domingo, 30 de julho de 2023

Veredas antigas


“Veio A Palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que te digo.” Jn 3;1 e 2

Segunda chance dada ao profeta, que, preferira morrer a obedecer ao mandado do Senhor. Tivera três dias no ventre do peixe, para repensar.

Então, orou: “Na minha angústia clamei ao Senhor, e Ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e ouviste minha voz.” Cap 2;2

No desenrolar comum da vida, O Eterno o chamara pra uma missão, e ele recusara ouvir; então, na ânsia da morte, “... do ventre do inferno, gritei - disse - e tu ouviste minha voz.” Vemos a Graça do Senhor em sua imensa abrangência. “... torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Is 55;7”

Jonas considerara sua situação, como estar no interior do inferno, mesmo assim, orou; isso lembra o cântico de Davi: “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno minha cama, ali estás também.” 139;7 e 8

Nova ocasião foi dada ao profeta, para fazer exatamente o que se recusara, quando da primeira. “... prega contra ela a mensagem que te digo.”

O regatear, comum nas esferas humanas, quando alguém considera algo difícil ou, por mera preguiça reluta obedecer, e, assim, o proponente acrescenta vantagens, recompensas para “motivar”, não cabe na relação Divino/humana. A segunda chance é a nossa possibilidade de rever pensamentos, posturas, em relação às mesmas condições, que foram recusadas.

No caso da Páscoa, quando alguém tivesse óbices para participar, teria nova oportunidade; “Quando alguém entre vós, ou entre vossas gerações for imundo por tocar corpo morto, ou achar-se em jornada longe de vós, contudo, ainda celebrará a Páscoa ao Senhor. No mês segundo, no dia catorze à tarde celebrarão; com pães ázimos e ervas amargas a comerão.” Nm 9;10 e 11

Nova oportunidade se deveria oferecer aos que tivessem impedimentos por velório, viagem; não, por pecados.

Balaão, o profeta mercenário, quando contratado para amaldiçoar Israel, tendo O Senhor vetado isso, ao aumento da oferta pelos seus serviços, tentou regatear com O Santo. “Veio, pois, Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que Eu te disser.” Nm 22;20

Essa “segunda opinião” era uma ironia; tendo falado e não sido ouvido, Deus enviou o anjo da morte contra o “teólogo da prosperidade”, mas, fez a jumenta dele falar, para que não fosse morto.

Não que as palavras do amaldiçoador de aluguel tivessem poder de se fazer cumprir; mas, Deus não permitiria mesmo assim; “farás o que Eu te disser.” “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa?” Nm 23;8

Pois, os que pretendem editar à Palavra do Senhor, no fundo, fazem o mesmo que o famigerado profeta. Alguma coisa os faz pensar que, seus desejos desorientados devam ser caros ao Criador, como o são, para si. “Não aceitaram Meu conselho, desprezaram toda Minha repreensão.” Prov 1;30

Leram, ou ouviram, a expressa Vontade do Eterno, mas, algumas “letras miúdas” do contrato os incomodam; gostariam de as banir, para que, A Palavra da Vida se tornasse, mais palatável, inclusiva; menos “radical.”

Gostar da proteção Divina, ou, de mera reputação de pertencer ao Santo, quase todos gostam. Entretanto, aceitar as condições, aí já não se pode dizer o mesmo. Se, ao menos os desavisados tivessem a noção de Jonas, que, a desobediência encaminha ao “ventre do inferno” ...

Deus não tem uma segunda opinião, nem mesmo, primeira; opinar é algo incerto, próprio de seres imperfeitos; ora acertamos, outra, erramos. Deus É A Sabedoria. Não está aprendendo, tampouco, evoluindo. Então, Suas coisas “velhas” estão sempre atuais; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

É Justamente o Amor Divino que O faz tão “radical”; “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a Si mesmo.” II Tim 2;13

Seu amor pela justiça, não permite que estreite a porta da salvação a uns, e alargue a outros. Como ama a todos, não quer que ninguém se perca, envia Sua Graça e Seus termos, iguais, a todos.

“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar.” Is 55;7

No atinente à salvação, O Senhor não dá aos perdidos uma segunda chance; antes, cada dia é uma nova oportunidade. Que tal aproveitar à presente, para mudar o futuro?

sábado, 29 de julho de 2023

O amor caluniado


“Vós, que amais ao Senhor, odiai o mal...” Sal 97;10

Atualmente, os fogos apaixonados que se acende por aí, produzem calor sem gerar luz; o deserto de valores faz com que, qualquer poça insalubre pose de água potável; os que caparam os cérebros de uma geração, fazem triunfar o sensível ao inteligível; a opinião põe limites à razão; a ofensa usurpa o argumento; fatos são suplantados pelas narrativas.

Qualquer patifaria, se, interessa ao sistema corrupto, os patifólatras se apressam em rotular que foi feita pelo, ou, em nome do amor; por outro lado, discursos e atos retos, se nascem dissidentes ao interesse do sistema, presto sofrem as pechas de “fascismo, nazismo, radicalismo, fundamentalismo, discurso de ódio.”

Sobre a parcialidade se cunhou uma expressão para denúncia dos que a ela se dão: “venha a nós, tudo; vosso reino, nada.” Ou, “aos inimigos, os rigores da lei; aos asseclas, as benesses.”

Nessa mesma linha, quando julgam algo que se abriga sob a bandeira de sua predileção, sempre está a serviço da virtude, por cruel, indecente, indigno que seja; se não, presta um serviço ao vício, ao ódio, como se, bandeiras, interesses, fossem aferidores morais.

A Palavra de Deus? Associam-se para lutar contra ela; “Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor e Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;2 e 3

Não há nada errado com o ódio, em seu devido lugar. Mesmo as coisas boas, em lugares impróprios perdem suas funções, como disse Spurgeon: “Uma coisa boa não é boa, fora do seu lugar.”

O ódio no lugar certo é um preceito bíblico; “Vós, que amais ao Senhor, odiai o mal...” Do escolhido do Senhor diz: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais que teus companheiros.” Sal 45;7

A Palavra versa também sobre a essência do amor; além de outros predicados, traz: “O amor é sofredor, benigno; o amor não é invejoso; não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas com a verdade;” I Cor 13;4 a 6

A bem da verdade, com a qual o amor folga, a sugestão de que caberia ao homem a definição de bem e mal, foi um conselho de Satanás, que levou o primeiro casal, à queda.

Quem segue nesse caminho, por religioso, espiritual que pareça, está a obedecendo ao Capeta. “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

A alma humana carece da Palavra de Deus, pois a Ele compete estabelecer os termos do que é bom, ou mau. “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;11 “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do que caminha, dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Extrapolar a isso, leva quem o faz, à inversão de valores, tão em voga; “Trocaram a noite pelo dia; a luz está perto do fim, por causa das trevas.” Jó 17;12

Isaías ampliou um pouco mais: “... o direito se tornou atrás, e a justiça se pôs de longe; a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus olhos que não houvesse justiça.” Is 59;14 e 15

Isso antes da vinda do Salvador já; depois, Ele ressurreto exortou que cada um faça firmes suas escolhas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Desde dias idos, A Palavra apontava para um descanso porvir, para além dos males que grassam na terra; “Levantai-vos, e andai, porque este não é lugar de descanso; por causa da imundícia que traz destruição, sim, destruição enorme.” Os 2;10

Os que hoje têm A Palavra por desprezível, quando ela for tirada, então, tardiamente entenderão ao quê, desprezaram: “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir As Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro, do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando A Palavra do Senhor, mas não a acharão.” Am 8;11 e 12

Os que vociferam contra os “discursos de ódio”, ouvirão apenas os ecos das suas vozes, quando o amor for silenciado.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Águas que saram


“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

A qualificação da fonte é muito importante; pois, nem todas têm esse predicado. “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo Único Pastor.” Ecl 12;11

Os que bebem na Fonte da Vida são reputados sábios; “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, a Lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram A Palavra do Senhor; que sabedoria têm?” Jr 8;8 e 9

O Salvador ensinou: “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Além de matar a sede, a Água da Vida, que Cristo dá se torna um manancial em quem a bebe. A vida espiritual flui como um curso de água limpa, a morte espreita qual um caçador, com suas armadilhas dissimuladas.

