sábado, 28 de agosto de 2021

Quais pesos você leva?


“Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

O homem como transportador duma carga; transporte esse, pelo qual será julgado diante do Senhor.

Uma metáfora para definir o código de valores, mediante o qual, devemos nos portar. Como disse a Abraão, “Anda na Minha Presença e sê perfeito...”

Os avessos travestem sua omissão redefinindo-a, como se, assim fazendo ficassem livres da necessidade de carrear tais pesos; traem a si mesmos.

Seu abandono maquiado de “viver a vida”, no mundo, desfila nu; é perdê-la, no âmbito espiritual. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Se, o juízo será diante de Deus, de que vale alguém posar garboso diante de si mesmo? Poderá tirar os pés do chão puxando os próprios cabelos? Ou, como disse O Senhor a Jó, “Acaso farás vão o Meu Juízo, ou Me condenarás para te justificares?

O “mal” é posto como tal, não como algo que possamos decidir se nos parece mal, ou não. Nosso dever é levar a carga, não discutir seu conteúdo.

“Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Quando diz que O Eterno não nos sobrecarrega é porque demanda dos Seus uma carga coerente com suas forças. “Porque este é o amor de Deus: que guardemos Seus mandamentos; e Seus mandamentos não são pesados.” I Jo 5;3

Porém, concorrem “cargas” que pesam sobre a natureza caída, as tentações; ante essas, O Eterno “turbina nossos motores” para que não sucumbamos. “Não veio sobre vós tentação, senão, humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que possais suportar.” I Cor 10;13

Não confundamos; as tentações são de origem humana; desejos maus sucumbidos às seduções do inimigo; o livramento, ou escape vem de Deus.

O fato de que O Eterno não nos sobrecarrega, porém, não significa que não existam muitos sobrecarregados por aí. Os que, invés das Boas Novas de salvação mediante Cristo, optam pelas “Fake News” de Satã, levam cargas desnecessárias por um caminho que conduz à perdição.

A Palavra contrapõe os que levam cargas inúteis, (ímpios) aos que são levados nos braços; (escolhidos) “... seus ídolos são postos sobre os animais e sobre as feras; as cargas dos vossos fardos são canseiras para as feras já cansadas. Juntamente se encurvaram e se abateram; não puderam livrar-se da carga; sua alma entrou em cativeiro. Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o ventre, sois levados desde a madre. Até à velhice Serei o mesmo; ainda até às cãs Eu vos carregarei; vos Fiz, vos Levarei, vos Trarei e Livrarei." Is 46

Aos das cargas inúteis O Salvador apela: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos Aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas. Porque Meu jugo é suave e Meu fardo é leve.” Mat 11;28 a 30

Notemos que aqueles, babilônios, que levaram futilidades que O Eterno não ordenara tiveram como resultado, as almas em cativeiro, (embora lhes foi permitido escravizar aos hebreus) enquanto, os que toparem tomar sobre si o Jugo de Jesus encontrarão “descanso para suas almas.” Mesmo que, eventualmente, concorram aflições.

Os dois textos deixam patente que as cargas em apreço, invés dos corpos, incidem sobre as almas das pessoas. 

Podem alguém airosamente cantar sua “liberdade” estando cativo, como, outrem padecer toda sorte de privações sendo livre. Pois, “Se O Filho (Cristo) vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

Pois, desde a queda, a alma assumiu peso duplo; a carga que era sua e a do espírito.

Por isso, todo o morto espiritual é sobrecarregado. Nos que recebem O Salvador, o espírito “nasce de novo” passa a administrar o “transporte” que é seu.

Por isso, falando à alma salva Paulo aborda-a como possuindo corpo e espírito; “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro...” II Cor 4;7

Ao homem espiritual, como espírito que tem corpo; “Que cada um de vós saiba possuir seu vaso em santificação e honra;” I Tess 4;4
A alma descansa “salva demais” para se ocupar com pesos desnecessários.

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