segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Na reta final


“Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, veio o dilúvio, e consumiu a todos. Como também aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e consumiu a todos.” Lucas 17:26-29

Duas manifestações do Juízo Divino. Uma, através da água, o dilúvio; outra, por chuva de fogo e enxofre, na destruição de Sodoma e Gomorra. As causas, segundo a Bíblia, a excessiva violência nos dias de Noé; prostituição disseminada, em Sodoma e Gomorra, sobretudo, o homossexualismo, no tempo de Ló.

Em ambas as ocasiões, o povo estava completamente alienado; “comiam, bebiam, casavam, compravam, vendiam...” enfim, a vida seguia seu curso, alheios aos valores de Deus, mais notáveis pela ausência, que pela incidência. 

Qualquer semelhança com o tempo presente não é coincidência; antes, sinal inequívoco, de que O Juízo Divino de apressa.

O Império global, a Igreja única, ecumênica, o dinheiro digital, são coisas em célere implantação; o pior de tudo isso, não é que o mundo, outra vez esteja alheio seguindo suas paixões, gritando bravatas, ofensas em defesa de uma bandeira, cometendo perversidades sexuais em nome do “direito” individual, aprovando o assassinato de inocentes sob o mesmo pretexto; (Meu corpo, minhas regras).

O pior não é isso, reitero. De quem não está nem aí para Deus, Seus Valores e Ensinos, isso seria mais ou menos o esperável. A perfeita justiça não habita onde Deus é rejeitado, pois, “... havendo Teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26:9 Não havendo, cada um perde-se à sua maneira, como tanto acontece, infelizmente.

Onde os juízos Divinos deveriam ser ensinados, em regime de urgência, tipo a mensagem dos anjos a Ló, na iminência da destruição da cidade, “escapa por tua vida”, nas igrejas, a maioria delas está adormecida.

Quantos mestres de escatologia que defendem a volta iminente do Salvador, enquanto vendem seus livros de interpretação a altos valores, como se o dinheiro fosse a coisa principal. Sues feitos desmentem o que eles escrevem; não acreditam no que ensinam.

As igrejas, invés de estudarem diligentes às Escrituras à luz do tempo em que vivemos, para despertar um espírito de vigilância e urgência necessários, perdem-se em veleidades várias; “culto rosa, azul, da vitória, da prosperidade...” o feminismo essa doença que grassa no mundo, também invadiu locais de culto, graças à omissão de pastores fracos, covardes. Esposas de pastores são todas “pastoras”, mesmo contrariando os ensinos da Escrituras.

A mulher do médico não é médica, necessariamente; tampouco a do engenheiro é engenheira.

Não estou defendendo que mulher não possa ser ministra da Palavra. Mas, se o for, que seja por uma chamada Divina e com o concurso do devido preparo, não, por ser esposa do ministro.

Temos a “Primeira Dama” de nosso país que faz o marido de joguete; não raro, fala como se tivesse sido eleita para algo; não fosse esse, país a bagunça corrupta e imoral que é, e há muito a referida, sem noção, teria sido convidada a calar a boca.

O homem foi posto por cabeça, do lar; se alguns não conseguem funcionar segundo o manual, eles estão com defeito, não, o manual. Não significa que o homem seja maior que a mulher; ambos têm valor igual, mas, funções diferentes.

Essas igrejas adoecidas que dão uma “versão gospel” pra tudo o que existe no mundo, invés de imitadores de Cristo, como nos convém, se tornam macaquinhos do capeta com suas displicências inócuas e imorais.

Estamos na reta final. Não é tempo de brincar. Quantos serão pegos de surpresa por mera preguiça! Invés de se informarem do que é relevante, do que diz respeito às suas vidas, desperdiçam-nas, na alienação viciosa da cultura inútil; submersos na lama das paixões adoecidas, pelo estouro da barragem, com excesso de informações fúteis; quais hienas num riso sem propósito, consomem os tais “memes”, dissolvendo relapsos, o tempo que deveriam usar com os neurônios.

Nosso país está entregue ao sistema; presto nossa liberdade de culto irá pro beleléu; quem não adorar a “Deus” na Igreja ecumênica do Estado será perseguido, preso, morto, talvez.

É tempo de fazermos o bom depósito de conhecimento espiritual, urgente! Se A Palavra estiver em nossos corações governo nenhum poderá tirar. Se tivermos intimidade com Deus de modo que Ele falando conosco, possamos ouvir, seremos guardados na perseguição.

Menos coreografia! Menos imitações mundanas! Fora com esses cultos alienantes! Urgente, mais Bíblia, oração, consagração. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar! Invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

A saga de Israel



“Eu fiz a terra, o homem, os animais que estão sobre a face da terra, com Meu grande poder, com Meu braço estendido, e dou a quem é reto aos Meus Olhos.” Jer 27:5

Mensagem que Jeremias deveria enviar aos reis de Edom, Moabe, Amon, Tiro e Sidom; então, O Eterno estava prestes a entregar aquelas terras todas a Nabucodonosor.

“Todas as nações servirão a ele, seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele.” V 7

A retidão dos caldeus tinha prazo de validade, em tempo, também seriam punidos.

Do ponto-de-vista humano, as terras têm suas fronteiras definidas; ou, deveriam ter, malgrado, o “pedigree” de quem habita-as. Ao escopo Divino, porém, a coisa não funciona assim. “... dou a quem é reto aos Meus Olhos.”

A saga de Israel de errar, sem uma terra que lhe fosse própria, durante 1878 anos, desde o ano 70 até 1948, tem a ver com o juízo Divino contra o povo que rejeitou ao “Senhor da Vinha”, Seus servos, e por fim, O Próprio Filho.

A terra prometida a Abraão era imensamente maior que a que Israel hoje ocupa. “Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates;” Gên 15:18

A promessa não era incondicional; deveriam os descendentes de Abraão, obedecer aos Divinos mandados. Nos dias da conquista da Terra, sob comando de Josué, depois, nos dias dos juízes, deveriam varrer os inimigos, não fazer acordo com eles, como muitas vezes aconteceu.

“Sucedeu que, quando Israel cobrou mais forças, fez dos cananeus tributários; porém não os expulsou de todo. Tampouco, expulsou Efraim os cananeus que habitavam em Gezer; antes os cananeus ficaram habitando com ele. Nem, expulsou Zebulom os moradores de Quitrom, nem os moradores de Naalol; porém os cananeus ficaram habitando com ele, e foram tributários.” Jz 1:28-30 etc.

Invés de os exterminar como fora ordenado, preferiram dominar sobre eles fazendo-os tributários. Essa “bondade” custou caro a Israel. O Eterno ordenara: “...não fareis acordo com os moradores desta terra, antes, derrubareis seus altares; mas vós não obedecestes Minha Voz. Por que fizestes isso? Assim também não os expulsarei de diante de vós; antes, estarão como espinhos nas vossas ilhargas; seus deuses vos serão por laço. Jz 2:2,3

Então, se a terra de Israel veio a ser muitas vezes menor que o tencionado por Deus, tem a ver, originalmente, com a desobediência deles.

No período da dispersão, a diáspora, quando foram espalhados entre todas as nações, esse foi juízo pela rejeição ao Messias.

Porém, mesmo esse período teria seu fim. Num dia só o povo desterrado seria outra vez uma nação, um território, como foi em 14 de maio de 1948. “... Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto; já deu à luz seus filhos.” Is 66:8

O Próprio senhor pelejara contra eles; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63:10

Porém findo o tempo do juízo e restabelecido o povo, malgrado os pecados individuais de muitos, eles, como nação, estão sob a Divina proteção, coisa que deveria saber a confederação de nações prestes a tentar destruí-los. “... Porventura não o saberás naquele dia, quando Meu povo Israel habitar em segurança?” Ez 38:14

Toda sorte de violências ocorre numa guerra; quem a começou merece receber pelos “direitos autorais”, e sabemos quem foi.

No fundo, se trata de coisas mais amplas que território; os árabes ocupam 98% do oriente médio e isso os incomoda; aqueles 2% que estão com Israel não deveriam estar, na sua ótica. Irã, Síria, Jordânia, Líbano, Iraque, Turquia... todos se dispõem a “libertar aos palestinos” dando vazão a um ódio milenar, e a uma cobiça pelas riquezas do pujante Estado judeu.

“Eu fiz a Terra... dou a quem é reto aos Meus Olhos.” Diz O Senhor.

O Criador permitirá que os que odeiam Israel e os querem destruir, façam grandes estragos; porém, antes do “xeque-mate” entrará em cena.

O Eterno não precisa autorização da ONU, voto favorável da Liga Árabe, simpatia, tão pouco encontrável, da opinião pública, em grande parte, afeita à causa terrorista.

