domingo, 29 de agosto de 2021

Urgência Ignorada


“No mês segundo, no dia catorze à tarde, celebrarão...” Nm 9;11

A Páscoa. Fora ordenada aos catorze dias do mês primeiro. Porém, alguns não puderam celebrar por estarem “imundos”. Expuseram desejo de participar e Moisés mandou que aguardassem ele receber a instrução do Senhor.

Bons tempos, quando A Palavra do Senhor prescrevia Sua Vontade e encerrava o assunto. Não havia “teólogos liberais, progressistas” e demais rótulos sob os quais a desobediência é embalada e vendida.

O Eterno, além de oferecer segunda chance aos “impuros” estendeu o benefício aos viajantes; “... Quando alguém entre vós, ou as vossas gerações, for imundo por tocar corpo morto, ou achar-se em jornada longe, contudo, ainda celebrará a páscoa ao Senhor.” V 10

A segunda chance foi facultada aos impedidos na primeira; aos que não puderam, não aos que não quiseram. O livre exercício da vontade é uma dádiva e uma responsabilidade. “Tudo que homem semear, isso ceifará.” Gál 6;7

Recusar deliberadamente ao Chamado Divino nos expõe ao risco de “recebermos na mesma moeda”; “Porque Clamei e recusastes; Estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção... Vindo vosso temor como assolação, vindo vossa perdição como tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia. Então clamarão a Mim, mas não Responderei; de madrugada Me buscarão, porém não acharão.” Prov 1;24, 27 e 28

Dado o propósito do chamado, Amor, e a natureza sofredora e persistente desse, mais que uma segunda chance, a salvação persevera indefinidamente batendo à porta, onde deseja entrar. “Eis que Estou à porta, e Bato; se alguém ouvir Minha Voz, abrir a porta, Entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele Comigo.” Apoc 3;21

Naquele caso se tratava da comemoração do livramento da escravidão, segundo o ritual prescrito. Foi oferecido um “Recall” possibilitando a obediência e comunhão.

Dada a efemeridade da vida, as ameaças que concorrem, a salvação sempre é apresentada como uma fuga a se buscar apressado, sem certeza de que haverá nova oportunidade. “... Ouvi-te em tempo aceitável, socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.” II Cor 6;2 “... Se ouvirdes hoje Sua Voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3;7 e 8

É pobre o termo “aceite Jesus”, quando a mensagem deveria ter a gravidade e urgência que os anjos usaram com Ló em Sodoma: “Escapa por tua vida!”

“Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, Atos 17;30
Contudo, ao culpado não tem por inocente, tampouco, toma pela mão, aos malfeitores.

Sua Longanimidade permite desobediência por muito tempo, uma hora, após muitas advertências, o juízo bate à porte do que, rebelde recusou suas trinta “segundas chances”; “O homem que, muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

A demora do Divino Juízo leva o incauto a presumir que Deus É seu “chegado;” concorda até com suas falcatruas “santas”; Ele diz: “... Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal, e tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito e me calei; pensavas que Eu era como tu, mas te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16 a 21

Somos chamados a meditar dia e noite na Lei do Senhor; assim fazendo, guardando à Palavra, a mesma nos guardará também; “Como guardaste a palavra da Minha Paciência, também te Guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar aos que habitam na Terra.” Apoc 3;10

Esse guardar é no coração, não na estante, “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra Ti.” Sal 119;11 Não há possibilidade de guardarmos, sem antes, aprendê-la.

Quando diz que, o povo escolhido acabou destruído por falta de conhecimento, bem se poderia acrescentar: Da Palavra da Vida.

Assim como um cédula falsa só pode ser identificada por quem conhece à verdadeira, uma doutrina enganosa só pode ser rejeitada, combatida pelos que foram edificados. Devemos buscar isso, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo erro dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Cada dia alheios é uma nova chance de salvação desperdiçada. Não carecemos, como Moisés, orar para saber a Divina Vontade, está expressa; “O Senhor não retarda Sua promessa... mas é longânime conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” II Ped 3;9

sábado, 28 de agosto de 2021

Quais pesos você leva?


“Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

O homem como transportador duma carga; transporte esse, pelo qual será julgado diante do Senhor.

Uma metáfora para definir o código de valores, mediante o qual, devemos nos portar. Como disse a Abraão, “Anda na Minha Presença e sê perfeito...”

Os avessos travestem sua omissão redefinindo-a, como se, assim fazendo ficassem livres da necessidade de carrear tais pesos; traem a si mesmos.

Seu abandono maquiado de “viver a vida”, no mundo, desfila nu; é perdê-la, no âmbito espiritual. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Se, o juízo será diante de Deus, de que vale alguém posar garboso diante de si mesmo? Poderá tirar os pés do chão puxando os próprios cabelos? Ou, como disse O Senhor a Jó, “Acaso farás vão o Meu Juízo, ou Me condenarás para te justificares?

O “mal” é posto como tal, não como algo que possamos decidir se nos parece mal, ou não. Nosso dever é levar a carga, não discutir seu conteúdo.

“Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Quando diz que O Eterno não nos sobrecarrega é porque demanda dos Seus uma carga coerente com suas forças. “Porque este é o amor de Deus: que guardemos Seus mandamentos; e Seus mandamentos não são pesados.” I Jo 5;3

Porém, concorrem “cargas” que pesam sobre a natureza caída, as tentações; ante essas, O Eterno “turbina nossos motores” para que não sucumbamos. “Não veio sobre vós tentação, senão, humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que possais suportar.” I Cor 10;13

Não confundamos; as tentações são de origem humana; desejos maus sucumbidos às seduções do inimigo; o livramento, ou escape vem de Deus.

O fato de que O Eterno não nos sobrecarrega, porém, não significa que não existam muitos sobrecarregados por aí. Os que, invés das Boas Novas de salvação mediante Cristo, optam pelas “Fake News” de Satã, levam cargas desnecessárias por um caminho que conduz à perdição.

A Palavra contrapõe os que levam cargas inúteis, (ímpios) aos que são levados nos braços; (escolhidos) “... seus ídolos são postos sobre os animais e sobre as feras; as cargas dos vossos fardos são canseiras para as feras já cansadas. Juntamente se encurvaram e se abateram; não puderam livrar-se da carga; sua alma entrou em cativeiro. Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o ventre, sois levados desde a madre. Até à velhice Serei o mesmo; ainda até às cãs Eu vos carregarei; vos Fiz, vos Levarei, vos Trarei e Livrarei." Is 46

Aos das cargas inúteis O Salvador apela: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos Aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas. Porque Meu jugo é suave e Meu fardo é leve.” Mat 11;28 a 30

Notemos que aqueles, babilônios, que levaram futilidades que O Eterno não ordenara tiveram como resultado, as almas em cativeiro, (embora lhes foi permitido escravizar aos hebreus) enquanto, os que toparem tomar sobre si o Jugo de Jesus encontrarão “descanso para suas almas.” Mesmo que, eventualmente, concorram aflições.

