quinta-feira, 30 de março de 2023

Olhar para trás


“No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.” II Rs 18;5

Ezequias empossado aos 25 anos tomou medidas que, veteranos, antes dele, não ousaram. Despedaçou ídolos, desfez bosques usados como lugares de culto; até mesmo a serpente de metal, que Moisés fizera nos dias dos murmuradores, a qual, também se tornara um ídolo.

É próprio do homem, buscar referências horizontais para justificar suas escolhas. Das feitas, defende-se: Eu fiz, mas fulano também o fez; das desejadas: Também quero, todo mundo tem, só eu que não.

Contudo, nossa peleja por “isonomia” geralmente se dá na questão dos direitos; não, dos deveres, do custo de algo. Até anelamos os bens alheios; nunca, o custo, as responsabilidades.

Ezequias não olhou para os feitos de reis pretéritos, como justificativa aos seus. Agiu por suas próprias motivações e foi além; “não houve quem lhe fosse semelhante, nem entre os que foram antes dele.”

Felizes os que, invés de dependerem da mediocridade adjacente como parâmetros, olham para Deus, tendo na Sua Expressa Pessoa, Jesus Cristo, como exemplo a seguir, a imitar. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” Fp 2;5 Sentimento, e consequente modo de agir.

O risco de nos satisfazermos com os míseros degraus que ascendemos é atrofiarmos nossos “músculos” pela falta de movimento. “... exercita a ti mesmo em piedade...” I Tim 4;7

As aflições têm um efeito colateral positivo, se, delas lograrmos algum aprendizado; por outro lado, a ausência delas poderia ser deletéria, em prejuízo da têmpera já infundida em nossas almas; como disse alguém: “A calmaria que te faz dormir, é mais perigosa que a tempestade que te mantém acordado.”

Olharmos horizontalmente, tendo eventual semelhante como parâmetro pode ser uma inspiração, dependendo de nossa estatura em relação ao tal; ou, mero comodismo, se nos presumirmos estar no lugar de repouso, no topo da escalada.

A Palavra de Deus colocou um Parâmetro inatingível, para que não nos conformemos com rasas conquistas. Devemos crescer, “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes...” Ef 4;13 e 14

Tanto, o que uns estão fazendo, num sentido positivo, não deve ser nosso teto, quanto, o que outros desfazem em detrimento dos próprios ministérios e da Obra, deve nos desanimar. “Observando os erros alheios, o homem prudente corrige os seus.” Oswaldo Cruz.

Quando O Salvador “encorajou” a se dizerem inúteis os que fizessem apenas o ordenado, ou, desafiou a andar duas milhas quando a demanda fosse por uma, tinha em mente isso: Ir além do lugar comum, dar asas à criatividade; ousar em direção ao alto.

O bom exemplo é vital, mais eloquente que a mais completa das pregações! Não se trata de negar isso; é indispensável para quem é infante, ou adolescente espiritual, o estímulo de bons referenciais. Algo visível também desperta fé; “... muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

Porém, o alvo desse escrito são os obreiros, para que, não se deem à acomodação, olhem para o alto e ousem segundo O Espírito Santo os inspirar.

Embora a ousadia normalmente aponte para a frente, nos tempos presentes, onde, tanto o modernismo, quanto, o liberalismo solaparam à sã doutrina, corajosos são os que olham para trás; para um tempo em que dormiram os que deveriam vigiar, e infiltrados da oposição disseminaram seu joio doutrinário. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6;16

Se, quanto à forma e os meios, todas as novidades podem ser úteis, no que tange ao conteúdo, à essência, não há espaço para “melhoramentos”, muito menos, para aberrações “inclusivas” onde se presume que, pintando a coruja de verde, a mesma se tornará papagaio.

Que a máquina do tempo mova suas engrenagens! Quem lida com valores eternos deve ter como meta permanecer, perseverar, não “evoluir”. Afinal, “Jesus Cristo É O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

A Ló e sua família foi ordenado não olhar para trás, porque o juízo estava em curso (sua mulher desobedeceu e pereceu); na inversão de valores que grassa, o que vem pela frente porá a perder quem se deixar persuadir.

Não é questão estrita de tempo; mas, de quem ensina, e o quê. “Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu Sou Deus, não há outro.” Is 45;22

A oposição


“Eles estão entre os que se opõem à luz; não conhecem seus caminhos, não permanecem nas suas veredas.” Jó 24;13

Após descrever feitos dos ímpios, Jó sintetizou com essas palavras os mesmos; oponentes da luz, ignorantes sobre seus caminhos, avessos às suas veredas.

Adiante, prosseguiu: “De madrugada se levanta o homicida, mata o pobre e necessitado, de noite é como o ladrão. O adúltero aguarda o crepúsculo, dizendo: Não me verá olho nenhum; oculta o rosto, nas trevas minam as casas, que de dia marcaram; não conhecem a luz.” vs 14 a 16

Seu negócio é com a noite, ainda que, de madrugada, já às barras de um novo dia. O escuro lhes é um sócio, um estímulo a fortalecer as mãos, “não conhecem a luz.”

Somos exortados pela Palavra de Deus, a andar na luz. Não termos nada a esconder, nem mesmo, nossos erros; “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Os renascidos em Cristo devem deixar o antigo habitat, rumando ao novo. “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13;12

A conversão é uma migração de um reino para outro; “Para lhes abrires os olhos, das trevas os converteres à luz, do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em Mim.” At 26;18 Disse O Salvador

A idônea mensagem evangélica não flui para que os homens se sintam bem, ouvindo-a; antes, se sintam mal. “Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?” Atos 2;37

Ouvir que andou errado o tempo todo, está espiritualmente morto e se prosseguir assim, irá à perdição, não traz alento nenhum a ninguém. Por isso, os que ouviram o “chaveiro abrindo as portas do Céu” compungiram-se; sentiram aflição moral, pesar, arrependimento.

A vinda do Salvador foi descrita assim: “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” Jo 1;5

Entenderam que a luz significava a revelação de seus descaminhos, e a rejeitaram. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Porque, o homem anseia por aprovação, mesmo vivendo de modo réprobo. Como a luz insiste em reprovar seus passos, torna-se avesso à mesma. “Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim, por causa das trevas.” Jó 17;12

A inversão de valores, a profanação das coisas sagradas, se dá, porque os poderes aqui estão nas mãos dos maus. Assim, pouco a pouco “ganham terreno” na rejeição global Àquele que É a Luz do Mundo, Cristo. “Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras e sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;2 e 3

O mundo, em sua adesão suicida ao pai da mentira consegue viver e promover, total inversão de valores. Mas, com quais argumentos dobrará, aos que, chamados por Cristo, deixaram o reino das trevas onde viviam e passaram a andar com Ele? Chamam de “discursos de ódio” às pregações da Justiça Divina, que, junto ao amor que perdoa, desafiam a um novo modo de vida, os que foram perdoados.

Tal pecha deixa patente o que eles chamam de “amor”. Se, a correção em justiça lhes equivale ao ódio, naturalmente, dar asas a toda sorte de perversões, e libertinagens, ao gosto de cada um, seria o amor. Não o de Deus. Ele diz: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, não desmaies quando por Ele fores repreendido; porque o Senhor corrige ao que ama, açoita a qualquer que recebe por filho.” Heb 12;5 e 6

Pois, “se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” v 8

Se fossem apenas inclinações humanas a incentivar suas ações, tenderiam, os ímpios, a manter “distância segura” da luz, como Adão fez: “Ouvi Tua voz e me escondi, porque estava nu.”

