terça-feira, 17 de outubro de 2023

O tempo bom


“Gritou o rei com força, que se introduzissem astrólogos, caldeus e adivinhadores; e falou... : Qualquer que ler este escrito, e me declarar sua interpretação, será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e, no reino, será o terceiro governante.” Dan 5:7

Durante uma orgia em Babilônia, uma mão misteriosa apareceu escrevendo certas palavras enigmáticas na parede do palácio e o rei, Belsazar teve essa reação.

“... gritou com força...” estivera desperdiçando forças com mulheres e bebidas, usando-as para pecar. Manifestando gratidão a quem nada tinha a ver com elas. Usaram às taças de ouro tiradas do templo do Deus Vivo, em Jerusalém, e “... deram louvores aos deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e de pedra.” Dan 5:4

Nessas horas, quando a vida parece estar em jogo e coisas extraordinárias acontecem, mesmo os sem noção que fazem oferendas aos bibelôs vários, e, quando advertidos disso protestam: “Respeite minha religião”, nessa hora, até eles se voltam ao Deus Vivo, em busca de socorro, pois, no fundo sabem que seus espantalhos nada podem. Quando a terra treme, até o ateu grita: Meu Deus!

Por que, só nessas horas? “Devemos reparar o telhado quando o sol está brilhando.” John Kennedy

Os descuidados pensam nisso apenas quando as goteiras incomodam.

O rei, por não ter escolhido uma vida espiritual sadia, em tempos de calmaria, na iminência da tempestade, “atirou para todo lado.” “... que se introduzissem os astrólogos, caldeus e adivinhadores...” Quem não tem O Único Deus, precisa de muitos.

Como os bibelôs atuais, aqueles também só “serviam” nas horas de calmaria, onde podiam jogar com seus enganos e falcatruas; num caso de emergência, mostraram as inutilidades que eram. “Então entraram todos os sábios do rei; mas, não puderam ler o escrito, nem fazer saber sua interpretação.” V 8

Por fim, a mãe do rei lembrou-o da existência do servo de Deus, Daniel; “Há no teu reino um homem, no qual há o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai se achou nele luz, inteligência, sabedoria, como a sabedoria dos deuses...” V 11

Um rei que se ocupa mais com futilidades, bebedeiras e idolatrias, desperdiça tempo e energia nessas coisas, perde de saber o que existe sob seu domínio; embora sendo seu dever conhecer coisas importantes assim, relapso, ignora-as; carece ser informado por outro. Eram coisas “antigas”, dos dias do pai dele.

Quantos atualmente agem assim? Desperdiçam tempo e energia em futilidades pecaminosas; quando alguém tenta ensinar algo, presto se irritam contra quem quer “se meter nas suas vidas”.

Há muitos casos de pessoas que zombaram dos pastores, em seus dias de “tempo bom”; buscaram-nos depois, por ocasião dos autos fúnebres, dos que jogaram suas vidas fora, onde uma palavra de esperança parecia necessária, embora, fosse tarde demais.

“Enquanto se diz, hoje; se ouvirdes Sua Voz, (de Deus) não endureçais vossos corações".

Ante Daniel o rei acenou sua oferta: “... se puderes ler este escrito, e fazer-me saber sua interpretação, serás vestido de púrpura, e terás cadeia de ouro ao pescoço...” v 16

Quem está acostumado com ídolos inúteis que precisam de “oferendas” para trabalhar, natural pensar que seu dinheiro compre Deus, também. Muitos falam nas filosofias de botecos sobre as coisas que o dinheiro não compra. Pois, nos domínios do espírito, não compra nada. Supor isso atrai maldição; “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.” Atos 8:20

Daniel se esquivou desse ídolo da cobiça humana também. “... As tuas dádivas fiquem contigo, e dá teus prêmios a outro; contudo lerei ao rei o escrito, e far-lhe-ei saber a interpretação.” V 17

A mensagem interpretada por Daniel falava das culpas do rei; do fim do reinado dele; da divisão do reino e entrega aos medos e persas; o que se cumpriu na mesma noite, junto com a morte do profano e ímpio Belsazar.

Havia um homem santo em seu reino, por meio do qual, O Eterno falava; o que ele fazia? Se achegava aos ídolos mudos, fica mais fácil que ter que ouvir algo, que, eventualmente desagrada. “... destes louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” V 23

É mais fácil, produtivo, silenciar e ouvir, quando é o tempo oportuno, que, “gritar com força” quando for tarde. Aquele escrito não era mais de ensino; era juízo; o tempo de se aprender o rumo é agora. “Quem Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:33

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