quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Maldade em cheque


Frequentemente tenho deparado com uma pergunta que, se, para o vulgo parece extremamente lógica, para o que está no usufruto de alguma luz espiritual, soa sem sentido. Diz: “Se Deus existe, por que há tanta maldade no mundo?”

A existência de Deus, segundo a “lógica” dessa inquirição, deveria trazer, necessariamente, paz, bondade, coexistência harmoniosa entre os homens, como testemunho. Deveríamos estar vendendo saúde, embora nossas almas pudessem estar mortas-vivas, quais zumbis.

A paz de Deus, diferente do mundo, não é efeito de conchavos, negociatas, trocas de interesses escusos; antes, derivada da justiça; “O efeito da justiça será a paz; a operação da justiça, repouso e segurança.” Is 32;17

A que a Justiça de Cristo atuando em nosso favor propicia, reconcilia-nos com Deus, não, necessariamente com o semelhante; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19 Não raro, nos aproximarmos de Deus enseja que se afastem de nós, aqueles que têm medo do significado disso.

Ouse alguém contar, quantos humanos se atrevem à reconciliação com Deus mediante Cristo, e quantos preferem manter a inimizade decorrida do pecado como modo de vida, e logo começará a se aproximar da resposta acerca da maldade no mundo.

Eram “bons tempos” aqueles, onde os ímpios apenas decidiam seguir suas vidas às suas maneiras; agora, como que possuídos por um ódio maior que eles, investem contra os que inda são fiéis a Deus; sua inimizade com O Eterno foi potencializada pela urgência de Satã, que, usa os que lhe obedecem; “... Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, com grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apoc 12;12

Nos dias de Paulo, O Eterno desafiou aos quatro ventos, esperando o surgimento de um inquiridor que fizesses as devidas perguntas, que colocasse a presumida existência e sabedoria Divinas, numa “saia justa”; “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1:20

Desde quando que, a existência Divina significa a negação da vontade do homem? Quem supõe que O Eterno seja um ditador, que impõe mediante coerção, o Seu querer, ainda não sabe nada sobre Ele. Deus mostra a dualidade da vida e desafia à melhor escolha; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30:19

Sua existência deve e pode ser entendida pelas Suas Obras; não por suposta ventura indiscriminada, onde todos colham uvas e azeitonas, mesmo semeando espinhos e cardos.

Os que O conheceram observando os Divinos feitos, preferiram bancar os desentendidos, adorando “deuses” com quais, o convívio fosse mais fácil que as santas exigências do Altíssimo;

“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis, porquanto, tendo conhecido Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças; antes. em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;19 a 22

Notemos que o conhecimento não encontrou obstáculos intelectuais; antes, numa vontade enferma, na qual o homem preferiu seguir à sua maneira fazendo simulacros segundo sua imaginação doentia, imagens; invés de se render ao Todo Poderoso, para o conhecer inda mais.

A idolatria humana segue a todo vapor, criativa como nunca. Atualmente se vende até replicas da “Arca da Aliança”, para as pessoas decorarem suas casas. Pouco mais de cem reais e você receberá em caso, algo que, segundo os que já receberam, além de “muito bonita, confere um ar de espiritualidade ao ambiente.”

Invés de um relacionamento sadio com O Deus Vivo, que demanda conhecer e obedecer Seus preceitos, as pessoas se contentam com um “ar de espiritualidade”, pouco se importando, quais espíritos gravitem nesse ar.

A maldade campeia, porque Deus não a pune de imediato; “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11

Os que perguntam o porquê, da maldade, são os que menos se importam com a reposta. A pergunta retórica é uma tentativa de fuga, de terceirizar o mal, quiçá, culpar Deus, uma vez que não o conseguem ver em si mesmos. “De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3:39

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