Porém, há um espírito por detrás disso, que pretende o lugar de Deus. Esse, detentor do poder sobre a impiedade, mais que fugirem dela, faz seus títeres se oporem à luz.

Pregadores até; gente que trocou a verdade pela mentira, agora trabalha para novo pai. Desprezam os Divinos Juízos em nome do “amor” de Deus. Vimos acima, a que tipo de amor se referem.

O que se fez, de novo se fará, nada novo debaixo do sol. “Viu Deus que era boa a luz; e Fez separação entre luz e trevas.” Gn 1;4

quarta-feira, 29 de março de 2023

Religiosidade vã


“O sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!” Prov 21;27

O caráter dos ofertantes, ímpios; e a intenção má. Não raro, a impiedade também se manifestava na qualidade do que seria sacrificado.

Malaquias denunciou uns que pecavam religiosamente, em seus dias: “Ofereceis sobre Meu altar pão imundo, e dizeis: Em que Te havemos profanado... Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? Quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? aceitará a tua pessoa? diz o Senhor dos Exércitos.” Mal 1;7 e 8

Então, o caráter do ofertante, a intenção da oferta, bem como, a qualidade da mesma eram aspectos relevantes.

Porém, vivemos nos dias da Nova Aliança, isso não tem a ver conosco; será? “Jesus Cristo é O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8 Aquilo que é errado diante Dele, o é, em qualquer tempo.

O que mudou entre um e outro pactos, é que, após O Sacrifício Perfeito e Eterno de Cristo, já não há espaço nem necessidade de outro. “... porque permanece eternamente tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Heb 7;24 e 25

O ministério dos “sacerdotes” que anunciam Cristo, foi figurado como se, estivessem aplicando sobre as pessoas, a eficácia do Seu Sangue, oferecido de uma vez por todas. Pedro, escrevendo aos judeus crentes, na dispersão, os chamou de “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para obediência e aspersão do Sangue de Jesus Cristo...” I Ped 1;2

Santificação pelo Espírito, “obediência”, depois, convidar outros a entrarem na Nova Aliança, “aspergindo o Sangue de Cristo.”

Quando reiteramos nossos pecados, não carecemos sacrificar outro animal, como na Antiga Aliança. Nosso arrependimento e confissão ao Senhor, evocam outra vez, a eficácia do Redentor, se, nosso ato contrito é sincero. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, O Justo.” I Jo 2;1

Impiedade, má intenção ou sacrifício defeituoso eram motivos para rejeição; na Nova Aliança, ainda é assim. A graça não tornou as coisas mais fáceis, “apenas” fez possível o que, antes dela não era.

Da má intenção quando alguém ora, por exemplo, Tiago advertiu que dará em nada; “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites.” Tg 4;3 O Salvador ensinara qual deve ser a prioridade dos Seus: “buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Quando os samaritanos rejeitaram a Jesus, mesmo os que andavam com Ele se deixaram seduzir por um mau intento; “Seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias fez?” Luc 9;54

Nos dias de Elias o rei mandara soldados para que o “buscassem”, o que significava, prender; Jesus, apenas não fora aceito; eram momentos e circunstâncias distintas, no prisma da Vontade Divina. “... Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las...” Luc 9;55 e 56 Muitas vezes, a ignorância acerca do querer de Deus “patrocina” maus passos.

Quanto aos ímpios, mesmo que façam muitos milagres no Nome do Senhor, sua sorte não mudará; “... Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;23

Esses que enganam com pretensos dons, manipulações e profetadas, estão enganados pelo inimigo, que os convenceu que isso é esperteza. “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” II Tim 3;13

A “prosperidade dos ímpios” não resiste a um breve escrutínio da luz. “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios; Tu os lanças em destruição.” Sal 73;17 e 18

Sacrifícios defeituosos são possíveis ainda, embora, o de Cristo seja Perfeito, Eficaz e Eterno. Quando, os maus motivos ou a impiedade ainda se abrigam naqueles que invocam ao Santo Nome, invés da “Aspersão do Sangue de Cristo”, como ilustrou Pedro, ocorre, a profanação do Mesmo, por gente que ignora a distância que deve separar o santo do profano. “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Enfim, o sacrifício aceitável proposto é: “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.” Rom 12;1

segunda-feira, 27 de março de 2023

Escarnecedores


“O escarnecedor busca sabedoria e não acha, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14;6

Um provérbio antitético, onde, a segunda parte se opõe à primeira. O que busca pela sabedoria e não a encontra, e outro que, a descobre fácil. Embora o tradutor tenha posto “conhecimento” a estrutura mostra tratar-se da mesma coisa, sabedoria.

Conhecimento é uma posse amoral, que pode muito bem habitar no ímpio ou, no justo; a sabedoria não é tão pródiga assim.

Os dois sujeitos em apreço são opostos por razões morais, não intelectuais; escarnecedor e prudente. O primeiro causa aversão tal, no Eterno, que há uma bênção prometida aos que evitam sua companhia; “Bem-aventurado o homem que... não se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1

Atitudes réprobas aos Divinos Olhos, O Santo espera que sejam também assim, aos nossos; “Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? Aquele... a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra aos que temem O Senhor...” Sal 15;1 e 4

A falácia que, por Deus Ser Amor aceita tudo, não chega nem perto da verdade. Corresponder ao Seu Amor requer obediência; “... Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra, e Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23 Essa bendita habitação nos responsabiliza de tal forma, que devemos manter larga distância, de posturas e ambientes, que esse mundo imoral e “inclusivo” glamouriza.

Honrar alguém pela manifestação de sua fé, está longe de ser um feito dos escarnecedores. Esses, mais facilmente tacharão nossa crença de “discursos de ódio”, ou coisa pior.

Todavia, o prudente leva sua vida de outra forma; “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9;10

Em nome da prudência, aliás, O Salvador ensinou a nem se pregar Sua Palavra onde o nível moral fosse demasiado baixo; “Não deis aos cães as coisas santas, nem lanceis aos porcos vossas pérolas, não aconteça que as pisem e, voltando-se, vos despedacem.” Mat 7;6

Embora, na forma e meios, o Evangelho possa desfilar mediante gente de pouco conhecimento, expressão não mui esmerada, lábios de pecadores como somos, na essência, seus ensinos tratam de coisas santas, com as quais, os escarnecedores não têm menor intimidade.

Dadas as nuances do caráter desses, nasce uma estranheza a perguntar: Por que, os tais, buscariam sabedoria? Para melhor escarnecer? Praticar essa baixaria em “alto nível”?

A sabedoria, por sua essência, recusa-se a atuar como ferramenta de destruição. Mantém distância segura dos habitats da má índole.

O prudente garimpa pelo saber com motivos melhores; a esse Sophia facilita o trabalho; “Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos. Então entenderás a justiça, o juízo, a equidade e todas as boas veredas. Pois, quando a sabedoria entrar no teu coração, o conhecimento for agradável à tua alma, o bom siso te guardará, a inteligência te conservará;” Prov 2;4 a 11

Notemos que, antes de se haurir a sabedoria, precisamos conhecer sua fonte; “... entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus.” O Eterno É cuidadoso ao escolher para quem a lega; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...”