Como nenhum laço tem atrativos, para obter seu intento, carece de camuflagens; estar disposto em local estratégico, quiçá, usar-se algum incentivo extra, uma isca. Esconder-se em Deus é o antídoto para essa armadilha e similares; “Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.” Sal 91;3

Esconder-se Nele significa viver conforme Sua Palavra, não, selecionar textos favoritos; O Eterno só está para relacionamentos sérios; essas coisas pueris e interesseiras lhe dão asco. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Engana-se quem acha que se pode “ficar” com Deus, curtir um pouco, antes de partir para outra. “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará seguro, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33 Sua Palavra é vida, não, mera satisfação de curiosidade efêmera.

As camuflagens dos laços da morte são imitações feitas por gente descompromissada com O Eterno; esses, alugam alguns cacoetes religiosos e saem em busca de incautos. Geralmente aparentam excessiva intimidade com O Senhor; prometem em Nome Dele, facilidades, enquanto esperam vantagens terrenas. “Do que o coração está cheio, disso a boca fala.”

De vital importância nesses dias tenebrosos, é o discernimento de espírito para que não caiamos nesses laços. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Ser espiritual, ao contrário do que pensam alguns, não equivale a se exibir em dons barulhentos, supostos milagres, revelações e trapaças afins; coisas que podem facilmente ser imitadas por gente desonesta; os “prodígios da mentira.”

Os veros espirituais adquirem discernimento do bem e do mal, exercitando-se no que aprendem; colocando por obra a Doutrina do Mestre; ou como Ele mesmo prescreveu, “permanecem nas Minhas Palavras.” “Qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas, o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;13 e 14

Aprenderam a eficácia regeneradora da Água da vida, e a seriedade necessária no relacionamento com O Santo; por isso têm aversão a toda sorte de fontes espúrias; “... todas minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7

Se, o afastar-se de Deus deixasse o homem “à deriva”, apenas; digo, se, abandonando ao rico Manancial Celeste ele não colocasse algo falso no lugar, talvez a gravidade fosse menor.

Porém, como o homem foi criado com um “vazio” com formato de Deus, se o devido preenchimento não for feito, alguma fraude, necessariamente, ocupará o espaço do Santo.

“Houve alguma nação que trocasse seus deuses, ainda que não fossem deuses? Todavia Meu povo trocou a sua glória por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz O Senhor. Porque Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;11 a 13

Assim, até uma fonte fajuta, no fundo, é um laço da morte. Por isso, o venturoso descrito no Salmo primeiro, além de evitar ímpios conselhos, caminhos pecaminosos e ambientes de escárnios, sabe onde beber, para preservação da vida. “Tem seu prazer na Lei do Senhor, e na Sua Lei medita de dia e de noite.” v 2

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Inclinações


“Ainda que tu, ó Israel, queiras prostituir-te, contudo, não se faça culpado Judá...” Os 4;15

Exemplos circunstantes sempre são usados como atenuantes, quando alguém age de modo indigno, ante eventual reprovação.

“Fulano também fez; beltrano pensa da mesma forma; todo mundo faz isso”, defesas usuais que escutamos.

Os que estão edificados no Senhor, é preciso mais que os abalos sísmicos morais, adjacentes, para que estremeçam em suas convicções; “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

Essa balela de “atualizar” ao que é eterno, aperfeiçoar ao que é perfeito, é inglória tentativa de mascarar a desconfiança, subproduto da incredulidade, dos que, apesar disso querem status de cristãos. Para quê, serviria esse?

Um “cristão” de rótulo foi figurado como sal degenerado, sem nenhuma utilidade, exceto, estar sob os pés dos ímpios. Aquele que for tido por veraz, será alvo de ataques, difamações, assassinato de reputação, até, dado o nível do ódio que esse mundo nutre contra os tais.

Sempre que alguém se baseia em exemplo alheio, a imensa maioria o faz, observando maus exemplos, não os bons. Por quê? Porque todos trazemos algum tipo de inclinação interna; e, ao vislumbrarmos outrem agindo de acordo, nos identificamos; vemos nisso um incentivo para darmos asas aos desejos, que, pouco a pouco deixam o casulo da timidez e ganham o teatro das ações.

Eventualmente as pessoas partilham: “O certo é certo, mesmo que ninguém o esteja praticando; o errado é errado, mesmo que todos estejam fazendo.” Pleno de verdade esse dito; porém, “Como as pernas do coxo, que pendem flácidas, assim é o provérbio na boca dos tolos.” Prov 26;7

Pois, ao escopo dessa geração, que, lê e não entende; se entende, não pratica, quando pratica, eventualmente, não persevera, ou, o faz em busca de aplausos aprovação humana; nesse mundo “líquido” como definiu alguém, as verdades absolutas são como esparsas rochas, assomando ao longo de águas velozes e sujas. Até sabem da existência das mesmas e as citam, porém, não se detêm apenas ao “obstáculo” de uma pedra no caminho.

Parecer intelectual, espiritual ou probo, basta a esses cultores de aparências, que ainda não adquiriram jeito para essências.

Essas camuflagens ridículas podem satisfazer nossa necessidade de aceitação social, embora, perante Deus nada valham.

O fato de Ló ter vivido na região de Sodoma não foi motivo para que agisse como aqueles; antes, “este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8 

Todos a volta dele estavam fazendo coisas abomináveis ante O Senhor; isso não bastou para que ele abdicasse da vereda de justo.

Dada a mordomia intransferível que cada um tem da própria alma, jamais poderá lançar sobre outrem a responsabilidade pelas suas escolhas. “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Pois, no final das contas, “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

Então, maus exemplos em nossas circunstâncias, não devem ser fatores de encorajamento para trilharmos o mesmo caminho. “Ainda que tu, ó Israel, queiras prostituir-te, contudo, não se faça culpado Judá...”

Vendo alguém que desceu a ladeira resta o apelo à prudência, a fim de que, quem ainda se mantém num lugar aceitável, permaneça. “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.” I Cor 10;12

Sabedor que o ego é a origem de todos os descaminhos humanos, O Senhor começa Sua Obra por aí; “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.” Luc 9;23

Aquele que segue após as seduções voláteis desse mundo, de certa forma nega a si mesmo; nega seu imenso potencial individual e se deixa massificar pelo sistema corrente; a diferença é que a renúncia por Cristo nos chama um modo de vida agradável a Deus, segundo Sua Palavra. Enquanto o que se perde na anulação amorfa da massa, apenas perde-se, sem nenhuma virtude, tampouco, recompensa.

Dos que perdem a vida natural por amor a Cristo, disse Jim Elliot: “Não é tolo quem abre mão do que não pode reter, em troca de algo que não pode perder.”

Enfim, adotar o vício como modo de vida, com argumento que, quase todos o fazem, é lavar-se com lama. Um servo de Cristo é desafiado a ser luz, não um habitante das sombras.

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; uma dá luz a todos que estão na casa.” Mat 5;14 e 15

domingo, 23 de julho de 2023

Conversão salta aos olhos


“Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens.” II Cor 8;21

Alguns fazem um uso conveniente às suas predileções ímpias, do “não julgueis”; o menor aponte para a Vontade revelada do Senhor, já seria um indevido julgamento.

