sexta-feira, 27 de outubro de 2023

O signo da serpente


“... lançou Arão sua vara diante de Faraó e seus servos, e tornou-se em serpente.” Ex 7;10

Um sinal que O Eterno dera, para fazer ver que era Ele que ordenara a libertação do povo. Porém, “... os magos do Egito fizeram o mesmo, com seus encantamentos.” V 11
Resistência por imitação. Um mal que campeia como nunca. 

O que são os falsos profetas, mestres, milagreiros alienados do Santo, bem como, o famigerado ecumenismo, senão, imitações fajutas, dos que se recusam à obediência devida ao Altíssimo?

Porém, “... a vara de Arão tragou as varas deles.” V 12 Os imitadores do cristianismo seguem fazendo sua encenação; “Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim, estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.” II Tim 3:8 A hora da verdade chegará.

Por que uma serpente como sinal? Foi pela sugestão da serpente, no Paraíso, que o primeiro casal deu assento à desobediência, caindo da plena comunhão, para a escravidão e morte.

Uma vara de pastor na mão de Moisés e Arão se tornar serpente, era um símbolo Divino, fazendo entender, quem conseguisse, que dali em diante, pela mão de um pastor, Moisés, os feitos da serpente poderiam ser dominados, mediante obediência.

Eles deveriam pegar à dita, pela cauda; por quê? Outro simbolismo eloquente. Isaías ensina: “O ancião e o homem de respeito é a cabeça; o profeta que ensina falsidade é a cauda” Is 9:15

Assim, os postulados mentirosos da serpente deveriam ser expostos, a partir da falsidade na qual se ancoravam. A proposta fora de que, desobedecendo, o ser humano daria um salto, deixando de ser apenas homem, tornando-se “como Deus”. A servidão, a escravidão na qual estavam, era uma viva demonstração da falsidade daquilo. Desobediência aprisiona. A Vara do Senhor estava libertando-os.

Quando nas agruras da marcha, rumo à Terra Prometida, os mais inconstantes murmuraram, Deus os entregou de novo, ao domínio da serpente. Muitas surgiram entre os murmuradores, ferindo seletivamente a esses.

Quem acha a Cruz de Cristo, pesada demais para si, e prefere as facilidades da serpente, morre resoluto, enganando-se; porque a serpente costuma anestesiar sua picada, com certo prazer. Usa essa calculada isca aqui, reservando seu anseio de escravizar, para a eternidade.

Naquele caso, vendo o juízo os mais avisados pediram socorro; Deus ordenou, e “Moisés fez uma serpente de metal, e colocou sobre uma haste; sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia.” Num 21:9

Haveria algum poder curador numa imagem? Pior, imagem de serpente? Não. A Bíblica é categórica sobre o “poder” das imagens; “Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem...” Sal 115:5,6
Pesa uma maldição contra os idólatras; “... tornem semelhantes os que fazem, assim como todos que nelas confiam.” V 8

Por que Deus ordenou, então? Para estimular a memória de que, rebelar-se contra Sua Autoridade, é tornar a agir conforme a serpente; entendendo isso, podiam se arrepender e ser perdoados.

Cristo tomou sobre si esse mesmo signo quando disse: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” João 3:14,15

Aqueles, olhando para uma serpente de metal, deveriam recuperar a memória que encorajaria ao arrependimento; igualmente nós, olhando para O Salvador na cruz, devemos ter bem viva a causa; nossos pecados, e as consequências. “O salário do pecado é a morte...” Rom 6;23

Desde a queda foi predito que seria assim; O Eterno disse à serpente que se fizera “amiguinha” da mulher: “Porei inimizade entre ti e a mulher; entre tua semente e sua semente; esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gên 3:15

Se, fisicamente, olhando para a cruz as pessoas viam O “Cordeiro de Deus”, o “Verbo que se fez carne” para nos salvar, espiritualmente também podiam ver a serpente; digo, onde conduz sua rebeldia praticada, quando da própria queda, e aconselhada, quando da queda humana.

Os imitadores de “Moisés” são inumeráveis; porém Aquele que sonda os corações não é ludibriado pelo arranjo fútil das aparências.

Os avessos à cruz perdem-se entre imitações, como os magos de Faraó; não há salvação sem Cristo, nem compromisso com Ele, sem cruz. Paulo sentenciou: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição...” Fil 3:18,19

Nosso “Êxodo” também não é fácil; mas, chegando à “Terra Prometida” esqueceremos das dores; “Porque nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;” II Cor 4:17

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