Os que o mundo reputa sábios, muitas vezes não passam de astutos, velhacos. Há uma diferença diametral entre a “Sabedoria do Alto” e as artimanhas rasas dos espertalhões da terra.

Paulo pontuou essa discrepância: “Mas falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;7 e 8

Tiago ampliou: “A sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade nem hipocrisia.” Tg 3;17

Se nenhum dos príncipes do mundo conheceu, foi por Divina escolha; “... Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e revelaste aos pequeninos.” Mat 11;25

Paulo reitera e anexa o motivo: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas para confundir as fortes... Para que... Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.” I Cor 1;27 e 31

O escarnecedor procura sabedoria e não acha, porque “... Deus não se deixa escarnecer...” Gál 6;7

domingo, 26 de março de 2023

Os pastores


“Porque os pastores se embruteceram, não buscaram ao Senhor; por isso não prosperaram; todos seus rebanhos se espalharam.” Jr 10;21

“O mercenário que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge; o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, não tem cuidado das ovelhas.” Jo 10;12 e 13

Dois cenários: Um, onde as ovelhas se dispersam, por causa dos maus pastores; outro, onde os maus pastores fogem e abandonam-nas. Os dois são preocupantes, pois, em se tratando de nossas vidas, sempre é um risco colocarmos nossa confiança em guias desleais.

Se tivesse que escolher o menos grave, optaria pelo que, as ovelhas fogem vendo a ruindade dos “pastores”. Pois, no outro, elas são abandonadas pelos líderes, ficam à deriva.

Nos dias de Jeremias a dispersão era literal, espalhavam-se mesmo, por causa do sacerdócio corrupto, e das mensagens de falsos profetas, (hoje muita dispersão ocorre velada, por abandono da sã doutrina, seguem agrupados, mas distantes de Deus) houve um período que aqueles preferiram ser enganados pelos farsantes; “Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” Cap 5;31

Então, entre se dispersar por não compactuar com a maldade, ou, seguir maus obreiros, traindo a si mesmo, a primeira escolha parece a menos ruim. Tal dispersão é uma fuga da aridez espiritual, em busca, quiçá, de melhores águas e pastagens.

“Maldito aquele que fizer a Obra do Senhor fraudulosamente; e maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10

No contexto do Velho Testamento, pela conquista da terra, a espada era literal. Fazer a Obra do Senhor, em muitos casos, demandava se dispor para o combate.

Débora desprezou alguns que fugiram da luta. Os que ficaram filosofando sobre agruras da guerra, enquanto o pau quebrava; “Por que ficaste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nas divisões de Rúben tiveram grandes esquadrinhações do coração.” Jz 5;16 e os que se recusaram decididamente a pelejar. “Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do Senhor, acremente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram ao socorro do Senhor, ao socorro do Senhor com os valorosos.” Jz 5;23

Vemos que, fugir da luta necessária implicava em maldição.

Na Nova Aliança, já não é a conquista da terra, mas, do céu que está em jogo. A parte que nos era impossível, O Salvador já fez por nós; a que podemos, devemos; porém, “... não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, contra os principados, potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12

Então, “Revesti-vos de toda armadura de Deus... também o capacete da salvação, e a Espada do Espírito, que é A Palavra de Deus;” Ef 6;11 e 17 

O combate se dá no âmbito do entendimento; qualquer perversão da verdade semeada aí, deve ser desfeita pelos que podem ver na dimensão espiritual. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

A oposição faz seus ataques aí; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Sendo esse combate com a “Espada do Espírito” a Palavra de Deus, essa, necessariamente, apontará para a cruz de Cristo e Seu Sangue Imaculado, nela derramado por nós. Qualquer mensagem pretensamente salvífica, que, não tenha a redenção de Cristo como fator central, é só o derivado do engano, de um falso pastor, que, no afã de agradar, entreter, fabrica alternativas espúrias, retirando sua espada do sangue. Isto é: Deixando de tributar a Cristo nossa salvação.

Paulo denunciou-os desde seus dias já; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles; só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

A importância de pastores idôneos não pode ser exagerada. Nenhum homem prudente se atreveria sem O Divino Chamado; “... porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas...” Heb 13;17

Se me perder pela influência de um mau líder, perdemos os dois. Porém, mestres fiéis terão galardão eterno. “... os que a muitos ensinam a justiça, resplandecerão como estrelas sempre, eternamente.” Dn 12;3

sábado, 25 de março de 2023

Os que voltam atrás


“Lembra-te de onde caíste e arrepende-te; pratica as primeiras obras; senão, brevemente a ti virei, tirarei do seu lugar teu castiçal, se não te arrependeres.” Apoc 2;5

Embora o pecado se disfarce com prazeres, sensação de liberdade, triunfos, a única coisa que ele opera necessariamente, é a queda dos que a ele se entregam. “lembra-te de onde caíste...”

Paulo adverte: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.” I Cor 10;12

O pecador pode fruir por um pouco, os píncaros da glória, a sedução dos prazeres, comodidade, desconhecer restrições; todavia, se não se arrepender em tempo, não passa de um morto-vivo, futuro hóspede do inferno aguardando na antessala; traidor de si mesmo, perdulário com seu mais precioso bem, a vida.

Nosso pecador em apreço conheceu ao Senhor, viveu nele por certo tempo e retrocedeu; isso fica subentendido na exortação: “... pratica as primeiras obras...” restava a encenação religiosa, sem devido compromisso com O Senhor.

Mais: O chamado ao arrependimento trazia junto a ameaça de se remover seu brinquedo favorito. “... tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.”

A carta fora endereçada ao anjo de certa igreja, (pastor) o castiçal significava a igreja. “... os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.” Apoc 1;20 Assim, o não arrependimento do líder abalaria toda a coletividade a ele ligada e poria a perder seu ministério.

Normalmente pensamos, ante uma chamada ao arrependimento, que alguém deve parar de praticar determinadas coisas que ofendem a Deus. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13 O arrependimento é uma mudança de mente, que, necessariamente terá reflexos no agir.

Entretanto, em se tratando de apostasia, a abordagem é diferente. Invés de exortarmos alguém a parar de fazer algo, devemos exortá-lo a parar de não fazer, de ser omisso; “... pratica as primeiras obras...” Isso implica que, o alvo da correção andara bem, e pouco a pouco mudara seu proceder.

Desgraçadamente, alguns, invés de se arrependerem dos pecados, se arrependem de os ter abandonado. Sentem saudades do “Egito”, como muitos no êxodo. A isso se chama apostasia, retroceder, voltar atrás. A Palavra de Deus é categórica: “O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38

Embora nem sempre ousemos pensar nisso, O Eterno deseja ter prazer conosco. Como no ato conjugal, a excelência está em ser o prazer partilhado por ambos os cônjuges, também na relação espiritual, O Criador deseja ter prazer conosco.