Não significa que Israel viva plenamente de modo a agradar ao Senhor. Uma das maiores paradas gays do mundo acontece lá; isso O Senhor abomina. Mas, o julgamento de cada um pertence a Ele. Como disse Abraão: “... Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?” Gn 18;25

domingo, 29 de outubro de 2023

Prova de fogo


“Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de Mim e das Minhas Palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de Seu Pai...” Mc 8:38

Por que alguém se envergonharia de Cristo? Vemos que, os que isso fariam foram apreciados como, “geração adúltera e pecadora;” A vergonha era algo necessário; mas, dos próprios atos, não dos ensinos daquele que, os visava corrigir e salvar.

Muitos resistem à Palavra, porque a aprovação humana lhes parece mais importante que a Divina. Se envergonham pelo motivo errado.

O homem em sua vida natural, caída, carnal, não tem como retas as demandas do espírito, por uma razão simples: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8:7


O aplauso humano costuma soar por razões que os Céus desprezam; “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc16:15

Muitos cristãos em Corinto estavam divididos, acossados por pressão de familiares não convertidos, o que, pela timidez da fé inda insipiente deles, causava “estreitamento”; uma tibiez espiritual, um temor de se alegrar em Cristo; Paulo exortou-os: “Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também. Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis...” II Cor 6:12-14 Dar igual peso às ímpias opiniões, equiparando essas às Palavras de Cristo seria um jugo absurdamente desigual. “Saí do meio deles, apartai-vos diz O Senhor!”

O apóstolo sempre deu grande envergadura às asas da sua fé; dela falando ousadamente, mesmo ante os poderosos; “Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois, é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê...” Rom 1:16

A salvação é um desafio ao sobrenatural, ao novo nascimento da água (palavra) e do Espírito (Santo). Isso que soa como normal no âmbito espiritual, se cotejado com a esfera natural causará perplexidade; “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2:14,15

Sempre, o conflito entre agradar a Deus, ou, aos homens; a pressão da sociedade, não raro, dos familiares, amigos, é uma “prova de fogo” que há de evidenciar de que é feita a fé de cada um.

Paulo advertiu quanto à necessidade de que, sobre o Único Fundamento que pode salvar, Jesus Cristo, edifiquemos com sabedoria nossas vidas; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3:11-13

Então, quando surge uma Xuxa, um Jean Willis, até alguns “pastores” mais descolados defendendo uma edição da Bíblia que, por ser muito “antiga” precisaria ser “atualizada”, essa é apenas a posição “religiosa” de homens naturais, que não compreendem as coisas do Espírito.

Para os “profissionais da fé”, talvez, a sua vergonha do Evangelho camuflada; a subserviência covarde às pressões de uma sociedade ímpia, são as “trinta moedas” pelas quais se dispõem a revender O Salvador.

Não venham com essa balela que, separa os ensinos de Cristo das demais partes das Escrituras, como se fossem coisas adversas. O Senhor validou todas; Lei, Salmos e Profetas; disse que as Escrituras testificavam dele, invés de O contradizer. Assim, quando falo do Evangelho de Cristo, num sentido amplo, falo de toda A Palavra de Deus, coisa que Cristo ensinou; “... Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra de Deus.” Luc 4:4

A vergonha quando apareceu, foi por consequência do pecado humano; “Ouvi Tua voz no jardim e temi, porque estava nu, e escondi-me”, Gn 3;10

Esse mau hábito potencializou-se ao longo do tempo; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” João 3:20,21

O ímpio foge da luz, difama sua mensagem; chama de discurso do ódio, fundamentalismo, fanatismo... Quem não está suficientemente alicerçado na Rocha, pode se envergonhar do que é Santo, para agradar ao que é profano. “Não me envergonho do Evangelho de Cristo...”

sábado, 28 de outubro de 2023

Remédio amargo


“Para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou livrar minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.” Is 38:17

Tendemos a preferir o bom, ao bem; o aprazível ao proveitoso. As coisas de usufruto imediato, às outras que, primeiro requerem um custo, antes de mostrar seu valor, seu sentido. A ideia de deixar o melhor vinho para o final, não se alinha às predileções humanas. Para sermos dirigidos por Deus é indispensável o, “negue a si mesmo.”

Jeremias anteviu a direção dos nossos caminhos, como prerrogativa do Senhor. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir seus passos.” Jer 10:23 Davi, idem; “Como purificará o jovem seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Quem se dispõe a andar com Deus, pois, esteja também disposto contrariar sua lógica, fazer coisas que não quer. “Para minha paz, estive em grande amargura...” Nossa enfermidade carece remédios amargos; isso evidencia que o processo é doloroso, porém, o resultado, paz.

Os que profetizam coisas adocicadas, aos ímpios, não são profetas do Senhor; não passam de mercenários tripudiando da ingenuidade.

Deus não é Deus de mortos; portanto, enquanto a questão da regeneração não for resolvida, não há outra mensagem; “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” João 5:24

A paz com Deus vem em consequência de aceitarmos Sua Justiça em nosso favor; “O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 Não pode ser feita por nós, pois, “... todos nós somos como o imundo, e nossas justiças como trapo da imundícia;” Is 64:6 Assim, “Nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7:26

Nossas inclinações são para o mal, desde crianças; até quando fazemos o bem, muitas vezes, é por motivos errados, reconhecimento, aplausos; “caridade” diante das câmeras. Uma mudança drástica em nossos caracteres é necessária, para, renunciando à impiedade, estarmos em paz com Deus. “Os ímpios não têm paz, diz O Senhor.” Is 48:22

Embora, O Senhor tenha figurado a mudança necessária como um transplante de coração, (Ez 36;26) a rigor, não é tão simples assim; dormir anestesiado e acordar transformado.

Demanda uma ousada mudança de mentalidade; um processo demorado; “deixe o homem ímpio seu caminho, o homem maligno seu pensamento...” Is 55;7. Mudança em prol de adotarmos como diretriz, os pensamentos Divinos; “... torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55:7,8

Embora essa mudança diametral seja amarga à alma humana que estava acostumada a fazer as coisas à sua maneira, aos Olhos Divinos, soa agradável; não pela amargura do processo, como se, O Eterno fosse sádico; mas, pelo prazer do produto final, salvação. “... mas, a Ti agradou livrar minha alma da cova da corrupção;”

Como numa relação conjugal, a excelência é que ambos tenham prazer, assim, na relação do homem com Deus. 

Nenhum pai gosta de ver seu filho numa mesa de cirurgia, por exemplo; mas, estando doente, qualquer um pagará por isso, se, no final do processo vislumbrar seu filho restaurado. Os autônomos, diz O Senhor, “... escolhem seus próprios caminhos; sua alma se deleita nas suas abominações.” Is 66:3

O problema do homem sem Deus vai muito além de saúde; trata-se de vida ou morte. Alienados Dele, malgrado, respirando, apenas existimos por um tempo, mas estamos mortos espiritualmente, fadados à perdição.

Reconciliados, nossos pecados são apagados, e recebemos o dom da vida Eterna; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19

“... porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.”
Esse apagar da lousa cheia de escritos de enganos, mentiras, egoísmos, corrupção, e começar uma nova escrita, requer a separação do modo mundano de ser, ao preço de rejeições várias, se, de fato prezamos, à vontade Divina; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12:1,2

Amargura pontual agora, para sermos salvos, e livramento cabal, quando o amargo do juízo tomar o mundo ímpio; “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Mal 3:18

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

O signo da serpente


“... lançou Arão sua vara diante de Faraó e seus servos, e tornou-se em serpente.” Ex 7;10

Um sinal que O Eterno dera, para fazer ver que era Ele que ordenara a libertação do povo. Porém, “... os magos do Egito fizeram o mesmo, com seus encantamentos.” V 11
Resistência por imitação. Um mal que campeia como nunca. 

O que são os falsos profetas, mestres, milagreiros alienados do Santo, bem como, o famigerado ecumenismo, senão, imitações fajutas, dos que se recusam à obediência devida ao Altíssimo?

Porém, “... a vara de Arão tragou as varas deles.” V 12 Os imitadores do cristianismo seguem fazendo sua encenação; “Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim, estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.” II Tim 3:8 A hora da verdade chegará.

Por que uma serpente como sinal? Foi pela sugestão da serpente, no Paraíso, que o primeiro casal deu assento à desobediência, caindo da plena comunhão, para a escravidão e morte.

Uma vara de pastor na mão de Moisés e Arão se tornar serpente, era um símbolo Divino, fazendo entender, quem conseguisse, que dali em diante, pela mão de um pastor, Moisés, os feitos da serpente poderiam ser dominados, mediante obediência.

