ao duplo ânimo, esse lapso que patrocina a dúvida e fragiliza pela impureza aos corações. “Chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti vossas misérias, lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto; o vosso gozo em tristeza.” Tg 4;8 e 9

Então, “Se consegues fazer um bom julgamento de ti és um verdadeiro sábio.” Saint-Exupérry

domingo, 17 de maio de 2020

Medo da Liberdade


“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.” Jo ;32

Duas coisas se fazem necessárias nesse texto. Primeira: Que as pessoas alvos dele eram prisioneiras; segunda: Que quem as aprisionava era a mentira.

Dentre as coisas tidas como inegociáveis temos a liberdade. Entretanto, muitas vezes trata-se de um conceito oco, desprovido de sentido.

Acontece que, se todos almejamos ser livres para opinar, ir e vir, votar, casar, separar; o engano, pelos acessórios aprazíveis que traz consigo à nossa natureza pecaminosa, nem sempre soa como um mal do qual se quer ser liberto. Embora seja um assassino que no final lançará suas vítimas na perdição, eventualmente conta com a “Síndrome de Estocolmo”, onde a vítima se afeiçoa ao sequestrador.

Isaías denunciou seus coevos assim: “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos que não querem ouvir a Lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.”

O que faz a fortuna dos falsos profetas da praça, vendedores de “feijões mágicos” e biltres afins, senão, o desejo latente do povo preguiçoso, de ouvir facilidades mentirosas e ser enganado?

A mesma verdade, então, com as vestes de “Lei do Senhor”, mencionada pelo profeta. Daí, o “Mente pra mim, mas diz coisas bonitas”, como cantou Aguinaldo Timóteo, parece entranhado na natureza humana, que, entre a verdade nua e crua e a mentira agradável, escolhe essa.

É impossível libertar alguém, se, esse não reconhece a própria prisão. Era o caso dos que ouviam a Cristo, então. Ora se diziam filhos de Abraão, outra, de Deus; mesmo vassalos de Roma se gabavam, “Nunca servimos ninguém”. O que faziam os publicanos, senão, cobrar impostos pesados deles em favor de Roma?

Então O Senhor que É A Verdade fez o que o mesmo Isaías vaticinara; que salvaria rasgando máscaras; “Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, o véu com que todas as nações se cobrem. Aniquilará a morte para sempre; assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor disse.” Is 25;7 e 8

A verdade posta em relevo foi um duro golpe aos hipócritas de então; “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” Jo 8;44

Normalmente achamos desnecessária a pergunta de Jesus a Bartimeu: “O que queres que Eu te faça?” No entanto, invés de pedir a cura poderia ele, acostumado que estava, a pedir uma esmola. Seria liberto do seu mal, como foi, se o desejasse.

Desse modo, os que estão seguros de suas “noções” de justiça própria, da validade de seus caminhos autônomos, e não precisam das muletas religiosas para serem bons, como já li por aí, não passam de enganados engajados, algozes de si mesmos, que adotaram como seus os enganos inoculados neles pelo Pai da Mentira.

Não obstante o cintilar luminoso da humana pretensão, a Verdade que liberta deixa patentes umas duas ou três coisas; não há um bom, senão Deus; não há um justo sequer; ninguém será salvo por justiça própria ou boas obras; somente mediante o Sangue de Cristo; rendição e submissão a Ele.

Embora a milenar peleja entre O Todo Poderoso e o inimigo envolva vida e morte, os meios para uma e outra sempre orbitaram à verdade ou à mentira. Não sem razão, a Palavra do Senhor foi figurada como “A Espada do Espírito”; arma poderosa contra o engano.

Quem achar que, a operação do inimigo se dá em despachos de esquinas caiu num engano maligno também. Embora toda sorte de ignorância lhe sirva, o inimigo costuma ser mais sutil e letal que essa grosserias. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” II Cor 4;4

Me dá asco quando ouço um “profeta virtual” “Revelando”; “Fizeram um trabalho contra você”. Put* *** P**iu!! Quando O Trabalho de Cristo estiver no centro, contra nossas vidas, “Não valem encantamentos”; enquanto não, não faz diferença pois estaremos mortos mesmo.

Mas, pessoas preferem mentiras fáceis que culpam ao Diabo pelos seus males; é bem melhor que a cruz que lida com o verdadeiro culpado, eu.