Primeiro nos abençoa sem termos méritos, depois espera que correspondamos ao Seu Amor, escolhendo às coisas que O aprazem. Ele denunciou ao povo do Antigo Pacto: “Também Eu escolherei suas calamidades, farei vir sobre eles seus temores; porquanto clamei e ninguém respondeu, falei e não escutaram; mas fizeram o que era mau aos Meus olhos; escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;4

A ênfase exagerada no Amor Divino muitas vezes serve como “camuflagem” cretina, dos que se recusam a abandonar seus pecados prediletos. Ora, todo amor anseia ser correspondido. No caso do amor de Deus, tal correspondência requer nossa renúncia das vontades carnais, e obediência ao Divino querer. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra, e Meu Pai o amará; viremos para ele, e faremos nele morada.” Jo 14;23

Quem supõe que a Graça ampliou uma porta que a Lei estreitara, ainda não entendeu as funções de uma e outra. A Lei colocou os “sinais de trânsito” para nosso andar na estrada da vida; como dirigimos muito mal, estávamos com estrondoso excesso de “pontos na carteira” e multas impagávei, O Salvador veio e com Sua Graça nos “anistiou”, para que, então, deixemos que Ele dirija nossas vidas; abandonamos nosso “carro” suicida da autonomia, e entramos para um coletivo, (igreja) onde seremos guiados pelo mais hábil condutor, se, apenas seguirmos Suas diretrizes. “... as ovelhas O seguem, porque conhecem Sua voz.”

A Lei não foi dada para salvar; antes, para deixar patente nossa necessidade do Salvador. “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

A caminhada com Ele, num mundo que se lhe opõe não é uma jornada fácil.

Contudo, dificuldades vistas da perspectiva correta devem nos aproximar mais, invés de nos afastar. Alguns retrocedem; outros, no entanto, mesmo com lutas, se esforçam para fazer ainda melhor; “... tuas últimas obras são mais do que as primeiras.” Apoc 2;19

Como águas paradas se corrompem, assim a vida espiritual estagnada. O comodismo estacionário não apenas nos tolhe de crescermos; canta canções de ninar, enquanto embala o leito da morte espiritual.

quinta-feira, 23 de março de 2023

Nossa paz


“Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti.” Is 26;3

Isaías apresenta a paz como uma consequência. “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Cap 32;17

Perseverarmos firmes em Deus, quando a justiça nos sorri, não é uma tarefa difícil.

Mas, “dona Justa” nem sempre nos convida à sua mesa. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mat 5;6 Prometeu O Salvador. Devemos seguir fiéis, mesmo quando não fruímos nossos direitos.

Fartura para os que têm fome e sede de justiça será realidade no porvir. No lugar das devidas recompensas, segundo O Divino Juízo. “Porque o Filho do homem virá na glória de Seu Pai, com Seus anjos; então dará a cada um segundo suas obras.” Mat 16;27

Qual o sentido de ajuntarmos tesouro nos céus, se as recompensas fossem todas aqui? Paulo ensina: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cro 15;19

Uma mente firmada no Eterno, necessariamente, terá vigoroso componente de fé; pois, vendo e padecendo injustiças, aflições de toda sorte, o venturoso perseverante continua “vendo” a certeza das promessas, firmado na Integridade Divina, não nas circunstâncias.
“A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das que se não veem.” Heb 11;1

O homem natural pode estranhar a paz do que é espiritual, bem como, sua firmeza mesmo em face a eventuais decepções. Ouçamos Paulo outra vez: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

O fato de o Criador conservar alguém em paz, refere-se, sobretudo, ao relacionamento consigo. Pois, “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Tal paz é um patrimônio interior, portanto, não depende do que ocorre nas relações interpessoais.

Quando O Eterno nos ordena algo, a rigor está construindo uma cerca ao nosso redor; se O obedecermos de modo a preservar nossa paz com Ele, assim será; porém, nem sempre estaremos também em paz com quem nos rodeia.

De nossa iniciativa devemos ser promotores da paz. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14 O convívio com semelhantes nem sempre é pacífico, não por nosso desejo, mas, porque, algumas vezes não é possível. “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18

Fazermos ouvidos moucos quando O Eterno fala, também é uma forma de jogar fora esse bem, precioso, nossa paz. O Santo lamentou, no tocante a Israel: “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos, então seria tua paz como o rio, e tua justiça como as ondas do mar!” Is 48;18

De novo, encontramos justiça e paz de mãos dadas. Sendo o outro lado da moeda, dos injustos em atritos, igualmente verdadeiro: “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar, suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Nos provérbios encontramos breve apreço da mulher adúltera, como alguém errante e sem paz; “Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa seus pés. Foi para fora, depois pelas ruas, ia espreitando por todos os cantos;” Prov 7;11 e 12

Quando alguém “procura” algo que sequer sabe o que é, no fundo, foge e disfarça sua fuga apenas. “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

A consciência foi colocada em nós como um aferidor moral. Adverte antes de maus passos, e traz seu peso, depois que os damos. Samuel Bolton definiu assim: “Se a consciência não for um freio, ela será um chicote.”

O homem que confia em Deus, necessariamente O obedece; tendo puxado o freio no tempo certo, nenhum açoite resta a roubar-lhe a paz.

Pregadores lisonjeiros, que acenam com Divinas promessas, sonegando o necessário compromisso, apenas traem aos inimigos de Deus, invés de promover a paz mediante reconciliação. “Curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” Jr 6;14

Que o mundo siga exaltando ímpios, glamourizado devassidões, promovendo injustiças, legitimando pecados... nossa paz não está pela impiedade adjacente; “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

quarta-feira, 22 de março de 2023

Intolerância?


“Todos fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, gregos, servos, livres, todos temos bebido de um Espírito.” I Cor 12;13

Se, todos os que foram batizados formam o Corpo de Cristo, a Igreja Dele, óbvio que se refere a todos os que foram batizados Nele.

Se alguém o foi nalgum credo alternativo, não isso não o inclui. O “Bom Pastor” só Tem ovelhas; outros bichos não. E, “quando tira para fora Suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas O seguem, porque conhecem Sua Voz.” Jo 10;4

Nada mais inclusivo que O Evangelho de Cristo. "Ide por todo o mundo e pregai O Evangelho a toda criatura.” Mc 16;15. Ninguém há, tão mau, que não deva ser buscado, tampouco, bom, ao ponto de salvar-se sozinho.

Quando a busca for seletiva, ainda assim, os “selecionáveis” estarão por toda a terra. A qualidade buscada será espiritual, não, um vínculo nacional, racial, ritual, etc. “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Quando nos acusam de intolerância, na verdade estão pervertendo o significado da referida palavra. Os que servem ao Senhor o fazem nos termos Dele. “Com que purificará o jovem (o homem) seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

O Senhor mandou que anunciássemos Seu Amor e Seus termos, a toda a criatura, patente está, o quão inclusivo o Amor Divino é, embora, responsabilize quem deseja abraçá-lo.

A diversidade de credos é imensa, e mesmo entre os que tomam O Nome do Senhor como Fiador há tantas variáveis, muitos imitadores profanos, outros, inchados na carne, mercenários que mercadejam com A Palavra, malgrado, isso tudo, o caminho para a salvação segue estreito, exclusivo, singular; “... Eu Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

A deturpação de “tolerar”, estraga-a de dois modos. Primeiro, transforma tolerância, necessariamente, em qualidade; perante Deus não é bem assim. Tolerarmos o que Deus detesta é um erro, não uma virtude. “Tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar Meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.” Apoc 2;20

Muitos falsários, refratários à verdade chamam de “juízes” aos que apresentam os termos Divinos; eles só conhecem o “amor”. Ora, “o amor... não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;” I Cor 13;4 e 6 Quem prega e vive a verdade, ama.