Eles deveriam pegar à dita, pela cauda; por quê? Outro simbolismo eloquente. Isaías ensina: “O ancião e o homem de respeito é a cabeça; o profeta que ensina falsidade é a cauda” Is 9:15

Assim, os postulados mentirosos da serpente deveriam ser expostos, a partir da falsidade na qual se ancoravam. A proposta fora de que, desobedecendo, o ser humano daria um salto, deixando de ser apenas homem, tornando-se “como Deus”. A servidão, a escravidão na qual estavam, era uma viva demonstração da falsidade daquilo. Desobediência aprisiona. A Vara do Senhor estava libertando-os.

Quando nas agruras da marcha, rumo à Terra Prometida, os mais inconstantes murmuraram, Deus os entregou de novo, ao domínio da serpente. Muitas surgiram entre os murmuradores, ferindo seletivamente a esses.

Quem acha a Cruz de Cristo, pesada demais para si, e prefere as facilidades da serpente, morre resoluto, enganando-se; porque a serpente costuma anestesiar sua picada, com certo prazer. Usa essa calculada isca aqui, reservando seu anseio de escravizar, para a eternidade.

Naquele caso, vendo o juízo os mais avisados pediram socorro; Deus ordenou, e “Moisés fez uma serpente de metal, e colocou sobre uma haste; sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia.” Num 21:9

Haveria algum poder curador numa imagem? Pior, imagem de serpente? Não. A Bíblica é categórica sobre o “poder” das imagens; “Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem...” Sal 115:5,6
Pesa uma maldição contra os idólatras; “... tornem semelhantes os que fazem, assim como todos que nelas confiam.” V 8

Por que Deus ordenou, então? Para estimular a memória de que, rebelar-se contra Sua Autoridade, é tornar a agir conforme a serpente; entendendo isso, podiam se arrepender e ser perdoados.

Cristo tomou sobre si esse mesmo signo quando disse: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” João 3:14,15

Aqueles, olhando para uma serpente de metal, deveriam recuperar a memória que encorajaria ao arrependimento; igualmente nós, olhando para O Salvador na cruz, devemos ter bem viva a causa; nossos pecados, e as consequências. “O salário do pecado é a morte...” Rom 6;23

Desde a queda foi predito que seria assim; O Eterno disse à serpente que se fizera “amiguinha” da mulher: “Porei inimizade entre ti e a mulher; entre tua semente e sua semente; esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gên 3:15

Se, fisicamente, olhando para a cruz as pessoas viam O “Cordeiro de Deus”, o “Verbo que se fez carne” para nos salvar, espiritualmente também podiam ver a serpente; digo, onde conduz sua rebeldia praticada, quando da própria queda, e aconselhada, quando da queda humana.

Os imitadores de “Moisés” são inumeráveis; porém Aquele que sonda os corações não é ludibriado pelo arranjo fútil das aparências.

Os avessos à cruz perdem-se entre imitações, como os magos de Faraó; não há salvação sem Cristo, nem compromisso com Ele, sem cruz. Paulo sentenciou: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição...” Fil 3:18,19

Nosso “Êxodo” também não é fácil; mas, chegando à “Terra Prometida” esqueceremos das dores; “Porque nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;” II Cor 4:17

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Os que aprendem


“O Senhor Deus me deu uma língua erudita, para que Eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem.” Is 50:4

Erudito é aquele que possui vasta instrução; conhecimento. Pois, esse bem, pode ser um patrimônio intelectual para ser guardado, se assim desejar seu possuidor. Os que recebem dons do Senhor, porém, sabem que esses têm uma função, atinente às necessidades do semelhante. “Para que Eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado.”

Os equipados com dons entendem que esses não são para o deleite, antes, para alguma utilidade na Obra do Senhor; “A manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12:7 Palavra da sabedoria e da ciência são dons do Espírito.

Além de saber o que dizer, a pessoa preparada há de saber quando, também; “... a seu tempo...” pois, “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de estar calado, e de falar;” Ecl 3:1 e 7 “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita ao seu tempo.” Prov 25;11

O ser, identificado nessa profecia, ora, aparece sábio; detentor de uma língua erudita; outra, soa a mero aluno; “... desperta meu ouvido para que eu ouça, como aqueles que aprendem.”

“... desperta meu ouvido...”
Figura de linguagem, comparando os ouvidos com alguém que estava dormindo, e foi acordado para algum afazer específico. O estar dormindo, espiritualmente, não tem a ver com sono do corpo; mas, com indiferença da alma, que mesmo estando morta, ou entre os que assim estão, pode não se incomodar, como se, o convívio com os alienados de Deus fosse seu lugar. Não poucas vezes encontramos: “Quem tem ouvidos ouça o que O Espírito diz às igrejas.” Quem está “dormindo”, ignora essa fala.

Paulo pensava diferente dos sonolentos; deu o necessário “soco na mesa”, para chamar de volta à razão, os que estavam assim, adormecidos; “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5:14 Quem dorme espiritualmente, pois, o faz entre mortos.

Por certo o profeta messiânico se referia a Cristo. Uma língua com vasta instrução, para trazer alívio aos cansados era a Dele; “Vinde a Mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo; aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11:28,29

Quando O Senhor, em dependência filial ia “aprender” com o Pai, esvaziado de Sua Glória, mostrava mediante exemplo, como nos convém ser. “Porque não tenho falado de Mim mesmo; mas o Pai, que Me enviou, Ele Me deu mandamento sobre o que hei de dizer; o que hei de falar.” Jo 12:49

Ele, sendo Um com O Pai, não carecia aprender nada; esvaziado e feito homem, O Salvador precisou coisas que antes não precisara; “Ainda que era filho, aprendeu a obediência por aquilo que padeceu.” Heb 5;8 Aprendeu obediência, não por que fosse desobediente; mas, porque, sendo Deus, antes não precisara obedecer ninguém; então, ao se identificar conosco, careceu agir, “... como aqueles que aprendem...” “Porque Eu vos dei o exemplo para que, como vos fiz, façais também.” Jo 13;15

A Vontade do Pai era o limite da fala do Salvador; agora que falamos em Seu nome, Sua Vontade expressa na Palavra deve ser o limite para nós; “... Assim como O Pai Me enviou, também Eu vos envio...” Jo 20;21

No encerramento da revelação, O Senhor vetou acréscimos e omissões à Palavra. Nosso limite, como seus servos, é o que está escrito.
“Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus...” I Ped 4;11

Paulo também prescreveu termos; “Eu irmãos, apliquei essas coisas por semelhança a mim e Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito...” I Cor 4;6

Como o abençoado do Salmo primeiro, nos convém “termos nosso prazer na Lei do Senhor, e nela meditar dia e noite.” Sal 1;2

Infelizmente, em muitos casos o que está escrito é ignorado, desprezado, por pessoas que, desejando o ministério, não buscam o devido preparo para o mesmo. Invés do que O Santo revelou na Sua Palavra, esses preenchem as lacunas de conhecimento bíblico com o que “O Senhor lhes revela”.

Deus pode; eventualmente faz, quando aprouver à Sua Soberana Vontade; mas, se O Salvador, apesar de Sua Onisciência, portou-se entre nós “como aqueles que aprendem,” assim fez, para realçar a importância do aprendizado. “Então, conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...” Os 6;3

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Tempo de levantar



“Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então entrou em mim o Espírito, quando Ele falava comigo; me pôs em pé e ouvi o que me falava.” Ez 2:1 e 2

Um hábito respeitoso que a maioria das igrejas evangélicas preserva é de se colocarem em pé, os membros, enquanto, A Palavra de Deus é lida. Assim, o “põe-te em pé e falarei contigo”, literalmente, se verifica nesses momentos.

Entretanto, a experiência de Ezequiel serve como alegoria de algo maior que, o mero erguer-se alguém, de onde estiver.

Teologicamente se identifica a ruptura do homem com Deus, pelo pecado da desobediência, como, a “queda.”

Tendo perdido a comunhão, o direito à vida Eterna, não é forçarmos a barra, defendermos que houve uma queda; migramos da vida para a morte, com a escolha pela desobediência. “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5:12

Porque essa “herança maldita”, abarcou toda a humanidade, embora os humanos seguissem existindo, eram produtos de uma queda; gente espiritualmente morta (alienada de Deus), coisa que O Salvador falou sem rodeios. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24

Se, a desobediência ensejou morte e queda, a fé no Salvador e a obediência, facultam o novo nascimento; o ser humano que caiu, poderá voltar a estar em pé. O Senhor mencionou a necessidade de estarmos assim; “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé diante do Filho do homem.” Luc 21:36

Figura usada também por Paulo, onde tencionou ilustrar que, o convertido a Cristo voltou a estar em pé, e assim deve permanecer. “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.” I Cor 10:12

Como ensinou O Mestre, “Deus não é Deus de mortos...” portanto, não fala com esses; Jesus esvaziou-se da Sua Glória, para estar “à altura” disso, por amor. Aos que Nele creem e obedecem, legou poder de voltarem a estar em pé; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” João 1:12

Deixou patentes as impossibilidades dos mortos; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver O Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Por isso, a conversão é indispensável, para entendermos o Falar de Deus, o que Ele revela em Sua Palavra.