Quando suas atitudes destoam da postura esperada, escudam-se sob um véu de boas intenções, onde estariam corretos perante O Santo, embora, atuando errado, diante dos homens. “Quem me julga é o Senhor”. Dizem seguros, o que deveriam fazer com temor. “Considera a bondade e a severidade de Deus...” Rom 11;22

O fato de Deus ser-nos invisível é suprido pelas Suas Obras que O fazem compreensível; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20 Sonegar o evidente equivale a tentar deter a verdade; postura inglória; “Porque do Céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.” Rom1;18

Nosso amor por Ele deve se tornar visível no nosso trato com o semelhante; “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

O que é o batismo, senão, uma confissão aberta, que deixamos o modo mundano de viver e passamos a pertencer a Cristo? Desses, Ele diz: “Portanto, qualquer que Me confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante de Meu Pai, que está nos Céus.” Mat 10;32

O pretenso escapismo que permitiria sermos tortos diante dos homens, e nos presumirmos retos diante de Deus é uma agressão à lógica, deturpação dos fatos, desprezo à coerência; “Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens.”

O agir de um convertido deve ter a eloquência da luz, que dissipa mal-entendidos e faz visível a transformação operada, e quem operou; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16 “... muitos o verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

O ímpio carece de todas as redes sociais e ambientes possíveis, para mostrar-se, (aberto a curtidas, lisonjas, refratário aos ensinos e correções, “a diferença entre o café e sua opinião, é que o café eu pedi”, postam, rebaixando joias de valor eterno ao nível movediço das opiniões) do cristão se espera que não seja tão melindroso e intratável assim. “Negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me".

Quando nossa postura ficar aquém, diante dos homens, invés de uma defesa incongruente, deveríamos fazer uma séria avaliação, pelo fato que, quem nos julga é O Senhor. O silêncio do Eterno não significa que Ele compactua; tampouco, Sua longanimidade, que os nossos pecados caem, por decurso de tempo, sem arrependimento, confissão e abandono. “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

Nossos pecados não tratados continuam na “nuvem”; a qualquer momento, O Eterno pode dar um “Up” e ressurgirão na “tela” da memória.

Se, estivéssemos ante a apreciação humana, apenas, tranquilamente poderíamos mascarar nossas culpas, maquiar nossos erros, e tudo estaria “bem”. Porém, quem nos julga é O Senhor. “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face?” Sal 139;7

As insanidades que o ímpio fala em sua “defesa” testificam contra ele; aos apóstolos pouco importava a rejeição humana, se ao custo dessa, estivessem em obediência ao Eterno. “... Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós, que a Deus;” Atos 4;19

Não significa, como pretendem certos “cristãos” moderninhos, que toda sorte de paixões deva ser encorajada, para fazermos “boa figura” ante os homens; recebermos aplauso do mundo; antes, que nosso cristianismo deve ser coerente com A Palavra revelada, o que se fará visível diante de todos, a despeito de como isso pareça aos olhos de cada um.

Egoísmo é uma doença dos ímpios; cristianismo veraz requer uma interação permanente, como têm os membros de um corpo; “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.” I Cor 12;25

Os que rechaçam à Palavra da Vida com pedras do “Não se meta na minha vida”, são denunciados por Jeremias: “... serão como a tamargueira no deserto, não verão quando vem o bem;” Jr 17;6

sábado, 22 de julho de 2023

Os rebeldes


“Ouvi, ó Céus, dá ouvidos, tu, ó Terra; porque fala O Senhor: Criei filhos, engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra Mim.” Is 1;2

Algo bem “simples” que os liberais, pretensos editores da Palavra de Deus, precisam aprender: Quando O Eterno fala, aos Céus e à Terra só cabe ouvir.

Não fala como se, estivesse colocando algo em votação, carecendo uma resposta favorável. “... a Palavra que falei se cumprirá, diz o Senhor Deus.” Ez 12;28 O pretérito de então, já testificava da Sua fidelidade. “Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o Senhor falou à casa de Israel; tudo se cumpriu.” Js 21;45

Ele mesmo desafia a colocarmos à prova Sua Integridade; “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará... porque a Minha Boca tem ordenado; Seu espírito mesmo as tem ajuntado.” Is 34;16

O fato de termos sido criados arbitrários, recebido o direito de escolha, podendo obedecer ou nos rebelar, não nos permite irmos além disso; nosso direito esgota-se aí. Não chega ao absurdo de a coisa criada suplementar ao Criador; da imperfeição “melhorar” ao Perfeito; “Porventura também tornarás tu, vão o meu juízo, ou Me condenarás, para te justificares?” Jó 40;8

Podem cobrir o mundo de “livros sagrados” que, lhes soem mais palatáveis; no final, ceifarão vergonha, esse fruto costumeiro colhido pelos que semeiam rebelião; “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a Lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm?” Jr 8;8 e 9

Aos que já tinham sido “modernizados” foi dito: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele. Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da trombeta; mas dizem: Não escutaremos.” Jr 6;16 e 17 “Não andaremos... não escutaremos... se rebelaram contra Mim.”

Se, O Eterno leva liberdade de escolha e expressão, às últimas consequências, inevitável é o determinismo forjado desde a criação; que cada semente reproduza “conforme sua espécie.” “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A criação original tinha posto o homem num patamar elevadíssimo: “Tu o fizeste um pouco menor que os anjos, de glória e honra o coroaste; o constituíste sobre as obras de Tuas Mãos;” Heb 2;7

Todavia, após a rebelião e a queda, aquele que fora criado um pouco menor que os anjos, colocou-se abaixo dos animais; “O boi conhece seu possuidor, o jumento, a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, Meu povo não entende.” Is 1;3

A desobediência precisa da assessoria da incredulidade; a alma humana é tentada a crer que as consequências não serão tão sérias assim; “certamente não morrereis;” a incredulidade oferece uma “cabeça de ponte”, um ancoradouro às ações do inimigo, que vem e espalha sua bruma de vetar entendimentos; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Um exemplo prático de um abismo chamando outro; a incredulidade traz a desobediência; essa nos lança no domínio do inimigo, que cega-nos vetando entender de onde vêm as aflições. Quem não sabe o que quer, acaba buscando o que não precisa. “O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4;6

Aflições nascidas da sede de Deus, são “supridas” com drogas, bebidas, promiscuidade... essas coisas, malgrado produzam uma ilusão momentânea, acabam aumentando o vazio, acentuando a distância.

Não é que a conversão seja tão radical em si mesma; mas, o homem, alienado da luz afastou-se tanto, que precisa deixar tudo o que “aprendeu”, e reaprender de Deus, começando do zero; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;7 a 9

Os iluminados por Cristo, não anseiam mudar a Palavra; antes, mudam de atitudes, segundo A Palavra da Vida.

domingo, 16 de julho de 2023

A cara do Pai


“Ser-me-eis santos, porque Eu, O Senhor, Sou Santo; vos separei dos povos, para serdes meus.” Lev 20;26

Um dos aspectos menos compreendidos na relação do homem com Deus é santidade. A ideia difusa é uma ventura que se reconhece após a morte e estaria atrelada ao poder; pois, somente depois de dois milagres comprovados feitos pelo “candidato” a santo, em favor de quem lhe tivesse rogado, essa condição seria reconhecida mediante canonização. A visão comum, defendida pelo Vaticano, sede do catolicismo.

Entretanto, a abordagem bíblica é muito diferente disso. Não tem a ver com poder, operação de sinais; mas, com separação, consagração a Deus; tanto de objetos, (utensílios do templo eram santos) quanto, de pessoas. “Sede santos...!” foi ordenado aos vivos.

