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sábado, 23 de maio de 2020

A Cidade Ameaçada


“Dai-nos agora aqueles homens, filhos de Belial, que estão em Gibeá, para que os matemos e tiremos de Israel o mal. Porém os filhos de Benjamim não quiseram ouvir a voz de seus irmãos, filhos de Israel.” Jz 20;13

Toda nação congregada pedindo aos de Benjamim que lhes entregassem para a justiça uma quadrilha de estupradores que abusaram até à morte, da concubina de um levita que passava a noite na cidade.

Invés de extirparem exemplarmente tamanha maldade, preferiram se identificar com os malfeitores e fazer guerra contra as demais tribos dos seus irmãos. “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Prov 14;16

Benjamim, embora tenha feito estragos na batalha foi praticamente destruído por essa insanidade de se identificar com a canalhice e defender o indefensável.

Quantos cristãos nos ofenderam durante a campanha política, vergonhosamente se identificando com ladrões e ofendendo a quem os rejeitava... há algo errado no cristianismo de alguns. Não se trata de pessoas com suas qualidades e defeitos, mas de representatividade, valores defendidos por esse ou aquele.

Um ditado veraz diz que ouro na mão do bandido também é ouro; por outro lado, também é vero que, patifaria cometida por alguém de meu sangue, partido, agremiação, também é patifaria.

Identificar-me com o mal a ponto de defendê-lo me torna tão ou mais culpado que aquele a quem defendo. Ele fez a coisa que fez, no calor do momento; tenho as consequências como advertência, e o tempo para pesar minha decisão; se ainda assim me coloco ao seu lado sou pior que o malfeitor.

Do “cidadão dos Céus” entre outras coisas se diz que, aos “seus olhos o réprobo é desprezado.” Não há menção de laços, sanguíneos ou não; apenas, de postura réproba que, no reino do Espírito está acima das coisas atinentes ao pó.

Situação semelhante tivemos numa cidade chamada Abel, onde Seba, um sedicioso fugitivo se abrigou perseguido pelo Exército de Davi, sob comando de Joabe. Invés da cidade inteira se aliar ao malfeitor, liderada por uma mulher sábia, entregou esse apenas e foi poupada. “A mulher, na sua sabedoria, foi a todo o povo, e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e lançaram a Joabe; então este tocou a buzina, e se retiraram da cidade, cada um para sua tenda; Joabe voltou a Jerusalém, ao rei.” II Sam 20;22

Salomão em suas reflexões mencionou um homem sábio e pobre que livrara uma cidade; “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, cercou-a e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria que a força...” Ecl 9;14 a 16

Eliseu fizera algo assim, livrando Dotã, ferindo de cegueira aos exércitos que a ameaçavam. Então, temos pelo menos dois exemplos; um homem e uma mulher sábios a salvar cidades, pela sabedoria em consórcio com a justiça; diverso dos que, pela cegueira cúmplice puseram a perder a tribo de benjamim.

Embora esses atos nos soem heroicos, lidamos com coisas “maiores” que cidades, na perspectiva espiritual. “Melhor é o que tarda em irar-se que o poderoso; o que controla o seu espírito que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Cada alma administra sua “cidade” dentro da qual moram atitudes, hábitos, desejos, carências, dúvidas, resoluções, e claro! pecados.

É contra esses apenas a bronca dos “Exércitos do Rei”. Nossa escolha é dual e mera; podemos cortar suas cabeças pelo arrependimento e jogar pelo muro para reconciliar com o Rei; ou, como os insensatos de Benjamim, ir à guerra suicida em defesa do mal.

O Salvador ensina que, em caso iminente de derrota, melhor ouvir proposta de paz. “... estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.” Luc 14;32
Dada a impossibilidade de vencermos ao Invencível, O Eterno já propusera a paz desde dias idos; “Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força e faça paz comigo...” Is 27;4 e 5

As condições de paz foram cantadas no nascimento do Salvador; “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

Tomar uma cidade é fácil! Políticos tomam-nas mentindo; depois subjugam decretando isso e aquilo ao sabor dos interesses escusos. Purificar-se desses interesses livrando-se de tais algozes, encomendando a alma à salvação de Deus, só para corajosos capazes do enfrentamento de si mesmos, tomando a cruz de Cristo.

Ele ensina: “Tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de mim...”