domingo, 27 de novembro de 2022

O bom caminho


“Eu sei que tudo quanto Deus Faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nem tirar; isto Faz Deus para que haja temor diante Dele.” Ecl 3;14

No Éden, o pai dos falsos profetas disse que o homem poderia ser autônomo; desobedecer e valorar as coisas ao seu modo, independente de Deus. “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Acima, o mais sábio dos homens, Salomão, vetou que se acrescente ou omita, qualquer coisa dos Divinos Feitos, para que o devido temor se estabeleça.

Ele mesmo vaticinara: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

Por fim, O Próprio Senhor Ressurreto, Vetou alterações à Sua Santa Palavra: “... se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus Fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte do Livro da Vida, da Cidade Santa e das coisas que estão escritas neste livro.” Apoc 22;18 e 19

Por quê precisaria o homem, alterar o que O Eterno prescreveu? Seria o reles mortal, mais sábio que Ele? Essa loucura nasce de se tencionar aquilatar as coisas espirituais do prisma natural. A “carne”; esse casulo frágil, dentro do qual, os bons ouvintes e obedientes são desafiados a gestar suas asas.

A carne foi feita refém da sugestão aquela de autonomia, independência. Não é uma eventual força, antes, a escravidão que patrocina sua loucura. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;5 a 7

Tal servidão manifesta-se não apenas no teatro das ações; também faz obtuso o entendimento; o mesmo é feito transparente nos que receberam Cristo e se deixam conduzir nas asas do Espírito. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Tendo o homem carnal uma centelha em si, a insinuar que deveria estar em paz com Deus, porém, levando um fardo pesado de desejos malsãos, inclinações viciadas, às quais se recusa a deixar, engana-se presumindo uma “paz à sua maneira”, alterando em seu prejuízo, as porções da Palavra que se recusa a obedecer.

“Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9

A Paz com Deus requer uma causa que a produza; “O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 e a “justiça” humana, desobediente, parcial, faz papel ridículo perante O Santo; “Todos nós somos como o imundo; todas nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Como nossas “justiças” não serviam para o papel da redenção, a Bondade Divina atribui a de Cristo, aos obedientes; “Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; este será Seu Nome, com o qual Deus O chamará: O Senhor Justiça Nossa.” Jr 23;26

“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e Pôs em nós a Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Notemos que a reconciliação desejada não é uma ideia, uma reflexão filosófica a ser desenvolvida arbitrariamente; vem atrelada a algo: “a Palavra da reconciliação.” Deus reservou a Si o direito aos termos, nos quais a reconciliação é possível. “Negue a si mesmo; tome sua cruz e siga-me,”

Pois, se a inimizade nasceu pela desobediência, como pretenderíamos reatar a amizade baseados noutra rebeldia, alterando à Palavra da Vida? Isso seria apenas repetir o erro. “Como o cão torna ao seu vômito, assim o tolo repete sua estultícia.” Prov 26;11

No fundo, os errados de espírito sabem que laboram em erro; aí, acusados por suas consciências, envernizam suas rebeldias com eufemismos; “amor, inclusão, tolerância...”

Uma coruja pintada de verde não se torna papagaio; assim, o pecado, a desobediência, segue sendo um assassino, embora, se disfarçando com vestes bonitas.

Nossas coisas são biodegradáveis, as Divinas, não. A cada semana a humanidade patenteia milhares de parafernálias high-tech. Essa célere fuga da sombra nos afasta do alvo, da vida, que pode ser vista muito bem, pelo retrovisor. “... Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

sábado, 26 de novembro de 2022

A ressurreição


“O qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.” Rom 4;25

Que O Salvador padeceu por nossos pecados é sabido por todos. Contudo, alguns, como o cineasta Woody Allen, zombam até. “Se Jesus padeceu pelos nossos pecados, seria tolice deixar de cometê-los.” Disse. Para gente blasfema assim, O Amor Inefável de Deus seria patrocinador do nosso egoísmo indiferente e perverso.

A vida aqui, nos moldes em que o mundo funciona, segundo o maligno, se mostra mais fácil e aprazível aos ímpios, coisa percebida desde dias antigos; “... via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, firme está sua força. Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como outros. Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno.” Sal 73;3 a 6

O Maravilhoso Resgate de Cristo soa-lhes sem importância; não percebem suas mortes, tampouco, cogitam o que os espera no além. A diferença entre eles e os salvos, passa despercebida aos seus olhos apressados, em busca de comodidades terrenas.

A Palavra adverte que teríamos aflições no mundo, nosso descanso não seria aqui, lugar de impiedade e corrupção. No entanto, no devido tempo as escolhas daqui darão frutos “conforme suas espécies.” “Eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para Mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;17 e 18

Se, a finalidade salvífica da Entrega de Cristo é de domínio público; às vezes passa despercebido a segunda parte do verso: “... Ressuscitou para nossa justificação.”

Nem sempre damos a devida importância ao significado dessa vitória. Sem ela, nada faria sentido, nem nossa fé, como ensina Paulo: “Ora, se se prega que Cristo Ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? Se não há ressurreição, também Cristo não ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou é vã nossa pregação; também é vã vossa fé.” I Cor 15;12 a 14

Sendo “O salário do pecado a morte...” se fosse vencido por ela significaria que O Senhor teria recebido o que Merecia; assim, não poderia resgatar ninguém. Pedro explica: “Ao Qual Deus Ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela;” Atos 2;24

“Sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus Se Manifestou em carne, Foi Justificado no Espírito, Visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” I Tim 3;16
Justificado em Espírito; na carne foi condenado, por nossos “méritos.”

Na Sua entrega Pagou nossas dívidas. Seu Espírito, Seu Ser Imaculado, nunca deveu nada. “Pai, em Tuas Mãos Entrego Meu Espírito.”
Daí, a superioridade do Seu Sacerdócio, comparado com o levítico, mero tipo profético. “Vindo Cristo, Sumo Sacerdote dos bens futuros, por maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu Próprio Sangue, Entrou uma vez no santuário, havendo efetuado eterna redenção.” Heb 9;11 e 12

A importância da Sua ressurreição é deixar patente que Sua Morte foi sacrifical; não, decorrência de Culpa, nem, acidente de percurso.

Por isso O Senhor Ressurreto Fez questão de Ser Visto por muitos, deixando notório Seu Triunfo. “... ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Foi visto por Cefas, e pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem. Depois foi visto por Tiago... por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo.” I Cor 14;4 a 8

Sua Morte foi estritamente por nós, justo que Espere que, nossas vidas sejam por Ele. “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo Foi Ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua morte, também seremos na da Sua ressurreição; sabendo isto, que nosso homem velho foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito; não sirvamos mais ao pecado.” Rom 6;4 a 6

Nossa “morte” é renunciar às más inclinações, a cruz; a ressurreição, a novidade de vida dos que, aprendendo Dele, vivem Nele. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Os cães


“Porque Teus inimigos fazem tumulto; os que te odeiam levantaram a cabeça.” Sal 83;2

O inimigo de Deus é um, Satanás. Porém, anjos e homens que seguem suas diretrizes também se fazem inimigos; o verso em apreço menciona-os no plural; “... Teus inimigos fazem tumulto.”

O salmo segundo apresenta lideranças unidas, contra Cristo e Suas “cordas”; (doutrinas) “Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra O Senhor e Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” vs 2 e 3

O banimento do cristianismo está sendo imposto a todo vapor; sempre que falam em Nova Ordem Mundial, referem-se a isso; ao projeto globalista que pretende tolher a liberdade religiosa. Grassam mudanças de leis, inversão de valores via cultura, legitimação das perversões de todo tipo, infiltração de “ministros de justiça” nas igrejas, os transfigurados de Satã semeando divisões e contendas, invés da Boa Semente, etc.

Ouvi um “pastor” esquerdista dizendo que “Deus Acima de todos” é apenas um “projeto de poder”; que O Eterno não Está acima, mas, entre nós. Interessante esse escândalo seletivo; “Deus acima de todos” incomoda; mas, o “fazemos o Diabo pra ganhar uma eleição” ou, “vou colocar padres e pastores nos seus lugares”, conta com obsequioso silêncio.

