domingo, 16 de julho de 2023

A cara do Pai


“Ser-me-eis santos, porque Eu, O Senhor, Sou Santo; vos separei dos povos, para serdes meus.” Lev 20;26

Um dos aspectos menos compreendidos na relação do homem com Deus é santidade. A ideia difusa é uma ventura que se reconhece após a morte e estaria atrelada ao poder; pois, somente depois de dois milagres comprovados feitos pelo “candidato” a santo, em favor de quem lhe tivesse rogado, essa condição seria reconhecida mediante canonização. A visão comum, defendida pelo Vaticano, sede do catolicismo.

Entretanto, a abordagem bíblica é muito diferente disso. Não tem a ver com poder, operação de sinais; mas, com separação, consagração a Deus; tanto de objetos, (utensílios do templo eram santos) quanto, de pessoas. “Sede santos...!” foi ordenado aos vivos.

A Palavra de Deus é Santa e deve ser mantida longe dos escarnecedores; “Não deis aos cães as coisas santas, nem aos porcos vossas pérolas, não aconteça que as pisem e, voltando-se, vos despedacem.” Mat 7;6

A Divina revelação não prescreve que se faça rogos a Deus, através de gente comum como nós, apenas, porque essas pessoas morreram, deixando a imagem de um viver piedoso; “... A favor dos vivos consultar-se-ão aos mortos?” Is 8;19 Pois, “... há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Ele mesmo ensinou: “Tudo quanto pedirdes em ‘Meu Nome’ Eu o farei, para que O Pai seja glorificado no Filho” Jo 14;13

A santificação esperada dos que servem a Deus, (separação dos profanos) A Palavra ensina de modo cristalino: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus Vivente, como Ele disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 ao 18

Enquanto os bordões desse mundo gritam suas narrativas em demanda por “inclusão”, os preceitos santos falam de separação; para aqueles basta que os diferentes concordem em não discordar, e se aglomerem em busca de quantidade; O Eterno requer dos Seus que se separem, em necessária santidade. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14

As mesmas falácias “inclusivas” esposam ainda, “qualidade de vida, harmonia entre os diferentes”, para camuflarem a comum rejeição ao Santo; a Doutrina do Mestre desafia à aquisição de vida, pelos que, espiritualmente estão mortos. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a Minha Palavra, e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Se, fomos criados a Imagem e Semelhança Divinas, Deus É Espírito e É Santo, natural se esperar que a regeneração trazida por Ele em Cristo, nos desafie a um viver, prioritariamente espiritual, e em santidade. “Sede santos, porque Eu Sou Santo.” “... se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom 8;13 e 14

Vemos assim, que essa balela ímpia do “também sou filho de Deus” não é bem assim. Todos são criaturas Dele. Filhos, apenas os que “Passam da morte pra vida”, ou, “nascem de novo” em Jesus Cristo. A esses o desafio de que sejam santos; ou seja, separados do mundo com seus procedimentos pecaminosos, interesses egoístas, rasos, e seus valores invertidos.

Pois, assim como um pai humano alegra-se ao ver traços fisionômicos seus, nos filhos, também Deus, nos que regenera. Como Ele É Espírito, os “traços” de semelhança terão que ser espirituais; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.”Mat 5;16

Se, nossa conversão aconteceu de fato, se fomos além da mera adoção ritual, religiosa; então, também desejaremos que em nós estejam aspectos de semelhança com nosso Pai. “Quanto a mim, contemplarei Tua Face na justiça; e me satisfarei da Tua semelhança quando acordar.” Sal 17;15

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