“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2:14,15

Como no levantar de Ezequiel, no nosso, também é impossível sem a ajuda do Espírito Santo. “Então entrou em mim o Espírito, quando Ele falava comigo, e me pôs em pé...”

E, a comunhão com O Santo requer algumas coisas, como obediência, perseverança, resiliência nas aflições do mundo; senão a segunda queda será mais grave que a primeira; “é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro, recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério.” Heb 6:4-6

Por isso, a seriedade da exortação, para que, o que pensa estar em pé, não caia. Alguns desses recaídos, pensam que a relação que tiveram um dia com O Eterno inda pode existir estando eles, duplamente mortos.

Saul caiu assim; sentiu na pele a indiferença Divina; “perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha espírito de feiticeira... I Sam 28:6,7

A triste sina dos mortos espirituais; vendo-se alienados de Deus, tentam preencher a lacuna, com simulacros profanos, mentirosos e inúteis.
Se O Santo não fala mais comigo, uma feiticeira serve; pensou.

A quem basta ouvir “alguma coisa”, pouco importando se vai se cumprir ou não, qualquer “profeta” serve.

Agora, quem desejar um acesso ao Trono do Deus Vivo, que vá pelo Único meio possível; “... ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6 “Filho do homem; põe-te em pé e falarei contigo!”

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

A busca por luz


“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade.” II Tim 2:15

“Procura apresentar-te a Deus...”
Diferente de uma apresentação aos homens, onde o cenário, eventual música, pompa e circunstância que engalanarem à cerimônia, poderão ensejar que façamos boa figura, perante O Eterno, a apresentação não carece dessas miscelâneas fúteis, que impressionam aos que se atêm às aparências.

“... o homem vê o que está diante dos olhos, porém, O Senhor olha para o coração.” I Sam 16:7 “Tens Tu porventura, olhos de carne? Vês Tu como vê o homem?” Jó 10:4

Ciente de qual beleza O Eterno preza, quem tenciona apresentar-se a Ele, deve “paramentar-se” das coisas que lhe agradam, para não ser rejeitado. “Bem aventurados os limpos de coração; porque eles verão a Deus”. Mat 5;8

“... aprovado...” “Não é aprovado quem a si mesmo louva; mas, aquele a quem o Senhor louva.” II Cor 10:18
Alguém aprovado por Deus, bem pode ser rejeitado pelos homens. O aplauso humano não deriva da mesma escala de valores dos Céus; O Salvador ensinou sobre o Fariseu e o Publicano; enquanto aquele se jactava de sua religiosidade inflado de orgulho, o publicano, sentindo-se indigno, clamava por misericórdia; e “... desceu justificado para sua casa, não aquele; porque qualquer que a si mesmo exalta será humilhado; qualquer que a si mesmo humilha será exaltado.” Luc 18;14

A aprovação Divina atina ao caráter, não, aos supostos talentos, méritos, de gente sem noção, com pressa de exibir-se.

Não raro, se diz, inadvertidamente: “Deus não escolhe os capacitados; capacita aos escolhidos.” Isso é veraz; porém, deve ser entendido, para não usarmos diamantes em fundas. Digo, para que gente avessa à busca do devido preparo, não se esconda atrás desse dito, para justificar sua omissão na demanda pelo necessário entendimento. “Convém, pois, que o bispo seja... apto para ensinar;” I Tim 3:2

Acaso Timóteo não era escolhido? A exortação que encabeça esse escrito foi dirigida a ele, de modo que, a escolha Divina não significa que podemos ir ao front, de qualquer maneira, fiados no fato de sermos escolhidos.

Deus capacita aos que escolhe, aperfeiçoa, usando outros que já foram capacitados, para o ensino; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;” Ef 4:11,12

Um desses mestres, Salomão, escreveu: “Confia no Senhor de todo o teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos; Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3:5-7

“... como obreiro que não tem de que se envergonhar...”
Isso, grosso modo, pode significar apenas, não cometer atitudes que envergonhem, como pecados em público. Certo; é um mal a se evitar. Porém, quem foi chamado para ser “luz do mundo”, um agente difusor da Luz de Cristo, ser negligente em buscar a devida iluminação, o entendimento sobre as coisas que deve viver e falar, causa vergonha também.

Escrevendo aos Coríntios, umas três décadas após o advento do Salvador, Paulo considerou vergonhoso que muitos ainda padecessem de ignorância, no tocante à necessária compreensão espiritual. “... alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15;34

Quem se esforça e busca no Senhor pelo conhecimento, será enriquecido dele, de modo que não será colocado em “saia justa” quando algum ateu, um seguidor de credo alternativo, ou, opositor do Evangelho vier, com suas perguntas capciosas; como bem disse Mccandlish Philips: “Você não põe o verdadeiro Evangelho fora de combate com duas ou três perguntas desajeitadas; antes, suas ilusões irão ruir, destacando mais claramente, à verdade.” (apud, Dave Hunt)

“... que maneja bem à Palavra da verdade.” Manejar bem é ter certa habilidade para empunhar à “Espada” como ela é; diferente de manipular, que é uma habilidade espúria, que não serve aos interesses do Eterno.

Além da habilidade, há um componente moral, que, Deus busca, nos que Ele quer enriquecer de conhecimento. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade;” Prov 2:7

A retidão nos domínios do Espírito não é um contingente extático; o reto, em princípio, busca todo o tempo por mais luz, para corrigir-se nos eventos que inda falhou, em sua conduta. 

“... tem o seu prazer na Lei do Senhor; na sua Lei medita de dia e de noite.” Sal 1:2 Essa busca sempre frutifica, pois dela, Deus se agrada; “Tenho mais entendimento que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são minha meditação.” Sal 119:99

sábado, 21 de outubro de 2023

O fogo necessário


“... importa que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo;” I Ped 1:6,7

A necessidade das tentações, para que, Cristo seja honrado pela nossa obediência; quando, o tentador assedia com a desobediência camuflada de prazer, mas, preferimos renunciar a tais coisas por amor a Cristo, honramos a Esse, e resistimos àquele.

Isso traz alguma tristeza? “... necessário que estejais por um pouco contristados...” escreveu Pedro.

Ao Espírito quem em nós habita após o novo nascimento, a ideia de pecar soa abjeta, à carne, a expectativa dos prazeres do pecado tem seus atrativos.

Mesmo que O Espírito se alegre pela nossa obediência, a carne exibirá traços de frustrações, por ter sua inclinação contrariada; “Os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a do Espírito é vida e paz.” Rom 8:5,6

Paulo fez distinção entre duas tristezas; “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação, da qual ninguém se arrepende; mas, a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7:10

Tristeza segundo o mundo vem como consequência do pecado e seus “frutos” deletérios; tristeza segundo Deus deriva de resistirmos às inclinações naturais, por amor a Ele.

Ainda, a tristeza assoma como consequência de termos, eventualmente, caído nalgum erro; e pensando melhor, depois, nos vermos arrependidos, e decididos a não o repetir.

Quando vem de uma queda pontual, é menos grave que o “duplo ânimo” que, funde em todo o tempo, um desejo pelas coisas santas, sem a necessária separação das profanas; “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4:8 Mãos e corações ficam sujos; ações e desejos acoroçoados andam de mãos dadas.

Também, se vivemos segundo Deus, podemos nos entristecer como vítimas, ou, meros observadores da injustiça que grassa no mundo. Ló vivendo entre ímpios e injustos, sentiu tristeza por motivos alheios; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, por isso via e ouvia sobre suas obras injustas.” II Ped 2:8

Vendo a covardia inominável do terrorismo, ou da defesa do aborto, por exemplo, qual ser, justo, não se entristecerá? Só alguém completamente abjeto, asqueroso, cultor do ódio e do egoísmo, se identificará com coisas assim.

Somos chamados a crer, depois, ensinados nas minúcias, sobre o que significa a fé que professamos; nos é permitido bradar a cidade e ao mundo, o que cremos. Que vice nossa fé, todos saibam dela! Não nos envergonhamos de Cristo; antes, nos é honroso pertencer a Ele!

Porém, chegará um momento que nossa fé será testada. Se, o ouro é testado ao fogo, e nossa fé é mais preciosa que ele, como vimos, inevitável que ela seja posta à prova, no “fogo” também.

Paulo ensina: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3:11-13

Notemos que, as provas incidem sobre os que se dizem fundamentados por Cristo; não os que abraçam credos alternativos. Deus prova aos que se dizem Seus.

