segunda-feira, 16 de outubro de 2023

O resgate


“Não nos tratou segundo nossos pecados, nem nos recompensou segundo nossas iniquidades.” Sal 103:10 “... Deus exige de ti menos do que merece tua iniquidade.” Jó 11:6

O fato que Deus não toma pela mão aos pecadores, nem tem ao culpado por inocente, pode ensejar uma imagem distorcida Dele, quando, apreciado de modo superficial. Se, O Eterno é rigoroso quanto a não tolerar pecados, é também leniente, misericordioso, “grandioso em perdoar” como disse Isaías, quando, o pecador se arrepende e busca perdão.

Sua aversão à iniquidade tem a ver com a impossibilidade de se achegar a Ele, quem não estiver com a alma devidamente higienizada; “Tu És tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar.” Hc 1;13 Portanto, “Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.” Mat 5;8

Deus não quer “receber até o último centavo” do que lhe devemos; apenas, deseja que reconheçamos nossos erros, confessemos arrependidos, com sincero intento de mudar.

“Pois, Ele conhece nossa estrutura; lembra-se que somos pó.” Sal 103:14 Entretanto, além da busca do perdão para nós, devemos aprender a perdoar, quando a isso rogados, por parte dos que falharam conosco. “Perdoai nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores...”

A Parábola do Filho Pródigo ilustra bem o perdão Divino: O próprio filho reconhecia que nada mais tinha de direitos na casa do pai; sequer ousaria pleitear, uma vez que, a parte que lhe caberia da herança, depois da morte dos pais, se antecipara e desperdiçara tudo. “Faze como um dos seus empregados”, seria o pedido que tencionava apresentar chegando maltrapilho à casa de onde saíra.

Se, fosse tratado como mais um dos empregados, estaria sendo feito justiça; era o que merecia. Contudo, havia um sonho, um propósito que o via como filho, não como empregado. O amor do pai, não a justiça, tinha a última palavra.

Então, contra a lógica, a justiça, a expectativa do irmão mais velho, o filho foi restaurado; pois, dele, o Pai exigia menos do que merecia sua iniquidade. Bastou arrependimento, confissão, e foi perdoado.

Nenhum de nós poderia pagar pela salvação, caso O Senhor quisesse receber; “Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele. Pois a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49:6-8

Pedro seguiu nas mesmas pisadas: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado;” I Pe 1:18,19

As refinadas exigências do Eterno têm a ver com a necessária pureza para frequentarmos os lugares excelsos que preparou para nós. Por isso, “Nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus;” Heb 7:26

A grandeza do resgate não mensura nosso valor como presumem alguns pavões sem noção. Mas, aponta pra perfeição que foi criada, e a intensidade da degeneração, que requereu tão grande preço para poder nos regenerar. Em suma, o alto preço da redenção atina a santificação necessária, e ao Amor, que desconsidera às culpas, pelo prazer de perdoar e restaurar.

Infelizmente, a imensa maioria só terá noção da seriedade e do valor que estão em jogo, quando for tarde demais. Profecias milenares se cumprindo diante dos nossos olhos; sinais preditos insistindo em avisar que o fim se aproxima; as pessoas, alienadas, numa busca suicida por prazeres efêmeros e pecaminosos, invés de rumarem ao Único que pode salvar, Jesus Cristo. Dão-se aos desejos naturais, sem rumo, alvo; quais folhas secas ao sabor do vento; como cantou o bêbado aquele, “Deixa a vida me levar, vida leva eu.”

Quando descobrirem que é a morte que os está levando, e que estão perigosamente confundindo existência, com vida, poderão estar numa distância d’onde já não haja retorno.

Deus requer muito pouco, para nos salvar; muito menos do que merecem as nossas culpas; porém, desse “pouco” não abre mão.

Ou, as pessoas tomam a cruz de Cristo, arrependidas, e vão por Ele, segundo Seus ensinos, ou, não irão. “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

Não que O Eterno seja caprichoso; além de amoroso É sábio. Como não há outro caminho, prescreve O Único possível, desejando que seus filhos, de erradas escolhas, no passado, se arrependam e voltem para casa. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6:23

Nenhum comentário:

Postar um comentário