Deus entre nós mostra Seu Amor Salvador, em busca de quem lhe dê ouvidos; “O que Me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

Ele acima de todos refere-se à Sua Autoridade e Governo. “Meu é todo animal da selva, o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; Minhas são todas as feras do campo. Se Eu Tivesse fome, não te diria, pois, Meu é o mundo e sua plenitude." Sal 50;10 a 12

São coisas diferentes que, só se pode ver, cultivando certa honestidade intelectual. Mas, se o sujeito consegue ser “pastor” e esquerdista ao mesmo tempo, seu intelecto deve estar de férias e a honestidade no desterro.

Enquanto Sua Santa Palavra inda puder ser pregada, as “Cordas de Cristo” estarão tentando atrair alguns mais, ao redil dos salvos; “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; Fui para eles como os que tiram o jugo de sobre suas queixadas; lhes Dei mantimento.” Os 11;4

Porém, chegado o tempo do juízo, a Verdade nem precisará ser banida, perseguida; será retirada da Terra; “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que Enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro; do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando A Palavra do Senhor, mas não acharão.” Am 8;11 e 12

Na campanha pra ser o governante global, o inimigo se pintará de bonzinho, libertário, tolerante, inclusivo; contudo, obtido seu propósito, sua máscara cairá; aí, os que desprezaram à verdade sairão à sua procura, porém, será tarde demais.

Serão todos serviçais do governante que terá vindo, “... segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes Enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos que não creram a verdade, antes, tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12

Deus não Faz “Projetos de Poder”; Apenas Valida o que Foi Decretado em relação a Cristo: “Proclamarei o decreto: o Senhor Me disse: Tu És Meu Filho, hoje Te Gerei. Pede-Me, e Te Darei os gentios por herança e os fins da terra por Tua possessão.” Sal 2;7 e 8

É fácil ir no Programa do Bial, como fez Kleber Lucas e dizer que o “Brasil não é de Jesus;” difícil seria refutar o texto acima. Quem sacrifica à Palavra da Vida, para posar de cheirosinho, politicamente correto, perante ímpios, sacrifica à própria alma e cheira mal, diante de Deus.

Pois, tendo sido um dia defensor dos valores cristãos, de repente é visto atuando em defesa do indefensável, em algum momento foi relapso; deixou de defender à própria alma, tornando-se aliado do inimigo.

“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes foi dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;20 a 22

domingo, 20 de novembro de 2022

Questão de honra


“Então disse Saul ao seu escudeiro: Arranca tua espada e atravessa-me com ela; para que porventura não venham estes incircuncisos e escarneçam de mim. Porém seu escudeiro não quis, porque temia muito; então tomou Saul a espada, e se lançou sobre ela.” I Cron 10;4

A batalha estava perdida. Tendo Saul uma leitura clara da situação pediu ao seu pajem que o matasse; temia cair vivo nas mãos dos inimigos e ser escarnecido, quiçá, torturado, antes de ser morto. O Jovem se recusou; então, ele mesmo suicidou-se.

Nem sempre nossa vida é uma questão de múltipla escolha, onde, mesmo havendo uma bússola apontando o Norte, toda a “Rosa dos Ventos” sorri; no caso dele, a escolha possível era binária; morte rápida dando uma ajudazinha, ou morte lenta com escárnios e dores maiores. Escolheu a primeira.

Somos inconsequentes nos momentos de ventos favoráveis e fartura: “A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce.” Prov 27;7

Na abundância de bens, liberdade, espaço, tendemos e ser relapsos, nem apreciar devidamente o que temos; coisas que, se as perdêssemos, nos sentiríamos venturosos recuperado uma fração apenas.

Lembrei uma frase do filme “O Livro de Eli”; naquele cenário pós apocalíptico, sem verde nem água, Solara perguntou a Eli como era a vida antes do “Evento”, que deixara a Terra daquele modo; ele respondeu: “Jogávamos no lixo, coisas pelas quais, hoje se mataria.” “... para a alma faminta, todo amargo é doce.”

Com Saul aconteceu isso. Matou sua própria vida, para não sofrer desonra; se a honra era mesmo importante, por que a desprezara, desobedecendo mandados Divinos? Que tardia providencia, tê-la por valiosa quando, pouco serviria! Bastaria ter sido fiel, ouvido À Voz de Deus. O Eterno Teria premiado à obediência e fidelidade com Sua Proteção. Infelizmente, muitos só pensam em consertar o telhado quando está chovendo.

Não raro, agimos como se Deus Fosse Efêmero, e nós, eternos; como se a urgência fosse Dele, não nossa, no tocante à salvação. Tiago adverte: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? Um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece.” Tg 4;14, Portanto, “... hoje, se ouvirdes Sua Voz, não endureçais vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15

Nosso país vive turbulências sociais, paralisações, protestos, com justificadas razões, ante escandalosa fraude eleitoral, que, se confirmada a vigência, colocaria a cidadania trabalhadora a serviço do crime organizado, daqui e internacional. Liberdade de crença, culto, escolha, expressão, estão ameaçadas; basta ver como a coisa “funciona” onde as nuvens já estão vermelhas.

Mesmo o “Cometa Vermelho” trazendo em sua cauda toda sorte de lixo, moral e espiritual, aborto, ideologia de gênero, liberação das drogas, corrupção, castração das liberdades, destruição da família, perseguição religiosa, perversão da educação, doutrinando invés de educar, etc. Não obstante isso tudo, surgiram em nosso meio, deploráveis “pastores” esquerdistas. Nomes que prestaram relevantes serviços a Cristo, de repente, passaram por um estranho “evento” em suas almas, das quais, também os verdes pastos e a Água da Vida sumiram.

Não fizemos o melhor uso dos Divinos bens, que até agora, têm sido fartos. Como Saul na tranquilidade do palácio não dava a devida importância à obediência.

Liberdades entre nós (os que não esquerdamos) têm sido malversadas por gente desonesta, mercenários que visam dinheiro e vida fácil invés de apascentarem às almas que O Senhor Ama. “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar às ovelhas?” Ez 34;2

Desse modo, acredito que seja O Amor do Pai, que está permitido que o dragão vermelho aperte um pouco nossas gargantas; quiçá, quando ele for forçado a soltá-las, aprendamos a ser mais parcimoniosos com nossos bens; mais prudentes com nossas ações.

Que paremos, enfim, de ser perdulários, pródigos; pois, o Temor do Senhor é nossa sabedoria; não tratemos Suas Dádivas, como se Ele, não fosse Sábio e Bom. “Como o que arma a funda com pedra preciosa, assim é aquele que concede honra ao tolo.” Prov 26;8

Saul só ponderou o valor da honra quando pouco lhe valia. O inferno está repleto de gente que pregaria A Palavra a plenos pulmões, se tivesse outra chance.

Porém, “Está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, tampouco, os de lá passar para cá.” Luc 16;26

Que possamos apreciar devidamente, nosso tempo. “Ouvi-te em tempo aceitável, socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação. II Cor 6;2

sábado, 19 de novembro de 2022

Vergonha; até que é bom


“Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, tampouco, sabem que coisa é envergonhar-se; portanto cairão entre os que caem; no tempo em que Eu os visitar, tropeçarão, diz O Senhor.” Jr 6;15

Vergonha. O constrangimento interior que pode ser nominado por algumas dezenas de sinônimos, nasce de uma “ruptura” com “o programa original”. Nossa consciência acusa que erramos o alvo, presto esse “prêmio” repousa sobre nossas almas, como uma ave agourenta pressagiando consequências.

A primeira vez que aparece deriva de uma insurgência contra O Criador e Sua Vontade, acoroçoada pelo “profeta” que falou na contramão do Eterno. A casal edênico descobriu uma feiura, antes, desconhecida. “... Ouvi Tua Voz soar no jardim e temi, porque estava nu, escondi-me.” Gn 3;10 Adão não usou o termo me envergonhei; antes, "temi porque estava nu”. O que dá no mesmo.

O Salvador Explicou a lógica dos que se escondem; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Geralmente tememos ser reprovados, embora, não nos preocupemos em evitar a prática de ações réprobas.