Sobre esse Fundamento Único, é possível que nossas vidas sejam edificadas com materiais ordinários, “madeira, feno, palha” coisas que não resistem ao fogo das provações; uma “fé” que soa portentosa quando as coisas estão em céu de brigadeiro, mas, que se apressa a fugir, quando das provas que demandam renúncia e confiança em meio às tempestades.

Para os momentos tipo “pede pra sair” da fé, o “material de construção” deve ser melhor que aqueles combustíveis que o fogo devora; “ouro, prata, pedras preciosas...” Como ouro e prata são depurados ao passar pelo fogo, invés de consumidos, assim deve ser nossa fé.

Nos momentos adversos, devemos buscar bem fundo nossas más inclinações, omissões, para que, após a prova saiamos melhores que, quando entramos nela.

A disciplina espiritual faz parte de nossa filiação a Deus. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há, que o pai não corrija?” Heb 12:7

Nas tentações temos duas opções; sofrer resistindo-as, ou pecar; “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida...” Tg 1:12

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Maldade em cheque


Frequentemente tenho deparado com uma pergunta que, se, para o vulgo parece extremamente lógica, para o que está no usufruto de alguma luz espiritual, soa sem sentido. Diz: “Se Deus existe, por que há tanta maldade no mundo?”

A existência de Deus, segundo a “lógica” dessa inquirição, deveria trazer, necessariamente, paz, bondade, coexistência harmoniosa entre os homens, como testemunho. Deveríamos estar vendendo saúde, embora nossas almas pudessem estar mortas-vivas, quais zumbis.

A paz de Deus, diferente do mundo, não é efeito de conchavos, negociatas, trocas de interesses escusos; antes, derivada da justiça; “O efeito da justiça será a paz; a operação da justiça, repouso e segurança.” Is 32;17

A que a Justiça de Cristo atuando em nosso favor propicia, reconcilia-nos com Deus, não, necessariamente com o semelhante; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19 Não raro, nos aproximarmos de Deus enseja que se afastem de nós, aqueles que têm medo do significado disso.

Ouse alguém contar, quantos humanos se atrevem à reconciliação com Deus mediante Cristo, e quantos preferem manter a inimizade decorrida do pecado como modo de vida, e logo começará a se aproximar da resposta acerca da maldade no mundo.

Eram “bons tempos” aqueles, onde os ímpios apenas decidiam seguir suas vidas às suas maneiras; agora, como que possuídos por um ódio maior que eles, investem contra os que inda são fiéis a Deus; sua inimizade com O Eterno foi potencializada pela urgência de Satã, que, usa os que lhe obedecem; “... Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, com grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apoc 12;12

Nos dias de Paulo, O Eterno desafiou aos quatro ventos, esperando o surgimento de um inquiridor que fizesses as devidas perguntas, que colocasse a presumida existência e sabedoria Divinas, numa “saia justa”; “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1:20

Desde quando que, a existência Divina significa a negação da vontade do homem? Quem supõe que O Eterno seja um ditador, que impõe mediante coerção, o Seu querer, ainda não sabe nada sobre Ele. Deus mostra a dualidade da vida e desafia à melhor escolha; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30:19

Sua existência deve e pode ser entendida pelas Suas Obras; não por suposta ventura indiscriminada, onde todos colham uvas e azeitonas, mesmo semeando espinhos e cardos.

Os que O conheceram observando os Divinos feitos, preferiram bancar os desentendidos, adorando “deuses” com quais, o convívio fosse mais fácil que as santas exigências do Altíssimo;

“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis, porquanto, tendo conhecido Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças; antes. em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;19 a 22

Notemos que o conhecimento não encontrou obstáculos intelectuais; antes, numa vontade enferma, na qual o homem preferiu seguir à sua maneira fazendo simulacros segundo sua imaginação doentia, imagens; invés de se render ao Todo Poderoso, para o conhecer inda mais.

A idolatria humana segue a todo vapor, criativa como nunca. Atualmente se vende até replicas da “Arca da Aliança”, para as pessoas decorarem suas casas. Pouco mais de cem reais e você receberá em caso, algo que, segundo os que já receberam, além de “muito bonita, confere um ar de espiritualidade ao ambiente.”

Invés de um relacionamento sadio com O Deus Vivo, que demanda conhecer e obedecer Seus preceitos, as pessoas se contentam com um “ar de espiritualidade”, pouco se importando, quais espíritos gravitem nesse ar.

A maldade campeia, porque Deus não a pune de imediato; “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11

Os que perguntam o porquê, da maldade, são os que menos se importam com a reposta. A pergunta retórica é uma tentativa de fuga, de terceirizar o mal, quiçá, culpar Deus, uma vez que não o conseguem ver em si mesmos. “De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3:39

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Almas nuas


“... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações...” Luc 16:15

Como é fácil justificar a si mesmo! Desde a queda esse vício nasceu e foi crescendo sem parar; “a serpente me enganou... a mulher que me deste por companheira...”

Paulo, depois de ter aprendido a ouvir a voz do Espírito na consciência, ainda não se justificava; “Porque em nada me sinto culpado; mas, nem por isso me considero justificado, pois, quem me julga é O Senhor.” I Cor 4:4

Além de legislar em causa própria, os que assim agem o fazem no tribunal errado; “... diante dos homens...” O juízo que valerá, terá uma plateia melhor que apenas homens: “Digo-vos que todo aquele que Me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus.” Luc 12:8

Sempre que o homem se justifica depois de fazer algo errado, no fundo, é “justificado” por Satanás. Foi ele que sugeriu a ruptura com a Deus, a autonomia, onde o homem decidiria por si mesmo acerca do bem e do mal. Quem ousa ir de encontro ao que está escrito para defender suas predileções, sejam quais forem, age no princípio dele. Quem será que estaria inspirando aos pretensos editores da Bíblia que desejam remover porções “polêmicas”?

Não me sentir culpado de nada, por encontrar o silêncio na consciência é bom sinal; mas, ainda assim, não devemos nos achar, a última baga da vinha; como disse Paulo, “quem me julga é O Senhor.”

Pode que nossa consciência tenha tentado nos advertir de alguma falha, e, por falta da devida “sintonia fina”, inda não nos demos por avisados. Prudência é melhor que presunção. Porém, se nada que desabone, houver, com o advento da presunção, de algum mérito próprio, passará a existir o orgulho. “Aquele que pensa estar em pé, cuide-se; não caia”.

Além de silenciar a consciência por não haver dolo em nossos atos, pode também, estar cauterizada, por largo curso de tempo sem ser ouvida; há gente sem noção, que faz às coisas à sua maneira contra essa voz interior; o tal, rejeita os alertas da consciência, tanto, que ela cauteriza; não a ouve mais por falta de hábito. Nesse caso, o silêncio não tem a ver com ausência de culpa, mas, com asfixia.

Se, o juízo será diante do Eterno e Seus anjos, qual o sentido de estarmos “bem na foto” diante dos homens? Há tantos “filtros” enganosos que nos fazem parecer o que não somos. Um ilusionista com suas habilidades deixa evidente quanta coisa pode parecer o que não é, diante de nós.

No mesmo texto em que denuncia a esse fajuto “Photoshop” da alma, O Salvador apresenta a eficácia disso; “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16:15

Um homem prudente, nesse teatro de enganos que se tornou o mundo pela impostura do canhoto e a cumplicidade do homem caído, deve temer mais os elogios que as vaias.

Vaias, geralmente denunciam que nossa atuação não agradou; quem disse que seria sábio agradar gente se hábitos malsãos? Ser rechaçado por aqueles de mau proceder é um elogio oblíquo. Há elogios sinceros, raros. Os aplausos podem significar certa “simetria” com a impiedade, o que convém evitar, por desfazer nossas defesas; “O homem que lisonjeia seu próximo arma uma rede aos seus passos.” Prov 29:5

Assim, quem procura fazer boa figura perante os homens, precisará, necessariamente, alinhar-se ao que esses aprovam. A vontade Divina não entra em consideração.

Alinhar nosso viver ao querer Divino requer uma ruptura comportamental com o mundo; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12:2

A vontade Divina anseia nos justificar; a partir de um coração transformado, não, de uma encenação fajuta ante mal-informados.

Enquanto, por seus meios sub-reptícios, o inimigo planta no coração degenerado o “afirme a si mesmo” dourando a pílula do orgulho com verniz de religiosidade; ou, nem isso, para os que sovem a desobediência como símbolo de independência, O Salvador é severo; “Negue a si mesmo; tome sua cruz e siga-me.” É mais difícil assim? É. Mas, como disse alguém: “O que nos está proposto é glorioso demais para ser fácil.”