Os dois textos deixam patente que as cargas em apreço, invés dos corpos, incidem sobre as almas das pessoas. 

Podem alguém airosamente cantar sua “liberdade” estando cativo, como, outrem padecer toda sorte de privações sendo livre. Pois, “Se O Filho (Cristo) vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

Pois, desde a queda, a alma assumiu peso duplo; a carga que era sua e a do espírito.

Por isso, todo o morto espiritual é sobrecarregado. Nos que recebem O Salvador, o espírito “nasce de novo” passa a administrar o “transporte” que é seu.

Por isso, falando à alma salva Paulo aborda-a como possuindo corpo e espírito; “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro...” II Cor 4;7

Ao homem espiritual, como espírito que tem corpo; “Que cada um de vós saiba possuir seu vaso em santificação e honra;” I Tess 4;4
A alma descansa “salva demais” para se ocupar com pesos desnecessários.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

As Causas impossíveis

“Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor; esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote; esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, trabalhai; porque Eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos.” Ag 2;4

Deus ser conosco é um alento extraordinário; contudo, isso não prescinde da nossa participação na execução da Sua Obra em nossas vidas; trabalhai!

O sonho de consumo prescrito pelos mercenários apresenta um “Deus” serviçal, que faz tudo em prol dos Seus, bastando uma “oração forte” um ritual específico, uma campanha de tantos dias e pronto; nosso esforço se resumiria a encher à Santa Paciência com clamores da religiosidade; depois, sentar confiantes e esperarmos a “bênção.” Melhor deitar, talvez.

Apregoam alto e bom som que Ele É Deus das causas impossíveis; portanto, tragamos nossas impossibilidades aos Seus Pés. Que há de mal nisso?

Sabedores que O Eterno Pode todas as coisas, se derivarmos desse saber a presunção que Ele ‘Deve’ Fazer o que pedirmos, porque Pode, colocaremos nossas vontades acima da Dele; inverteremos as posições de Senhor e servos. Quem disse, subirei ao alto, serei semelhante ao Altíssimo foi Satanás; agiríamos como ele “em Nome de Jesus?”

Geralmente, antes das “impossíveis” Ele tenciona que empreendamos esforços com Ele, na execução de coisas que nos Fez bem possíveis, necessárias eu diria; regeneração, edificação, obediência, santificação. Essas coisas requerem uma caminhada em tempo integral, juntamente com Ele; mais que sete sextas-feiras, que uma “campanha”, “corrente” ou tolice similar.

Invés de um relacionamento, estilo Pai e filho, muitos devaneiam com uma espécie de “sorte grande” um “descuido” do Eterno, onde Ele abriria portas amplas, mediante clamores, para passagem indolente àqueles que Ele mesmo Desafiou a entrarem pela porta estreita.

Muitas vezes nos rebelamos contra coisas que Ele Está usando para nosso aperfeiçoamento; nem adianta lutar contra isso; é dar murros em ponta de faca.

Uma causa possível que deveria ocupar nossas reflexões é que, depois de termos recebido Sua Luz, devemos andar como filhos da luz. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;16

É impossível O Santo iluminar de novo quem já teve os olhos abertos; doravante deve andar como tal, produzindo os frutos desejados pelo Pai. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

O contexto fala dos que recaíram; mas, se alguém se diz em Cristo e peleja pelas coisas do velho homem, está em pé? Sua conversão não teria que trazer junto uma “reengenharia” que mudasse tudo? “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Sempre nos convém a postura de Bartimeu ante O Senhor ouvindo Dele: “O que queres que Eu te faça?” Quem já teve os olhos abertos deve meditar na Santa Palavra, absorver da Mente de Cristo como se diante Dele, nós Lhe perguntássemos: “Senhor o que queres que eu faça?” “Tenha seu prazer na Lei do Senhor; na Sua Lei medite dia e noite.”

Como o cego de Marcos Capítulo 8 que O Salvador levou-o pela mão para fora de certa aldeia; curados seus olhos apenas ordenou-lhe: “Não entres na aldeia.” Ele nos quer fora da “Aldeia Global”; o mundo e seus valores inversos. Inicialmente nos tira para fora pela mão, depois tenciona que nos baste Sua Palavra.

Mas, crescimento, maturidade também é uma “causa impossível”, sem passarmos Com O Senhor, pelo fogo das provações. Ele diz: “Quando passares pela água Estarei contigo; se passares pelo fogo a chama não arderá em ti...” Is 43

Passar conosco é a parte Dele; Sua Fidelidade; a chama não arder depende de nós; de nossa escolha dos materiais de construção. “Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;12 e 13

É impossível o fogo não queimar materiais combustíveis como madeira, feno, palha; também, O Santo socorrer aos desejos egoístas, divorciados da Sua Santa Vontade.

Invés dessas pomposas companhas para que “o Céu se abra”, eu desejaria que sem elas, ante mero escrito como esse, os ouvidos se abrissem um pouquinho para a Pura Palavra de Deus, e se fechassem de vez, aos encantadores de serpentes.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

As Calças Rasgadas


“... quem estiver armado, passe adiante da Arca do Senhor.” Js 6;7

Tomada de Jericó por Josué. O que tinham de mais precioso, a Arca do Senhor, deveria ser guardada cercada por homens armados.

Muito se discute sobre o porte de armas. Como se, fossem elas as causadoras da violência. Sua restrição traria, segundo desarmamentistas, a paz social. Será que é mesmo assim?

Violência há em toda parte; permitidas armas, como nos EUA, ou não. De modo que, as causas devem ser outras. “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17

Então, onde alguém, independentemente de ter ou não, leveza retórica, da sua filiação partidária, mesmo permitindo o uso de armas, se, peleja pela preponderância do que é justo, temos aí um pacifista.

Paz não é um fim em si mesma; antes, uma consequência; “Tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Rom 5;1 Como somos pecadores, precisamos ser justificados mediante Cristo, para reconciliação com Deus.

A paz nas relações interpessoais é uma coisa desejável, nem sempre alcançável. “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18

Acusam os que advogam como inalienável o direito de defesa, que, onde vige o desarmamento do povo impera o viés totalitário dos governantes; esses, primeiro tolhem a possibilidade de defesa, como na Venezuela e Cuba, por exemplo, depois, castram as demais liberdades. Os fatos se mostram assim.

Não quero armas para mim; mas, é uma escolha não uma imposição; de igual modo, que assista o direito de escolha aos que, eventualmente pensem diferente.

