sábado, 4 de março de 2023

Força camuflada


“Guardai todos os mandamentos que vos ordeno hoje, para que sejais fortes, entreis e ocupeis a terra que passais a possuir;” Deut 11;8

A ideia vulgar sobre a obediência é uma triste necessidade dos que são mais fracos... derivaria de certa coação, imposta aos dominados a despeito de suas vontades.
“Manda quem pode, obedece quem precisa.”

O Eterno quando demandou obediência dos Seus, ofereceu como recompensa a força; “Guardai Meus Mandamentos para que sejais fortes...”

Ante uma ordem tenho duas alternativas: Obedecer ou não. Ao ignorar, “enfrento” quem me ordenou. Se decido obedecer, enfrento a mim mesmo; à má inclinação que palpita em mim, tentando tolher-me a sujeição. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Gostando ou não, todos cumprimos ordens. Cada um escolhe a quem obedecer. Obedecer a Deus, ou, a si próprio. Muitos que fazem a escolha autônoma, avessos ao Senhor, podem se gabar em suas almas baças que são “senhores de si mesmos”, uma vez que seguem apenas aos próprios desejos.

Sugestão do Capeta; “Vós mesmos sabereis o em e o mal”.

Entretanto, em vez de um senhorio a obediência determina uma servidão; “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Como a desobediência teve um mentor, todos que a seguem, filiam-se a ele; “Vós tendes por pai ao diabo; quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele.” Jo 8;44

Invés de neutralidade quem andar segundo os próprios anseios, escolhas, se coloca em oposição ao Senhor. “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” Jr 17;5 e 6

“não verá quando vem o bem...”
a primeira consequência do servo de si é cegueira espiritual. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Dada a ordem e as “Leis” estabelecidas, a obediência é uma necessidade de todos. O “Problema” do Criador é que O Maior Ser que Conhece É Ele mesmo. “Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por Si mesmo.” Heb 6;13

A fidelidade que requer dos Seus, requer de Si mesmo, zelando pelas coisas que Fala; “... Viste bem; porque velo sobre Minha Palavra para cumpri-la.” Jr 1;12

A única obediência a si mesmo, saudável, dado o Si, em apreço; não ancorada em algo volúvel, como a alma humana, sujeita às paixões, inconstante; “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2;13

Quando nos desafia à obediência, oferecendo a força como recompensa, prontifica Sua proteção; Estando Ele satisfeito com nosso proceder, nos guarda; “... porque a alegria do Senhor é a vossa força.” Ne 8;10

Paulo que, com carta branca do Sinédrio impunha na marra as restrições contra a igreja infante, depois de salvo finalmente entendeu o lado luminoso da força; “Por isso sinto prazer nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições, angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12;10

Se, nosso amor a Cristo dá azo a perseguições, injúrias, angústias, esse é um testemunho oblíquo, um “recibo” assinado pelo mundo, a testificar que andamos bem. Quando estamos fracos, negando as “soluções” fugidias da carne, certamente estamos em obediência ao Santo, somos fortalecidos Nele.

Os que se orgulham de seguir a si mesmos, seguem para onde?

Caso anseiem salvação, devem aceitar o desafio do Salvador, de renunciarem a esse feitor suicida, crucificando às suas tendências vãs. “... Se alguém quer vir após Mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de Mim, perder sua vida, a salvará.” Luc 9;23 e 24

Quem falhava no Antigo Testamento oferecia um sacrifício como sinal de arrependimento; a vítima imolada “obedecia” em lugar do ofertante.

A Excelência seria privar-se de um mau desejo, sem privar uma vida inocente de viver. O Último Sacrifício aceitável a Deus É Cristo. Por Ele devemos renunciar às más inclinações, pois, “... obedecer é melhor do que sacrificar...” I Sam 15;22

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