Enfim, se, para efeito dos aplausos terráqueos, fazermos boa figura onde não importa, basta “certo talento e boa dose de mentira”, como disse Kirkegaard, para comparecermos perante O Eterno, a exigência é mais esmerada; “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5:8

terça-feira, 17 de outubro de 2023

O tempo bom


“Gritou o rei com força, que se introduzissem astrólogos, caldeus e adivinhadores; e falou... : Qualquer que ler este escrito, e me declarar sua interpretação, será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e, no reino, será o terceiro governante.” Dan 5:7

Durante uma orgia em Babilônia, uma mão misteriosa apareceu escrevendo certas palavras enigmáticas na parede do palácio e o rei, Belsazar teve essa reação.

“... gritou com força...” estivera desperdiçando forças com mulheres e bebidas, usando-as para pecar. Manifestando gratidão a quem nada tinha a ver com elas. Usaram às taças de ouro tiradas do templo do Deus Vivo, em Jerusalém, e “... deram louvores aos deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e de pedra.” Dan 5:4

Nessas horas, quando a vida parece estar em jogo e coisas extraordinárias acontecem, mesmo os sem noção que fazem oferendas aos bibelôs vários, e, quando advertidos disso protestam: “Respeite minha religião”, nessa hora, até eles se voltam ao Deus Vivo, em busca de socorro, pois, no fundo sabem que seus espantalhos nada podem. Quando a terra treme, até o ateu grita: Meu Deus!

Por que, só nessas horas? “Devemos reparar o telhado quando o sol está brilhando.” John Kennedy

Os descuidados pensam nisso apenas quando as goteiras incomodam.

O rei, por não ter escolhido uma vida espiritual sadia, em tempos de calmaria, na iminência da tempestade, “atirou para todo lado.” “... que se introduzissem os astrólogos, caldeus e adivinhadores...” Quem não tem O Único Deus, precisa de muitos.

Como os bibelôs atuais, aqueles também só “serviam” nas horas de calmaria, onde podiam jogar com seus enganos e falcatruas; num caso de emergência, mostraram as inutilidades que eram. “Então entraram todos os sábios do rei; mas, não puderam ler o escrito, nem fazer saber sua interpretação.” V 8

Por fim, a mãe do rei lembrou-o da existência do servo de Deus, Daniel; “Há no teu reino um homem, no qual há o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai se achou nele luz, inteligência, sabedoria, como a sabedoria dos deuses...” V 11

Um rei que se ocupa mais com futilidades, bebedeiras e idolatrias, desperdiça tempo e energia nessas coisas, perde de saber o que existe sob seu domínio; embora sendo seu dever conhecer coisas importantes assim, relapso, ignora-as; carece ser informado por outro. Eram coisas “antigas”, dos dias do pai dele.

Quantos atualmente agem assim? Desperdiçam tempo e energia em futilidades pecaminosas; quando alguém tenta ensinar algo, presto se irritam contra quem quer “se meter nas suas vidas”.

Há muitos casos de pessoas que zombaram dos pastores, em seus dias de “tempo bom”; buscaram-nos depois, por ocasião dos autos fúnebres, dos que jogaram suas vidas fora, onde uma palavra de esperança parecia necessária, embora, fosse tarde demais.

“Enquanto se diz, hoje; se ouvirdes Sua Voz, (de Deus) não endureçais vossos corações".

Ante Daniel o rei acenou sua oferta: “... se puderes ler este escrito, e fazer-me saber sua interpretação, serás vestido de púrpura, e terás cadeia de ouro ao pescoço...” v 16

Quem está acostumado com ídolos inúteis que precisam de “oferendas” para trabalhar, natural pensar que seu dinheiro compre Deus, também. Muitos falam nas filosofias de botecos sobre as coisas que o dinheiro não compra. Pois, nos domínios do espírito, não compra nada. Supor isso atrai maldição; “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.” Atos 8:20

Daniel se esquivou desse ídolo da cobiça humana também. “... As tuas dádivas fiquem contigo, e dá teus prêmios a outro; contudo lerei ao rei o escrito, e far-lhe-ei saber a interpretação.” V 17

A mensagem interpretada por Daniel falava das culpas do rei; do fim do reinado dele; da divisão do reino e entrega aos medos e persas; o que se cumpriu na mesma noite, junto com a morte do profano e ímpio Belsazar.

Havia um homem santo em seu reino, por meio do qual, O Eterno falava; o que ele fazia? Se achegava aos ídolos mudos, fica mais fácil que ter que ouvir algo, que, eventualmente desagrada. “... destes louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” V 23

É mais fácil, produtivo, silenciar e ouvir, quando é o tempo oportuno, que, “gritar com força” quando for tarde. Aquele escrito não era mais de ensino; era juízo; o tempo de se aprender o rumo é agora. “Quem Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:33

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

A causa


“Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Distinção entre causa e consequência é indispensável, se, queremos ver as coisas como são; entretanto, às vezes, interesses rasos tentam confundir uma com outra.

Sabemos as causas do conflito que eclodiu em Israel, ainda, em doloroso curso. Uma facção criminosa, terrorista, apoderou-se dos destinos dos palestinos que vivem na faixa de Gaza; embora os trabalhadores de lá desejam viver em paz com Israel, de onde recebiam água, luz, território, empregos, há um ódio histórico e um plano dos radicais islâmicos, que tem como fim, a destruição de Israel.

Matar “infiéis” faz parte do Alcorão, o que inclui a nós. Viva o Papa Francisco com seu sonhado “Crislam!”

Passado o horror inicial, agora, a “imprensa” prostituta, (tem veículos sérios ainda) já começa pontuar a “violência de Israel, a resposta desproporcional.” Os bombardeios são destruidores, é óbvio. Mas, diferente dos terroristas que invadem uma festa e saem matando, mulheres, velhos e crianças, Israel visa alvos militares; avisou e deu tempo para que os civis saíssem de suas casas. Duas atenuantes, pois.

A mesma “imprensa” que mostra parcialmente as atrocidades do Hamas, se apressa em pontuar a morte de civis do outro lado, de preferência, crianças. Isso acontece? Sim. É lamentável? É. Mas, deve ser posto na conta de quem começou isso tudo, não, de quem está reagindo.

Essa “empatia” parcial que se coloca em lugar dos palestinos mortos, inocentemente, e recusa a se colocar do outro lado, não é coisa de gente altruísta, pacifista; é coisa de patifes que escolhem cores de bandeiras, não, valores. Para esses, vigora a ética do dane-se!! Se for dos “meus” está certo, faça o que fizer; se for dos deles, está errado, mesmo que esteja certo. Em tempo, serão julgados conforme julgam.

O mundo deixou de ser um lugar civilizado, lógico, coerente, cultor de valores; a barbárie recebe aplausos, manifestações de apoio, em toda parte. Os bárbaros agentes, colhem identificação, com os, eventualmente, pacientes; digo, expectadores, com as mais bárbaras expectativas, contra os alvos dos seus ódios albergados.

A Palavra de Deus alude a um amontoado de nações, que tentará destruir a Israel, nos últimos dias; cita sete, segundo os nomes daqueles dias, “e muitos povos contigo.” Basta ver Ezequiel capítulo 38.

Dependendo da evolução, pode que estejamos diante do cumprimento dessa milenar profecia já. Segundo o Texto Sagrado, não tem nada a ver com libertar a um povo “oprimido”; antes, destruir a um povo invejado, de olho nos despojos; no usufruto das suas riquezas. O resto é cortina de fumaça, conversa para boi dormir, como diz o vulgo.

Em parte, essa empresa será bem sucedida, fará estragos; porém, antes de lograr seu intento patricida, O Eterno intervirá, mostrando ao mundo, quem tem a última palavra.

Na verdade a “Terra Prometida” é infinitamente maior do que Israel ocupa atualmente. Deus mencionou a Abraão, desde o Nilo até o Eufrates, (ver Gênesis, 15;18) o que, segundo especialistas, formaria o nono maior país da terra, se fosse cumprido.

Os árabes ocupam 98% do oriente médio, e acusam a Israel de “oprimir aos palestinos” negando-lhes, terra; coisa que justificaria toda sorte de violência para os “libertar”.

E, a história de que, eles também são descendentes de Abraão, não legitima isso; Ismael foi filho de uma escrava, nascido sem a vontade de Deus; apenas, fruto da precipitação de Sara e Abraão; O Eterno fez distinção: “Em Isaque será chamada tua descendência”, assegurou. 

No entanto, se fazem questão de evidenciar o parentesco, por que, invés de convivência pacífica com os irmãos, anseiam destruí-los? “Com a medida com medirdes, voltarão a medir a vós” ensinou O Salvador.

O Altíssimo está permitindo que encham a medida da sua iniquidade, para, em tempo julgá-los de modo a sobejar justiça.

Vale tanto uma criança palestina, quanto, uma judia; a morte de qualquer uma, é trágica; igualmente, um adulto. Porém, quem incendeia uma floresta, é culpado pelo que o incêndio destruir.