Militar por Cristo requer outras armas; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Essas “armas” demandam aperfeiçoamento espiritual, um grau de maturidade que infelizmente é raro. “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Invés dos “exercícios militares” que trariam têmpera, forjariam homens “perfeitos”, com o devido discernimento, grassa uma geração de drogados espirituais, subproduto de uma súcia de “pregadores” auto enviados, que certa da ausência de Deus em suas vidas, “preenchem” a lacuna com mensagens palatáveis aos ímpios.

Facilidades e promessas grandiosas, para gente que, sequer se converteu ainda, muito menos, subiu alguns degraus na escada da edificação.
Paulo previu isso: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Assim como, os ditadores humanos são desarmamentistas em defesa de seus interesses rasos, também o inimigo, desarma tantos quantos pode, nos ânimos, entendimentos... Faz isso fechando portas a ministros probos, que poderiam acender lampiões, dando o espaço para os outros, os das promessas fáceis que satisfazem às ímpias comichões.

“... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

A pós-verdade onde o mundo se encontra é a “obra-prima” da oposição; retrato da concomitante apostasia da igreja, malgrado, alguns remanescentes ainda fiéis.

Os homens creem que fomos à Lua, que o Word Trade Center caiu pelo impacto dos aviões, que o sentido das palavras varia de acordo com a preferência ideológica de cada um, que certas vacinas imunizam, máscaras protegem... não sabem a diferença entre fatores biológicos e escolhas sociológicas pervertidas... São treinadas em experimentos psicossociais a obedecer sem questionar; convencidas que fazem isso por suas consciências cidadãs...

Ineptos para defesa de um conceito probo, mínimo; porém, militantes engajados em defesa de meliantes; eles mesmos, seus donos os chamam de “idiotas úteis”, eis suas “utilidades!”

Outrora uma calça rasgada era descartada inútil; agora ela tem seus rasgos acentuados, preço elevado, passou a ser moda.

A mudança de mentalidade para um patamar mais baixo nivelou-nos ao que estava ao rés do chão.
Igualmente, fraudes espirituais que seriam banidas dos púlpitos, outrora, por nocivos, agora estão na moda.

Transformaram púlpitos em pontos de distribuição de drogas; tomaram espaço dos poucos ministros idôneos que existem. “Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles; meu povo assim o deseja...” Jr 5;31

Enquanto nossos desejos estiverem no comando, gostando ou não, o inimigo estará. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo... para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

terça-feira, 24 de agosto de 2021

O Santo Ourives


“Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4

A figura é de algo valioso maculado por imperfeições; as escórias. Como essas podem ser removidas no processo de depuração da prata, também o coração humano de vícios e culpas, pode ser purificado, aperfeiçoado.

O Eterno menciona Sua intenção de fazer isso, nos últimos livros do Velho Testamento: “Farei passar esta terceira parte pelo fogo; a purificarei, como se purifica prata, e provarei, como se prova o ouro. Ela invocará Meu nome, Eu a ouvirei; direi: É Meu povo; ela dirá: O Senhor é o meu Deus.” Zac 13;9

Em Malaquias, alude ao “modus operandi” do “Anjo do concerto;" “Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão ofertas em justiça.” Mal 3;3

A predição feita por Zacarias é genérica; refere-se à santificação de todo aquele que pretende ser tido como povo de Deus. A de Malaquias é pontual; atina aos ministros do Santuário; então, “filhos de Levi”; hoje, obreiros na Casa de Deus.

A meta Divina é santificar todos os que Lhe pertencem; “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12;14 Ou, “Porquanto está escrito: Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16 Porém, a santificação começa pelos que escolhe como instrumentos para difusão da Sua vontade, os obreiros.

Paulo, aliás, condiciona a aplicação de eventual disciplina somente a pessoas que têm intimidade com ela, conhecendo e vivenciando os seus benefícios. Noutras palavras, que desafiem ouvintes à purificação, estando vivendo nessa. “Estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” II Cor 10;6

Quando o Senhor pôs em relevo a vigilância, Pedro cogitou estarem, os discípulos, acima disso; que tais coisas se refeririam apenas ao povo comum. “Disse-lhe Pedro: Senhor, Dizes essa parábola a nós, ou também a todos? E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem O Senhor pôs sobre os Seus Servos, para lhes dar, a tempo, a ração?” Luc 12;41 e 42

Claro que cada um é responsável ante Deus por suas escolhas. Entretanto, quem foi posto na condição de atalaia, leva responsabilidades extras; a segurança de muitos está atrelada a si. Carece o tal, advertir de modo inequívoco sobre a aproximação do inimigo. 

Cabe emprestada uma figura que Paulo usou noutro contexto: “Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar.” I Cor 14;8 e 9

Ele aludia ao uso disciplinado do dom de línguas; mas, o que disse resulta veraz também no que tange à exortação contra infiltrações malignas na Doutrina da Salvação.

Então, as palavras inteligíveis e inequívocas advertirão conta ventos de doutrinas soprando; e só elas não bastam. Carece todo o líder espiritual o aval do testemunho coerente, que resulta sempre mais loquaz que palavras.

Infelizmente, muitos acenam com “prata” nos lábios mesmo cheios de escórias no coração. Esse é o modo de ser dos hipócritas que tanto vicejam por aí.

O pai de todos os hipócritas, aliás, é assim descrito: “As palavras do intrigante são como doces bocados; elas descem ao mais íntimo do ventre. Como o caco de vaso coberto de escórias de prata, assim são os lábios ardentes com o coração maligno. Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano; quando te suplicar com voz suave não te fies nele, porque abriga sete abominações no seu coração, seu ódio se encobre com engano; mas, sua maldade será exposta perante a congregação.” Prov 26; 22 a 26

A exposição da maldade não é outra coisa senão a pregação fiel da verdade; A Palavra de Deus. Ela é pura em si mesma. A prata é que precisa ser reiteradamente refinada, para, enfim, assemelhar-se a Ela: “As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.” Sal 12;6

Em suma, para comungar ritualmente com o “Corpo de Cristo” somos exortados a um exame de consciência; “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.” I Cor 11;28 e 29

De igual modo devemos, ao ensinar ministerialmente, avaliar a fundo os nossos motivos, bem como a coerência entre vida e mensagem. Se ainda restam escórias em nossos caracteres, que a sã doutrina nos derreta primeiro.

domingo, 22 de agosto de 2021

Rejeição Camuflada


“Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria.” Jo 4;44

Estranha doença! Recebe com honras ao estranho, enquanto busca diminuir os méritos do conhecido. Foi assim nos dias dos profetas; Elias e Eliseu. Ambos sofriam perseguições entre os de seu povo, enquanto estrangeiros vinham a eles. Hamã o general siro buscou Eliseu; uma viúva sidônia dividiu sua casa temporariamente com Elias.