A Verdade sopra para longe a cabana de palha dos meus disfarces; mas, invés de me deixar à mercê do lobo mau, eleva-me a um Alto Refúgio; uma Fortaleza Sobre Rochas. Deus.

A Loucura que Ilumina


“O Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, da casa de teu pai, para a terra que Te mostrarei.” Gen 12;1

Antes de dar satisfações aos nossos intelectos doentios, (ainda que o faça ao seu tempo) Deus demanda confiança irrestrita em Sua Palavra.

Ordenou que Abrão fosse após Ele em busca de algo “incerto”; “a terra que Eu te mostrarei”. Embora nossa curiosidade seja lícita, quando assoma em momento inoportuno se faz obstáculo à fé.

O projeto original de reger ao homem pela sabedoria, que seria, manter-se esse, no Temor do Senhor, se perdera; como o intelecto humano fora poluído pela autonomia proposta: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”, tudo o que carecer a anuência desse, inicialmente, atua no princípio satânico; a fé, por sua vez, essa loucura “infantil” que acredita que O Pai sabe o que está falando pode obedecer sem entender. “O que faço, não o sabes agora, mas entenderás depois”.

Daí, “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;21 e 25 Por isso, “... qualquer que não receber o Reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele”. Mc 10;15

Então é loucura mesmo alguém deixar uma vida estruturada, o convívio dos parentes e amigos para sair em busca do desconhecido “apenas” porque, Deus ordenou.

De certa forma, na convocação do Patriarca temos um símile da chamada de Cristo. “Quem quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” ‘Abrão, negue sua terra e parentes, tome sua cruz, (obediência) e siga-me.’

Não significa que a fé seja cega como acusam os adversários; antes, podendo ver onde os olhos não podem, firma-se onde parece vazio aos incrédulos; “Ora, a fé é o ‘firme fundamento’ das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Não que a Grandeza do Criador não esteja patente nas Sua Obras; mas, quando convém ao ímpio ele se faz de desentendido, “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20

A visão natural também divisa Traços do Criador, mas é uma faculdade que pode ser negligenciada pelo ímpio nas ímpias conveniências, ou, usada por Satã em sua sedução, como fez com Eva; “Viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer e agradável aos olhos...” Gen 3;6 Por ser a fé um dom do Espírito, atua numa esfera superior ao espectro sensorial; Então, “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; saiu, sem saber para onde ia.” Heb 11;8

O nosso intelecto para se posicionar em relação a algo demanda informações tipo, como, quando, onde, por quê, quem...? À fé basta saber com Quem e estará segura, mesmo em meio a circunstâncias adversas. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Ela não carece nada mais que Sua Promessa, e abraçando-a e nela descansando, repousa em Deus, mesmo em dias difíceis; “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

Se nossa adesão, contudo, se requer “no escuro”, depois de justificados somos paulatinamente iluminados; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Diverso da pecha da fé cega somos desafiados a andar na luz para sermos purificados. “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e O Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Se, inicialmente o intelecto dá preferência à fé, depois de crer e ser iluminados, a “mente de Cristo” eleva às nossas, às “Razões do Espírito;” nossa escolha e obediência aí definirá se seremos tratados como espirituais, ou meros animais. “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio...” Sal 32;8 e 9

sábado, 16 de maio de 2020

O pecado da "fé"


“Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha dirigir seus passos.” Jr 10;23

Eis o “livre arbítrio!” Nossa escolha possível, como numa eleição em segundo turno se restringe a duas opções; ilusórias variações são desdobramentos de uma opção, ou outra.

Ou estamos com Deus, ou divorciados Dele. Pouco importa se esse distanciamento se rotule em livre pensador, desviado, ateu; se crê em deuses alternativos; nuances da rejeição de estar em submissão ao Criador e Sua Palavra, que, em última análise nos coloca sob domínio da oposição.

O contexto do verso foi o vaticínio de um juízo destruidor que se aproximava.

Nas estrelinhas, Jeremias via na vinda desses inimigos, não uma decisão propriamente deles; mas, uma inclinação dada por Deus, para juízo dos pecados do seu povo; “Castiga-me, ó Senhor, porém com juízo, não na tua ira, para que não me reduzas a nada.” V 24

Não significa, porém, que ímpios, eventuais instrumentos do juízo Divino se fizessem benfeitores por isso; antes, também, ao seu tempo ceifariam o seu justo juízo: “Derrama Tua indignação sobre os gentios que não te conhecem, sobre as gerações que não invocam Teu Nome; porque devoraram a Jacó; devoraram-no e consumiram-no, assolaram a sua morada.” V 25

Assim, o fato de algo, ou alguém ter sido usado por Deus, eventualmente, não o faz necessariamente aprovado. “Senhor, Senhor; em Teu Nome nós... não vos conheço!”