Depois, equacionam maliciosamente, a correção de rumos proposta pelo Salvador, com rejeição às pessoas que andam errado. Nada mais distante da verdade. Sem a devida conversão, nenhum de nós seria “aceitável” perante O Santo. “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” Rom 3;10

Quem não aceita convívio com o pecado É Deus; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que aos teus companheiros.” Sal 45;7 Afinal, “Tu És tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” Hc 1;13

A Palavra de Deus em momento algum propõe alianças religiosas com credos contraditórios em nome do “bem comum”, como está sendo gestado por Francisco, e asseclas; o famigerado ecumenismo. Essa balela de que, “todos estão certos, cada um à sua maneira, cada um tem sua verdade”, está a anos-luz da verdade. Quem disse isso, “vós seres como Deus, sabereis o bem e o mal” foi o Pai da mentira.

Essa doutrinação relativista, engenhosamente pensada, onde alguém desenha um número no chão que visto de um lado é nove, do outro, é seis, pretendendo dizer que ambas as leituras estão certas, errada é a disputa, é balela para boi dormir.

Raramente um número aparece solto, sozinho; tendo outro, ao lado a leitura correta fica fácil. Em casos que, a ambiguidade pode aparecer, se previne a mesma com um traço na parte inferior, ou, o auxílio de uma cor, como ocorre nas bolas de bilhar.

Assim, só se confunde quem quer. E quem defende o que quer, a despeito do que O Criador afirmou Querer, fatalmente acabará colhendo o que não deseja. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Breve os caçadores da intolerância ficarão nus, não tolerando mais nossa fé. Adão e Eva estavam nus e não se envergonhavam por falta de culpa; esses será pela falta de vergonha.

Quem está em Cristo não precisa acordos inter-religiosos; para quem não está, tanto faz. Estamos?

domingo, 19 de março de 2023

Migrar para a luz


“O Senhor retribua teu feito; te seja concedido pleno galardão da parte do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.” Rt 2;12

Rute, estrangeira, moabita, a qual fora casada com um judeu que falecera, por amor a Noemi sua sogra, migrara com ela para Israel, onde ouviu a bênção acima, proferida por Boaz, com quem viria a se casar.

Interessante a figura: “... Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.” Embora sua segurança e sustento dependessem, inicialmente, de socorros humanos, em última análise, estava sob proteção do Deus.

“Ele te cobrirá com as Suas penas; debaixo das Suas asas te confiarás; Sua verdade será teu escudo e broquel.” Sal 91;4

A Proteção Divina não deriva de mera situação geográfica; traz consigo um compromisso; sermos escudados na verdade, independentemente de onde estejamos.

Quando, falando com uma samaritana, o tema foi o devido lugar de culto, O Salvador pontuou como importante a essência, não o lugar; “Em espírito e verdade”, disse. Tanto fazia ser em Jerusalém ou Samaria. Afinal, O Deus de Israel vai “um pouco” além dos limites do povo escolhido: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho os céus e a terra? diz o Senhor.” Jr 23;24

Se O Eterno protegesse aos que vivem na mentira negaria a Si mesmo. “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a Si mesmo.” II Tim 2;13 “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, homicidas, idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15 Suas “asas” que nos escudam, pois, são verdade e justiça.

O Salvador também evocou a imagem das asas protetoras para figurar Sua rejeição pelo Seu povo. “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis ajuntar teus filhos, como a galinha seus pintos debaixo das asas e não quiseste?” Luc 13;34

Se, a migração da virtuosa Rute rumo a Israel fora uma escolha livre de sua vontade, também, a rejeição ao Salvador e Seus cuidados derivou da vontade livre dos judeus. “... não quiseste.”

Não se tratou de não terem entendido Sua mensagem; antes, de terem preferido seguir como estavam, optando pelo comodismo suicida, invés da luz que liberta. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Quando a aprovação no erro é tida como mais importante que a salvação, como estarão, no além, esses “aprovados”?

Os calvinistas defendem a prévia eleição dos salvos; admitam ou não, negam o exercício da livre escolha por parte dos homens. Quando O Senhor altercou com os judeus dizendo: “Mas vós não credes porque não sois das Minhas ovelhas, como já vos tenho dito.” Jo 10;26 Isso não prova que existia uma escolha à priori, como esposam alguns. Antes, as escolhas que estavam sendo feitas naquele momento, patenteavam o ser deles. Não desejavam à luz; portanto, não eram ovelhas do Senhor.

Assim como Zaqueu, constrangido por seus erros na presença do Salvador escolheu mudar de vida; restituir bens mal havidos e socorrer aos pobres, invés de se manter apegado à avareza; vendo-o disposto a isso, O Salvador o colocou na devida prateleira: “Disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.” Luc 19;9

O que ele era foi definido depois da sua escolha; essa o aquilatou. “De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.” Gál 3;9

A intrepidez de Rute em deixar tudo para trás, nação, parentes, e adotar como seu Deus, O Eterno, é um exemplo mui eloquente; “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque onde quer que tu fores irei, e onde quer que pousares, ali pousarei; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;” Rt 1;16

Jesus requereu entrega semelhante de quem O quisesse seguir; “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Luc 14;33

Infelizmente, muitos, malgrado a inefável demonstração de amor de Jesus Cristo, na cruz, parecem ter interesses demais em “Moabe” de modo que, não se atrevem deixar tudo isso e se colocar sob as asas protetoras do Salvador.

A eternidade é visível apenas aos olhos da fé. Cogitarmos dos valores de lá, mas vivermos apegados aos daqui nos empobrece. Fruiremos culposos aos deleites efêmeros, cientes que, a culpa é a denúncia que estamos desperdiçando os eternos. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

sábado, 18 de março de 2023

Idoloração



“Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e perante ti; não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.” Luc 15;18 e 19

O pedido de um filho ao pai, transportado para o reino espiritual tipifica nossas orações. “Pai nosso que estás nos Céus...”

Nesse prisma temos algo a aprender com o pródigo, que, não raro é usado só como exemplo do que não devemos imitar. Embora tenha sido precipitado, inconsequente, amante dos prazeres, no fundo, lhe restava algo de valor; o senso de proporção das iniquidades cometidas, a popular noção. “... não sou digno...”

Essa postura está a anos-luz mais perto de ser aceitável ao Eterno, que as arrogâncias dos que “decretam, determinam, ordenam” coisas em “Nome de Jesus”.

Deparei pela enésima vez com um modelo de “oração forte”, na verdade, “oración fuerte” de uma página intitulada, “Soy católico”. No entanto, não é um erro de católicos estritamente; na verdade os “Evangélicos” são mais profusos nisso.

Seguido desfilam nas redes modelos similares, coisas de gente sem noção, que pensa que O Todo Poderoso seria manipulável por artimanhas humanas.

Não existe em toda a Bíblia o menor indício de uma oração que “force” Deus a fazer o que não deseja.