O Salvador Era conhecido, tinha crescido entre eles, isso se revelava uma “Barreira”; “Não é este o filho do carpinteiro? Não estão entre nós seus irmãos e irmãs? De onde lhe vem essas palavras?”

O fato de alguém ser conhecido e viver de forma tal, que nada se possa dizer em desabono ao seu caráter deveria ser uma credencial.

Porém, se convinha negar que o conheciam, facilmente faziam isso; logo após a cura do cego de nascença, por exemplo, disseram: “Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos de onde é.” Jo 9;29

Incredulidade pode usar muitas máscaras, uma hora O Senhor não servia porque era conhecido; outra, porque Era estranho. Os pretextos mudam diametralmente se “necessário” mas a dureza dos corações segue.

A cegueira de entendimentos, não apenas nos indispõe à Vontade de Deus, como leva suas vítimas a fazerem a da oposição; “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44

Seu campo de atuação é o mundo. Aqueles que são chamados a reencontrarem a Divina Vontade, precisam se indispor com isso; renunciar seus métodos, ensinos, inclinações, o tal de “novo normal”; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Rejeitarmos à luz que nos confronta mostra nossa dificuldade de olharmos honestamente dentro de nós. Ao vermos o menor traço de sujeira, presto nos armamos de desculpas esfarrapadas; mesmo cheios de erros, desejamos ser paparicados, agradados, invés de confrontados.

No episódio da mulher adúltera, quando O Senhor autorizou que atirassem pedras os que estivessem sem pecados, dada a condição, cada um se viu forçado a se autoanalisar. Naquele caso, não era possível colocar a culpa do lado de fora; senão, colocariam.

A hipocrisia finge que confia mais no desconhecido, se isso permitir “fugir” dos próprios descaminhos que bem conhece. Essa é a “ameaça” da Luz, e motivo da Sua rejeição. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Ocorre o duelo de ideias entre o findo Stephen Howkins, físico famoso, ateu, e um pregador. Ele disse: “A fé é só um brinquedo de crianças com medo do escuro.” Ao que, o pastor replicou: “Ateísmo é só um brinquedo de adultos com medo da Luz.”

Muitos incrédulos não têm a coragem de se dizerem ateus, isso fazem para fugir ao desconforto de defender uma posição difícil.

Preferem desqualificar ao portador da Luz que lhes chega, como se, mediante outro aceitassem; o que nunca se verifica.

A problema não é intelectual, a incapacidade de entender os postulados da fé; antes, é moral; porque bem entendem; estão indispostos a se submeter aos tais, preferem as máscaras que a honestidade de assumir os motivos ímpios que os tomam.

Como o homem foi “programado” para bons valores, quando escolhe os maus, pelas suas ímpias conveniências precisa pintá-los com as cores do bem, para que a suja escolha não salte aos olhos. 

Então, o mundo não está legitimando à imundície sexual; antes, “incluindo;” não está se escondendo da verdade, mas, denunciando “fake News”; não estão vetando que expressemos nosso amor a Deus; antes, tolhendo “discursos de ódio.”

Se rejeitam o falso, o odioso, natural concluir que se baseiam na verdade e amor.

Cristo É A Verdade, ninguém tem maior amor que Ele, por quê é rejeitado? Por conhecido ou desconhecido? “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Por quê Deus Se Esconde?


“Por que estás ao longe, Senhor? Por que te escondes nos tempos de angústia?” Sal 10;1

Forma humana de falar; do homem expor as coisas como lhe parecem; não, como são, necessariamente.

Onipresença Divina é conhecida; “Se subir ao Céu, lá Tu Estás; se fizer no inferno minha cama, eis que Tu ali Estás também. Se tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali Tua mão me guiará, Tua destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz ao redor de mim.” Sal 139;8 a 11

A queixa quanto ao “esconderijo” em horas de angústia não deve ser entendida em sentido estrito, literal.

Invés de um “Por quê te escondes?” Talvez, a pergunta seja: Por quê permites? Por quê, não intervéns?

Como Jesus dormindo no barco; os discípulos gastaram suas forças antes de clamarem a Ele. Também O Poderoso permite que se gastem nossas vãs presunções se, no final puder mostrar “... quem é Esse, que até os ventos e o mar obedecem.” Propõe: “Invoca-me no dia da angústia; Eu te Livrarei, e tu Me glorificarás.” Sal 50;15

Nossas forças precisam revelar sua inutilidade, antes de vermos claramente que somos totalmente dependentes do Senhor. “Maldito o homem que confia no homem! Faz da carne mortal seu braço, e aparta seu coração do Senhor.” Jr 17;5

“Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma; bendiz ao avarento, e renuncia ao Senhor. Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca Deus; todas suas cogitações são que não há Deus.” Sal 10;3 e 4

Estar perto como se, não estando, é o “esconderijo” possível de um Ser Onipresente. Tanto é impossível Ele se esconder, quanto, qualquer de nós ocultar-se; Ele mesmo questiona: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho Eu os Céus e a Terra? diz o Senhor.” Jr 23;24

Todos nós já passamos por isso, ou, quiçá, ainda estejamos passando. Dores angustiosas que testaram nossa fé e até inteligência, ao tentar entender por que O Santo as permite.

Em nossa concepção imediatista e sentimentalóide, imaginamos que, se nosso Pai pode, Ele ‘deve’ nos livrar das dores, uma vez que nos ama. Entretanto, talvez não nos livre do modo que gostaríamos, justamente por isso.

Seu Amor É Eterno; sabedor das coisas que enfrentaremos logo ali, permite que soframos, se, puder usar o sofrimento como consorte na arte de nos infundir a devida têmpera, (e Ele Pode) para atingirmos a estatura que Ele, Sábio Arquiteto, planejou pra nós. Sabedor disso Paulo assegura que “... todas as coisas contribuem juntamente para o bem dos que amam a Deus ...” Rm 8;28

Mirando nosso crescimento, prefere dividir conosco nossas dores, a nos fazer pairar sobre elas. “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Sal 43;2

Alguém disse com propriedade que, quando as tribulações da vida nos levam a orar, nos aproximarmos de Deus, elas já estão fazendo mais bem que mal; “Na angústia invoquei ao Senhor, clamei ao meu Deus; desde Seu Templo ouviu minha voz, aos Seus Ouvidos chegou o meu clamor perante Sua Face.” Sal 18;6

Assim, se pode o Eterno fazer das angústias uma travessia que nos aproxime Dele como deseja, por quê explodiria essa ponte estreita, invés de nos ensinar como passar por ela?