Até uma cabeça de jumento foi utilizada mediante Sansão, ou mesmo uma jumenta foi levada a falar, como se tivesse cérebro e faculdades humanas, a um profeta que por sua teimosia mercenária se fizera inferior a ela.

Embora pareça contraditório meu caminho não ser meu, a contradição é apenas verbal. Quando diz, o “meu caminho” o faz para distingui-lo do caminho de outrem, cujas escolhas são dele(a), não minhas; quando diz que não é meu, remonta ao fato que o homem, criado à Imagem e Semelhança de Deus, não é uma fonte em si mesmo, um ser autônomo; antes, foi gerado para, em seus caminhar representar Seu Deus, nas suas escolhas agradáveis a Ele. “... escolhe, pois, a vida”.

Os que se recusam a isso desfiguram-se pela desobediência; agindo assim, gostando ou não, seus passos representam ao desobediente mor, do qual se fazem imitadores.

Então, ou, nosso caminho agrada e representa ao Eterno, ou Ele se afasta; pois, não caminha com inimigos. “Porventura andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” Am 3;3

Sendo a incredulidade um pecado blasfemo que faz de Deus mentiroso, o simples descrer já nos coloca de acordo com o adversário. Por isso, quando, muitos, emocionados pela multiplicação dos pães e peixes se dispuseram a um fazer, foram desafiados a desfazer a dúvida primeiro. “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele Enviou.” Jo 6;28 e 29

Antes de uma demanda por novo modo de agir a conversão requer um novo modo de pensar, segundo os valores celestes. “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;” Col 3;1 e 2 “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Um homem fora do caminho para ele traçado, como Jonas o fujão, atrai maldições para si, e consequências até a terceiros. “Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Quando Deus fala, usando Seus múltiplos meios, anseia ser ouvido; senão, o risco é que nossos caminhos sejam “nossos” mesmo; “Porque clamei e recusastes; estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo Meu Conselho, e não quisestes Minha repreensão, Também de Minha parte rirei na vossa perdição; zombarei vindo vosso temor.” Prov 1;24 26

Portanto, “fé” só em tempos de pandemia, essa religiosidade cínica como se O Todo Poderoso fosse manipulável, além de não valer nada ainda acrescenta pecado a pecado.

O verdadeiro fiel não teme quando a terra treme, antes teme ao Senhor, pelo que Ele É; mesmo no usufruto de vida e paz. “Minha aliança com ele (Levi) foi de vida e paz; Eu lhas dei para que temesse; então temeu-me; assombrou-se por causa do Meu Nome.” Mal 2;5

O telhado se conserta em dias de sol.

domingo, 10 de maio de 2020

O Dedo de Satã


“Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.” Atos 27;38

Náufragos, entre os quais, o apóstolo Paulo, que livravam-se do “incômodo” do trigo para salvarem suas vidas.

O “vão-se os anéis, ficam os dedos” é bem antigo. Digo, a primazia da vida sobre as demais coisas, algo que até o Capeta afirmou perante ao Eterno, pedindo permissão para ferir a Jó. “Então Satanás respondeu ao Senhor, e disse: Pele por pele, tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.” Cap 2;4
Esse que, dizem, é mais perigoso por velho que, por Diabo se, desde então sabia disso, jogar com nossas vidas em seu interesse, para ele é apenas o pão de cada dia.

Em sua perspectiva, vidas humanas não passam de “anéis”; os “dedos” àquele são suas rivalidades gratuitas e indignas com O Todo Poderoso; sua sede de adoração e poder.

Normalmente, grandes tragédias extraem o que de melhor há em nós. Vendavais, enchentes, tsunamis despertam empatia, solidariedade; pipocam doações de toda parte, governantes deslocam-se aos lugares afetados, à medida do possível, socorrem... Entretanto, a presente, parece ter extraído o que de pior há nas pessoas.

No nosso nível, de gente comum, a divisão; os do “fique em casa” e os que preferiram riscos de trabalhar mesmo assim; no âmbito dos governantes, soou como a oportunidade de saciar a crise de abstinência de corrupção, ensejada pela austeridade do Presidente Bolsonaro.