O simples precisar esconder os feitos é já um testemunho oblíquo de que sabemos que os mesmos são maus. Esse é o papel da consciência, o “antivírus” colocado no “sistema” pelo Santo Programador.

O conhecimento do mal é imediato, onde a consciência ainda não foi cauterizada. “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus...” Gn 3;7

Depois de praticado o erro somos inseridos num segundo momento; onde reagiremos à informação da consciência. A honestidade intelectual nos desafia a reconhecer nossos erros; palavra que embute a ideia de conhecer de novo. Conhecemos nosso erro quando a consciência nos informou; o reconhecemos, quando damos a mão à palmatória da vergonha, que desafia ao arrependimento.

Samuel Bolton disse: “Se a consciência não for um freio, ela será um chicote.” Tiago mostra o pecado visível, antes de ser praticado; isto é: Ao ser planejado, a consciência já o revela; essa revelação poderá ser o freio; contudo, se, em rebeldia consumarmos o desejo insano, sofreremos os açoites. “... havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado sendo consumado gera a morte.” Tg 1;15

Não é problema termos, eventualmente, maus desejos; todos os temos. Como lidaremos com eles define quem somos. Um sonoro não! por amor é Deus é nossa identificação com Cristo. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências.” Gál 5;24

Para nos identificarmos na vida, devemos fazê-lo na morte; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo Foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos nós em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

O novo nascimento aos que estavam “mortos em delitos e pecados” nos “formata”; reinstala o antivírus; a consciência, antes morta, cauterizada, agora, em Cristo recupera o vigor original.

A dissolução onde acabam os que cauterizaram às próprias consciências os levam a um estado deplorável, onde não têm vergonha de não terem vergonha, (faço mesmo e daí?) como vimos acima. “... de maneira nenhuma se envergonham...”

Assim, embora não a desejemos, eventualmente nos incomode até a alheia, a vergonha não é de todo ruim. Se outro bem não faz, pontua que ainda nos resta certa noção, em relação aos valores do Eterno.

Ele comparou a nação de Israel a uma mulher à qual desposara. Falou Saudoso das núpcias, em dias ulteriores, quando brotara a infidelidade; “... Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, do amor do teu noivado, quando Me seguias no deserto, numa terra que não se semeava.” Jr 2;2

O desejo pelo que não temos, nem precisamos, concomitante ao desprezo pelo precioso que possuímos é um mal antigo. “Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

O Eterno consideraria compreensível a infidelidade da “esposa” se tivesse sido um mau marido também; “Assim diz o Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em Mim, para se afastarem indo após a vaidade, tornando-se levianos?” Jr 2;5

Como enfermidade que tolhe a sensibilidade, onde alguém se corta e nem percebe, assim, a prática reiterada do erro; anestesia contra a dor da vergonha. “... tu tens fronte de uma prostituta, não queres ter vergonha.” Jr 3;3

“Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem.” Alexander Pope

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

"Pacificar o País"


“O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17

Muitos “vencedores” nas recentes eleições têm falado em “pacificar o país”; pois, estaria muito polarizado, efervescente, violento.

O que temos contra a paz? Nada.

Acontece que ela não é uma “cor primária” como o são, azul, vermelho e amarelo. Ela é secundária, como o verde, por exemplo, que resulta da mescla entre azul e amarelo. De outra forma: Numa relação de causa e efeito, ou consequência; a paz é uma consequência, não, uma causa.

Pode ser do engano, quando, narrativas artificiosas pintam uma “realidade” fictícia, mirando em retinas, não em corações (O que os olhos não veem o coração não sente); ou, da justiça, quando o império dessa pacifica consciências e deslegitima qualquer levante contrário ao status quo, porque o tal, seria injusto.

Esses “pacificadores”, muitos deles vibraram com a facada sofrida por Bolsonaro; passaram quatro anos se opondo à existência, de um governo conservador; não, a eventual projeto que, porventura quisessem diverso.

Tacharam de “fascistas” aos apoiadores do Jair; a ele de “genocida”; não obstante, tenha liberado trilhões, via Auxílio Emergencial; comprado vacinas em tempo, (mesmo não as querendo para si) e defendido, contra o sistema, o tratamento precoce do vírus, com autonomia dos médicos, sem ingerências de políticos. Mas, seus “idiotas úteis” deixariam de ser úteis, se deixassem de ser idiotas.

Mais; o povo que se “incomoda” com polarizações, protestos, jogava futebol com réplicas da cabeça do presidente; um jornalista falou por todos eles dizendo desejar a morte de Bolsonaro; muitos que escreveram coisas assim, (lançaram moedas nas fontes dos desejos) já receberam em si os seus anseios.

Imaginemos, como ilustração, um sequestro. Por meios violentos, ilícitos, uma quadrilha se apodera de alguém e condiciona a libertação do refém a que se lhes pague alguns bilhões. Entretanto, que a polícia tenha indícios fortes de onde os tais se escondem, bem como, ao refém; o qual, poderiam libertar com devidos cuidados, e prender os sequestradores.

O comandante da polícia autorizaria a ação, tendo todo zelo pela proteção do refém, ou, aconselharia que o bilionário resgate fosse pago, para “pacificar” à situação? Que bosta de paz seria essa??

O esquerdismo faz guerra ao agro, aos militares, aos religiosos, às famílias, à saúde defendendo liberação de drogas, à responsabilidade fiscal, às crianças, querendo desvirtuá-las...

Ressuscitaram a um defunto político, que só poderia concorrer a líder de uma ala do presídio; depois, de modo extremamente tosco, tomaram o poder com a cumplicidade de um tribunal parcial, vendido, que sonegou o direito mais elementar num pleito, a isonomia. Censura aos conservadores, porta aberta aos comunas; inserções radiofônicas aos montes aos canhotos, e nada aos conservadores. Descoberta e denunciada a sujeira com milhares de provas, fizeram ouvidos moucos e seguiram “defendendo à democracia.”

Depois da “apuração” de gráficos retilíneos que se repetiu milimetricamente nos dois turnos, cidadãos indignados saíram às ruas em protesto contra possível fraude, pedindo acesso aos códigos-fontes, para que fossem devidamente auditados os dados, e as dúvidas sumissem.

O TSE na pessoa de Xanduco Donosor, continuou surdo; deu as favas por contadas e passou a perseguir aos “apurofóbicos” que duvidam da sua contagem feita no escuro. Ora, as favas são tão pequenas; no escuro sempre há o risco de que algumas se percam.

Se tudo foi limpo e honesto, como assegura o Emperrador da justiça, qual o problema de mostrar a contagem? Se não foi, como “pacificar” aos milhões de manifestantes que seguem as ruas, há quase três semanas? “Não sabem perder”! Um cacete!

Acaso quando um assaltante fala como Vossa Excelência, “Perdeu mané” e rouba, a vítima não o denuncia na esperança que a polícia o possa reaver? Ninguém sabe ser roubado pacificamente.

Ontem ouvi um “jornalista” altercando com Rodrigo Constantino na Jovem Pan, dizendo que defender os direitos dos manifestantes aos protestos era uma coisa indevida, perigosa. Pode acabar em violências, morte até; sangue, do qual seriam culpados os que os defendem, como o Constantino. É muita filhadaputice!!

O Emperrador disse que os paralisados estão infringindo à lei: “Abuso do poder de manifestação”; Código Alexandrino, capítulo treze, inciso, inventei; Pena prevista: Bloqueio de bens! Os que estão com sede de justiça lembram antigo comercial de certo refrigerante: “Provoque sua sede até não aguentar mais.”

Devemos suportar toda sorte de ataques, quando eles fazem oposição; lá acionam suas garras de Wolverine; quando, com as chaves dos cofres viram ursinhos de pelúcia, recheados com grana.

Nós outros devemos sofrer pianinhos, quando roubados, pois, a paz dos predadores de barrigas cheias seria mais importante que o direito à vida, e à justiça, das presas.?

"Se você vê uma fraude e não diz "fraude", você é uma fraude."
Nassim Nicholas Taleb

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Ilha da Fantasia


“O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. Ele repartiu por eles a fazenda. Poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou seus bens, vivendo dissolutamente.”