A Palavra de Deus é Santa e deve ser mantida longe dos escarnecedores; “Não deis aos cães as coisas santas, nem aos porcos vossas pérolas, não aconteça que as pisem e, voltando-se, vos despedacem.” Mat 7;6

A Divina revelação não prescreve que se faça rogos a Deus, através de gente comum como nós, apenas, porque essas pessoas morreram, deixando a imagem de um viver piedoso; “... A favor dos vivos consultar-se-ão aos mortos?” Is 8;19 Pois, “... há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Ele mesmo ensinou: “Tudo quanto pedirdes em ‘Meu Nome’ Eu o farei, para que O Pai seja glorificado no Filho” Jo 14;13

A santificação esperada dos que servem a Deus, (separação dos profanos) A Palavra ensina de modo cristalino: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus Vivente, como Ele disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 ao 18

Enquanto os bordões desse mundo gritam suas narrativas em demanda por “inclusão”, os preceitos santos falam de separação; para aqueles basta que os diferentes concordem em não discordar, e se aglomerem em busca de quantidade; O Eterno requer dos Seus que se separem, em necessária santidade. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14

As mesmas falácias “inclusivas” esposam ainda, “qualidade de vida, harmonia entre os diferentes”, para camuflarem a comum rejeição ao Santo; a Doutrina do Mestre desafia à aquisição de vida, pelos que, espiritualmente estão mortos. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a Minha Palavra, e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Se, fomos criados a Imagem e Semelhança Divinas, Deus É Espírito e É Santo, natural se esperar que a regeneração trazida por Ele em Cristo, nos desafie a um viver, prioritariamente espiritual, e em santidade. “Sede santos, porque Eu Sou Santo.” “... se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom 8;13 e 14

Vemos assim, que essa balela ímpia do “também sou filho de Deus” não é bem assim. Todos são criaturas Dele. Filhos, apenas os que “Passam da morte pra vida”, ou, “nascem de novo” em Jesus Cristo. A esses o desafio de que sejam santos; ou seja, separados do mundo com seus procedimentos pecaminosos, interesses egoístas, rasos, e seus valores invertidos.

Pois, assim como um pai humano alegra-se ao ver traços fisionômicos seus, nos filhos, também Deus, nos que regenera. Como Ele É Espírito, os “traços” de semelhança terão que ser espirituais; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.”Mat 5;16

Se, nossa conversão aconteceu de fato, se fomos além da mera adoção ritual, religiosa; então, também desejaremos que em nós estejam aspectos de semelhança com nosso Pai. “Quanto a mim, contemplarei Tua Face na justiça; e me satisfarei da Tua semelhança quando acordar.” Sal 17;15

sábado, 15 de julho de 2023

O mau combate

 “Hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.” Atos 22;15


Testemunhar de Jesus é um pouco mais complexo do que fazê-lo num tribunal terreno. Nesse caso, bataria ter visto ou ouvido alguma coisa pertinente ao objeto do julgamento para estar, alguém, credenciado.

Pela profundidade do “crime” de que O Salvador seria acusado, a morte do ego e, o nascimento do “novo homem”, só quem, deveras, renasceu pode ser testemunha. O que esse viu e ouviu alterou seu ser; passou a “ser” testemunha, mais que, apenas ter algo a contar. “... ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém quanto, toda Judéia, Samaria e até aos confins da terra.” Atos 1;8

Como defenderia alguém, que O Senhor liberta do pecado, estando ainda prisioneiro?? Qual valor teria esse “testemunho?” Nos tribunais terrenos, um identificado como mentiroso seria rejeitado; muito mais, perante aquele que ordenou: “Não dirás falso testemunho.”
“Sede cumpridores da Palavra, não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da Palavra, não, cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla, vai, e logo esquece de como era.” Tg 1;22 a 24
Não foi o caso de Paulo, que, tendo sido perseguidor da Igreja, consentido na morte de Estêvão, aprisionado cristãos, após seu encontro com O Senhor, teve sua vida mudada totalmente. Com propriedade pode escrever: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Disse mais: “... Cristo será, tanto agora quanto sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim, viver é Cristo, morrer é ganho.” Fp 1;20 e 21
A transformação que O Senhor opera é de tal modo, eloquente, que salta aos olhos; “Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

Embora a fé venha pelo ouvir, vivendo essa mudança da água pro vinho, os que se convertem são um testemunho eloquente de Cristo.
“O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
O novo ser pautará o agir; esse por si só evidenciará o que aconteceu na alma do “agente”; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16
Bons tempos aqueles em que os convertidos mudavam de vida de tal forma que a coisa saltava aos olhos; ou, se alguém pecava de modo mais grave, assumia arrependido, confessando ao mundo, como fez Jimmy Swaggart!
Hoje, parece que ninguém peca mais; se comete abominações que A Palavra rejeita, cogitam os “convertidos” em mudar a Palavra de Deus, invés de mudarem de proceder. Deus seria muito radical; convém uma versão mais “inclusiva” da Palavra Dele. “Porventura tornarás tu, vão o Meu juízo, ou Me condenarás, para te justificares?” Jó 40;8 Esses condenam O Eterno à senilidade, para justificarem-se em suas escolhas.
Cantores mundanos e “espirituais” fundem-se nos mesmos palcos cantando as mesmas músicas, sem nenhum compromisso com O Senhor; palestrantes motivacionais, os “coachs” fazem pose de pregadores, massageando egos ímpios invés de desafiá-los à cruz, como Cristo fez; “negue a si mesmo.”
Adivinhos que lançam suas “previsões” ao vento, tipo arremesso de buquê de noiva, que pegar pegou, sem nenhum compromisso com Deus, tampouco, com a verdade; os “Profetas” dessa geração sonolenta, que, por preguiça se recusa a pesquisar a diferença entre as serpentes e os peixes. “Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12
Por isso, sempre oportuno lembrar certo conselho: “Confia no Senhor de todo o teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para o teu âmago, e medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Ser testemunha do Senhor, em tempos tão sombrios como os atuais, requer ousadia, e uma entrega que desconsidera mesmo, a própria vida. “De todos sereis odiados por causa do Meu Nome.” Luc 21;17

A cristãos antigos que cogitavam desistir por coisas menores que essas, foi dito: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

Enquanto “cristãos” moderninhos combatem contra A Palavra de Deus, somos desafiados a combater contra o pecado; e, bem disse o padre Paulo Ricardo: “Queres conhecer a essência espiritual de cada um? Observe contra o quê, ele está lutando.”

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Chifres de fumaça


Pela enésima vez, deparei com a seguinte frase: “Nós não vemos as coisas como elas são; nós vemos as coisas como nós somos”.

Sob essa legenda, um rinoceronte a pintar paisagens. A cada cena, além das demais coisas, pintava um chifre vertical, pois, esse estava entre seus olhos. “Rinoceronte” no idioma original significa, chifre no nariz.

Aí me pus a pensar: A coisa faz sentido, ou não? Como figura didática em defesa da ideia, é muito boa; porém, como um axioma filosófico, temo que não seja bem assim.

Quando Ortega Y Gasset disse, por exemplo: “O homem é o homem e suas circunstâncias”, não tencionava dizer, a meu ver, que as circunstâncias o fazem. antes, que terá que lidar com elas; elas não o moldam, apenas “pautam-no”. Apresentam o “quê,” sem ingerir no “como?” Esse, dependerá de quem, o hipotético homem é.

Que nossas experiências de vida têm peso em nossas escolhas, parece uma realidade inequívoca. Qual sentido de aprendermos as coisas, se não nos serão úteis? Todavia, não nos marcam ao ponto do “gato escaldado a fugir de água fria;” esse simplismo animal excluiria o cérebro e seu insondável potencial.