A farra das compras sem licitação, quase sempre superfaturadas; o olho vivo nas verbas federais, “fabricando” defuntos cujas mortes nada tinham a ver com o famigerado vírus, se viu em grande escala.

As vocações ditatoriais de muitos, finalmente acharam águas para nadar. Decreto isso, decreto aquilo, fique aqui, vá pra lá... a ciência aconselha isso, agora aquilo, horizontal, vertical...

Ainda, uma imprensa trabalhando como o Diabo gosta; invés de priorizar coisas positivas, socorros, enfatiza males, ameaças, covas abertas; se apressa em rotular ciscos nos olhos dos desafetos, alheia aos entulhos subjacentes aos seus microfones e câmeras.

Então, embora o mal seja real e danoso, reitero, há uma “orquestra” por trás trabalhando para gestação do caos; uma vez alcançado, oferecer "soluções globais”; dar voz e vez ao sonhado governo único. Basta observar outras coisas que causam mortes em número muito maior contando com obsequioso silêncio, enquanto, mortes duvidosas sem comprovação, facilmente caem na conta do dito vírus, ao som de tambores.

Claramente, diretrizes tem viés político e econômico destrutivo, com muito maior ênfase, que cuidados sanitários, como deveria ser numa sociedade minimamente saudável. Nem nos aproximamos de ser algo assim.

Os que para isso trabalham sôfregos, (O Globalismo) sacrificando valores, vidas, identidades nacionais, quando, enfim, obtiverem êxito e sentirem sobre si o peso de uma gestão totalitária e opressora, desejarão dar um dedo para volver atrás e desfazer sua ajuda na construção de Babel.

Então, quem ligará para um dedo onde uma vida inteira não valerá nada?

O “dedo” de Satanás, seu sonho de poder estará em riste; o demais será “apenas um detalhe” como dizia certa humorista. Redução populacional faz parte da Agenda globalista. Nessa perspectiva, as mortes serão bem vindas. Ousou desobedecer ao “Deus” entronizado? Bang! Um problema a menos.

Os que se opõem a isso, como eu, sabem que não passam de beija-flores levando uma gota d’água no bico e jogando sobre a floresta em chamas. Não o fazem na ilusão de apagar o incêndio, mas de obrarem a coisa certa, embora impotentes.

O império de Satã será feito a despeito de nossa resistência; porém, ter consciência que não participamos, antes, nos opusemos será nossa paz, nosso silêncio na consciência; e isso, para quem possui vida espiritual vale muito.

Pouco a pouco, de modo sorrateiro os cidadãos estão sendo “treinados” a abdicar de suas liberdades básicas em cumprimento de ordens abusivas, com um pretexto sacrossanto, claro! A preservação da vida. Quanto a mim, ordens abusivas e insensatas podem contar seguras, com minha saudável desobediência.

Deus manda obedecer autoridades, orar por elas; até certo ponto. Quando leis forem pretextos para coisas iníquas e perniciosas, não. “Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal por uma lei?” Sal 94;20

Assim como leis permissivas como Casamento gay e aborto, por exemplo, para um fiel não valem nada, por afrontarem à Lei de Deus, também essas imposições absurdas estão no mesmo pedestal; feitoras de maldição. “... a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Quem se atrever lançar ao mar o “trigo” das vontades naturais pelo prêmio da vida eterna estará livre, quando Satanás erguer seu dedo.

sábado, 9 de maio de 2020

A Fonte Abandonada


“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

Provérbios antitéticos; cotejando duas coisas opostas e seus desdobramentos; no caso, vida e morte. A vida relacionada a uma doutrina, enquanto, a morte, a uma armadilha.

A doutrina, ainda, figurada como uma fonte dada a essência de manancial; a morte não carece figura tão ampla; basta-lhe um acidente pontual como o desarmar de um laço.

No entanto, seria leviano fazer distinção entre um ensino e um laço como se, ambos também formassem uma antítese; pois, uma doutrina falsa é as duas coisas ao mesmo tempo.

Jeremias usou figuras assim, denunciando profetas e sacerdotes dos seus dias; “Porque ímpios se acham entre meu povo; andam espiando, como quem arma laços; põem armadilhas, com que prendem os homens. Como uma gaiola cheia de pássaros, assim suas casas estão cheias de engano; por isso se engrandeceram, enriqueceram;” Jr 5;26 e 27

Portanto, o “Grão de feijão milagroso” de Valdemiro Santiago vendido pela bagatela de mil reais tem ancestrais bem antigos.