“O mais moço... o filho mais novo”.
Às vezes passamos por alto a esse detalhe. Era o mais jovem dos irmãos que acalentava desejos de aventuras, concomitantes com a aversão às responsabilidades do trabalho rotineiro.

“O sangue jovem não obedece a um velho mandado.” Shakespeare.

O tempo imprime em nossas almas, lições que recebemos na escola da vida, a experiência; o método mais doloroso de aprendizado, porém o mais eficaz.

Um jovem ainda vê a experiência pelo lado teórico, da fantasia. Essa costuma sonegar percalços, desacreditar na possibilidade de falhas, vislumbrar finais felizes para todos os incidentes, superestimar os próprios feitos, acondicionar estreitamentos futuros no vasto estado de ânimo presente, que não estará, quando o futuro vier; enfim, esperar uma cumplicidade com a sorte que nem a sorte acredita. Isso tudo devidamente fervido no caldeirão da ousadia culminará, inevitavelmente, na poção das decepções.

A precipitação do pródigo é uma “Ilha da Fantasia”, na qual, todos atracaram seus barcos. Exceto, os que ainda atracarão.

O que significa pródigo? Que dissipa seus bens, que gasta mais que o necessário; gastador, esbanjador, perdulário. Muitos, pelo uso que fazem, parecem pensar que, pródigo significa perdido, arrependido. Ele arrependeu-se quando se viu perdido, voltou; mas, não foi daí que herdou sua alcunha.

Melhor avalia os bens, quem já sofreu sua privação; um jovem, bem nascido, que de nada teve falta, não raro, despreza às águas limpas sentindo anseios por cisternas rotas.

Foi no fundo do poço, no ponto mais “alto” da sua derrocada, que viu como boas as sinas dos empregados da casa paterna; ele que vira como ruim, à própria. “Tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão e eu aqui pereço de fome!” V 17 Se é preciso tornar a si pra recuperar a sensatez, quem a deixa, necessariamente está fora de si.

Já ouvi questionamentos sobre, onde a fidelidade é mais difícil; na carência, ou, na fartura? Experiências pretéritas de fartura, plenitude, culminaram em fracassos; um terço dos anjos, criaturas perfeitas, sem falta de nada, caíram após as seduções do inimigo; o primeiro casal, num jardim de delícias, em plena comunhão com O Criador, também sucumbiu ao comício do canhoto.

Esses eram inferiores aos anjos. Assim foram criados, sabendo a Presciência Divina que cairiam; por isso diz que “O Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo.” Ou seja: O Resgate foi decidido e aceito, antes da queda.

Natural concluirmos que, tendo fracassado a desejada fidelidade em âmbito de fartura, de plenitude, aprouve ao Criador, produzir os caracteres desejados, a partir de um cenário de carências.

Mesmo eventuais abastados, materialmente, nas coisas que contam para a vida eterna, as espirituais, nascem indigentes, pobres; “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus;” Mat 5;3

Os vencedores daqui lidam com o mínimo necessário aos Olhos Divinos, para, aprendendo apreciar o básico, não devanear com fantasias, como o jovem mencionado. 

Por isso, independente das circunstâncias materiais nas quais vivamos, a todos os salvos O Senhor poderá dizer o mesmo: “... Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te Colocarei; entra no gozo do teu Senhor.” Mat 25;23

A fidelidade no pouco requer o despejo de um intruso que nos invadiu; amalgamou-se às nossas almas, como se, parte delas fosse; o pecado. “Se faço o que não quero, já não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;20 e 21

O “negue a si mesmo” requerido por Cristo significa crucificarmos, via renúncia, esse “eu” que não sou eu; mas, um intruso que me escraviza, para que novo ente seja gerado, não mais escravo; liberto e regenerado, segundo O Salvador.

Quem se desgarra da casa do Pai, não carece tornar a si; antes, tornar a Cristo. “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4

Anjos perfeitos, sem carência de nada caíram; não poucos salvos, imperfeitos, frágeis, limitados, fazem proezas, perdem vidas terrenas até, sem duvidar da Integridade Divina.

Essa ousada entrega das “coisas loucas desse mundo”, empresta sua didática até aos Céus; “Para que agora, pela igreja, a multiforme Sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.” Ef 3;10

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Tumor


“Ninguém hoje gosta da verdade: a utilidade e o interesse próprio há muito tempo foram substituídos pela verdade.” Nikolai Berdiaev

Essa frase do filósofo ucraniano foi escrita por volta do ano 1900; portanto, o “hoje” a que ele se referiu é bem antigo, se, cotejado com o nosso.

Mais ou menos na mesma época, o multifuncional Ruy Barbosa, (político, advogado, jornalista, escritor, diplomata, tradutor, orador, etc.) mencionou o “triunfo das nulidades”, grandes poderes nas mãos dos maus, crescimento das injustiças... e cunhou sua célebre ironia sobre “sentir vergonha de ser honesto.”

O apodrecimento moral da humanidade é algo que rasga muitos céus, nas asas do tempo; embora, nunca tenha cheirado tão mal, quanto agora.

Nossa mais alta corte em termos de autoridade, embora padeça de nanismo, seja baixa, em saber e honestidade, tem dado azo a toda sorte de aberrações. 

Parcialidades, militância política, atropelo dos preceitos constitucionais, aos quais, deveria defender; e pasmem! depois de uma leva de medidas autoritárias, tolhendo direitos de livre expressão aos cidadãos que lhes pagam os altos salários, enfim, depois de terem implantado a censura contra um lado da nossa política, os conservadores, “em defesa da democracia”, claro!
Agora, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Carmem Lúcia, Lewandowski, e o famigerado imperador do Xandaquistão, Alexandre de Morais, (outras fezes com os mesmos vermes, Temer e Dória, também estavam por lá) foram palestrar em Nova Iorque, sobre “Democracia e liberdade”! Put@ k p4r1w!! Que gente sem noção, sem caráter, sem vergonha!!!

Não basta todo autoritarismo difuso, país em polvorosa, cidadãos indignados, tolhidos nos direitos elementares, depois de uma “eleição” extremamente irregular, não bastando isso tudo, digo, ainda precisam do escárnio como cereja na torta. Será que foram às suas custas, ou temos que pagar essa nojeira também?

Cidadãos brasileiros que vivem nos States os “receberam” com muitos adjetivos, aos quais eles fizeram jus; mas, exigem respeito; uma ova!! Respeito se conquista, não se impõe.

Quem atua de modo desprezível como têm feito, apenas está colhendo o que plantou; os impropérios que ouviram por lá permeiam o imaginário da maioria da nação; outros, se pudessem chegar à mesma distância que aqueles, repetiriam a dose.

Por muitos anos fomos drogados por futebol, novelas e carnaval. Agora, acabaram o Brasileirão, a Libertadores, e quase passaram despercebidos; estamos a menos de uma semana da Copa do Mundo e o povo nem aí.

Finalmente o brasileiro despertou! Percebeu que está em jogo sua liberdade, seus direitos civis; não está disposto mais, a emprestar seu labor para usufruto do crime organizado, com seus dois braços; o armado de fuzis, e o de sofismas, mentiras e corrupção, que desfila nos corredores dos três poderes. (às vezes excursiona a New York também).

Pena que tenhamos demorado tanto para percebermos o que importa; mas, “libertas quae sera tamen” como diz na bandeira de Minas Gerais.

Não se faz uma faxina como a que estamos precisando com medidas simpáticas, nem com o anestésico dos eufemismos a tontear verdades duras, para que essas sejam ditas de modo brando. Não se cura câncer com Dipirona! O tumor é maligno, está espalhado; a cirurgia é urgente.

Não raro, as virtudes dos conservadores são usadas contra eles. Sua estrita e ciosa observância da lei, às vezes irrita. Do outro lado vale tudo; golpe baixo, dedo no olho, areia nos olhos, mordidas, soco inglês, doping... de nossa parte, ai de que, não “joguemos dentro das quatro linhas.

Ora, mesmo jogando segundo as leis, no constitucional impeachment da Dilmanta, foi “Górpi”; agora, manifestações lídimas, democráticas, justas, ordeiras, são “atos criminosos”, “levantes golpistas”, “manifestações antidemocráticas” e o escambau!!

