segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Nossa obras, de Deus


“Senhor, Tu nos darás paz; porque Tu És que fizeste em nós todas as nossas obras.” Is 26;12

Aparenta ambiguidade, “Tu És que fizeste... nossas obras.” Porém, é assim mesmo. Notemos que as obras em apreço são feitas “em nós”; não, por nós. Então, são “nossas” porque somos pacientes delas; mas, operadas por Deus, O Agente. Paulo assegurou: “... Aquele que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” Fp 1;6 Noutra parte disse: O Senhor é que opera tanto o querer, quanto o efetuar.

Jeremias assemelhou-se, com outras palavras: “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha dirigir seus passos.” Cap 10;23

O caminho do homem é “seu” porque não é de outro homem; mas, não tão seu que possa fazer o que der na telha; antes, deve ouvir ao Espírito Santo, ser por Ele dirigido. “Os teus ouvidos ouvirão a Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Quando aprendermos isto, que, andar em Espírito é o caminho proposto pelo Eterno, e praticarmos, já não haverá resquícios de condenação para nós. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

A certeza que as obras operadas em nós, são, por Deus, nos dá paz. “A Paz de Cristo seja árbitro em vossos corações.”

Moisés, quando por iniciativa própria tencionou matar um egípcio olhou ao redor para ver se havia testemunhas, desejou que ficasse oculto. "Olhou um lado e outro; vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” Ex 2;12 Foi descoberto, teve que fugir.

Entretanto, quando, sob ordens Divinas “fechou” o mar vermelho e milhares de egípcios morreram, não há registros de que tenha se preocupado olhando furtivo para os lados.

Tudo que fazemos em obediência a Ele, nos deixa em Paz com O Eterno; seja, algo grandioso, como então, ou mesmo pequeno. Como disse o salmista, “Meditarei nos Teus Preceitos, e terei respeito aos Teus Caminhos.” Sal 119;15

As Obras Divinas em nós não acontecem na marra; são derivadas de um consórcio, onde nosso querer conta também; não existe uma “possessão benigna” que nos force a fazer o que não queremos.

Patenteamos nosso querer meditando na Palavra Santa e obedecendo-a; só assim, a libertação que Ele tenciona para nós se verifica. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

O venturoso do Salmo primeiro, além de evitar o contágio da “banda podre”, “Tem seu prazer na Lei do Senhor, nela medita dia e noite.”

As Obras de Deus em nós também acontecem no escopo ministerial; quando Ele nos escolhe e capacita para que façamos algo para Si; obtida nossa anuência, é Ele que faz mediante nossas vidas, o que nos ordena, como fez com Ezequiel; “Disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então entrou em mim o Espírito, quando Ele falava comigo, me pôs em pé e ouvi o que me falava.” Ez 2;1 e 2

Aqueles que, escolhidos por Ele, se identificam com Seu querer, serão rejeitados tanto quanto Ele é; “A casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não querem dar ouvidos a Mim; pois, toda casa de Israel é de fronte obstinada, dura de coração.” Ez 3;7

A rejeição pode vir camuflada. Como no caso de Ezequiel, trataram seu ministério como um fim em si mesmo, como se fosse um dom para o brilho do profeta, não para fazer manifesta a Divina Vontade.

Aplaudiam hipocritamente o desempenho dele e recusavam a cumprir o que Deus ordenava. “Tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave, e tange bem; porque ouvem tuas palavras, mas não as põem por obra.” Ez 33;32

Temendo essa rejeição, muitos “obreiros” criam mensagens alternativas, passam panos para iniquidade, invés de denunciá-la; Desses O Santo diz: “Não Mandei esses profetas, mas eles foram correndo; não lhes Falei, contudo, profetizaram. Mas, se estivessem no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir as Minhas Palavras...” Jr 23;21 e 22

Se, como disse Jeremias, “Não é do homem seu caminho ...” tampouco, é do pregador a escolha das mensagens que deverá pregar. Todo o ministro idôneo deveria poder dizer como Paulo: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei...” I Cor 11;23

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