Se, em oposição aos laços malignos que espreitam, temos a “doutrina do sábio”, como identificar essa? O mesmo profeta em sua extensa diatribe patenteou que a rejeição da Lei do Senhor priva qualquer um de sabedoria; “Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Cap 8;9

Ocorre-me uma frase do padre Paulo Ricardo; “Quer conhecer a estatura espiritual de alguém? Observe contra quem, ou, o quê, ele está lutando.” Pois, “Não há sabedoria, inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

Embora os desdobramentos disso sejam amplos, amiúde, o pleito se resume numa eternal batalha entre verdade e mentira. Aos olhos Divinos a rejeição da verdade merece como punição, como juízo o império da mentira. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12

Resumindo: os que rejeitaram à Fonte e preferiram o laço, enlaçados serão; “O temor, cova, e laço vêm sobre ti, ó morador da Terra. Será que aquele que fugir da voz de temor cairá na cova, o que subir da cova o laço o prenderá; porque as Janelas do Alto estão abertas, os fundamentos da Terra tremem. De todo está quebrantada a Terra, de todo está rompida a Terra, e de todo é movida a Terra. De todo cambaleará a Terra como o ébrio; será movida e removida como a choça de noite; a sua transgressão se agravará sobre ela; cairá e nunca mais se levantará.” Is 24;17 a 20

Notemos que trata-se de um juízo global, não pontual; toda a Terra. Os laços da mentira espalhando o temor.

Jazendo o mundo no Maligno, sendo esse o Pai da mentira e controlando todos os meios de “informação” os que derivam suas reações das coisas “científicas” que a Agência A, ou B, têm a oferecer pedem peixes a quem usa dar serpentes. Comem da Árvore errada, a da Ciência, invés da outra a da Vida. Ato insano como se orgulhar de não ter orgulho.

Em nosso país pipocam todos os dias atestados de óbito falsos, deixando antever com isso que há algo mais por detrás da orquestra global, que cuidados sanitários. Ainda mais; se, outras moléstias vitimam mais pessoas que essa da moda, por quê, só a dita recebeu uma cobertura de mídia assim? Porque o “maestro” moveu sua “batuta” nesse ritmo; o resto são desdobramentos.

Reitero pela enésima vez: Não se trata de negar a existência nem a letalidade do mal; tampouco, desaconselhar os cuidados básicos necessários.

Mas, de ver algo bem pior por detrás, patrocinando e usando isso para fins muito mais letais.

A Imprensa tornou-se um veloz meio de “in formação;” portanto, se alguém desejar se “atualizar” leia A Palavra do Senhor e busque entendimento.

Sei que é algo bem velho, mas uma Fonte donde mana a vida; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; pois, achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

Se, fisicamente máscaras oferecem certa proteção, no prisma espiritual precisamos rasgar às nossas, para vermos O “Braço de Deus”. “O Senhor desnudou o Seu Santo Braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52;10

domingo, 3 de maio de 2020

O Topete do Último dos Moicanos


“Bom seria se os de duas patas aprendessem o significado da lealdade que os de quatro patas já nascem sabendo.” Gerson Palazzo Ribeiro

O “bípede sem plumas”, como Platão definiu o ser humano, tem muito a aprender com os quadrúpedes.

Foi criado para um Divino lugar; “Imagem e Semelhança” de Deus, apto à comunhão com O Criador. Após a queda, passou a identificar-se com outro senhor. “Vós tendes por pai ao Diabo...”

Se, houvesse um ponto neutro, sem influência espiritual, nem de Deus nem do inimigo, que o homem pudesse ser, estritamente, em si mesmo, teria aí, a grandeza dos animais. “... Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.” Ecl 3;18

Acontece que nenhum de nós é, estritamente, em si mesmo. Sofremos toda sorte de influências, de modo que, a escolha entre virtude ou vício, sempre deriva, em certa medida, dos referenciais que nos influenciam, seja com o ensino, seja, com o exemplo.

Infelizmente as pessoas se balizam mais pelo talento que pelo caráter, quando se espelham em alguém.

Não importa se é imoral, pervertido, desonesto, se jogar, cantar, tocar, atuar muito bem, ao tal, se dará a coroa de lata da fama, e uma geração de admiradores sonhará em ser, ao menos em parte, como seu ídolo. Tem cada nulidade famosa por causa da estupidez do povo!

A Palavra de Deus com sua mania de estragar a festa da carne nos desafia a sermos como Cristo. “Sede meus imitadores como eu sou, de Cristo”; disse Paulo.

Então, embora um grande talento nas artes, esportes, deva ser respeitado como tal, amiúde, não tem valor nenhum, exceto para seu hospedeiro que frui riquezas e facilidades, graças a ele.

A sombra do dinheiro serve de refrigério para o deserto eventual da existência terrena; mas, o apego e confiança exagerados nisso que é só um meio, jamais, um fim, precipitará muitas almas no deserto eterno, quando a sombra significaria vida. “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ec 7;12

Por isso, ao homem prudente convêm mais os referenciais morais, que os de talento. Talento é um dom recebido de graça; qualquer biltre o pode ter; idoneidade moral é uma escolha virtuosa, de uma índole abençoada que ousou nadar contra o curso natural do mundo, que sempre deságua no oceano do vício, da corrupção.

Então, quando alguém ostentava uma aura de incorruptível como o ex Ministro Sérgio Moro, natural que os homens de bem que atentam às boas referências o vissem com respeito, admiração até.

Entretanto, para a decepção geral, o “anjo de luz” era uma transfiguração de Satanás; o aparente virtuoso era um traidor desleal. Em menos de uma semana desceu do digno pedestal dos grandes homens para um fundo do vale comum, onde pastam os rebanhos dos bodes de corruptolândia.

O deserto de valores é tão árido, que Jair Bolsonaro parece ser o Último dos Moicanos; não consegue montar uma equipe de vinte pessoas sem um traidor no meio. Sempre tem um Frota, uma Joice, um Bebbiano, um Mandetta... até um Moro?

A “moral” vigente (já disse noutro texto) é a de um campo de nudismo onde se exige que todos estejam “trajados” à rigor. Quem estiver vestido burla as regras; acontece que o doido do Jair insiste em não se pelar; quem ele pensa que é?

Claro que é um homem com muitos defeitos como ele mesmo assume; mas, naquilo que quase todos têm falhado, prevaricação, corrupção, deslealdade, ele segue inatacável. Seria muito maior minha decepção se ele falhasse nisso, do que foi com Moro. Nele eu votei.

A imprensa tão “zelosa” das vidas fez um estardalhaço com seu “E daí?” sobre “mortes” em Manaus. Agora que se desenterram caixões cheios de pedras invés de cadáveres, a mesma mídia faz um silêncio ensurdecedor. Parece que agora ela diz e daí?

O Congresso STF e a mídia têm uma pauta comum; derrubar Bolsonaro. Coisa assumida pelo Deputado Paulinho da Força, em uma Live da qual participava o patife do Fábio Panúnzio. Ainda lhes falta um crime, mas, têm uma certeza, precisam derrubá-lo. Quem pretende ser andando trajado onde todos estão despidos?

Cegos de amor pelo poder corruptível, e ódio pela virtude, não conseguem perceber que sua luta é inglória. “Termina com má fama quem decide duelar contra o mais forte”; Estobeu.

Esse Governo foi estabelecido por Deus, todos que ousaram contra, uns já caíram, outros cairão. Tenho dito que inda estamos na fase do “conhecereis a verdade"; Deus está desnudando aos falsos, mas, por fim, prevalecerá o “Deus acima de todos”.

sábado, 2 de maio de 2020

Política de Imigração


“... Temos uma cidade forte, onde Deus pôs a salvação por muros e antemuros. Abri as portas, para que entre nelas a nação justa, que observa a verdade.” Is 26;1 e 2

Outro dia, Francisco criticando aos Estados Unidos por pretender edificar muros fronteiriços disse: “Como alguém que se diz cristão constrói muros?”

O texto supra de Isaías é de antes da palavra “cristão” existir, e fala da “Cidade da Salvação” com muros e antemuros. Como alguém pode se dizer Papa sem conhecer à Palavra de Deus?

Ora, se, “Sem santificação ninguém verá ao Senhor” Heb 12;14 e essa implica em separação do profano; “... saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei;” II Cor 6;17

Como teria a aludida cidade uma “política imigratória inclusiva,” onde todos pudessem entrar de qualquer maneira, se o “ingresso” foi pago com sangue inocente?

Nada mais abrangente que o Amor do Salvador; “vinde a Mim todos...” contudo, nada mais desafiador à santificação; “... tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de mim...”