Assim, que as experiências restringem nosso modo de ver, a elas, é duvidoso. Eu vejo um ladrão como ladrão, um mentiroso idem; sem significar que eu sou assim. Meu ser lê, o que a cena vista é; não define quem sou. Mas, a coisa não seria tão mera; significaria que eu reajo a cada situação em vista do que sou; dos valores que esposo.

Não gosto da ideia de que algum ser humano seja uma obra acabada. Estamos todos “em trânsito” sempre desafiados a um vir a ser; o ignorante carece ser iluminado; o imoral, confrontado pela moralidade; o cristão é desafiado ao crescimento em santificação, e o “Padrão” a atingir é elevadíssimo; “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo.” Ef 4;13

Embora não leve a coisa ao eterno fluir de Heráclito, não se pode avaliar a alma humana como extática. A rigor, não somos, mas estamos. Podemos considerar as coisas que vemos, à partir do “mirante” atual; porém, nada impede que sejamos guindados a observatórios mais elevados. O curso da vida tende a isso. Podemos envelhecer infantes; mas é psicologicamente sadio e filosoficamente esperável que cresçamos um tanto, com as lições da vida.

Essa balela cansativa do seis e do nove, que dão “razão” a ambos em lados opostos é uma falácia que dá preguiça. Na imensa maioria dos casos, há como diferenciar um do outro, sim. Outros números ao lado, uma pauta, um traço sob, quando numa bola de bilhar, etc. resolvem. Entretanto, numa situação verazmente ambígua, ambos deveriam ter dúvidas, não “razão”; pois, não é próprio de um sábio a incerteza das apostas.

O que se pretende com postagens assim, não é difundir luz, antes, espalhar fumaça. A defesa mal-intencionada do relativismo, onde cada um teria sua “verdade” o que eliminaria a Verdade; isso faria, como disse Nietzsche, do homem, “a medida de todas as coisas.”

Ora, essa ideia foi plasmada bem antes do incensado filósofo, desde o Éden; “Vós mesmos sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Autor: Capeta.

O relativismo vem daí; da negação do Absoluto, Deus, com a divinização do homem caído. Não é apenas filosófico o pleito, embora pareça; antes, é espiritual. Uma luta eterna está no âmago.

Cada homem tem suas opiniões, suas comichões e seus gostos, porém, a Verdade existe a despeito dessas coisas.

Sequer a inversão de valores seria possível, sem um Absoluto que definisse quais os valores a preservar. Entretanto, há um “ai” aos que assim agem; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Que os “rinocerontes” saiam por aí pintando as gravuras e retratando nelas seus chifres é uma coisa inevitável. Mas, tais pinturas não têm um valor filosófico a ponto de definir outros “bichos”.

Muitos que pretendem ver as coisas a partir do que eles “são” não passam de trânsfugas morrendo de medo de ver honestamente, a si mesmos. O Evangelho de João relata de uma súcia de pecadores vendo uma adúltera como apedrejável. Desafiados a verem a si mesmos, soltaram as pedras.

O Ego no controle dos ímpios é o “chifre” que deforma a todas as pinturas deles. O Salvador desafiou a quem lhe ouvia a remover primeiro, o obstáculo principal; “... Se alguém quer vir após Mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.” Luc 9;23

Recuo camuflado


“O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” Heb 10;38

Viver da fé, embora não esteja pormenorizado o que significa, sendo o “recuar” a alternativa, implica, obviamente que, viver da fé é prosseguir, perseverar.

Concomitante à nossa perseverança, veremos O Eterno alegre conosco. Ele não tem prazer nos que recuam. Dos que perseveram, é lícito inferir que Ele diria algo semelhante ao que disse de Jesus: “... Nele está Meu prazer.”

Perseverar evoca a ação de esforçar-se, enfrentar adversidades por um objetivo.

Embora, a abertura das portas do Reino não seja por força nem por violência, o esforço dos fiéis é indispensável, dado o que está em jogo; forças opostas que os visam perder.

“Esforçai-vos, Ele fortalecerá vosso coração; todos que esperais no Senhor.” Sal 31;24 “Esforçai-vos, não desfaleçam as vossas mãos; porque vossa obra tem uma recompensa.” II Cr 15;7 “A Lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus; todo o homem emprega força para entrar nele.” Luc 16;16

Quando A Palavra diz que, “O justo viverá da fé”, mais que o testemunho de uma qualidade dos que creem, temos a denúncia de um defeito dos que duvidam.

Esses, não obstante a imensa declaração de amor contida na Palavra, preferem dar assento ao ceticismo blasfemo, que imputa ao Eterno, mentiras; “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I jo 5;10

A possibilidade de o inimigo cegar suas vítimas requer cooperação humana; só pode fazer isso naqueles que optam pela incredulidade; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Se alguém, depois de ter andado no caminho estreito, quiser recuar e se misturar a esses, certamente o mestre da cegueira terá um espaço de recuo para ele. “Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para perdição, mas daqueles que creem para conservação da alma.” Heb 10;39

Os “justos” não o são por supostos méritos, antes, pela fé que os faz descansar na Integridade e misericórdia Divinas, pelas quais, a justiça de Cristo lhes é imputada, a despeito de seus erros passados. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós A Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Nunca A Palavra da Vida esteve sob ataque como agora. A perseverança que outrora requeria vitória sobre as próprias inclinações pecaminosas da carne, apenas, hoje tem demandas maiores.

Crer nos indispõe com a sociedade engajada em perverter a pureza doutrinária, e nos expõe a toda sorte de riscos; pois, a pretexto de legitimarem supostos direitos de agir, os tais se arvoram no direito de ingerir no conteúdo de nossa fé. Se, acham que O Deus da Bíblia é muito radical, criem outro, e o sirvam; deixem-nos em nosso inalienável direito de crermos no que quisermos. Não pensem que iremos recuar, porque eles não conseguem avançar até o nível das renúncias que A Palavra requer.

Infelizmente, a oposição mais ferrenha sofremos de “pastores” que outrora admiramos. Não sei se nossa admiração era desorientada, ou, se os tais desceram do patamar sadio, “recuaram para perdição”, intimidados pelas pressões, seduzidos pelos aplausos do mundo.

Qualquer cristão medianamente informado deveria saber quanto vale a humana aprovação. “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

A perseverança além de nos fazer resilientes nas lutas, também nos faz, nos aplausos e louvores de espúria procedência. “Como o crisol é para a prata, o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores.” Prov 27;21

Para um homem espiritualmente experimentado, aplausos ou vaias não são determinantes, a influir sobre eventuais movimentos em sua senda espiritual. Determinante é a direção Divina; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

“Teus ouvidos ouvirão a Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Pior que recuar, afastando-se simplesmente, é engajar-se em pautas mundanas, abdicar da integridade, fingindo prosseguir, quando, passou de servo do Senhor para serviçal do inimigo, transfigurado.

“Melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;” II Ped 2;21

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Urgência do diabo


“Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta." Ecl 7;10

Entender que as coisas irão piorando continuamente, deveria ser trivial, para quem consegue ver. Por quê? Porque aquele que ilumina, O Eterno, avisou que seria assim.

Da inversão de valores; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Da sociedade dos últimos dias versou mais: “Porque nossas transgressões se multiplicaram perante ti, nossos pecados testificam contra nós; porque nossas transgressões estão conosco, conhecemos as nossas iniquidades; como o prevaricar, mentir contra O Senhor... Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; a verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;11 a 15

Paulo viu mais; “... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” II Tim 3;1 a 5

A Palavra apresenta o mentor do pecado e sua urgência; “... Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que tem pouco tempo.” Apoc 12;12

Toda sorte de pecados é encorajada; mas, os sexuais são verdadeiros objetos de culto. Nudez e pornografia são expostas até em ambientes que usualmente deveriam ser sóbrios. O homossexualismo está sendo tratado, quase como uma coisa sagrada. Encorajado e glamourizado em tempo integral, em todas os meios de comunicação.

A verdade sofre ataques constantes sob as pechas mais nefastas possíveis; eventuais virtuosos que inda restam são alvos de ferozes ataques pelos expoentes da “guerrilha virtual”, com seu inequívoco talento para assassinar reputações. Enfim, a coisa está como o diabo gosta.

As crianças já entram no palco da vida, com um “script” formatado por uma sociedade imoral, avessa aos mínimos rasgos de decência, que ainda possam existir; o que será que elas irão ser, quando crescerem? “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

As noções de bem e de mal, como vimos, estão em prateleiras trocadas; assim, os pérfidos podem das asas às suas perfídias, e ainda colarem rótulos de virtudes.

“E vendo (O Senhor) que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso Seu próprio braço trouxe salvação, e Sua própria justiça o susteve. Pois, vestiu-se de justiça, como de uma couraça, pôs o capacete da salvação na Sua cabeça, e por vestidura pôs sobre Si, vestes de vingança...” Is 59;16 e 17

Porém, anunciando a vinda do Salvador, o mesmo profeta colocara a questão, ainda atual, a incredulidade; “Quem deu crédito à nossa pregação? A quem se manifestou o Braço do Senhor?” Cap 53;1

Chegaria a um ponto, a dureza dos corações da humanidade, onde, o mesmo Senhor falaria como, não esperando mais, que ninguém mudasse; apenas, encorajaria cada um a fazer firmes suas escolhas: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Se, o triunfo das nulidades, a prosperidade da desonra, o crescimento da injustiça, o gigantismo dos poderes nas mãos dos maus, nos dias de Ruy Barbosa, o fez cogitar em desanimar da virtude, rir da honra e ter vergonha de ser honesto; hoje, certamente acrescentaria muitas coisas de pior calibre, à sua vergonha.

Atualmente, ser honesto não é “apenas” vergonhoso; o governo como o diabo gosta se encarrega de tornar criminoso. A sociedade demanda que sejamos “fora-da-lei", se quisermos nos manter fiéis a Deus. Parece que certo salmista também viu nossos dias: “Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

Enfim, os dias atuais são infinitamente mais tenebrosos que os piores, da antiguidade; monstruosidades pretéritas tinham um atenuante de que, então, não havia ao dispor, a luz que há agora. Essa é a geração que verte luz em escuridão; “... portanto, se a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Essas, além de alienarem de Deus, alienam da realidade. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

segunda-feira, 10 de julho de 2023

A saudade de Deus



“Sempre que a nuvem se alçava de sobre a tenda, os filhos de Israel partiam; no lugar onde a nuvem parava, ali acampavam.” Núm 9;17

Charles Spurgeon disse: “Deus nos abençoa muitas vezes, cada vez que nos abençoa”. Eis um exemplo! A marcha dos israelitas precedida por uma “nuvem guia” que, além de mostrar a direção, trazia efeitos colaterais; cobria protegendo da calma no deserto durante o dia; e à noite resplandecia como que, em fogo, iluminando o caminho. Além de direção, a nuvem trazia refrigério. Seu estacionar significava parar; seu mover-se, partir.

Como seriam nossas vidas se, as pausas e partidas fossem segundo a Vontade do Senhor?

Dele temos na Palavra, luz, ensino, direção.
Naquele caso, a “lua de mel” com O Senhor durou pouco. Mediante Jeremias, O Eterno falou saudoso; “Vai, clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava. Então Israel era santidade para O Senhor, as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz O Senhor.” Jr 2;2 e 3

Além das necessárias provisões, havia algumas bênçãos mais; proteção e juízo contra quem afrontasse o povo escolhido.

Todavia, como nas relações humanas baseadas em anseios carnais, simplesmente, invés do vero amor, passada a lua de mel, os olhos infiéis começam a buscar “alternativas”.

O mesmo Jeremias foi portador da denúncia de adultério. “Porque o meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram o manancial de águas vivas, cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas. Acaso é Israel um servo? É um escravo nascido em casa? Por que veio a ser presa?” cap 2;13 e 14 

Aqui temos a causa: Infidelidade; e a consequência: Escravidão. Mediante Moisés o Eterno dissera que seria assim; se fossem fiéis, bênçãos, proteção; senão, a servidão.

O mesmo Senhor lamentou que as coisas tivessem tomado outros rumos por causa da desobediência: “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos, então seria a tua paz como o rio, a tua justiça como as ondas do mar! Também a tua descendência seria como a areia; os que procedem das tuas entranhas como os seus grãos; o seu nome nunca seria cortado nem destruído de diante de Mim.” Is 48;18 e 19

Naqueles dias, O Criador tratava com uma nação específica; hoje, com todas as nações, numa pessoa específica; Jesus Cristo; descendente de Abraão, no qual serão benditas todas as famílias da Terra.

Agora, a direção não deriva de uma nuvem, antes, da Sua Palavra. “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vos tenho dito. As Minhas ovelhas ouvem a Minha Voz, Eu conheço-as, e elas Me seguem;” Jo 10;26 e 27 Orbitavam ao Salvador dois tipos de pessoas; umas criam e obedeciam, outras duvidavam. Dessas, disse não serem Suas ovelhas.

Não há uma escolha antecipada como acredita o calvinismo; em Cristo, as pessoas escolhem crer ou não. As que creem se fazem ovelhas Dele. Em Sua bendita Palavra temos muito mais que na nuvem tinham os antigos; além de luz, refrigério, direção; sabedoria espiritual, conhecimento de Deus, vida eterna, edificação, segurança...

Também Ele manifestou sentir saudades de um bom começo de relacionamento, numa igreja que estava dando sinais de desgaste. “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te; pratica as primeiras obras...” Apoc 2;4 e 5

Parece que fidelidade ao longo do tempo é nossa maior dificuldade. O Salmista evoca essa fragilidade como razão da misericórdia Divina. “Assim como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor se compadece daqueles que o temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se que somos pó.” Sal 103;13 e 14 Não significa que conceda “direito” a certos pecados; antes, que perdoa sempre que há arrependimento e mudança.

Então, compensa nossa fragilidade dando aos que Lhe obedecem, a assessoria do Espírito Santo; uma “nuvem” interior que dirige aos sensíveis e obedientes; “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21

Os rebeldes de então, terminavam escravos dos midianitas, assírios, caldeus... Os de hoje, inspirados por satanás acabam reféns de si mesmos, da carne e do mundo.

domingo, 9 de julho de 2023

Os apressados


“... muitos correrão de uma parte para outra, o conhecimento se multiplicará.” Dn 12;4

Características dos últimos dias da humanidade mostradas a Daniel. “... correrão de uma para outra parte...” uma geração apressada.

A pressa é neutra; pode ser meritória ou enfermiça, dependendo do motivo. A celeridade em socorrer alguém quando o tempo urge é uma pressa boa; todavia, a derivada de anseios vãos, tipo, ir veloz para chegar de uma vez a um lugar onde não se fará nada, exceto repousar, essa é doentia; e não raro, muitos morrem no trânsito nessa busca por “ganhar tempo.”

A pressa muitas vezes é um fator psicológico. Algo que muito desejamos, parece que alonga o tempo, demora a chegar. Por outro lado, quando estamos no desfrute de situações aprazíveis, o “tempo voa”; em ambas os aspectos, passa na mesma velocidade; porém, nossa percepção muda, de acordo com a presença ou ausência de prazer.

Dessa perspectiva parece lícito concluir que nossa geração apressada tem fome e sede de prazeres, e em demanda dos tais, corre.
Certa brincadeira antiga consistia em encontrarmos uma, ou sete diferenças entre dois desenhos idênticos; agora, deparei com, “encontre a diferença, num minuto.” Até o desenho está apressado.

Como o prazer é relativo, atinente à natureza e aprendizado de cada um, (Os asnos preferem palha ao ouro. Estobeu.) alguns podem correr em busca de coisas das quais, outros fugiriam. Embora nos botecos da vida ainda se diga que a qualidade é superior à quantidade, há muitos paladares estragados, que se aprazem em coisas nocivas, em quantidades insaciáveis. É preciso correr, mesmo que a “conquista” seja doentia.

Normalmente, a falta de paz de espírito, “faz a roda girar” sem um motivo mais. “Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios...” Is 57;20 e 21 Sua pressa é como que, uma fuga de si mesmos, inglória fuga, como disse um gaiato: “Cansei de fugir de mim mesmo; aonde ia, eu estava.”

A mulher adúltera também é mostrada como uma que, inquietações internas lhe ensejavam movimentos; “Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa seus pés.” Prov 7;11 A pressa “sem motivo”, revela motivações preocupantes.

A leitura edificante de um bom livro, um texto que nos faça pensar e avaliar as coisas é um prazer cada vez mais desconsiderado. Quando alguém escreve algo mais extenso, como faço, meio que se desculpa pelo “textão”, pela atuação desmancha-prazeres, nos domínios da geração “meme”. É como que, um ET, tentando abduzir algum leitor descuidado, para usar a esse em suas experiências de partilhar ideias.

Quem tem tempo a “perder” com algo assim? Quando Esaú convidou Jacó para que marchasse consigo o patriarca argumentou que não poderia andar rápido, seria um atraso; pois, tinha também, velhos e crianças; disse que seguiria “no passo do gado.” Gn 33;14

A jornada da vida não é uma corrida de cem metros rasos; “Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha...” Ecl 8;11 Muito mais do que, quando chegar, importa, aonde chegaremos. Quem marcha no “passo do gado” desfruta melhor a paisagem, quiçá, a companhia e bem aquilata os objetivos, em sua jornada.

Quando alguém está no caminho errado, quanto mais rápido andar, mais se afasta do objetivo; buscar a Deus. Sim, muitos filosofam sobre o sentido da vida, como se isso fosse algo distante a ser encontrado mergulhando em profundas reflexões. Não é.

A Palavra Santa, que apresenta o homem como tendo caído da comunhão com o Criador, atribui a ele certa redoma de tempo e espaço, dentro da qual deve redescobrir o caminho de casa; buscar a Deus. “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27

Se, dos ímpios a paz foge, com aqueles que ouvem os ensinos do Príncipe da paz, ela habita. “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos, então seria tua paz como o rio, e tua justiça como as ondas do mar!” Is 48;18

Enfim, não tenhamos pressa, exceto, do que é urgente. “... Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15

Superada essa urgência, podemos ir devagar; “... Eis que assentei em Sião uma pedra; uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse.” Is 28;16

sábado, 8 de julho de 2023

Liberdade; o que é?


"Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

A liberdade, não raro, é compreendida de modo superficial, quando não, incompreendida. Ouvintes do Salvador estavam privados da devida noção: “... nunca servimos ninguém; como dizes Tu: Sereis livres?” v 33

Eram romanos os governantes locais; em seu orgulho nacionalista sentiam-se livres; talvez, num conceito meramente religioso, de liberdade.

Serviam aos Césares, pagavam tributos a eles; portanto, em seus devaneios estavam presos a uma mentira. Se, César condescendia com a liberdade religiosa, seguia o fato que impunha seu domínio sobre os conquistados. A liberdade proposta pelo Senhor, excluía essa idosa senhora, a mentira, também; “... todo aquele que comete pecado é servo do pecado.” v 34

Aludindo ao falso conceito, O Senhor disse: “Se, pois, O Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” v 36
Por que, “verdadeiramente”? Porque o ser humano capitulou a uma falsa promessa de liberdade, quando da queda. Autonomia em relação ao Criador, proposta pelo inimigo, invés de liberdade acabou em servidão nas garras do pecado.

Paulo o definiu como um feitor poderoso que força sua vítima; “Ora, se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;20 Um conflito íntimo onde um “não querer” capitula ao poder do pecado.

Muitos filósofos gastaram massa cinzenta tentando definir a liberdade; a maioria não foi a lugar nenhum. Um pequeno do Senhor, Gandhi, que não pretendeu ser expoente de nada foi quem chegou mais longe: “A prisão não são as grades, a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.”

Paulo também pôs a consciência como leme na nossa navegação pelos mares da vida; “Conservando fé e boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19 Mas, aqui estaria falando de fé, não de liberdade. Acaso O Senhor não condicionou à permanência em Sua Palavra, o que requer fé, o conhecimento da verdadeira liberdade?

A ideia vulgar é poder fazer o que se quiser. Será que é isso mesmo? Não é adágio comum ao vulgo, que a liberdade de um, termina onde começa a do outro? Se eles próprios admitem que a liberdade tem limites e reponsabilidade, parece que, o homem deveras livre, é o que melhor consegue transitar dentro desses limites.

Não só evitando males ao semelhante, mas também a si mesmo. Quando O Salvador ordenou: “Ame ao teu próximo como a ti mesmo”, tomou o amor-próprio como ponto de partida, como referencial do afeto devido ao nosso igual.

Uma “liberdade” que faça danos ao amor-próprio, seria a verdadeira? Por exemplo: Acreditando que liberdade signifique fazer o que quiser, se alguém quiser consumir drogas pesadas, depois acabar dependente dessas coisas, não se há de concluir, necessariamente, que o tal, no presumido uso da liberdade rumou para uma prisão?

Assim, parece que nossa liberdade não é um bem absoluto. Antes, faculta irmos aonde quisermos, falarmos o que desejarmos, bem como, fazermos o que intentarmos, sem que nenhuma dessas escolhas, “acenda uma luz no painel da consciência”; pois, nele, os limites de nossa liberdade foram gravados pelo Projetista Original.

Como um vírus de computador pode pôr a perder todo o sistema, uma consciência culpada também tende a abalar uma alma em sua totalidade. Os “apedrejadores” da adúltera, registrados em João, largaram suas pedras, quando desafiados a julgarem-se, antes; perceberam que não aplicavam contra si o juízo perfeccionista dirigido ao semelhante.

Devemos agir de modo que, a reciprocidade nos faça bem, invés de nos incomodar. “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

Num sentido absoluto, nem O Altíssimo possui total liberdade, por limites que resolveu estabelecer para Si mesmo; “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2;13 “Disse-me o Senhor: Viste bem; porque Eu velo sobre Minha Palavra para cumpri-la” Jr 1;12

Assim como a paz não é uma causa, antes, um derivado, “O efeito da justiça será a paz.” Is 32;17 também a liberdade se verifica numa consciência em repouso, de quem cortou vínculos com a mentira, e exonerou por santa causa, as menores nuances de desonestidade intelectual.

“Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.” Leon Tolstoi

“O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim; porque O Senhor Me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, proclamar liberdade aos cativos e abertura de prisão aos presos;” Is 61;1

Preço e valor da Palavra


“Vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo A Palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” I Tess 1;6

Quando um obreiro pode dizer que, imitá-lo é o mesmo que imitar ao Senhor, certamente estamos diante dum autêntico, veraz, que faz a coisa certa.