Como nos Ama, Está sempre pronto a nos ouvir; pelo mesmo motivo, não nos dá o que pedimos, quando nosso equívoco precipitado ora com um horizonte meio confuso; nos lega o que necessitamos, até mesmo, contra nossas vontades desorientadas.

Ademais, Ama também à justiça, de modo a “não escutar” os que recusam a ouvir quando Ele Fala; “... porque clamei e recusastes; estendi Minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão... Então clamarão a Mim, mas não responderei; de madrugada Me buscarão, porém não Me acharão. Prov 1;24, 25 e 28

Qual tipo de oração venceria esse impasse? Não raro, acontece de pedirmos a remoção de certas consequências más que nos sobrevêm, e Ele toca nas causas. O pecado. “Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4

Não que haja um reto, estritamente; mas, os que se submetem a Cristo são justificados Nele, e embora pecadores, imperfeitos, são reputados justos. Geralmente esses conseguem “audiências nos Céus.” “Confessai vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16

Notemos que os “justos” cujas orações são eficazes também têm culpas a confessar. Sua postura humilde, como a do pródigo diante do Pai, geralmente obtém resultado, enquanto a arrogância é ignorada, como vemos no exemplo do fariseu e o publicano.

Desse modo é necessária a conclusão de que não existe “oração forte”. O que há são vidas que agradam ao Senhor pelas escolhas feitas; a essas Ele aceita ouvir. “... Meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei...” Jó 42;8

Não se trata de força, poder; antes, de aceitação. Se às más posturas coubessem respostas favoráveis, implicaria que O Eterno seria cúmplice das mesmas; “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a Mim, por causa do seu mal.” Jr 11;14

Antes de tratarmos do que pensamos serem as nossas necessidades, Deus Sabe quais são, e as promete suprir, se buscarmos as coisas certas. “buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

A propósito de humildade, bem poderíamos aprender com Mefibosete, ao qual o simples fato de ser aceito à mesa do rei já era o bastante; “Porque toda casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte diante do rei meu senhor; contudo, puseste teu servo entre os que comem à tua mesa; que mais direito tenho eu de clamar ao rei?” II Sam 19;28

Recebeu o que não merecia; nada mais a reclamar. Assim nós em relação a Cristo. Cabe-nos mais louvar, agradecer que reclamar.

Os que se ocupam em satisfazer aos próprios desejos, antes de, em obediência aprenderem a agradar a Deus, pecam até quando oram. “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável.” Prov 28;9

Enfim, por Sua Bondade O Eterno nos dá além do que pedimos ou merecemos; mas, quando a postura humana desafina, e não há arrependimento, confissão, paga na mesma moeda. “Com o benigno, Te mostras benigno; com o homem íntegro Te mostras perfeito. Com o puro Te mostras puro; mas com o perverso Te mostras rígido.” II Sam 22;26 e 27

Castelos de areia


“Todo aquele que escuta Minhas Palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.” Mat 7;24

Parábola dos dois fundamentos; um que edificara sobre a areia, e outro, que fundara sobre a rocha.

Numa leitura superficial afirma-se que, A Rocha É Jesus; a ênfase recai sobre isso, como se, o texto pretendesse exaltar a singularidade do Salvador, em detrimento dos credos alternativos; mas, não é isso? Não. Embora isso também esteja patente, “... ninguém vem ao Pai senão, por Mim.” Jo 14;6 A intenção na questão dos fundamentos é separar a religiosidade oca, do relacionamento compromissado com O Senhor.

A diferença entre um e outro “construtor” é que um, apenas ouve A Palavra de Jesus; enquanto, o outro ouve e pratica. Ambos, portanto, orbitam ao Nome do Salvador.

A “areia” em apreço, que não serve de sustentáculo à casa espiritual, é a religiosidade hipócrita, seletiva, que escolhe as porções agradáveis, apenas; apressa-se ao que “está escrito” como fez Satanás ao tentar Jesus, ignorando o que “também está escrito”, conforme suas conveniências doentias. “Não só de pão viverá o homem, mas de toda A Palavra...”

Uma das características dos “tempos difíceis” que viriam nos últimos dias é que, os homens “terão aparência de piedade negando a eficácia dela.” II Tim 3;5

A Prática da Palavra, que fundaria nossas casas sobre A Rocha, fatalmente saltaria aos olhos pelos frutos que ensejaria. “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;15 e 16 Meu cristianismo deve glorificar a Deus, não a mim.

Ao edificar minha casa sobre Cristo, torno-me luz, exemplo para os que me observam, quiçá, um desafio para que também façam igual. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos... muitos o verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3 Se, a fé vem pelo ouvir, o bom testemunho deixa “ver” Cristo.

Em que momento nosso cristianismo deveria chamar mais atenção? Quando nossa casa espiritual é sujeita aos testes; “Desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” Mat 7;25

Não é quando tudo dá certo, triunfamos em nossos projetos rasos, ou “provamos nosso valor” aos eventuais desafetos. Antes, quando submetidos aos mais duros testes, enfermidades, calúnias, desprezo, incompreensões... quando trevas nos cercam, nada disso abala nossa fé, nem nos faz recuar; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus." Is 50;10

Um vitorioso na fé, bem pode parecer derrotado aos olhos naturais, afinal, “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” I Cor 2;14

Infelizmente uma súcia de mercenários autointitulados pregadores, bispos, reverendos, apóstolos, tem feito estragos na Mensagem de Salvação, reduzindo-a a mero manual de sucesso; pensamento positivo para fomentar conquistas terrenas.

Os “vencedores” que seguem aos tais, têm carros novos, casas, empresas até, como prova que “Cristo” mudou suas vidas. Fácil ver que, a areia desses faz pose de ouro.

Os vencedores com O Senhor não triunfam na esfera das “coisas velhas”; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; e tudo se fez novo.” II Cor 5;17 Tendo Nele, “nascido de novo”, o novo homem é direcionado por melhores valores, promessas, objetivos; o “Tesouro nos Céus” é sua riqueza, não, eventuais conquistas terrenas que se pode obter impiamente, sem aval do Salvador.

Invés de “conquistas” suas para apresentar, não raro, os renascidos trazem chagas, cicatrizes; o preço por terem sido conquistados pelo Senhor. “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.” Gál 6;17

O “Evangelho” que desafia ao sucesso, invés da santificação, propõe estratégias de conquistas, invés de denunciar pecados, acena com areia onde deveria estar A Rocha. Invés da obediência às Palavras do Mestre, traz a perversão das mesmas, para moldar o que é Santo, às rasteiras conveniências ímpias.

Muitos que se perdem nesse Saara espiritual, acreditam piamente que servem ao Senhor porque profanam Seu Nome, descobrirão tarde demais, que os “oásis” propostos são reles miragens, alucinações dos que andejam demais sobre a areia, e sob ardente calor das cobiças carnais.

“Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo se perder a sua alma?” Mc 8;36

sexta-feira, 17 de março de 2023

Suborno


“Também suborno não tomarás; porque o suborno cega os que têm vista e perverte as palavras dos justos.” Ex 23;8

Essa coisa tão moderna, o suborno, foi vetado ao povo de Deus. Porque produz duas alterações na alma dos seus envolvidos. Cega e perverte as falas.

As faculdades nobres de ver e falar, são colocadas à venda nesses casos. Quem nisso erra, já não tem a própria alma.