Só se entra pelas portas, não dá para pular o muro, e essas só se abrem a certo tipo de “imigrantes”; “Abri as portas, para que entre nelas a nação justa, que observa a verdade.”

Verdade não é essa coisa oca ao rés do chão, nivelada às meras opiniões, donde se diz que cada um tem sua verdade. É Absoluta, fiel, imutável, Eterna; “Santifica-os na Verdade; Tua Palavra é a Verdade.” Jo 17;17

Abraçar à A Palavra de Deus, longe de ser uma coisa pacífica, inclusiva, enseja conflitos, divisões, perseguições, ódio; “Dei-lhes Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não Sou.” Jo 17;14

Subjacente aos pleitos políticos da terra dos homens, há uma milenar luta. Valores morais, espirituais estão entrelaçados às escolhas políticas que fazemos.

Os estatutos cristãos são precisos, restritivos, muros ao redor da cidade dos bons costumes. Os demais são inclusivos, diversitários, amorais, ecumênicos...

Por um lado, patriotas conservadores, com suas visões nacionalistas; Trump: “Make América Great again”; Bolsonaro: “Brasil acima de tudo...”

Por outro, globalistas, sendo as nações de maior relevância nesse viés, Rússia, França, China, com mais de uma centena de satélites, sob a batuta da ONU. No meio, o povo sendo cegado pela fumaça da mentira, mediante uma mídia majoritariamente prostituta a serviço do sistema.

Não se derive da ideia um reducionismo barato, como se, eu advogasse que, quem possui os bons valores não comete erros. Imperfeitos que somos, pecadores, mesmo escolhendo os melhores bens, ainda abraçamos males. 


Porém, quem opta pelos maus valores, só abraça males; mesmo quando “acerta” erra, por estar a serviço do Senhor das trevas, que será derrotado no fim. Mesmo boas obras em prol do senhor errado serão más no final, pois, se revelarão obras mortas alienadas do Senhor da vida; e a morte, inegavelmente é um mal.

Por isso, a primeira providência Divina rumo à salvação tem a ver com a vida, não com as obras; “... quem ouve Minha palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Daí que a Salvação obtida mediante O Sangue de Cristo nos vem pela fé na Sua Palavra; as boas obras são efeitos colaterais da mesma, sob patrocínio do Bendito Espírito Santo, dado aos salvos. Quando não, são apenas obras mortas.

Então, por causa do Zelo Santo do Senhor dos Senhores, a “Cidade da Salvação” demanda santificar-se em Cristo, para o ingresso. Fora Dele nada feito; nada vale essa balela inclusiva ecumênica de “Deus como você o concebe”; pois, se você o concebe é seu filho; como tal, não te poderá salvar; talvez precise que você o salve.

O Salvador colocou um Muro Eterno ao redor da Santa Cidade. “Eu Sou O Caminho A Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai Senão por Mim.” Jo 14;6

Contudo, ao “inclusivo” mor, serve de qualquer jeito. Como exigira santidade quem acostumou-se a viver no lixo? Qualquer um de qualquer modo lhe serve, estará “certo” se estiver alienado de Deus e Sua Palavra. Nada de muros! Nada de portas! Nada de jugo! É a esse que o mundo aplaude, óbvio. Globalista, panteísta, amoral e imoral.

Tende, o comodismo humano a escolher o fácil ao virtuoso; “Os asnos preferem palha ao ouro” Estobeu.

Fomos dotados de razão para fazermos melhores escolhas que os bichos. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Escolher a porta estreita em detrimento da larga não se trata de masoquismo, mas saber onde cada uma leva.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

O Vitupério do Bolsonaro; e daí?


“Saiamos, pois, a Ele (Cristo) fora do arraial, levando o Seu vitupério.” Heb 13;13

Levar o vitupério de alguém significa sofrer sobre si as afrontas e os insultos a esse alguém dirigidos. Assim, os cristãos são desafiados a tomarem como suas as ofensas ao Senhor. Sofremos o “Jesus é Travesti”, os deboches no carnaval, o “Especial de Natal” do Porta dos fundos;


e bem pior que a zombaria dos ímpios é quando, alguém que se diz Dele, escandaliza, com postura indigna. Fingir, como Pedro, que não somos “um dos tais” em ocasiões assim, denuncia mais amor próprio que amor pelo Salvador, o que nos faz indignos Dele.