Davi bem sabia disso; seu estreitamento emocional se converteu em maior amplitude espiritual; “Ouve-me quando eu clamo, ó Deus da minha justiça, na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve minha oração.” Sal 4;1

Ele mesmo aprendera, que muito de nossas dores deriva de nossas percepções errôneas, precipitações; nos angustiamos porque as coisas não acontecem no nosso tempo, invés de aprendermos a esperar confiadamente; “Por que estás abatida, ó minha alma, por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face e meu Deus.” Sal 42;11

Antes de concluirmos que Deus se escondeu, que tal nos aproximarmos inda mais, para podermos ver a preciosa operação da Sua Mão ao nosso favor? Dos ímpios diz: “Senhor, Tua mão está exaltada, nem por isso a veem; vê-la-ão, porém, confundir-se-ão por causa do zelo que tens do teu povo ...” Is 26;11

Por fim, resta analisarmos se o “esconderijo” não deriva de uma barreira nossa; “... vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus ...” Is 59;2

Enquanto atua em nosso favor Aquele que perdoa pecados, Nele, Cristo, Deus pode ser encontrado; “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar ...” Is 55;6

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Limitando Deus


“... Poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” Ef 3;20

Alusão às ilimitadas possibilidades do Senhor; porém, trazendo uma condição, que, pela origem humana põe limites; “... segundo o poder que em nós opera.”

Quando diz: “Tudo é possível ao que crê.” Não está patenteando à fé como um poder ilimitado e independente; antes, como antídoto à incredulidade que limitaria a atuação Divina. “... aos que Me honram Honrarei, porém os que Me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

“Correntes e orações fortes” circulam como se, a Operação Divina fosse manipulável mediante certas “fórmulas infalíveis”.

Deus É Todo Poderoso; “Operando Eu, quem impedirá?” Desafia. Todavia, “não pode” tratar ao justo como o ímpio; É Santo. “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça O Juiz de toda Terra?” Gn 18;25

Se, superficialmente parecem todos iguais, (às vezes o ímpio parece levar vantagens) chegará um momento em que as diferenças serão notórias; se, não antes, no juízo. “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, o que não serve.” Ml 3;18

Eventualmente, O Eterno desnuda erros; amostras grátis de juízo ainda na Terra; “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; noutros manifestam-se depois.” I Tim 5;24

Não há um justo sequer; O Eterno justifica aos que se arrependem e submetem a Cristo. Nesses, A Sua Palavra opera e lega poder; não para subjugar desafetos, mas para agir segundo Suas diretrizes. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

A ideia vulgar do Poder espiritual é “pisar serpentes e escorpiões e toda obra do maligno.” Esses bichos, ao olhar do simplório estão nos outros, não em si mesmo. Ora, se o poder da Palavra atua para purificar meu caminho, então, seus alvos primeiramente estão em mim. “Com que purificará o jovem (o Homem) seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Na Palavra aprendemos que o Nome “Jesus”, foi determinado por Deus, por um propósito específico: “... chamarás Seu Nome Jesus; porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.” Mat 1;21

O Nome que, no original significa: “Deus é Salvação” foi escolhido por dois motivos, ao menos; Porque Jesus Cristo É Deus, e também É O Salvador.

Então, quando alguém roga por coisas várias em “Nome de Jesus” pressupõe-se uma operação do Poder Dele nesses dois âmbitos; o tal está convencido que Jesus é Deus, e por Ele foi Salvo. Orar em Nome do Senhor demanda viver do modo que esse Nome Excelso significa; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tm 2;19

As “serpentes e escorpiões” que muitos incautos presumem enfrentar em jactâncias frívolas atuam para esconder o real significado desse Nome e Seu Feito. A revelação necessária é de entendimento, não de qual porta espera pelo João, ou de quem fez macumba contra qual; “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento ...” Ef 1;17 e 18

Pois, a oposição faz seu trabalho sujo na contramão; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é A Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Embora O Poder Regenerador nos seja franqueado mediante À Palavra, ele não se manifesta por meras palavras, mas após a obediência. Caso contrário seremos como aqueles que, “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

Erram os ministros que aconselham que se “busque poder.” Devemos buscar a obediência; pois, uma vez alcançada essa ... de outra forma: Se, o Poder regenerador da Palavra operar em nós, as transformações desejadas pelo Eterno se verificarão também; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Os dos dois fundamentos, um na areia, outro na rocha. Ambos tinham o Poder da Palavra ao dispor; mas só operou num; o que ouviu e praticou.

Alguns saudosistas perguntam: “Por quê não acontecem mais milagres como antigamente?" A Mão do Senhor segue Poderosa. Nossos ouvidos estão agravados, escolhemos o que queremos ouvir, refratários ao que precisamos.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Super-heróis de plástico


“Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6

Seria óbvio que só corrigisse à desobediência um obediente. Entretanto, às vezes o óbvio não é tão cristalino assim.

O Faça o que eu digo, não o que faço, vira “versículo bíblico” pra obreiros hipócritas que, são severos com terceiros e cegos com os próprios erros.

Oportuno o exemplo de Esdras; “Porque Esdras tinha preparado seu coração para buscar a Lei do Senhor, para cumpri-la e ensinar em Israel Seus Estatutos e juízos.” Ed 7;10

Buscar e cumprir à Lei do Senhor, para só então, ensiná-la. Nossa relação com a autoridade inicia de baixo para cima; somos chamados pra servir.

Como o centurião que rogou ao Senhor e disse; “Sou homem sujeito à autoridade e tenho solados às minhas ordens.” Quando somos investidos de autoridade na Obra de Deus, jamais devemos esquecer que, antes de tudo, estamos sujeitos à Autoridade do Pai.

Mais que ordenar, um líder atrai pela sua luz, como ensinou Pedro: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo.” I Ped 5;2 e 3

Quando a disciplina se faz necessária, se, a mesma for embasada na Palavra, deixa de ser do pastor, da igreja, e, como convém, é a Disciplina do Senhor. “Porque o Senhor corrige o que ama, açoita qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” Heb 12;6 e 7

Como O senhor me olharia se, representando-O eu aplicasse Sua disciplina contra terceiros e a mesma não valesse para mim? “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3

O simples ensinar se nos torna um peso, uma vez que as verdades que ensinamos se nos aplicam antes, que a terceiros. “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1

Houvesse devida ciência disso, e seriam bem menos as “cátedras virtuais”, de onde analfabetos bíblicos se pavoneiam com coloridas penas de mestres.

Com a mesma lógica segundo a qual, só podem punir à desobediência os obedientes, também, só podem ensinar as doutrinas da Vida, aqueles que vivem-nas. Vulgarmente se diz que uns, “pregam moral de cuecas”.

Somos chamados a nos revestirmos de Cristo; na igreja e sobretudo, fora, onde as tentações mais campeiam.