Gastar palavras com essa gente que não tem limites, não está nem aí para valores, coerência, fatos, lógica, verdade, etc. é ridículo e inútil como oferecer pastagem aos predadores. O único “argumento” que esses “ouviriam” seria a força.

Por não confiar no Judiciário nem no Congresso, com justificadas razões, o povo decente do país aglomera-se em torno dos quartéis em busca de socorro junto às forças armadas.

Não faço ideia de qual será o desfecho disso; qualquer pessoa com dois neurônios inda ativos, com a honestidade intelectual sem vírus, notou que se protagonizou na “Ilha de Vera Cruz” a maior e mais vexatória fraude de todos os tempos. Uma vitória sem festa, sem carreatas, buzinaços, por estrita falta de vencedores.

Dezenas de urnas com zero votos para Bolsonaro, onde seus proporcionais fizeram bastante, no primeiro turno. Censuras de um lado, porta aberta do outro; inserções radiofônicas tolhidas, etc. Mas temos que aceitar calados. Desconfio que não.

"O segredo do relacionamento saudável não está na omissão dos fatos nocivos, mas sim em não se ter fatos desta natureza a se omitir." Ulisses Drago de Campos

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Pra onde olhar?


“Os olhos dos que veem não olharão para trás; os ouvidos dos que ouvem estarão atentos.” Is 32;3

À vinda do Rei da Justiça, os capazes de ver distintamente não olhariam para trás. Uma figura de linguagem que significa retroceder; desejar voltar para onde se estava; postura desaconselhada pelo Salvador. “... Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o Reino de Deus.” Luc 9;62

Quando anjos retiraram apressados à família de Ló da condenada Sodoma, ordenaram que eles fugissem sem olhar para trás; coisa que a mulher desobedeceu; “A mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal.” Gen 19;26 Era a estrita salvação da vida que estava em jogo; ela tinha consigo a preciosidade a salvar; porém, quem coloca o coração em predileções doentias corre o risco de sacrificar ao precioso por apego ao vil.

Eventualmente não calculamos os custos de uma empresa. Vendo essa se revelar mais difícil do que o sonhado, muitas vezes tendemos a recuar, achar melhor a rotina antiga que a luta presente.

O Senhor ensinou: “Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não a podendo acabar, todos que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30

“Assim, qualquer de vós, que não renuncia tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo.” v 33
Se, presumimos seguir a Cristo preservando conforto, aceitação, vida mansa, quiçá, aplausos humanos até, ainda não entendemos o que está em jogo. “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, odiou a Mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes, Eu vos Escolhi do mundo, por isso, o mundo vos odeia.” Jo 15;18 e 19

Usamos tomar decisões no calor das emoções, sem um aprofundamento devido; quando o calor arrefece, tendemos a não querer mais, o que quisemos acossados pelo instante. O Senhor comparou esse modo de agir, ao cair de sementes sobre pedras. “Da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo A Palavra, logo com prazer a recebem; mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam.” Mc 4;16 e 17

Embora pareça escolha ordinária, aos olhos menos avisados, a conversão é extremamente radical. Desafia-me a perder a vida como estava acostumado, para ganhar uma nova, eterna, como Cristo Quer que eu viva; “Quem achar sua vida perdê-la-á; quem perder sua vida, por amor de Mim, achá-la-á.” Mat 10;39

Apenas os que conseguem ver no âmbito espiritual, não recuam às dificuldades do caminho; “Os olhos dos que veem não olharão para trás...”

Quem compreende deveras, o que significa Jesus Cristo, mesmo que, eventualmente olhe para trás, acossado por suas fraquezas, não voltará atrás; sabe para onde vai, em ambos os casos; prosseguindo, ou voltando. “O Reino dos Céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.” Mat 13;45 e 46

O voltar atrás significa que, para nós, as promessas Divinas não são tão preciosas assim; que valham sofrermos em demanda delas. Todavia, quem possui olhos espirituais, apenas pelo que recebe aqui, (perdão, justificação, O Espírito Santo, dons, paz de espírito, distância do medo da morte, etc.) sabe o quanto vale a pena ser fiel.

Nossa dupla natureza, espiritual, depois do Novo Nascimento, mas, ainda carnal, nos tenta às inquietações; ao anseio pelas coisas no nosso tempo, quiçá, da nossa maneira; “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa... o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;36 e 38

Se, ele olhar para trás, voltar, estará por sua conta. O Criador não manda ninguém pro inferno; as pessoas vão para lá com suas próprias pernas. Preferem planícies da comodidade, prazeres irresponsáveis rumo ao abismo da perdição, a escalar a encosta das renúncias, em cujo topo, espera a vida eterna.

Como num automóvel, as luzes potentes apontam pra frente, pra iluminar o caminho; as traseiras são tênues, para que sejamos vistos, não para vermos. Os carros, embora precisem manobras retroativas, não foram feitos pra andar pra trás.

Assim nossas almas; quem olha para trás não pode ver muito longe; “Teus olhos olhem para a frente; tuas pálpebras olhem direto diante de ti.” Prov 4;25

domingo, 13 de novembro de 2022

A "vitória" do PT


“Jamais diga uma mentira que não possa provar.” Millôr Fernandes

Pois, o TSE contou uma das grandes, que determinado candidato fez 60 milhões de votos sendo assim, eleito; porém, a coisa não colou, nem vai.

A mesma está eivada de irregularidades, de tal forma, que num país minimamente justo, três vezes o “vencedor” teria perdido.

Primeiro: Não poderia concorrer tendo diversos crimes seus julgados e condenados em três instâncias. A canetada do Fachin mostrou que ele também não poderia ter sido guindado ao STF, por falta das duas credenciais básicas; reputação ilibada (para pretenso jurista militância política pretérita estraga a reputação) e notável saber. Seu tribunal corroborara a condenação do larápio; mas em tempo “oportuno” ele “descobriu” que o CEP estava errado!? Não sabe ler?

Segundo: Falta de isonomia na campanha. Censura, restrições, prisões, bloqueios de toda sorte aconteceram apenas do lado dos conservadores, (O TSE agiu como sendo parte da equipe de campanha petista) enquanto, a esquerda podia e fazia tudo, com estrondoso silêncio da corte. 

Apenas no Nordeste, foi provado que 154 mil inserções radiofônicas foram sonegadas à campanha de Bolsonaro; denunciada a roubalheira com robustas provas, invés de adiar a eleição, investigar e reparar as injustiças como faria qualquer tribunal decente, O Xandão ameaçou aos denunciantes, como se, o grave fosse a descoberta, não o roubo.

Terceiro; invés de uma apuração transparente que permitisse ser conferida e auditada, se fosse o caso, tivemos um segredo de Estado ao qual apenas o Xandão e asseclas tiveram acesso.

Um estranho gráfico retilíneo repetiu-se no primeiro e no segundo turnos; evidência de fraude. Uma apuração limpa traria oscilações várias em ambos os sentidos. Mesmo os militares que foram convidados a conferir a aludida transparência, foram mantidos à distância dos meios de fiscalização.

Três irregularidades gigantescas, bastantes para desqualificar ao “presidente eleito”; poderia pedir música no Fantástico. Será que existe alguma, cuja letra exalte a um ladrão movido a fraude?

Para poder “provar a mentira” como disse o Millôr, seria necessário um mínimo de verossimilhança. Quem apoiava ao Lula? Falou mal dos religiosos; dos militares; dos policiais; do agro; dos enfermeiros; chamou aos patriotas de Ku Klux Klan... ah, mas falou bem do COVID.

Para encher uma praça precisava lotar ônibus de lugares distantes, pra amontoar alguns “Cumpanhêros”; nunca pode sair às ruas. Por outro lado, no Sete de Setembro milhões de patriotas fizeram estrondosas “manifestações antidemocráticas”. Coerente, aliás, para quem acha Venezuela, Nicarágua e Cuba, nações democráticas.

Após o “resultado” invés de passeatas nas ruas de todo o país, foguetórios e festas dos presumidos sessenta milhões de “vencedores”, um tímido e breve arranjo na Paulista e nada mais. Por que essa gente não mostra sua força? Porque não tem. Numa eleição honesta com apurações limpas, o petismo não faz trinta por cento dos votos.