Pois, mesmo O Senhor sendo perfeito, num mundo dual de tantas imperfeições, identificar-se com Ele demanda o risco de ser envergonhado, o que dizer dos que se identificam com homens imperfeitos?

Desde a campanha presidencial tenho escrito e debatido patenteando minha identificação com Jair Bolsonaro, mormente, nos quesitos, valores morais, honestidade, patriotismo.

Hoje deparei com uma frase retórica “isenta”; “Você sabia que é possível criticar o PT e Bolsonaro ao mesmo tempo”. Ora, isso até o meu cavalo sabe. A questão é outra. Primeiro, aliás, colocar PT e Bolsonaro na mesma balança, em pé de igualdade só certos asnos conseguem.

Em qualquer ser humano, há dois tipos de coisas criticáveis; falhas de princípios, ou de conduta. Qual a diferença? Princípios são os valores nos quais eu acredito. Conduta é uma atuação minha no teatro da vida que, mesmo meus valores traçando certo “script”, eventualmente, refém da minha imperfeição insiro algum “caco” e me conduzo contrário aos meus princípios. Por exemplo: Mesmo sendo contra a mentira, posso eventualmente me conduzir mal contando uma se parecer conveniente. Uma conduta má, adversa dos meus valores.

Ao meu ver, por seus princípios Bolsonaro é inatacável; defende a família, Deus, a moral, os bons costumes, honestidade, patriotismo... só patifes são contra essas coisas.

Mas, imperfeito que é, comete erros de conduta e não raro, fala coisas criticáveis. A questão é pegar esses lapsos menores, e tentar equivaler aos que, em princípio, são à favor do aborto, do casamento gay, da ideologia de gênero, da corrupção, da opressão totalitária, do assassinato dos desafetos, da mentira, da liberação das drogas, do aparelhamento institucional, da perversão da juventude, do vilipêndio da fé... me falta adjetivo para qualificar devidamente o superlativo da desonestidade intelectual dos que isso fazem.

Muitos “isentos”, quando da traição surpreendente de Sérgio Moro, antes mesmo da fala do Presidente saíram gritando “Fora Bolsonaro”, deixaram patente seu oportunismo indecente, falta de lealdade nos mesmos moldes de Moro. Eu não votei em Sérgio Moro, aliás, e desprezo gente desleal.

Enquanto Jair não for pego em corrupção, ou falhas graves, seus destemperos verbais é um vitupério que estou disposto a levar, pelo pacote de bons princípios que ele representa; sobretudo, pelo imenso Saara de alternativas a ele, olhando para os demais que se assanham rindo para a sua cadeira.

Basta ver o tipo de pessoas que odeia o Presidente; corruptos, ladrões, bandidos, imprensa mercenária, drogados, gayzistas, satanistas, etc. Só a nata da sociedade.

Então, reitero, ele é um homem comum, imperfeito, com certas incontinências verbais; e daí? Os valores que defende representam a maioria do povo brasileiro que sempre vai às ruas deixar patente seu apoio, a cada vez que novo avanço do “Mecanismo” visa tolher a um poder legítimo outorgado pelo povo.

Quem já teve dois analfabetos funcionais como presidentes e os reelegeu, (cheia está a Net das pérolas verbais de ambos) agora, exigir perfeição de quem quer que seja, quando se calou antes, apenas deixa manifesto seu deserto de valores, de vergonha na cara, e suas densa floresta de interesses mesquinhos oxigenados por mentiras e corrupção.

Se, falta de vergonha na cara doesse, invés de máscaras a maioria estaria usando tampões de ouvidos.

Aquele que se presume identificado ao Presidente, mas, ao menor descuido verbal dele já sai para o outro lado, adota a perspectiva mesquinha e prostituta da Globo, não passa de um imbecil, de uma “Metamorfose ambulante” como cantou Raul Seixas.

Claro que me incomoda quando ele falha! Mas, não tanto ao ponto de saltar do barco, nem de me associar ao serviço sujo da concorrência. Adotei como meus os princípios defendidos por ele, não uma ideia insana de perfeição.

Gostaria de ver se esses bravos que tanto o apedrejam se portariam com a mesma firmeza, se sofressem metade das calúnias, traições e perseguições que ele sofre, e sem a facada.

Não gosto de caracteres estilo rosa dos ventos, que para cada contexto tem um ponto cardeal e derivados. Bolsonaro é sempre o mesmo; tosco, loquaz, mas veraz, sincero, decente. Por isso o apoio.