Muitos, infelizmente, vivem vidas tão ordinárias que, exceto o sotaque evangeliquês, que eventualmente assoma, no mais em nada diferem dos ímpios; todavia, chame-se os tais ao púlpito; logo, mercê de alguma palavra mágica “vestem uma personagem” e o super-herói “gospel” destila seus “superpoderes.”

Carecemos urgentemente mais verdade e menos teatralidade; obreiros que não se preocupem com performance (Preocupe-se mais com a pessoa para a qual olhas, que com seu modo de olhar - Spurgeon) mestres que tenham ojeriza à ideia de soarem falsos; invés de avivamento, como tantos, eu oro por mais verdade e menos artifícios. Por pastores que saibam mais de ovelhas que de números, que edifiquem almas, mais que templos.

Esses dos cifrões nos olhos deveriam ler com mais atenção algumas passagens; “Os que querem ser ricos caem em tentação, e laço; em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.” I Tim 6;9 a 11

Para “Pastores” assim, a única desobediência que incomoda é a infidelidade nos dízimos; evitada essa, o demais, tá valendo; passam batidos os atropelos éticos, as ofensas, calúnias, mentiras, e pecados sexuais até. 

Não estão prontos para demandar obediência nisto, pois nem mesmo eles o são. Para fruir dinheiro fácil são capazes de mentir e torcer textos bíblicos, se, isso resultar em mai$ Di$ciplina.

Mencionam eventualmente entradas financeiras; a devida prestação de contas das saídas, raramente acontece. Mesmo se agirem honestamente dão margem a dúvidas; pintam a “aparência do mal”, assim.

Invés de avivamento como devaneiam, os últimos dias serão de apostasia; “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”

Não apenas em relação aos semelhantes, mas sobretudo o tocante à verdade, pois vivem bem à sombra da mentira. Esses “... perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;10

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Nossa obras, de Deus


“Senhor, Tu nos darás paz; porque Tu És que fizeste em nós todas as nossas obras.” Is 26;12

Aparenta ambiguidade, “Tu És que fizeste... nossas obras.” Porém, é assim mesmo. Notemos que as obras em apreço são feitas “em nós”; não, por nós. Então, são “nossas” porque somos pacientes delas; mas, operadas por Deus, O Agente. Paulo assegurou: “... Aquele que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” Fp 1;6 Noutra parte disse: O Senhor é que opera tanto o querer, quanto o efetuar.

Jeremias assemelhou-se, com outras palavras: “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha dirigir seus passos.” Cap 10;23

O caminho do homem é “seu” porque não é de outro homem; mas, não tão seu que possa fazer o que der na telha; antes, deve ouvir ao Espírito Santo, ser por Ele dirigido. “Os teus ouvidos ouvirão a Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Quando aprendermos isto, que, andar em Espírito é o caminho proposto pelo Eterno, e praticarmos, já não haverá resquícios de condenação para nós. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

A certeza que as obras operadas em nós, são, por Deus, nos dá paz. “A Paz de Cristo seja árbitro em vossos corações.”

Moisés, quando por iniciativa própria tencionou matar um egípcio olhou ao redor para ver se havia testemunhas, desejou que ficasse oculto. "Olhou um lado e outro; vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” Ex 2;12 Foi descoberto, teve que fugir.

Entretanto, quando, sob ordens Divinas “fechou” o mar vermelho e milhares de egípcios morreram, não há registros de que tenha se preocupado olhando furtivo para os lados.

Tudo que fazemos em obediência a Ele, nos deixa em Paz com O Eterno; seja, algo grandioso, como então, ou mesmo pequeno. Como disse o salmista, “Meditarei nos Teus Preceitos, e terei respeito aos Teus Caminhos.” Sal 119;15

As Obras Divinas em nós não acontecem na marra; são derivadas de um consórcio, onde nosso querer conta também; não existe uma “possessão benigna” que nos force a fazer o que não queremos.

Patenteamos nosso querer meditando na Palavra Santa e obedecendo-a; só assim, a libertação que Ele tenciona para nós se verifica. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

O venturoso do Salmo primeiro, além de evitar o contágio da “banda podre”, “Tem seu prazer na Lei do Senhor, nela medita dia e noite.”

As Obras de Deus em nós também acontecem no escopo ministerial; quando Ele nos escolhe e capacita para que façamos algo para Si; obtida nossa anuência, é Ele que faz mediante nossas vidas, o que nos ordena, como fez com Ezequiel; “Disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então entrou em mim o Espírito, quando Ele falava comigo, me pôs em pé e ouvi o que me falava.” Ez 2;1 e 2

Aqueles que, escolhidos por Ele, se identificam com Seu querer, serão rejeitados tanto quanto Ele é; “A casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não querem dar ouvidos a Mim; pois, toda casa de Israel é de fronte obstinada, dura de coração.” Ez 3;7

A rejeição pode vir camuflada. Como no caso de Ezequiel, trataram seu ministério como um fim em si mesmo, como se fosse um dom para o brilho do profeta, não para fazer manifesta a Divina Vontade.

Aplaudiam hipocritamente o desempenho dele e recusavam a cumprir o que Deus ordenava. “Tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave, e tange bem; porque ouvem tuas palavras, mas não as põem por obra.” Ez 33;32

Temendo essa rejeição, muitos “obreiros” criam mensagens alternativas, passam panos para iniquidade, invés de denunciá-la; Desses O Santo diz: “Não Mandei esses profetas, mas eles foram correndo; não lhes Falei, contudo, profetizaram. Mas, se estivessem no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir as Minhas Palavras...” Jr 23;21 e 22

Se, como disse Jeremias, “Não é do homem seu caminho ...” tampouco, é do pregador a escolha das mensagens que deverá pregar. Todo o ministro idôneo deveria poder dizer como Paulo: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei...” I Cor 11;23

domingo, 15 de agosto de 2021

Os "Negacionistas"


“Agora, porém, completai também o já começado...” II Cor 8;11

Abstraiamos o contexto; sirva-nos de base para meditarmos sobre isso; o hábito de começar algo e o não terminar.

O Salvador ensinou-nos a calcularmos as possibilidades de vitória antes duma batalha; ou, mensurar devidamente os custos, antes de começar uma torre sob pena de, não a podendo acabar, servirmos de escárnio pelo passo maior que a perna.

Em se tratando do “edifício” da salvação, na Parábola do Semeador O Salvador advertiu do concurso das “aves dos céus” (demônios); os projetos fundados no calor emocional, imprudência; por fim, os “espinhos” das aflições que fazem o pretenso peregrino abandonar o caminho.

Jesus Cristo nunca iludiu a ninguém sobre o que esperar ao intentar segui-lo: “Entrai pela porta estreita ... no mundo tereis aflições ... sofrereis perseguições por causa do Meu Nome ... quem quiser salvar sua vida perdê-la-á ...” etc.

