sábado, 8 de julho de 2023

Preço e valor da Palavra


“Vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo A Palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” I Tess 1;6

Quando um obreiro pode dizer que, imitá-lo é o mesmo que imitar ao Senhor, certamente estamos diante dum autêntico, veraz, que faz a coisa certa.

Não nos cabe presumível originalidade, nem difusão de algum verniz de brilho próprio. A beleza no âmbito espiritual está mais no cardume, no enxame, no rebanho, que no indivíduo. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.” I Cor 12;25 O ego é desafiado à renúncia, não, afirmação; “negue a si mesmo.”

Tanto quanto, mais fiéis formos, mais parecidos seremos, com O Senhor. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” Fp 2;5 “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11;1

O Próprio Senhor, em momento algum se preocupou com originalidade; sempre que oportuno evocava textos antigos: “Está escrito:” Não deixou de pontuar o veraz sentido, a intenção com que as coisas foram escritas; fez eventuais reparos que lhe pareceram necessários. Mas, reitero, Sua preocupação era com a fidelidade, a Vontade de Pai, a verdade, não com a originalidade, o brilho particular.
“... O Pai não Me tem deixado só, porque faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29

“... recebendo A Palavra em muita tribulação...”
A Palavra de Deus sempre foi motivo de controvérsia, desde quando era apenas um “verso”; a permissão de comer de tudo, exceto, certa árvore. Como Ela é também a Palavra da Vida, e há um agente da morte infiltrado nos ambientes em que Deus Fala, inevitável que essa disputa pela mente humana enseje tribulações.

Paulo pontuou um aspecto importante da batalha espiritual; o levante, pelas forças contrárias, de empecilhos ao entendimento, os quais, aqueles que foram “armados” com dons espirituais, devem desfazer; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Nosso alvo: Conhecimento de Deus; nosso método: A obediência de Cristo; os obstáculos: Conselhos altivos, orgulhosos a exaltar vontades humanas, onde a Divina deve prevalecer.

Assim, sempre que a Palavra de Deus é ensinada e vivida em sua pureza regeneradora, é inevitável o concurso de tribulações; pois, quem recebe À Palavra da Vida, necessariamente abandona veredas pretéritas, onde a morte campeava. Os simulacros do inimigo, ídolos, usurpavam a Deus. Recebida A Palavra, a coisa mudou: “... dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus Vivo e Verdadeiro...” I Tess 1;9

Os “liberais” condescendentes, que, a pretexto de “inclusão”, evitar polemicas, preferem “atenuar” porções onde A Palavra é mais incisiva, espraiam suas mensagens palatáveis aos gostos ímpios. Todavia, o alvo do Evangelho genuíno não é fugir da luta, pela oposição dos que o rejeitam; antes, evitar a morte eterna, legando salvação aos que o aceitam.

A esse mundo psicologicamente adoecido, espiritualmente morto, causa pavor o cancelamento, a rejeição; a mim, pouco se me dá. Me assusta a rejeição Divina. Imaginemos chegar a um ponto onde nem orações em nosso favor adiantam mais, porque Deus não quer saber, como já aconteceu com alguns! “Tu, pois, não ores por este povo, não levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque não te ouvirei.” Jr 7;16

Aos que pagam o preço de ser atribulados por amor à verdade, Deus envia Seu bálsamo, o consolo do Espírito Santo, para que saibam quanto vale pelejar pela justiça. “... recebendo A Palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” Rom 8;15 “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7

“O mundo jaz no maligno”.
Esse criminaliza justos e tenta destruir a reputação dos verdadeiros. Se, nem a morte logrou calar aos fiéis de outrora, não serão campanhas difamatórias, ameaças de prisão que nos tornarão imitadores dos covardes, invés de, do Senhor.

Melhor sofrermos uma tribulação eventual, breve, aqui, que padecermos tormentos eternos, evitando de ir à luta como nos convém.

Podem prender nossos corpos, matar até. Mas, nossas almas são livres demais, para, depois de terem sido libertas pelo Dono da Vida, voltarem outra vez à escravidão da mentira.

Desculpem, senhores do mundo, mas voltar atrás não é opção. “... não somos daqueles que se retiram para perdição, mas daqueles que creem para conservação da alma.” Heb 10;39

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