Quem o compra decide o que ele pode ver e falar desde então. Como toda injustiça e mentira têm pai bem definido, quem se entrega ao suborno, literalmente, vende sua alma ao Diabo.

Contudo, a coisa pode ser mais sutil e perniciosa que, simplesmente se vender por dinheiro; a pessoa descuidada pode ser subornada em si mesmo, “negociando” diretamente com o Capeta. Sem necessidade do corruptor humano.

Quando, a alma padece falta de valores nobres, virtudes segundo Deus, tende a barganhar aceitação em troca de lisonjas; temendo desagradar por ser verdadeiro, o bajulador torce a própria fala e limita sua visão, de modo a negar o que está patente; produz o “preço” que supõe suficiente para ser aceito.

Dessa matéria-prima, os falsos profetas, a maioria dos políticos, e muitos “mestres”.

A verdade costuma indispor seus agentes, principalmente, numa sociedade consumidora da mentira como a atual. “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. A verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

O conflito entre a aceitação horizontal, (humana) e vertical, (Divina) diariamente se estabelece nas nossas almas, nas vicissitudes do dia a dia. A melhor escolha sempre pareceu óbvia: “... Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós que a Deus;” Atos 4;19

Sempre que tentados a produzir falsidades agradáveis a quem as ouve, o homem de Deus ouvirá uma “segunda opinião” que apontará para verdade e justiça, independentemente das consequências; “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21 Felizes os que, ouvindo, se deixam persuadir!

O homem prudente, além de manter distância das ações corruptoras dos semelhantes, não dará ouvidos ao corrupto mor que tentará seduzir sua alma apagando à própria luz em troca de aplausos vãos.

Atualmente a verdade sofre a pecha de “discurso de ódio”, proveniente daqueles que a odeiam. Ora, se esses são tão refratários ao ódio assim, por que ainda o albergam em suas almas doentias?

Porque na escolha entre a luz que compromete, mas, depois liberta ao que se deixa iluminar, e o escuro que patrocina os pecados diletos sem considerar as consequências futuras, as almas acostumadas ao escuro não têm dificuldade de escolher. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Nesses casos, o suborno recebido é o comodismo de seguir dando asas às próprias vontades, ignorando O Divino Querer.

Por isso, pois, precisamos uma série de rupturas comportamentais e de valores, antes de experimentarmos deveras a Justiça Divina em nossos passos e ações; “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O inimigo usará todos os meios para nos corromper. Se ele conseguir isso sem necessidade de um agente externo, menos trabalho para si.

Mas, sempre que possível perverterá nossas mentes de forma sutil, fazendo parecer que seus conselhos, na verdade, são nossos pensamentos. "As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Conhecimento e obediência; essas duas coisas são complementares. Que adianta conhecermos à Divina Vontade sem a disposição para obedecer? Nosso conhecimento apenas acentuará nossas culpas. “... Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;41

Por causa da queda, sempre haverá dentro de nós uma dubiedade, onde, uma parte quer obedecer a Deus, outra, ao comodismo natural. A mais difícil sempre será a escolha correta. Somos chamados à obediência não às facilidades. “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Jo 8;14

sábado, 11 de março de 2023

Justiça espiritual

 


“Disse aos que estavam com ele: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas... Pois, Eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado.” Luc 19;24 a 26

Fragmento da “Parábola dos Talentos”, na verdade, uma alegoria. Cada um recebera certa quantia com a qual deveria negociar em nome de seu Senhor. Os que receberam mais fizeram isso ciosamente; o que recebera um talento apenas, escondeu. Quando da prestação de contas, teve a repreensão, e o juízo que vimos acima, onde o talento escondido foi dado ao que, tendo recebido cinco, os transformara em dez.

"A qualquer que tiver, ser-lhe-á dado..." não parece isso uma “injustiça social”, para usar uma falácia da moda? “Ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado”, isso não soa contraditório, além de injusto?

A Palavra de Deus desde sempre preceitua o cuidado com pobres, viúvas, estrangeiros... Todavia, jamais patrocina esse tipo de “justiça”, onde uma cambada de indigentes laborais, gente avessa ao trabalho, saia pleiteando seus “direitos” às custas dos esforços alheios.

Quando diz: “Ao que não tem, até o que tem ser-lhe-á tirado”, embora pareça contraditório, basta atentar ao contexto para entender. O que não tinha, era um lapso produtivo, fruto da sua negligência em multiplicar. O que tinha, refere-se aos bens, recebidos.

Enquanto a “justiça” dos homens atenta à necessidade de coisas, a Divina costuma galardoar ao mérito, à diligência. Aos Olhos Divinos, o rico não é culpado por ser rico, tampouco, a pobreza é um mérito. O status quo material é uma circunstância, talvez, uma consequência; não, um aferidor de caráter.

O rico pode ser honesto, ter herdado ou gerado bens a partir de trabalho sério; o pobre, em muitos casos pode ser um derivado da negligência, irresponsabilidade ante às oportunidades que lhe sorriram. Daí, o conselho: “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; numa demanda não falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda.” Ex 23;2 e 3

Por irônico que pareça, tem mais facilidade para trabalhar, aquele que menos necessita; enquanto, outrem que carece desesperadamente, nem sempre põe o peito n’água.

Essa balela que “Jesus foi o primeiro socialista”, porque repartiu o pão não resiste a uma análise superficial. Repartiu milagrosamente, multiplicando segundo a necessidade, não invadindo a uma propriedade alheia, “improdutiva” tirando o direito de um, para estabelecer o de outro.

Depois, quando a turba voltou a Ele por razões rasteiras como comer de graça, Ele não repetiu a dose; antes, exortou à busca por valores eternos; “... Na verdade, na verdade vos digo que Me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a Este o Pai, Deus, Selou.” Jo 6;26 e 27

Prioridades, a busca de valores na devida ordem deveria ser nosso alvo. “De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; (materiais) Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua Justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;32 e 33

Deus não atenta para quantidade, mas para princípios. Quem é fiel, apenas é; não importa se, com um, ou dez talentos. “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.” Luc 16;10

Quando tirou um do negligente e deu ao que já tinha dez, O Senhor premiou à fidelidade, sem atentar à quantidade. Os “zangões sociais”, os vagabundos avessos ao trabalho que parasitam ao labor alheio são desprezíveis perante O Eterno. “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para seus caminhos e sê sábio.” Prov 6;6

Embora seja piedoso olhar com empatia aos desfavorecidos, isso deve ser feito dentro do escopo dos nossos bens; não, usar isso como desculpa para perpetrar violações contra a propriedade alheia em nome de suposta “justiça social.” Direito à propriedade é sagrado: “Não furtarás!”

O mundo segue governado pelos maus, gente baixa está posta em lugares altos. “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi os servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

Porém, no devido tempo, O Senhor recolocará as coisas nos devidos lugares. Embora nossa salvação não derive de nossas obras, mas da Obra de Cristo, o que cada um fez terá justa recompensa.