Jamais prometeu “avivamento” para os últimos dias, como apregoam alguns sonhadores; ensinou: “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” O amor Ágape só convive em ambientes de equidade; igualdade.

No entanto, a simples ideia de interdependência já soa como ameaça, atualmente. O mero aconselhar algo da parte do Senhor, ensinar tencionando a salvação é lido por muitos como intromissão.

Presto surgem peles de porcos-espinhos; “Só dê palpites em minha vida quando pagares minhas contas... se há algo que nunca pedi foi sua opinião...” alguns chegam ao extremo de forjar postagens dum com a Bíblia aberta perguntando onde estão escritas tais coisas que devem dar contas de seus atos a terceiros.

Bem, na tentação no deserto o Capeta usou à Bíblia para testar a Jesus. Essa pose “bereana” do onde está escrito poderia significar que, o que está escrito vale; contudo, não é assim.

A Palavra apesenta o conjunto dos salvos, como “O Corpo de Cristo”; cada um em particular como membro, de modo que a interação, mais que desejável é necessária. “O olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.” I Cor 12;21, 22 e 25

Não é isto que temos visto atualmente. Um “cristianismo” avesso à correção, todos são arte-final; refratários ao ensino, donos da verdade; incapazes de suportar o talento alheio, narcisitas; avessos a abrir mão de um triz em proveito de terceiros, egoístas; pregoeiros das coisas celestes agarrados às da terra, materialistas ...

Contra as esperanças dos “avivacionistas” A Palavra mostra que outrora foi assim, apostasia; “Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar.” Is 59;14

E adverte que seria assim novamente; “... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia. 

Todos os que professam ser cristãos, bem ou mal começaram a edificar a aludida “torre.”

Entretanto, a maioria deles, sobre O Fundamento Precioso de Cristo, está usando material de construção ordinário; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo; se alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia declarará, pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13

O fogo da prova nunca esteve tão perto como agora. Frivolidades como métodos, ritos, usos e costumes, guarda de dias, dispensação disso, daquilo, deixarão de ter peso, e a renúncia do conforto e aceitação, para obtenção da vida vai ser muito estreita; talvez, jamais tenha sido igual.

Assanha-se no horizonte, já vige o ensaio global, do zelo com a “saúde”; obrigatoriedade de “se cuidar”, para cada um, como pretexto de Satã para marcar a todos.

Os “Maus cidadãos” que ficarem de fora, “negacionistas” serão perseguidos e mortos.

Somos, os salvos, “negacionistas” de larga data. Foi o primeiro passo nos requerido para ingressarmos no CAMINHO. “Negue a si mesmo.”

Então, todos os pretensos edificadores serão testados à morte, e só ali veremos, quais, começaram e terminaram à boa obra.

Todo “Material de construção” espúrio se queimará; “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam ...” Sal 127;1

sábado, 14 de agosto de 2021

A Coragem das Crianças


“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Se as crianças temem ao escuro pela incerteza, (vá saber o que ele esconde) os adultos temem à luz, por saberem bem o que ela mostraria. Pelo medo da condenação “abrigam-se” à margem dessa.

Como se, cegos se fizessem traidores de si mesmos. “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Eles entendam o que a Luz, uma vez abraçada revelaria; por bem saberem disso e das implicações, evitam-na; o que recusam a entender é que sua obstinada escolha pelas trevas, malgrado, o “conforto” eventual, ruma à eterna perdição. Agem como se, não estivessem fugindo de uma decisão difícil e vital; enganam-se como se estivessem apenas adiando para um momento mais oportuno. Com um mínimo de honestidade saberiam que tal momento, jamais chegará.

Por isso, a mensagem de salvação sempre se apresenta urgente; “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, (de Deus) Não endureçais vossos corações ...” Heb 3;15

Ao saberem que a luz mostra-os como são, por gostarem de ser daquele modo e temerem a mudança que a mesma propõe, preferem a fuga.

Por isso, o primeiro desafio da Luz, para quem a desejar receber é “negue a si mesmo.” Se, o “eu mesmo” está acostumado ao escuro e é chamado, doravante, ao convívio com a luz, para não fazer feio precisa ser mudado de maneira tal, que é como se deixasse de existir. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Para Deus, os ímpios não passam de mortos-vivos; eles podem ouvir, decidir, andar, e são, mediante A Palavra, desafiados a uma mudança radical; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Esse ouvir que regenera e traz vida equivale a obedecer. O Adão fugitivo sai detrás da moita e é reconduzido à Bendita comunhão; se abrem, assim, seus olhos, pois, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Se, o medo levou Adão a se esconder, a regeneração mediante Cristo refaz a confiança perdida; o que não podia nem se atreveria a se aproximar, temendo morrer, agora descobre que carece do Pai, para viver; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; Os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

O primeiro homem, ao se esconder após pecar, evidenciou que, pecado e Luz são coisas excludentes. Luz espiritual, claro! Há tantos desavergonhados fazendo atrocidades à luz do sol.

Nosso espírito regenerado não é um lugar de se ocultar nada; antes, de se revelar ante O Criador; “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Assim como, o painel de um veículo acende uma luz quando um componente qualquer deixa de funcionar, nossas consciências são o painel do Espírito Santo, onde nos adverte sempre que nos desviamos da Luz.

O andar na luz, tem reflexos horizontais e verticais segundo nos ensina João: “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Notemos que a Luz nós é uma possibilidade; “... se andarmos ...” Nele É Parte do Seu Ser, Seu Habitat; “Na Luz Está.” Assim, resulta a conclusão que somos desafiados em Cristo, a andarmos em direção a Deus. Logo, tornar-se como crianças nos fará temer ao escuro, doravante, não à Luz, a qual passaremos a desejar.

Tendemos, como mostram as redes sociais, a exibir as maiores conquistas, os melhores eventos, os melhores ângulos para nossas fotos; os renascidos devem, em todas as noites tirar uma “selfie” com o Pai, onde, as imperfeições que necessariamente surgirão serão removidas pelo seu Photoshop, o perdão; desde que, tenham a honestidade necessária para expor perante Ele, e a integridade, para disso se arrependerem.

A mesma luz que expõe nossas falhas para devida correção, em tempo exporá também a arte-final quando essa for plasmada em nós; “Ele fará sobressair a tua justiça como a luz, o teu juízo como o meio-dia.” Sal 37;6

Como aparecerão na foto os que fizeram opção pelas trevas?

O Privilégio da Cruz


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.” Ef 3;10

Irônico que “o Mistério de Deus”, Sua Sabedoria não tenha sido devidamente entendida nos Céus; e agora, possa ser posta em relevo à partir de um sítio tão impuro como a Terra.

A mesma doença que nos vitimou fez estragos por lá; de nós outros se diz: “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21 A excelência em si não foi vista por nossa miopia, O Eterno colocou-a ao lado da “loucura” para ser exposta mediante contraste.

