sábado, 25 de outubro de 2025
Repórteres do além
“Desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;4
Característica dos “tempos trabalhosos” dos últimos dias, onde, os amantes de si mesmos imporiam seus desejos em lugar da Palavra da Vida; desviando-se da verdade buscariam por fábulas.
A fábula mais pujante nesse tempo, a meu ver, é uma espécie de mediunidade, na qual, alguém “morre” por alguns minutos; sai do seu corpo e vai ter com “Jesus”; ele irradia apenas luz e amor, mas raramente se parece com O Senhor, revelado nas Escrituras.
Um sujeito deixa seu corpo e transcende; depois volta, cheio de instruções.
Sempre vão em espírito, tendo ciência que deixaram seus corpos; Paulo quando foi arrebatado não soube; “Se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe.” II Cor 12;3
Se ao apóstolo foram mostradas coisas que, “... ao homem não é lícito falar.” V 4
Esses repórteres do além, em seu “furo interdimensional” recebem instruções que devem partilhar. A maioria recebe do “Jesus” luminoso que lhes fala, coisas diversas das que estão na Palavra. A Igreja teria negligenciado, omitido, esquecido coisas que agora o “Senhor” precisaria lembrar.
Primeiro; o mesmo Senhor ensinou a suficiência das Escrituras, contra um pedido de manifestação ao estilo do espiritismo; antes mesmo de se ter escrito, o Novo Testamento; “... Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.” Luc 16;29
Se, então foi vetada a vinda dum “médium”, agora com as Escrituras completas, por melhores razões, também é. “Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gl 1;8
A João foi permitido, ver e reportar coisas interdimensionais; em parte. Nem tudo o que viu e ouviu pode escrever. “Quando os sete trovões acabaram de emitir suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões emitiram, não o escrevas.” Apoc 10;4
O que lhe foi facultado escrever foi na linguagem celestial; num “esperanto escatológico” que, até hoje muitos ainda se esforçam para entender.
Se, O Senhor deu a receita, o Evangelho, ordenou que se pregasse em todo o mundo a toda criatura, por quê, agora pescaria um aqui, outro acolá, ensinando novas coisas?
Paulo, inspirado pelo Senhor advertiu: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” II Cor 11;3
Acerca do modus operandi do enganador mor e dos seus ensinou: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” II Cor 11;13 e 14
Caso, algo relevante para salvação tivesse sido omitido pelo Senhor, faria sentido que suplementasse agora a Sua Doutrina; contudo, o suplemento que poderia ser um testemunho em defesa do Seu Amor, seria uma acusação robusta contra Sua Perfeição; Pedro foi categórico: “Visto como Seu Divino Poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela Sua Glória e Virtude;” II Ped 1;3
Se, naqueles dias, O Senhor já dera tudo o que respeita à vida e piedade, por que esses “apêndices” tardios? De qual fonte brotam?
Dada a inclinação dos homens que preferem fábulas à verdade, nesse tempo, parece natural supor que quem lhes deformou o paladar a esse ponto, seja o mentor da produção desses “alimentos” ao gosto dos fregueses.
Interessante que no verso imediato, Paulo receitou a sobriedade como antídoto às inclinações fabulosas; “Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” V 5
Notemos que a sobriedade preceituada, o conservava um evangelista; um ministro do Evangelho, não, um além-turista, comissionado a atuar nas duas dimensões.
Eventualmente O Senhor dá sonhos, visões, quando lhe parece oportuno. Nada acrescenta de diferente aos Seus Ensinos; particularmente pode instruir a alguém. Mas doutrinariamente, não há espaço para acréscimos.
Os atenienses que tudo faziam em busca por novidades, na chegada de Paulo precisaram ouvir que eram ignorantes espirituais, não conhecendo a Deus.
Naqueles dias, vá bene! Mas hoje, passados dois milênios com a Palavra de Deus vertida em todos os idiomas, ainda grassa grande obscuridade, mais pelas escolhas perversas em consórcio voluntário com as trevas, que, pela privação de luz espiritual.
Como a doença permanece, natural que o antídoto ainda seja o mesmo; “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que, com justiça há de julgar o mundo...” Atos 17;30 e 31
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário