sábado, 1 de julho de 2023

O gigante entregue


“Como poderia ser que um só perseguisse mil, dois fizessem fugir dez mil, se, sua Rocha os não vendera, O Senhor os não entregara?” Deut 32;30

A derrota com enorme superioridade numérica, deveria ser entendida como uma “entrega”, um juízo do Senhor. “Quem dera eles fossem sábios! Que isto entendessem...” v 29

A ordem natural supõe que um exército mais numeroso tem tudo para ser vencedor; coisa que O Próprio Salvador ilustrou em Seus ensinos: “Qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro, não se assenta primeiro pra tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, pede condições de paz.” Luc 14;31 e 32 Melhor servidão do que morte, a lógica do raciocínio.

Quando do jugo dos midianitas e associados, tivemos o contrário; a minoria do Senhor, vitoriosa. “Midianitas, amalequitas, e todos os filhos do oriente jaziam no vale como gafanhotos em multidão; eram inumeráveis seus camelos, como a areia que há na praia.” Jz 7;12

A esses, O Senhor derrotou usando trezentos homens selecionados. Porque quis honrar a Gideão como Seu escolhido; todavia, quando da invasão da Assíria o Anjo do Senhor matou a 185 mil inimigos numa noite, sem necessidade de auxílio. Do Senhor é a batalha.

Então, quando temos “tudo para vencer” e perdemos, certamente, devemos fazer a leitura que O Eterno desejou que Seu povo fizesse; “Como poderia ser que um só perseguisse mil, dois fizessem fugir dez mil, se, sua Rocha os não vendera, O Senhor os não entregara?”

Isso lembra a situação do nosso país? Sim. Uma imensa maioria desejava a continuidade de um governo honesto, deixou patente isso, enchendo as ruas de verde-amarelo, numa eclosão de patriotismo jamais vista.

Todavia, uma pequena quadrilha, estrategicamente ocupando postos relevantes violou leis, reabilitou bandidos impedidos ao processo, sonegou a necessária transparência, ameaçando com severas punições, quem discordasse dos seus desmandos; atuaram e atuam, legitimando bandidos, desacreditando e perseguindo cidadãos honestos, com vergonhosa cumplicidade de uma imprensa, majoritariamente prostituta.

Só uma leitura é possível: O Senhor entregou-nos a isso. A pergunta é: Por quê?

Nos dias de Gideão, a servidão sob os midianitas e asseclas tinha motivos bem palpáveis que foram denunciados; “vos livrei da mão dos egípcios, e da mão de todos quantos vos oprimiam; os expulsei de diante de vós, e vos dei sua terra. Vos disse: Eu sou O Senhor vosso Deus; não temais aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; mas não destes ouvidos à Minha Voz.” Jz 6;9 e 10

Qual o escopo pelo qual O Eterno contempla Sua Obra em nossa nação? Uma Igreja vigorosa, vivendo santa, justa e piamente, e sendo uma denúncia viva contra os que assim não vivem? Quem dera, o quadro fosse esse!

O que mais faz barulho, infelizmente, é uma espécie de anti-Evangelho, onde uma larga súcia de bispos, padres e pastores, decidiram que devem “atualizar” a Deus e Sua Palavra, “incluindo” posturas que, Ele, categoricamente exclui.

Em suas mensagens, o amor é superdimensionado, enquanto, a justiça e a soberania Divinas são pisoteadas sistematicamente pelos obreiros da iniquidade, que induzem seus seguidores ao mesmo erro.

Ora, se a justiça e a verdade, o império dos bons valores que conduzem à vida, já não importa mais, qual problema de sermos governados por um ladrão, e asseclas que, invés de justiça e desenvolvimento, se ocupam com vingança e destruição dos que pensam diferente? A sociedade ímpia que nos pesa, é um retrato ampliado, dos valores espirituais majoritários.

Não significa, como vimos acima, que a maioria deva vencer, necessariamente; os que desejam a corrupção e vivem por ela são minoria e estão no poder; porém, há outras formas de corrupção, além da monetária; O Senhor “entrega” uma colheita proporcional à semeadura, para que aprendamos semear coisas melhores.

O que, filosofias de botecos esposam sem compromisso, que qualidade é mais que quantidade, é vero perante O Senhor. Um justo no lugar e momento certo faz “estragos” quando O Senhor desejar; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que não a destruísse; porém, ninguém achei.” Ez 22;30

Assim, o fato de que injustiça campeia, o poste está mijando no cachorro, não é motivo para a abraçarmos como modo de vida; antes, devemos ser “reparadores de brechas”, com orações, testemunho e viver, diferentes.

Deus sabe o dano que a impiedade faz governando sobre os justos; em tempo a removerá. “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que ele não estenda suas mãos para iniquidade.” Sal 125;3

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