Agora temos dois cenários desoladores. De um lado, a escória moral da nação sujando lugares altos assanha-se na divisão sôfrega e precipitada do butim, dada a “honestidade” forçada de quatro anos. Nomes baixos de gente abjeta são cogitados para lugares altos.

A cidadania deveria trabalhar para o crime organizado. Pautas como soltura de bandidos e destruição dos valores da família e perseguição “estratégica” aos cristãos já são expostas sem pudor nenhum.

Nem assumiram ainda, (nem sei se o farão) e já começam a desmentir promessas de campanha, acenar com gastos descontrolados; afinal, tem muitas aves de rapina e predadores do erário famintos; quatro anos de abstinência! haja grana!!

Sem contar os expoentes do lixo internacional, como Maduro e Fernandes que já trouxeram seus pires socialistas, sonhando com grana daqui, para cobrir roubos e incompetências de lá.

Do outro lado, imensa leva de patriotas inconformados com a roubalheira que grita diante dos quarteis, pedindo aos militares a devida faxina; auditoria nas urnas eletrônicas para que, o vero resultado seja conhecido.

Não sei qual será o fim disto, mas temo que termine em banho de sangue. Os militares foram ameaçados pelo “eleito” que fala em desmilitarizar à polícia e criar uma “Guarda Nacional” estilo bolivarianos, que estaria a serviço (sabemos) do comunismo, não do Estado, como estão as Forças Armadas.

Além desse desprezo do possível “Comandante”, pesa contra os militares e necessidade de prestarem continência, homens de reputação ilibada, diante de um ladrão. Não acredito que a “vitória” do sistema cole tão fácil assim.

Pois, voltando ao Millôr, contaram uma grotesca mentira que não podem provar.

Mesmo que o ladrão assumisse, como seria a país, que pela primeira vez na história começaria um governo tendo o povo nas ruas em indignada oposição? O Mecanismo poderá pagar para ver, dobrar a aposta.

Agora falam em “defesa das instituições democráticas” os canalhas que sempre rasgaram à Constituição.

Templos de Deus


“Não darei sono aos meus olhos, repouso às minhas pálpebras, enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o poderoso Deus de Jacó.” Sal 132;4 e 5

A “morada do Senhor” naqueles dias era um pouco diferente do ensinado no Novo Testamento. Embora se mencionasse a inadequação das obras humanas, no fundo, se cria que O Tabernáculo, depois o Templo, eram locais da habitação Divina; a Arca, com as Tábuas da Lei, o Maná, e a vara de Aarão, “utensílios” da Casa Santa.

Salomão sabia que a tal era pequena demais; “Habitará Deus com os homens na terra? Eis que os Céus, o Céu dos Céus, não Te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado?” II Cron 6;18

O que O Senhor fez foi santificar a casa, se dispor a atender aos arrependidos que O buscassem nela, ou, mesmo em lugares distantes, voltados para ela, em sinal de identificação. “Porque agora Escolhi e Santifiquei esta casa, para que Meu Nome esteja nela perpetuamente; nela estarão fixos os Meus Olhos e Meu Coração todos os dias.” II Cron 7;16

O Nome do Senhor estaria ligado à casa; não, a habitação, estritamente.

O desejo do Santo sempre foi comunhão mediante obediência, fidelidade. Sem essas, o templo perderia sentido. “Porém se vos desviardes, deixardes Meus Estatutos e Meus Mandamentos, que vos tenho proposto, fordes e servirdes a outros deuses, vos prostrardes a eles, então os Arrancarei da Minha Terra que lhes Dei, e Lançarei da Minha Presença esta casa que consagrei ao Meu Nome; Farei com que seja por provérbio e motejo entre todos os povos. Desta casa, que é tão exaltada, qualquer que passar por ela se espantará e dirá: Por que Fez O Senhor assim com esta terra e com esta casa? E dirão: Porque deixaram Ao Senhor Deus...” II Cron 7;19 a 22

Tanto que, duas vezes o templo foi destruído; parte das ruínas permanece até hoje.

O que se disse a Saul sobre sacrifícios; “Porventura tem tanto prazer O Senhor em sacrifícios, quanto, em que se obedeça à Sua Palavra?” Também pode ser dito, no tocante a templos.

Deus não habita em templos de humana feitura; mas, no imaginário popular ficou essa ideia. Chegaram a pensar que a existência da “Casa de Deus” entre eles seriam um salvo conduto, contra, ataques externos, mesmo vivendo eles alienados do Eterno.

Jeremias denunciou-os: “Porventura furtareis, matareis, adulterareis, jurareis falsamente, queimareis incenso a Baal, andareis após outros deuses que não conhecestes, então vireis, vos poreis diante de Mim nesta casa, que se chama pelo Meu Nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominações? É esta casa, que se chama pelo Meu Nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que Eu, Eu mesmo, vi isto, diz O Senhor. Mas, ide agora ao Meu Lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, Fiz habitar O Meu Nome e vede o que lhe Fiz, por causa da maldade do Meu povo Israel. Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o Senhor, vos Falei, madrugando e não ouvistes, chamei-vos e não respondestes, Farei também a esta casa, que se chama pelo Meu Nome, na qual confiais, a este lugar que vos dei e a vossos pais, como Fiz a Siló.” Jr 7;9 a 14

O templo deveria ser consequência do relacionamento, jamais, a causa.

Hoje aprendemos que os “templos” de Deus são outros; “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.” I Cor 3;17

A samaritana cogitou lugares para o culto, O Salvador acenou com “endereço” espiritual. “Deus é Espírito; importa que os que O adoram, adorem em espírito e verdade.” Jo 4;24

Mais que uma construção suntuosa, um coração com o devido afeto conta. “Jesus respondeu: Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra e Meu Pai o amará; Viremos para ele, e Faremos nele morada.” Jo 14;23

Poderemos dizer como Davi, que não daremos descanso às nossas pálpebras até “construirmos” um lugar adequado ao Senhor. A “matéria-prima” vem toda do Santo; cumpre-nos o descarte do profano.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles Habitarei, entre eles Andarei; Serei Seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor! não toqueis nada imundo, e vos Receberei;” II Cor 6;14 a 17

sábado, 12 de novembro de 2022

Faces da justiça


“... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar.” Is 59;14

Certamente, verdade e equidade são coisas boas, atinentes à justiça. Plantas para cuja colheita, estamos sempre prontos, embora, nem sempre estejamos para o plantio. De outra forma: Gostamos que a justiça nos sirva, quando somos comensais; nem sempre a servimos, quando, garçons.

Naquele contexto em que a equidade nem podia entrar, havia uma semeadura que justificava tal colheita; “Porque nossas transgressões se multiplicaram perante Ti; nossos pecados testificam contra nós; as nossas transgressões estão conosco, conhecemos nossas iniquidades;” v 12 Confissões ouvidas dos lábios do profeta, não necessariamente, do povo.

As injustiças nem eram tão injustas; a rigor, eram consequências de maus atos pretéritos que estavam maduras.

“O homem prudente, observando aos erros alheios corrige os seus”. Oswaldo Cruz. Observando a ceifa dos próprios, acrescento, bem que podemos nos arrepender e melhorar; se, não por escrúpulos morais, pelo menos, por esperteza; para não fazermos mal contra nós mesmos.

Se outro bem não nos faz, sofrermos injustiças, pelo menos faz a gente apreciar melhor o valor da justiça. O homem verdadeiramente cioso dela, preferirá arcar com prejuízos materiais, a sofrer tal lapso na consciência. Sócrates dizia muito bem, que é mais infeliz quem comete uma injustiça, do que, quem a sofre.

A Palavra do Senhor descreve o cidadão dos Céus como aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor; aquele que jura com dano seu, contudo, não muda.” Sal 15;4 Sofre dano em atenção à palavra empenhada, mas não dana à própria alma, descumprindo-a.

Atualmente não sentimos “vergonha de ser honestos” como ironizou Ruy Barbosa, mas sofremos a vergonha alheia, vendo tanta desonestidade incensada, tanta aversão à probidade, tanta gente de nome e funções nobres, assessoradas por caracteres vis; merecedores de masmorras sujando tronos.