Poderíamos dizer sobre aqueles: Visto que, na plenitude das bênçãos, principados e potestades não conheceram à Sabedoria do Altíssimo, aprouve a Ele demonstrar-lhes isso, num ambiente adverso, onde concorrem as maldições.

Paulo advoga que julgaremos aos anjos (caídos); de certa forma já o fazemos; quando, em meio às fraquezas de nosso pó, dizemos não! a uma tentação que assedia, “condenamos” àqueles que disseram sim, ao comércio do iníquo, vivendo na perfeição. Presumíveis argumentos de suas defesas são desfeitos, por seres frágeis, que abraçam à Justiça de Cristo.

Do prisma didático (não justificando-os) certas “grandezas” atrapalham mais que ajudam; a mensagem de salvação mediante arrependimento, primeiro por João, depois pelo Salvador encontrou resistência precisamente entre os “grandes.” “Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes; mas, publicanos e meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;32

Foi a grandeza do “Querubim Cobridor” que o cegou para a origem da mesma; então, alimentou a insana presunção de “Subir ao mais alto, e ser semelhante ao Altíssimo.”

Na Terra, todos, grandes e pequenos estão no mesmo barco; caíram e carecem salvação.

Jeremias pensou, em certo lapso de ingenuidade que a rejeição fosse coisa da ralé, que os “grandes” não a padeciam, ledo engano; “Eu disse: Deveras estes são pobres; são loucos, não sabem o caminho do Senhor, nem o Juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;4 e 5

Qualquer posto que venhamos a exercer por aqui, qualquer dom que tenhamos, sempre será um dom; logo, não se originou em nós; antes, foi dado para ser expresso mediante nós: “O que tendes que não o tenhais recebido?” É por perder a noção sobre isso, que muitos erram o passo ignorando o fim pelo qual tais dons foram legados. “A manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;7

Quem recebeu dons na área da sabedoria deve usá-los para realçar à Sabedoria do Eterno, não para garimpar ouro de tolo na insana presunção de que o curso se tornaria uma fonte.

Se, a “estatura” de alguns faz sombra e lhes embaça as vistas, a mesma Sabedoria que deseja ser conhecida busca ambientes sem esse obstáculo para suas vitrines. “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Portanto, todas essas mensagens antropocêntricas (centradas no homem) que desfilam obscenas, fantasiadas de “profecias” derivam da falta de noção duma geração adoecida; que, por incapaz de entender, também se faz inepta para obedecer à Divina Vontade, a qual, abraçada os faria profetas verdadeiros, consortes da Sabedoria do Alto.

Astúcia, esperteza, velhacaria, até conhecimento, estão aí, disponíveis a todos. Sabedoria de Origem Divina não costuma fazer pouso em ramos sujos; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;7 e 8

O vero saber não é ostensivo; não desfila como um fim; antes, patrocina nosso agir, pelo fomento do qual ele veio; “Falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2;7 e 8

Vendo a Terra crucificar à Sabedoria Encarnada para afirmar paixões doentias, os filhos dos Céus, de certa forma se veem no espelho, pelo menos os que caíram.

Contemplando a mudança dos que se arrependem, desejariam nossa sorte, se possível, para evitar à eterna perdição.

Já pensou no privilégio da cruz?
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quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Embaraçosa milícia


“Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2;4

Os salvos do Senhor militam, porque foram alistados para uma guerra.

Devem evitar os embaraços com negócios desta vida; o objetivo é agradar Àquele que os alistou, O Senhor.

Não significa que não possamos ter negócios aqui; num grau maior ou menor, todos temos. A questão é saber levá-los de modo que não se nos tornem embaraços, ao alvo principal de nosso combate; agradar a Deus.

Não é exclusividade de obreiros; todos, cada um segundo seus dons, são escolhidos para dar frutos, viver com perspectiva tal, que suas aspirações não se restrinjam ao tempo terreno apenas.

Muitos embaraços atrasam vidas e tolhem ministérios, por viverem alguns, uma “fé” tão raquítica, que mesmo anunciando coisas dos Céus, ou dizendo nelas crer, seus alvos são rasteiros, terrenos.

Paulo adverte: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;29

Se, minha fé professa não é capaz de moldar meu ser, nem balizar o alvo a atingir, minha missão de agradar ao Eterno fracassará; “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele Existe, e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6 Notemos que, mesmo Deus sendo galardoador, não devemos buscar galardões, mas a Ele.

Todavia, em se tratando de ministros da Palavra, há alguns “negócios desta vida” que podem embaraçá-los em pleno exercício.

Duas tentações são as mais visíveis, ouvindo o que se prega por aí, de modo geral. Anunciar “vitória” para agradar, segundo conceitos naturais, e esforçar-se em busca de performance, mais que, de salvação e edificação em obediência.

Cheias estão as redes sociais de “profecias” que entregam chaves, restituem perdas, abrem cadeados, exaltam aos desonrados... mas, interpretações de porções bíblicas com integridade, contexto, verdade são mais notáveis pela ausência que pela incidência.

Se nosso alvo é agradar a Deus, de que servem essas superficialidades carnais que, nenhum benefício trazem, exceto, “curtidas” de drogados emocionais viciados nessas porcarias?

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós... Não mandei esses profetas, contudo, foram correndo; não lhes Falei, mas, profetizaram. Se estivessem no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;16, 17, 21 e 22

Depois da destruição de Jerusalém, Jeremias em suas lamentações lembrou dos causadores daquilo; “Teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 2;14

A performance oca traz à baila uma série de vícios, tipo; senta, levanta, diga isso, aquilo, glorifica, repita comigo, etc. Ora, se tem mensagem entregue; se não, nem suba ao púlpito; se subir, faça com temor, esmero e honestidade, para agradar a Deus; a reação dos que ouvem é problema deles.

Ministros da Palavra devem ser portadores da mensagem que liberta, não animadores de auditório cheios de manias que tentam maquiar a ausência de preparo para o que se propõem, com truques para diluir a atenção.

Vaidade, presunção, dissimulação, engano, são “negócios desta vida”; os que tomaram posse da vida eterna devem passar por um renovo muito abrangente; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Esses enganadores travestidos criaram uma geração viciada em drogas emocionais de modo tal, que a pura e libertadora Palavra já não é bem recebida em muitas partes, por falta de paladar para ela; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Do ministério dos profetas se espera que analisemos às profecias; as que não se alinham à Bíblia, ou não se cumprem não vieram do Senhor.

Das vidas em geral que invocam ao Santo Nome de Jesus, se demanda que vivam de modo coerente; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Nada vale uma língua desembaraçada com um agir na contramão. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras ...“ Tt 1;16