Você negociaria em “igualdade de condições” com quem tem sua destruição como objetivo? Israel cedeu muitas vezes; colheu o que estamos vendo. Bem disse Aristóteles: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

Os palestinos não são terroristas; mas, os do Hamas são. Os que os apoiam mesmo daqui, por cumplicidade, também são.

Quando Deus agir, e Ele vai, não pedirá autorização da ONU, nem ao conselho dos “direitos humanos” pacto disso ou daquilo; Ele sonda aos corações, É O Todo Poderoso; não é retido pelas teias de aranha, dos insetos mal intencionados. “... ninguém há que possa fazer escapar das Minhas Mãos; agindo Eu, quem impedirá?” Is 43:13

O resgate


“Não nos tratou segundo nossos pecados, nem nos recompensou segundo nossas iniquidades.” Sal 103:10 “... Deus exige de ti menos do que merece tua iniquidade.” Jó 11:6

O fato que Deus não toma pela mão aos pecadores, nem tem ao culpado por inocente, pode ensejar uma imagem distorcida Dele, quando, apreciado de modo superficial. Se, O Eterno é rigoroso quanto a não tolerar pecados, é também leniente, misericordioso, “grandioso em perdoar” como disse Isaías, quando, o pecador se arrepende e busca perdão.

Sua aversão à iniquidade tem a ver com a impossibilidade de se achegar a Ele, quem não estiver com a alma devidamente higienizada; “Tu És tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar.” Hc 1;13 Portanto, “Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.” Mat 5;8

Deus não quer “receber até o último centavo” do que lhe devemos; apenas, deseja que reconheçamos nossos erros, confessemos arrependidos, com sincero intento de mudar.

“Pois, Ele conhece nossa estrutura; lembra-se que somos pó.” Sal 103:14 Entretanto, além da busca do perdão para nós, devemos aprender a perdoar, quando a isso rogados, por parte dos que falharam conosco. “Perdoai nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores...”

A Parábola do Filho Pródigo ilustra bem o perdão Divino: O próprio filho reconhecia que nada mais tinha de direitos na casa do pai; sequer ousaria pleitear, uma vez que, a parte que lhe caberia da herança, depois da morte dos pais, se antecipara e desperdiçara tudo. “Faze como um dos seus empregados”, seria o pedido que tencionava apresentar chegando maltrapilho à casa de onde saíra.

Se, fosse tratado como mais um dos empregados, estaria sendo feito justiça; era o que merecia. Contudo, havia um sonho, um propósito que o via como filho, não como empregado. O amor do pai, não a justiça, tinha a última palavra.

Então, contra a lógica, a justiça, a expectativa do irmão mais velho, o filho foi restaurado; pois, dele, o Pai exigia menos do que merecia sua iniquidade. Bastou arrependimento, confissão, e foi perdoado.

Nenhum de nós poderia pagar pela salvação, caso O Senhor quisesse receber; “Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele. Pois a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49:6-8

Pedro seguiu nas mesmas pisadas: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado;” I Pe 1:18,19

As refinadas exigências do Eterno têm a ver com a necessária pureza para frequentarmos os lugares excelsos que preparou para nós. Por isso, “Nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus;” Heb 7:26

A grandeza do resgate não mensura nosso valor como presumem alguns pavões sem noção. Mas, aponta pra perfeição que foi criada, e a intensidade da degeneração, que requereu tão grande preço para poder nos regenerar. Em suma, o alto preço da redenção atina a santificação necessária, e ao Amor, que desconsidera às culpas, pelo prazer de perdoar e restaurar.

Infelizmente, a imensa maioria só terá noção da seriedade e do valor que estão em jogo, quando for tarde demais. Profecias milenares se cumprindo diante dos nossos olhos; sinais preditos insistindo em avisar que o fim se aproxima; as pessoas, alienadas, numa busca suicida por prazeres efêmeros e pecaminosos, invés de rumarem ao Único que pode salvar, Jesus Cristo. Dão-se aos desejos naturais, sem rumo, alvo; quais folhas secas ao sabor do vento; como cantou o bêbado aquele, “Deixa a vida me levar, vida leva eu.”

Quando descobrirem que é a morte que os está levando, e que estão perigosamente confundindo existência, com vida, poderão estar numa distância d’onde já não haja retorno.

Deus requer muito pouco, para nos salvar; muito menos do que merecem as nossas culpas; porém, desse “pouco” não abre mão.

Ou, as pessoas tomam a cruz de Cristo, arrependidas, e vão por Ele, segundo Seus ensinos, ou, não irão. “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

Não que O Eterno seja caprichoso; além de amoroso É sábio. Como não há outro caminho, prescreve O Único possível, desejando que seus filhos, de erradas escolhas, no passado, se arrependam e voltem para casa. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6:23

domingo, 15 de outubro de 2023

O dia da ira


“Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jer 23:20

Entendermos que “Deus É Amor”, e descansarmos fiados nisso, tem sido algo recorrente nos caminhos humanos. Agora, cogitarmos que Ele possa ter motivos para estar irado, não são todos que se atrevem a isso; embora, Sua Palavra seja categórica quanto ao fato, bem como, quanto aos motivos; “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens, que detêm à verdade em injustiça.” Rom 1:18

Prosperar mentira e injustiça são “combustíveis” onde arde o fogo da Divina Ira. Porque a misericórdia do Eterno inda espera arrependimentos, muitos fazem uma errônea leitura; por não terem, os atos maus, consequência imediata, muitos agem como se jamais eles jamais tivessem.
“Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11

É fácil acenarmos com a “lei do retorno”, quando imaginamos que ela incida sobre a maldade alheia, apenas. Outro dia falei sobre os desvios de função da fé; quando um fanático por futebol ora para que seu time vença. Age como se, O Eterno fosse sócio nas suas paixões particulares. Assim, os que pensam que o retorno da maldade viria contra os seus desafetos, para si, apenas bênçãos.

A posse de entendimento nas questões espirituais é vital; nas coisas da vida, isso é difuso; um entende de arte, outro de engenharia, eletrônica, processamento de dados, segurança cibernética, etc. Bem podemos nos servir do talento alheio, para suprirmos nossas necessidades.

No teatro da salvação, é certo que há mestres que nos podem ajudar a ver; todavia, como, entender nesse caso, demanda agir conforme para não perder a eficácia, isso requer uma vontade submissa; há um “o quê”, um “como” e um “quando”, que são indispensáveis, para que vejamos o básico da Divina revelação.

O quê? “Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus”; precisam de salvação; como? “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” ensinou O Salvador; quando? “Hoje se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações”; é urgente, pois, o amanhã está além do nosso controle.

O Juízo Divino se avizinha, contra os que ignoram ou se opõem, ao Divino querer; quem pretende viver à sua maneira, embora não dizendo abertamente, deixa implícito que sabe como escapar do que está por vir; aos hipócritas e descuidados, dos seus dias, João Batista perguntou: “... Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” Mat 3:7

O conhecimento dessas coisas e uma atuação à sua luz, é indispensável para recebermos salvação; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4:6

Ezequiel passou seus dias advertindo contra a apostasia e o consequente cativeiro; ele, como profeta, era muito “querido” por um povo que não dava a mínima para Deus; “Eis que tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave, e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra.” Ez 33:32

Os analistas de performances espirituais alheios ao conteúdo sempre existiram. Suas predileções pelo pregador A, pelo cantor B, estilo assim, ou assado, sempre ganharam as asas do vento. Ora, O Eterno não desperta eventuais mensageiros para produzir entretenimento; antes, arrependimento para salvação.

As coisas duras preditas pelo profeta viriam, e só então, tardiamente teriam noção de quem ele era. “Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33:33

Então, entendermos as coisas que movem o Coração de Deus depois que for demasiado tarde, só aumentará o peso das culpas, pela nossa postura relapsa, no presente.

O mundo coloca nas prateleiras mais altas, fama, sucesso, riquezas... quando o tempo dos famosos, ricos, sucedidos, expirar, então, tardiamente eles entenderão, quão pouco essas coisas valem.

Para efeito de bens que não são biodegradáveis, temos na salvação, no embelezamento interior mediante a santificação, coisas que têm valor superno.

Para aquisição desses bens, O Senhor legou a sabedoria espiritual; dom que Ele só faculta aos que ousam andar em retidão; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos.” Prov 2:7

Por isso, a exortação: “Aceitai a minha correção, e não a prata; o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela.” Prov 8:10,11

Os que abraçam a sabedoria Divina, desde já, não carecem esperar o fim dos dias para saber quão justa é a ira do juízo que se avizinha.

sábado, 14 de outubro de 2023

A intercessão


“... é Cristo quem morreu, ou antes, ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus e intercede por nós.” Rom 8:34

A intercessão, passados mais de dois milênios dos ensinos de Cristo, ainda não é devidamente entendida.