O mesmo Isaías anteviu esses dias. “A terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4

Essa inversão, onde os pedregulhos figuram como joias e vice-versa também foi pontuada por Salomão: “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi servos a cavalo e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

O nanismo moral dos que deveriam preservar à justiça, deforma as estruturas da sociedade; deturpam valores, movidos por interesses rasos.

“Os seus chefes dão as sentenças por suborno, seus sacerdotes ensinam por interesse, seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.” Miq 3;11 “Por esta causa a lei se afrouxa, a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo e a justiça se manifesta distorcida.” Hc 1;4

Tanto no âmbito religioso, quanto, civil, as distorções e injustiças campeiam, onde o amor pela verdade erra no desterro. Até “servos de Deus” se esforçam em defesa de ladrões; “... Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele?” Sal 50;16 a 18

Tal opção suicida, necessariamente nos lançará nas paragens da injustiça; O Juízo Divino fará isso; “Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Desfará pelo assopro da Sua Boca, e aniquilará pelo esplendor da Sua Vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;7 a 12

Para que nossa veemência contra injustiças soe verdadeira, sejamos cuidadosos com nossos passos, escolhas, decisões. Eventual injustiça tolerada ao meu favor, frutificará em meu prejuízo. “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22

Nossa caminhada não é um fim; antes, um meio, cujo proveito se verificará na chegada; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Muito se fala em injustiça social, essa abstração que culpa aos outros. Somos mordomos das nossas almas, porém. “Examine, pois, o homem a si mesmo...” I Cor 11;28

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Coragem de crer

 “Mas o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38

Diferente do que possa parecer, a fé não é algo mais, que podemos ter, ou não. Antes, a sadia, calcada em Cristo e Sua Obra é nosso passaporte para a vida. “O justo viverá da fé.”

O Salvador ensinou: “Na verdade, na verdade vos Digo que, quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Notemos que, O Senhor, mesmo Sendo Deus, transferiu a origem da Sua Palavra ao Pai. “Ouve Minha Palavra e crê Naquele que Me Enviou...” Se, o “produto” que temos para crer é Sua Palavra, e isso significa crer em Deus, Sua Palavra É A Palavra de Deus. “Porque Eu não Tenho Falado de Mim mesmo; mas O Pai, que Me Enviou, Ele Me Deu mandamento sobre o que Hei de Dizer e sobre o que Hei de Falar.” Jo 12;49

Maravilhosa lição de renúncia, esvaziamento, Daquele que pôde dizer com verdade, “Sou Manso e Humilde de coração...”
“O Justo viverá da fé”, não significa que esse dom seja dado a uma elite, que seja considerada justa de antemão, recebendo por isso, a fé como “prêmio.”
Antes, que todo aquele que crê, é justificado, reputado justo por reconhecer suas injustiças e buscar sua salvação estritamente nos méritos de Cristo. “... haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.” I Cor 6;11

“Se ele recuar...” Para os que defendem a doutrina da “eleição incondicional”, a hipótese de um “eleito” recuar soa impossível.

Porém, se assim fosse, tal advertência perderia o sentido, bem como, a condicionante da salvação à perseverança; “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” Mat 24;13 Dizer, depois das favas contadas, que um perseverou porque era eleito, outro recuou porque não era, não é argumento. É apenas um capcioso raciocínio circular de quem não tem argumentos.
A eleição bíblica é em Cristo, o que demanda renúncia, entrega, submissão. Predestinação não significa pré-escolha; antes, a preparação antecipada de um destino.
Pedro denunciou a alguns que recuaram, de modo bastante incisivo; “Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22
O Salvador figurou como sementes sobre pedras, Suas Palavras, aos ouvidos de gente superficial, que até acredita inicialmente; mas, ao preço de seguir crendo se assusta e recua.
O risco de recuar é bem presente, dada nossa fraqueza, e postura relapsa em buscar o conhecimento de Deus. “O coração do entendido adquire o conhecimento, o ouvido dos sábios busca sabedoria.” Prov 18;15

“... Minha Alma não tem prazer nele.” O relacionamento que O Eterno anseia conosco envolve prazer, alegria. Uma relação baseada no amor, que, “Não se porta com indecência, não busca seus interesses...” I Cor 13;5
Aos obedientes faculta alegria espiritual; “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.” Rom 14;17
De nossa parte anseia que escolhamos as coisas e valores que Ele Aprova; nisto estará Seu Prazer. Dos rebeldes denunciou: “Também Escolherei suas calamidades, Farei vir sobre eles seus temores; porquanto Clamei e ninguém respondeu, Falei e não escutaram; mas fizeram o que era mau aos Meus Olhos; escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;4
Os hebreus estavam impacientes, na iminência de recuar, depois de terem tido um começo promissor.
Geralmente as coisas não saem como esperamos, não por culpa das coisas em si; antes, das nossas expectativas desorientadas. A Palavra adverte das aflições; esperamos alegria; ensina sobre apostasia, esperamos avivamentos; apregoa tempos trabalhosos na reta final, e reclamamos quando nos vemos neles; ansiamos diferente do que foi prometido.
“Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos firme consolação, nós, que pomos nosso refúgio em reter a esperança proposta; Heb 6;18
A Integridade Divina é fiadora tanto das advertências da vida aqui, quanto, é fiel guardiã das promessas reservados ao além.

Paulo ensina: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, o ouvido não ouviu, nem subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam.” I Cor 2;9
Nenhuma de recompensa está preparada para fujões; apenas para fiéis; “... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apoc 2;10

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Anjos inconclusos


“Viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto e comeu; deu também ao seu marido e ele comeu com ela.” Gen 3;6

A advertência Divina era quanto ao resultado final da desobediência, (a morte) não, contra os eventuais atrativos com os quais a mesma pudesse se paramentar. A arapuca revestiu-se de uma roupagem que fazia à mesma parecer boa, agradável, desejável. Com o impulso do “profeta” da ocasião que acenou com a divindade às criaturas, meramente desobedecendo, o desejo deve ter palpitado inda mais forte.

Um grego antigo disse: “Olhos e ouvidos são maus conselheiros quando as almas são bárbaras”. Heráclito. Por bárbara se entendia uma alma inculta, rústica, privada do aprendizado, avessa à obediência.

Foi a falta de fé na Integridade Divina que permitiu o comércio do deus alternativo, para seduzir a um terço dos anjos, que, com ele caíram. “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste teus santuários; Fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te Tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos que te veem.” Ez 28;18

Não era falta de beleza, poder, honra, privação de algum bem que lhe faziam sentir lesado, excluído; antes à presença de coisas excelsas extrapolou seu lugar pretendendo ser o que não era. “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te Lancei, diante dos reis te Pus, para que olhem para ti.” v 17

O lapso da fé que honra Ao Criador, se achou na terça parte dos anjos, que acabaram banidos com seu líder; então, aprouve ao Eterno criar novos “anjos”, a partir de um estágio inferior; “Que é o homem mortal para que te lembres dele? o filho do homem, para que o visites? Pois, pouco menor o fizeste que os anjos; de glória e de honra o coroaste.” Sal 8;4 e 5

Mas, somos carne e ossos, dirá alguém. Certo; no estágio inferior fomos criados assim; presos numa redoma de desobediência, a carne; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Os que, em Cristo renasceram da água e do Espírito, são desafiados a andar em espírito, a despeito dos instantes apelos da carne, e dos rebuscados artifícios às vistas. Os que isso conseguirem, serão guindados ao estágio superior; “Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus.” Mc 12;25

Se àqueles, sobretudo, ao seu líder o esplendor em formosura acabou sendo um mal, a nós o desafio é sermos justificados sem o auxílio das vistas. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

A fé deve cravar suas âncoras de escalada “apenas” na Integridade Divina, a despeito o que vê. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Quanto mais escuras forem nossas circunstâncias, se seguirmos fiéis, mais didáticos serão nossos exemplos, perante os anjos que habitam seu plano superior. “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus” Ef 3;10

Não que sejamos mais sábios que eles; mas, estando num estágio inferior, se agirmos de modo a descansar em Deus, no que Ele Disse, a despeito dos apelos das vistas, seremos portadores de uma mensagem que saberão considerar.

