domingo, 26 de março de 2023

Os pastores


“Porque os pastores se embruteceram, não buscaram ao Senhor; por isso não prosperaram; todos seus rebanhos se espalharam.” Jr 10;21

“O mercenário que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge; o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, não tem cuidado das ovelhas.” Jo 10;12 e 13

Dois cenários: Um, onde as ovelhas se dispersam, por causa dos maus pastores; outro, onde os maus pastores fogem e abandonam-nas. Os dois são preocupantes, pois, em se tratando de nossas vidas, sempre é um risco colocarmos nossa confiança em guias desleais.

Se tivesse que escolher o menos grave, optaria pelo que, as ovelhas fogem vendo a ruindade dos “pastores”. Pois, no outro, elas são abandonadas pelos líderes, ficam à deriva.

Nos dias de Jeremias a dispersão era literal, espalhavam-se mesmo, por causa do sacerdócio corrupto, e das mensagens de falsos profetas, (hoje muita dispersão ocorre velada, por abandono da sã doutrina, seguem agrupados, mas distantes de Deus) houve um período que aqueles preferiram ser enganados pelos farsantes; “Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” Cap 5;31

Então, entre se dispersar por não compactuar com a maldade, ou, seguir maus obreiros, traindo a si mesmo, a primeira escolha parece a menos ruim. Tal dispersão é uma fuga da aridez espiritual, em busca, quiçá, de melhores águas e pastagens.

“Maldito aquele que fizer a Obra do Senhor fraudulosamente; e maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48;10

No contexto do Velho Testamento, pela conquista da terra, a espada era literal. Fazer a Obra do Senhor, em muitos casos, demandava se dispor para o combate.

Débora desprezou alguns que fugiram da luta. Os que ficaram filosofando sobre agruras da guerra, enquanto o pau quebrava; “Por que ficaste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nas divisões de Rúben tiveram grandes esquadrinhações do coração.” Jz 5;16 e os que se recusaram decididamente a pelejar. “Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do Senhor, acremente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram ao socorro do Senhor, ao socorro do Senhor com os valorosos.” Jz 5;23

Vemos que, fugir da luta necessária implicava em maldição.

Na Nova Aliança, já não é a conquista da terra, mas, do céu que está em jogo. A parte que nos era impossível, O Salvador já fez por nós; a que podemos, devemos; porém, “... não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, contra os principados, potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12

Então, “Revesti-vos de toda armadura de Deus... também o capacete da salvação, e a Espada do Espírito, que é A Palavra de Deus;” Ef 6;11 e 17 

O combate se dá no âmbito do entendimento; qualquer perversão da verdade semeada aí, deve ser desfeita pelos que podem ver na dimensão espiritual. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

A oposição faz seus ataques aí; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Sendo esse combate com a “Espada do Espírito” a Palavra de Deus, essa, necessariamente, apontará para a cruz de Cristo e Seu Sangue Imaculado, nela derramado por nós. Qualquer mensagem pretensamente salvífica, que, não tenha a redenção de Cristo como fator central, é só o derivado do engano, de um falso pastor, que, no afã de agradar, entreter, fabrica alternativas espúrias, retirando sua espada do sangue. Isto é: Deixando de tributar a Cristo nossa salvação.

Paulo denunciou-os desde seus dias já; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles; só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

A importância de pastores idôneos não pode ser exagerada. Nenhum homem prudente se atreveria sem O Divino Chamado; “... porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas...” Heb 13;17

Se me perder pela influência de um mau líder, perdemos os dois. Porém, mestres fiéis terão galardão eterno. “... os que a muitos ensinam a justiça, resplandecerão como estrelas sempre, eternamente.” Dn 12;3

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