Não nos cabe presumível originalidade, nem difusão de algum verniz de brilho próprio. A beleza no âmbito espiritual está mais no cardume, no enxame, no rebanho, que no indivíduo. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.” I Cor 12;25 O ego é desafiado à renúncia, não, afirmação; “negue a si mesmo.”

Tanto quanto, mais fiéis formos, mais parecidos seremos, com O Senhor. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” Fp 2;5 “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11;1

O Próprio Senhor, em momento algum se preocupou com originalidade; sempre que oportuno evocava textos antigos: “Está escrito:” Não deixou de pontuar o veraz sentido, a intenção com que as coisas foram escritas; fez eventuais reparos que lhe pareceram necessários. Mas, reitero, Sua preocupação era com a fidelidade, a Vontade de Pai, a verdade, não com a originalidade, o brilho particular.
“... O Pai não Me tem deixado só, porque faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29

“... recebendo A Palavra em muita tribulação...”
A Palavra de Deus sempre foi motivo de controvérsia, desde quando era apenas um “verso”; a permissão de comer de tudo, exceto, certa árvore. Como Ela é também a Palavra da Vida, e há um agente da morte infiltrado nos ambientes em que Deus Fala, inevitável que essa disputa pela mente humana enseje tribulações.

Paulo pontuou um aspecto importante da batalha espiritual; o levante, pelas forças contrárias, de empecilhos ao entendimento, os quais, aqueles que foram “armados” com dons espirituais, devem desfazer; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Nosso alvo: Conhecimento de Deus; nosso método: A obediência de Cristo; os obstáculos: Conselhos altivos, orgulhosos a exaltar vontades humanas, onde a Divina deve prevalecer.

Assim, sempre que a Palavra de Deus é ensinada e vivida em sua pureza regeneradora, é inevitável o concurso de tribulações; pois, quem recebe À Palavra da Vida, necessariamente abandona veredas pretéritas, onde a morte campeava. Os simulacros do inimigo, ídolos, usurpavam a Deus. Recebida A Palavra, a coisa mudou: “... dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus Vivo e Verdadeiro...” I Tess 1;9

Os “liberais” condescendentes, que, a pretexto de “inclusão”, evitar polemicas, preferem “atenuar” porções onde A Palavra é mais incisiva, espraiam suas mensagens palatáveis aos gostos ímpios. Todavia, o alvo do Evangelho genuíno não é fugir da luta, pela oposição dos que o rejeitam; antes, evitar a morte eterna, legando salvação aos que o aceitam.

A esse mundo psicologicamente adoecido, espiritualmente morto, causa pavor o cancelamento, a rejeição; a mim, pouco se me dá. Me assusta a rejeição Divina. Imaginemos chegar a um ponto onde nem orações em nosso favor adiantam mais, porque Deus não quer saber, como já aconteceu com alguns! “Tu, pois, não ores por este povo, não levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque não te ouvirei.” Jr 7;16

Aos que pagam o preço de ser atribulados por amor à verdade, Deus envia Seu bálsamo, o consolo do Espírito Santo, para que saibam quanto vale pelejar pela justiça. “... recebendo A Palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” Rom 8;15 “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7

“O mundo jaz no maligno”.
Esse criminaliza justos e tenta destruir a reputação dos verdadeiros. Se, nem a morte logrou calar aos fiéis de outrora, não serão campanhas difamatórias, ameaças de prisão que nos tornarão imitadores dos covardes, invés de, do Senhor.

Melhor sofrermos uma tribulação eventual, breve, aqui, que padecermos tormentos eternos, evitando de ir à luta como nos convém.

Podem prender nossos corpos, matar até. Mas, nossas almas são livres demais, para, depois de terem sido libertas pelo Dono da Vida, voltarem outra vez à escravidão da mentira.

Desculpem, senhores do mundo, mas voltar atrás não é opção. “... não somos daqueles que se retiram para perdição, mas daqueles que creem para conservação da alma.” Heb 10;39

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Bezerro de falácias


“Vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Ex 32;1

Duas inverdades há, pelo menos, nessa insana proposta: Se, os deuses seriam feitos, não iriam diante deles; precisariam ser levados; seria uma fraude segundo a vontade deles, que levariam onde bem lhes conviesse, atribuindo essas conveniências ao seu “deus”.

Toda a idolatria, abstraídas as particularidades de cada uma, segue a esses mesmos princípios. Um espertalhão de plantão cria um espantalho ao seu bel prazer, atribui ao mesmo, qualidades de “padroeiro, protetor”, e pronto; abraçado o engodo, os incautos acabarão dirigindo preces a uma porcaria sem espírito, sem virtude nenhuma.

Assim, criaram o “Cristo Protetor” em Encantado, RS. Uma montanha de concreto formatado ao gosto dos cegos, como aquele do Rio; não conseguem ver O Criador, em Suas Obras Majestosas, mas pretendem “adorá-lo” num amontoado inerte daqueles. “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua divindade, se entende e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

“Embrutecido é todo o homem, no seu conhecimento; envergonha-se todo o artífice da imagem de escultura; porque sua imagem de fundição é mentira, nelas não há espírito.” Jr 51;17

Apesar da coisa não valer nada, muitos vão com meios próprios, outros em excursões, para ver de perto ao monstrengo e orarem “aos pés do Senhor.” Dá para tirar fotos de “Deus” inclusive; como sairíamos mal na foto?

Isaías denunciou outros que, com metade de um tronco fizeram fogo para se aquecer, com a outra, um “deus” para orar a ele.
“Metade dele queima no fogo, com a metade prepara a carne para comer, assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz: Ora já me aquentei, já vi o fogo. Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, se inclina, roga-lhe e diz: Livra-me, porquanto tu és meu deus... Apascenta-se de cinza; seu coração enganado o desviou...” Is 44;16, 17 e 20

Como a idolatria requer acentuado grau de cegueira, o “cegador mor” está por trás de todas suas nuances; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Qualquer honraria atribuída aos espantalhos esses, no fundo é carreada ao mentor dos tais, o inimigo. “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, sacrificam aos demônios, não a Deus.” I Cor 10;19 e 20

A segunda inverdade, voltando ao Êxodo, é que fora Moisés que os tirara do Egito. Inegável que fora usado; porém, tendo visto bem de perto as dez pragas, passado a seco pelo Mar Vermelho, tendo o próprio Moisés, dito que, “O Deus de vossos pais me enviou”, então, sonegar a maravilhosa atuação Divina, trazendo tudo aquilo a um escopo meramente humano, era uma crassa maneira de mentir para si mesmo.

O desonesto intelectual é o pior dos mentirosos; consegue a proeza de mentir para si mesmo, e acreditar; em cima disso sair traçando novas diretrizes. “Ficarão de fora os mentirosos...” “Deus é Espírito, importa que os que o adoram adorem em espírito e verdade.” Jo 4;24

A mentira da moda é que a imutável Palavra de Deus precisa ser “atualizada”, reinterpretada em partes, para que alguns, mais sensíveis que não a conseguem digerir como é, se presumam servos de Deus, mesmo seguindo como são.

Conveniente “se livrar de Moisés”, quando, em sua lacuna poderemos criar o que nos aprouver. “Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; O Senhor zombará deles. Então lhes falará na Sua ira, no Seu furor os turbará.” Sal 2;3 a 5

Só um completo demente, cogitaria “editar” ao Todo Poderoso! “Ai daquele que contende com seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?” Is 45;9

Uma insanidade que O Eterno perguntou se Jó cometeria, está se cometendo agora, em escala global: “Porventura também tornarás tu, vão o Meu juízo, ou tu Me condenarás, para te justificares?” Jó 40;8

“Toda Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6