Se, aos olhos do vulgo a fé é cega, na dimensão do espírito pode “ver” sem nenhuma luz. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

A árvore da morte, a desobediência, paramenta-se com discursos belos, adorna-se com toda sorte de neons, para manter entretidos seus presos; se possível, atrair algum incauto mais que se aconselhe com olhos e ouvidos bárbaros.

Nós que cremos matriculamo-nos noutra escola. “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que Sou Manso e Humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

Formosura em abundância pode corromper, eventual formoso sem noção; a fé sadia, mesmo em meio a adversidades empresta-nos a necessária firmeza para andarmos, como fez com Moisés; “Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;27

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Não foi com ouro


“... Este cálice é o Novo Testamento no Meu Sangue, que é derramado por vós.” Luc 22;20

“Derramado por vós” tem duplo sentido; tanto pode significar uma acusação, foram vocês; quanto, um motivo; foi por causa de vocês.

Qual das duas opções devemos entender como certa? A uma análise superficial presto abraçaremos a segunda, uma vez que, quem derramou o sangue do Salvador foram os romanos. Até pode ter sido por nossa causa, mas, não fomos nós.

Penso que não é tão simples assim. Ambas as alternativas estão entrelaçadas. Demos motivos para que, tal Resgate fosse necessário, gostando ou não, fomos nós que indiretamente crucificamos ao Salvador. Nós; todos os pecadores.

Tanto que, os que fruíram o novo nascimento em Cristo, depois voltaram atrás, dos tais A Palavra diz que repetem o Calvário. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam O Filho de Deus; O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Assim, se apostasia equivale a crucificar de novo, foi porque, antes disso já O tínhamos crucificado. Seu Sangue foi derramado por nós, nos dois sentidos.

Nosso sangue, mesmo que fosse derramado movido pela injustiça, ou, por piedade até, nada valeria. Dos dons sem amor, Paulo expressou: “Ainda que distribuísse toda minha fortuna para sustento dos pobres e entregasse meu corpo para ser queimado; se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” I Cor 13;3

Pois, de eventual sacrifício sem a inocência necessária para possível resgate se poderia dizer o mesmo. ‘Ainda que eu entregasse meu corpo para ser crucificado, se não tivesse completa inocência, tal sacrifício de nada serviria’. “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, e Feito mais sublime do que os Céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, depois pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo-se.” Heb 7;26 e 27

Pecar foi nosso crime; “o salário do pecado é a morte...” Jo 6;23 Ele Pagou por nós.

Nosso “sacrifício” é a identificação com Cristo em Sua Entrega e obediência à Vontade Divina até às últimas consequências. Isso Ele nos Quis Ensinar quando desafiou: “Tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de Mim...” Mat 11;29 “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? Fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Paulo chamou a isso de “sacrifício vivo”; não carecemos derramar sangue; antes, mortificar à carne. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Eventualmente cristãos sofrem martírios por causa da fé; mas, isso não ocorre para que sejam salvos; antes, porque esses já o são.

Por isso a exortação a não negarmos nossa fé, mesmo ameaçados de morte; ou, a ela submetidos. “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Àquele que, depois de matar, Tem Poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5 “... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apoc 2;10

Pode ainda de alguns encontrarem a fé na reta final, como um dos ladrões da cruz; felizes desses!

Então, enquanto segue nossa peregrinação, devemos nos munir desse pensamento: Aquele que Teve Seu Sangue Inocente derramado por nós, os culpados, manifesta Graça Inaudita, quando requer que apenas renunciemos nossas más inclinações, o que em linguagem figurada é posto como “crucificar à carne e suas paixões.”

O capítulo 11 da Epístola aos Hebreus apresenta um rol de “heróis da fé”, como parâmetro para seriedade do que está em jogo perante alguns, que pareciam capitular a meras impaciências; “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” Heb 10;36

Suas dores eram difíceis de suportar? Depois do rol dos heróis, tênue exortação: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

Combatermos contra o pecado, não contra adversidades; senão poderemos derramar O Sangue Santo, outra vez.

domingo, 6 de novembro de 2022

A culpa de ver


“Porque maior é a iniquidade da filha do meu povo que o pecado de Sodoma, a qual foi subvertida como num momento, sem que mãos lhe tocassem.” Lam 4;6

Seria uma hipérbole? Uma figura de linguagem que toma certo exagero para realçar uma ideia? Temo que não.

A “filha do meu povo” era sua nação, então, abatida, arruinada. Ele compunha suas lamentações vadiando entre restos de uma destruição desoladora.

Sodoma fora subvertida, coberta de fogo e enxofre. De onde tirara a ideia que a maldade dos compatriotas seria superior?

A Palavra Ensina que, de quem mais recebe, mais será cobrado; Israel, nos dias de Cristo recebera uma luz espiritual que os sodomitas nunca tiveram, como O Próprio Salvador referiu: “... porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, que para ti.” Mat 11;23 e 24 Parece que O Salvador concordou com Jeremias.

Isso, sobre Cafarnaum; juízo que se pode explanar a todos os lugares onde Cristo Ensinou e Operou sinais. Contra a capital era a sentença principal; dela procediam as diretrizes espirituais e civis, que pavimentaram Sua rejeição. “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes Quis ajuntar teus filhos, como a galinha aos seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?” Luc 13;34

Voltemos no tempo; a destruição da cidade e o cativeiro em Babilônia foram nos dias de Jeremias; havia ensino então? Ele cansou de ser ignorado pelo vulgo; daí, tentou ser ouvido pelos nobres; “... Deveras estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o Juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem... mas, estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;4 e 5 “Quis agasalhar-te e não quisestes.”

A proliferação de maus conselheiros e falsos profetas atendia uma “demanda de mercado”; “Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles; Meu povo assim o deseja; que fareis ao fim disto?” Jr 5;31 Não se tratava de ignorância, antes, opção pelo fácil, irresponsável, aprazível, em prejuízo do verdadeiro.

Tampouco, houvera má vontade em Jeremias, omissão ou recuo, em cumprir seu ministério; “Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim A Palavra do Senhor e vos tenho anunciado, madrugando e falando; mas vós não escutastes.” Jr 25;3

Não trazia algo novo; antes um desafio a se manterem no que fora dado desde os dias idos; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Cap 6;16

Assim, ter aquilatado aquela maldade como superior à dos sodomitas é um juízo pleno de sentido. Não se tratava de mera dissolução moral na ignorância, como a daqueles; antes, rejeição aos Ensinos Divinos, tornando vão ao árduo e duradouro ministério do profeta.

Atualmente a coisa cresceu como rabo de cavalo; para baixo. A facilidade de comunicação e os múltiplos meios, dela decorrentes, de conhecermos À Palavra de Deus, também nos coloca melhores que os sodomitas, na arte de sermos culpados.

Nas recentes eleições, pautas cabalmente anticristãs receberam apoio de muitos “cristãos”; vergonhosa fraude foi ignorada por muitos, que, jogaram suas toalhas e passaram a “orar pelo novo presidente”. É vergonha alheia que chama?

Se, um tosco, bêbado, ladrão, assessorado por um tribunal flagrantemente corrupto e parcial, vociferando ameaças e desejos de vingança contra tudo e contra todos, invés de planos de governo, zurra ofensas, apoiado por satanistas, festejado pelo crime organizado, já pode contar com nosso apoio, qual honra O Eterno Receberá de nós que pretendemos ser servos Seus?

Sabemos que a Bíblia ensina a orarmos pelas autoridades; porém, adverte de algumas coisas que os cristãos deveriam saber.

Pois, mera profissão de fragmentos da Aliança Divina não nos basta: “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele; tens a tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal, e tua língua compõe o engano.” Sal 50;16 a 19

Não se trata de idolatrar ao Presidente como acusam alguns incautos, ou desonestos intelectuais; mas, entre os que “fazem o diabo pra ganhar uma eleição” e o que esposa o “Deus acima de todos”, até os sodomitas saberiam qual a melhor escolha.