“Ninguém jamais foi honrado por aquilo que recebeu. Honra é a recompensa por aquilo que damos.” Calvin Coolidge

sábado, 4 de março de 2023

Força camuflada


“Guardai todos os mandamentos que vos ordeno hoje, para que sejais fortes, entreis e ocupeis a terra que passais a possuir;” Deut 11;8

A ideia vulgar sobre a obediência é uma triste necessidade dos que são mais fracos... derivaria de certa coação, imposta aos dominados a despeito de suas vontades.
“Manda quem pode, obedece quem precisa.”

O Eterno quando demandou obediência dos Seus, ofereceu como recompensa a força; “Guardai Meus Mandamentos para que sejais fortes...”

Ante uma ordem tenho duas alternativas: Obedecer ou não. Ao ignorar, “enfrento” quem me ordenou. Se decido obedecer, enfrento a mim mesmo; à má inclinação que palpita em mim, tentando tolher-me a sujeição. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Gostando ou não, todos cumprimos ordens. Cada um escolhe a quem obedecer. Obedecer a Deus, ou, a si próprio. Muitos que fazem a escolha autônoma, avessos ao Senhor, podem se gabar em suas almas baças que são “senhores de si mesmos”, uma vez que seguem apenas aos próprios desejos.

Sugestão do Capeta; “Vós mesmos sabereis o em e o mal”.

Entretanto, em vez de um senhorio a obediência determina uma servidão; “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Como a desobediência teve um mentor, todos que a seguem, filiam-se a ele; “Vós tendes por pai ao diabo; quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele.” Jo 8;44

Invés de neutralidade quem andar segundo os próprios anseios, escolhas, se coloca em oposição ao Senhor. “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” Jr 17;5 e 6

“não verá quando vem o bem...”
a primeira consequência do servo de si é cegueira espiritual. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Dada a ordem e as “Leis” estabelecidas, a obediência é uma necessidade de todos. O “Problema” do Criador é que O Maior Ser que Conhece É Ele mesmo. “Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por Si mesmo.” Heb 6;13

A fidelidade que requer dos Seus, requer de Si mesmo, zelando pelas coisas que Fala; “... Viste bem; porque velo sobre Minha Palavra para cumpri-la.” Jr 1;12

A única obediência a si mesmo, saudável, dado o Si, em apreço; não ancorada em algo volúvel, como a alma humana, sujeita às paixões, inconstante; “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2;13

Quando nos desafia à obediência, oferecendo a força como recompensa, prontifica Sua proteção; Estando Ele satisfeito com nosso proceder, nos guarda; “... porque a alegria do Senhor é a vossa força.” Ne 8;10

Paulo que, com carta branca do Sinédrio impunha na marra as restrições contra a igreja infante, depois de salvo finalmente entendeu o lado luminoso da força; “Por isso sinto prazer nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições, angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12;10

Se, nosso amor a Cristo dá azo a perseguições, injúrias, angústias, esse é um testemunho oblíquo, um “recibo” assinado pelo mundo, a testificar que andamos bem. Quando estamos fracos, negando as “soluções” fugidias da carne, certamente estamos em obediência ao Santo, somos fortalecidos Nele.

Os que se orgulham de seguir a si mesmos, seguem para onde?

Caso anseiem salvação, devem aceitar o desafio do Salvador, de renunciarem a esse feitor suicida, crucificando às suas tendências vãs. “... Se alguém quer vir após Mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de Mim, perder sua vida, a salvará.” Luc 9;23 e 24

Quem falhava no Antigo Testamento oferecia um sacrifício como sinal de arrependimento; a vítima imolada “obedecia” em lugar do ofertante.

A Excelência seria privar-se de um mau desejo, sem privar uma vida inocente de viver. O Último Sacrifício aceitável a Deus É Cristo. Por Ele devemos renunciar às más inclinações, pois, “... obedecer é melhor do que sacrificar...” I Sam 15;22

sexta-feira, 3 de março de 2023

Inclusão onde?



"... vindo o inimigo como uma corrente de águas, O Espírito do Senhor arvorará contra ele Sua Bandeira.” Is 59;19

Quando se pensa em inimigo de Deus, certamente Satanás é o primeiro. Contudo, não é o único. A rebeldia do homem também o coloca em inimizade; mesmo, os que andaram com Ele, por um pouco, como O povo de Israel. Isaías denunciou: “Eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

Se, a desobediência do “povo eleito” já patrocinava a inimizade contra O Criador, que dizer dos outros que andam segundo suas paixões, alienados do Eterno? A Palavra ensina: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Tiago amplia: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou pensais que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

A rebelião humana em relação a Deus é um mal global, infelizmente. “Desviaram-se todos, juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;3

Aliás, a Palavra Evangelho é o aportuguesamento de boa notícia. Essa boa nova, foi ordenado se contasse em toda a Terra, quando O Salvador Comissionou: “... Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.” Mc 16;15

Em que consiste a boa nova, que devemos difundir? Que não precisamos permanecer em inimizade com O Criador. “... Deus nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus Estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a Palavra da reconciliação.” II Cor 5;18 e 19

Notemos que, a reconciliação possível tem seus termos próprios: “A Palavra da reconciliação.”
O Salvador Deixou claro que se trata de algo exclusivo, único, insubstituível, excludente: “... Eu Sou O Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Acontece que, a humanidade imbuída do acordo em não discordar, em nome de suposta “fraternidade universal”, e da inclusão de todos, sutilmente vai excluindo o direito dos mensageiros da reconciliação, em Cristo, de seguirem.

Há poucos dias se inaugurou em Dubai, a “Casa da Família Abraãmica”, nome pomposo que dão ao embrião ecumênico, lá gestado; em três prédios similares; uma mesquita, uma sinagoga e uma igreja. Segundo quem assistiu na íntegra à cerimônia inaugural, O Nome de Jesus Cristo sequer foi citado. Isso, porque poderia ofender aos judeus e islâmicos, por suas formas particulares de crer.

Quando essa peste grassar por todo o planeta, o que breve se dará, já está em curso, nosso direito de anunciar ao Evangelho será castrado. Uma “fraternidade humana,” um balaio de gatos onde todos os credos estarão “certos”, por antagônicos que sejam, tomará à força, o lugar do Reino de Deus.

Os inimigos do Eterno, mercê do inimigo mor, que, como um criador de porcos, trata bem para depois matar, recrudescerão em sua inimizade de tal maneira, que vetarão o anúncio da mensagem de reconciliação. Isso já é feito onde imperam comunismo e islamismo, sobretudo.

Em nosso meio, o avanço ecumênico já poluiu o seio protestante enchendo de “teólogos” liberais, desidratando, quando não, tolhendo a mensagem da Cruz, o arrependimento; o catolicismo adota abertamente, na “Campanha da Fraternidade”, bandeiras comunistas.

A apostasia se faz imenso oceano; a fidelidade ainda apresenta algumas ilhotas.

Embora a mensagem cristã sadia tenha a necessária veemência, em momento algum traz ódio dirigido ao ser humano. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

A Entrega de Cristo não foi apenas uma demonstração de amor; mas, a maior possível. “Ninguém tem maior amor que este, de dar alguém sua vida pelos seus amigos.” Jo 15;13

O que Deus odeia é o pecado; de par com esse, ninguém chegará na Santa Presença. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

Quem tem algo a esconder, algo que preza mais que a salvação, morrerá agarrado a isso, avesso à luz: “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

“Trágico não é a criança com medo do escuro, mas, o adulto com medo da luz.” Platão.
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