Por ocasião do dia da “Senhora Aparecida” ouvi um sermão dum padre defendendo-a como nossa intercessora. Usou exemplos da intercessão de Moisés, para demonstrar a eficácia da mesma; depois, pontuou que alguns, (me incluo nesses) diriam que Moisés orou enquanto vivo; porém, pontuou, os que creem em Cristo, estão todos vivos, mesmo após a morte.

Fundiu a vida espiritual, salvação, com a existência terrena, como fossem a mesma coisa. Que Deus não é Deus de mortos, mas, de vivos, isso é ensino Bíblico; porém, a morte do corpo é inevitável, mesmo para os salvos; “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Heb 9;27

“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, tampouco, terão eles, recompensa; mas sua memória fica entregue ao esquecimento. Também seu amor, ódio, e inveja já pereceram; não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” Ecl 9;5 e 6

Os salvos terão seu galardão no além; “debaixo do sol”, nas coisas atinentes a essa vida, nada mais fica ao alcance deles. Depois da morte, como vimos, o juízo, não a sina de intercessores.

Enquanto vivos, podemos e devemos orar uns pelos outros. Depois da morte, nem os mais hábeis contorcionistas teológicos forjarão alguma pista de que se deva fazer isso. “... A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” Is 8:19

O problema maior com esses supostos intercessores, não é sobre eles estarem vivos ou não; os salvos estão. Mas, a blasfêmia reside em se considerá-los, como deuses. Como assim?

Imaginemos que, alguém ore a “Aparecida” aqui no Rio Grande dos Sul pela manhã; no mesmo horário outros o façam, um em Natal, outro Aracaju, outro Fortaleza, etc. Ao qual dos pedintes ela ouvirá? Se, apenas a um, será parcial, terá feito acepção de pessoas; se, a todos, terá que estar em todos os lugares ao mesmo tempo, para poder ouvi-los. Assim, teria Onipresença, que só Deus tem.

Citou ainda o criticado frei, a passagem das bodas de Caná, onde, Maria disse aos servos de Cristo: “Fazei tudo oque Ele vos disser.”

Pois, Ele disse algo também, sobre intercessão. “... Eu vos escolhi e nomeei, para que vades e deis fruto, e vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em ‘Meu Nome’ pedirdes ao Pai Ele vos conceda.” João 15:16 Notemos que, as petições devem ser no Nome Dele, diretas ao Pai, não na caixa postal de um suposto intercessor.

Porém, o vigário fez um novo contorcionismo, citou um texto clássico; “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2:5

Anexou passagens que referem a Cristo como o Cabeça e a Igreja como Seu Corpo na terra; assim, pedindo através de um santo da igreja, estaria o pedinte, rogando em Nome de Jesus, será?

De novo, fingindo mediocridade intelectual considerou iguais, coisas que são diferentes. Quando A Palavra diz que Cristo É O Cabeça, é uma metáfora, significando que É Ele quem dirige; quem tem autoridade. Quando figura a igreja como Seu corpo, além de abarcar a área de Sua influência, pressupõe que os membros do corpo farão exatamente o que A Cabeça ordena, não darão ouvidos a cabeças alternativas que ousarão trazer coisas diferentes. Os teólogos chamam a isso de “Corpo místico” de Cristo.

Como vimos acima, o Único intercessor válido é “Jesus Cristo homem,” não, místico.

Sem contar que a tal de Aparecida não tem nada a ver com Maria, a santa escolhida pelo Eterno para gerar Jesus Cristo. Trata-se de uma estatueta trazida pelos escravos africanos, usada em seus ritos, que perdida nas águas do rio Paraíba, foi casualmente pega na rede de um pescador; o que a febre humana fez com isso, tem a ver com essa febre, não com a vontade Divina.

Invés duma incursão pelas veredas da vida espiritual em busca da verdade, como faria um de alma filosófica, o seu vigário caminhou pelas calculadas raias do sofisma, evitando meticulosamente, qualquer indício que o desviasse de seu objetivo prévio; a afirmação de um dogma espúrio, coberto de artifícios tantos, de modo a se parecer com um ensino bíblico.

Aos que agem assim, vale a reprimenda do Senhor aos sofistas dos Seus dias: “Ai de vós... hipócritas! Pois, fechais aos homens o Reino dos Céus; nem vós entrais nem deixais, aos que estão entrando.” Mat 23:13

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Os pacificadores



“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” Mat 5;9

O que é um pacificador? Há diferença entre o pacífico, o pacifista, e o pacificador. O primeiro, é alguém de índole mansa, que invés de albergar no íntimo um revide imediato às ofensas, prefere dar tempo, sofrer o dano até, tendo sua paz como bem maior, que, eventualmente rechaçar uma agressão recebida.

O pacifista é o que tem uma visão de mundo, avessa ao belicismo, às guerras; se pudesse, acabaria com todas, mediante a diplomacia; patrocinaria vários acordos, tendo em vista o que julga ser o bem maior; a paz.

O pacificador, é um promotor da paz, no momento e no ambiente em que essa não existe. Não age preventivamente visando evitar conflitos; antes, intervém durante os mesmos, visando desfazê-los.

Segundo a Bíblia as guerras nascem pela cobiça incontrolável que o homem tem, de possuir o alheio; sempre colam um rótulo virtuoso, “libertação, resistência”... para efeito de opinião pública; mas, no fundo sabem que não se trata disso.

Embora um dos nomes atribuídos A Jesus Cristo, seja: “Príncipe da Paz”, Ele não veio pretendendo ser um “pacificador” nos moldes mundanos. Fez questão de afirmar que a Sua Paz era diferente; “... Deixo-vos a paz, Minha paz vos dou; não vos dou como o mundo a dá.” João 14:27

A Paz que Ele trouxe reconcilia ao homem com Deus; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19

Essa, invés de reflexos pacíficos nas relações interpessoais, muitas vezes traz divisão. Os próprios familiares, não raro, se revoltam quando um se entrega a Cristo; “Não cuideis que Vim trazer a paz à terra; não Vim trazer paz, mas espada; porque Eu Vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra; assim os inimigos do homem serão seus familiares.” Mat 10:34 a 36

A paz com Deus requer que deixemos nossa antiga maneira de viver, tendo, nos arrependido, e confessado nossos erros; doravante, andemos segundo O Príncipe da Paz.
Ele condicionou o descanso das nossas almas, a tomarmos Seu Jugo; submissão e obediência incondicional ao Pai; “... O Pai não Me tem deixado só, porque faço sempre o que Lhe agrada.” João 8:29

Cada vez que assoma um conflito bélico, como agora temos dois de grande monta, Rússia x Ucrânia e Israel X Hamas, os pacifistas saem das suas tocas especulando motivos e propondo soluções, sempre do lado de fora, d’onde o problema está.

O coração humano e suas perversidades decorrentes de estar ele em inimizade com Deus, pelas muitas injustiças que perpetra ou aprova, usurpando um lugar que deveria ser do “Príncipe da Paz.”

Alguns, com objetivo bem definido especulam que as religiões são as causas das guerras; assim, unificando-as, num global acordo de não discordar, (todos estariam certos) saem defendendo o ecumenismo, onde cada deturpação maligna ou humana seria colocada em pé de igualdade com Jesus Cristo, O Único, que reconcilia com o Pai.

Nada mais radical, seletivo, exclusivista, que A Palavra de Deus; “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim”. Jo 14;6

O Eterno, embora seja “O Senhor dos Exércitos”, ama paz; ordena que, vivamos nela, e oremos pela sua prevalência; todavia, não a tem como um valor supremo que abafe cobras e lagartos para estabelecer; antes, pontua: “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Isaías 32:17

Então, onde a injustiça ainda campeia, malgrado o feito de Cristo para abrir caminho à salvação, muitos pretendem ser salvos por caminhos espúrios, a paz com Deus não pode encontrar assento. O mundo não convertido segue em guerra contra Ele. As guerras horizontais são consequências daquela.

Se, nos tendo reconciliado Consigo, mediante Cristo, O Eterno “pôs em nós a Palavra da reconciliação”, vivendo nós, de um modo probo, anunciando à Palavra que reconcilia, somos feitos, Nele, pacificadores; promotores da paz, onde ela inda está ausente.

Não significa que sejamos aquilatados como tais, nesse mundo egoísta, sem noção; a recompensa dos pacificadores será na eternidade; “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; os que a muitos ensinam justiça, como as estrelas sempre e eternamente.” Dn 12:3

Todas as guerras são tristes, deletérias, lamentáveis; mas, só a que nos indispõe contra O Eterno, coloca tudo a perder. “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer... temei Àquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12:4,5