domingo, 31 de dezembro de 2023

O lugar das coisas


“A quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia.” Gn 15:16

O Eterno explicando a Abraão, como “ele” possuiria a terra; sua descendência, após escravizada por quatrocentos anos, seria liberta, sairia com grandes riquezas em meio ao juízo dos que a escravizariam; então, a terra prometida seria deles.

Antes, se encheria a medida da injustiça dos amorreus, povos que seriam banidos quando a terra fosse dada aos Hebreus.

“Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, com Meu grande poder, e com o Meu braço estendido, e a dou a quem é reto aos Meus olhos.” Jr 27:5

Mesmo podendo banir aos amorreus quando quisesse, esperou que a destruição deles fosse plena de justiça. Em tempo, depois de vetar aos filhos de Abraão, o incesto, adultério, zoofilia e homossexualismo, reiterou: “Com nenhuma destas coisas vos contamineis; porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que expulso de diante de vós. Por isso a terra está contaminada; Eu visito sua iniquidade, e a terra vomita seus moradores.” Lev 18:24,25

Eloquente figura! como se, o modo de viver daqueles povos causasse nojo à própria terra; seu “organismo” os rejeitasse. “... a terra vomita seus moradores.”

A ideia de que os injustos prosperam, enquanto os honestos sofrem, como se verificou, então, nem sempre é devidamente entendida por quem observa.

A impressão que a honra e a virtude são ingenuidade, e que o crime compensa, qual de nós jamais a teve, ainda que, por um momento? Basta olhar para os “grandes” de nossa nação; presto a noção em apreço, tentará albergar-se em nosso íntimo. Quem não tiver sua alma abrigada sob a casamata dos valores, será facilmente bombardeado pelas vantagens da vida “fácil” dos corruptos.

Não raro, lemos semeadura como se fosse colheita, por vermos o tempo desde nossa finita perspectiva. Agur escreveu um cântico analisando essas coisas, que já observava nos seus dias.

“Eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está sua força. Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como outros. Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como adorno.” Sal 73:3-6

Discorreu ainda, sobre a “ventura” dos maus, e a “inutilidade” de ser honesto; “Na verdade que em vão tenho purificado meu coração; lavei minhas mãos na inocência. Pois todo o dia tenho sido afligido, castigado cada manhã.” 73:13,14

Depois refez: “Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a geração dos teus filhos. Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso; até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios; Tu os lanças em destruição.” Vs 15 a 18

O Eterno conhece o fim desde o começo; chama a quem lhe quiser ouvir, ao caminho estreito das renúncias, por saber, onde cada caminho leva. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14:12

O Salvador ensinou: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7:13,14

Circunstâncias são apenas meandros do caminho que nos é proposto; os valores que somos desafiados a abraçar, são a “bagagem” da qual não devemos abrir mão.

As coisas que temos, ou, as que achamos que deveríamos ter, não são determinantes para nossa caminhada; antes, para onde vamos é que importa. “Porque a vida de qualquer um, não consiste na abundância do que possui.” Luc 12:15

O sofrimento tem um aspecto depurativo que muitas vezes é necessário aos Olhos Divinos, em vista da sina que almeja dar-nos; “Te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.” Is 48:10

As únicas desventuras reais, disse alguém, são aquelas com as quais nada aprendemos.

Talvez haja “amorreus” ocupando o lugar que Deus almeja para ti; não se preocupe; uma vez enchidas as medidas, da iniquidade deles, da preparação tua, O Senhor “virará a chave”; as coisas assumirão novos ares. “O justo é libertado da angústia, e vem o ímpio para seu lugar.” Prov 11:8

A visão mundana é que, progredir é conquistar coisas; A Divina, requer que as renunciemos, por amor à Justiça.

Os bens já são todos do Pai; Ele os dá a quem quer; os corações, infelizmente, não; “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6:33

sábado, 30 de dezembro de 2023

A luz interior


“Olhou a um e outro lado, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” Ex 2:12

Moisés, olhou para um e outro lado, antes de socorrer ao hebreu e matar o egípcio; tendo feito isso, escondeu o cadáver na areia, para apagar os rastros; o “crime perfeito.” Desconsiderando as vistas do que fora por ele ajudado; talvez, a gratidão lhe fechasse os olhos.

Quando é necessário esconder a ação, no caso, o assassinato, e depois o “produto”, o assassinado, temos duas “testemunhas” denunciando o mal.

O Salvador ensinou: “... os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3:19,20 O simples carecer esconder é já um qualificativo da atitude.

Estranha “lógica” de não se querer reprovação, estando pronto a praticar coisas réprobas. Como plantar um espinheiro desejando colher uvas. Há muitos “fruticultores” assim; é vasto o pomar da hipocrisia, grande a seara da falsidade.

Testemunhas externas podem ser ludibriadas com certa astúcia mas, resta outra que, deveria ser a primeira; a consciência de quem age. Nessa faculdade do espírito, o Senhor nos vê; “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20:27 Pois, “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4:13

O simples carecer esconder o agir, é uma “necessidade” apresentada pela consciência; na verdade, um veto dizendo antes, que a ação é má, o que, não raro, é ignorado. Paulo disse que tinha uma barreira aí; “... rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia...” II Cor 4:2

Apesar da consciência, a vontade rebelde e decidida convenceu-o que escondendo o mal, estaria tudo bem. Então, a ação requereu o auxílio das trevas; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3:19

Se as pessoas andassem nessa luz que O Criador deixou uma centelha em cada, evitariam quantos males, a si mesmas, e aos semelhantes. “Quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3:21

“Queres saber se os conselhos da noite são bons? Pratique-os durante o dia.” Z. Rossa.

Paulo usara figura semelhante: “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13:12

Como evocaríamos o relato dessa ocular e fiel testemunha, tendo algo a esconder? “Em Cristo digo a verdade, não minto dando-me testemunho minha consciência no Espírito Santo.” Rom 9:1

Esconder externamente, maus passos, geralmente é até fácil; há muitas máscaras, de palavras, até, que servem a esse fim; poderíamos assim, desfilar como seres probos aos olhos da família, sociedade, estando nossas consciências envoltas em sujeira derivada de erros ocultos.

O Sangue de Cristo foi vertido buscando nossa purificação por inteiro, não para que fôssemos feitos atores, capazes de interpretar personagens supostamente, limpos.

Contrapondo Esse ao sangue dos animais oferecidos na Antiga Aliança, a Palavra ensina: “se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, (algo externo) quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heh 9:13,14

A consciência pode ser comparada, a um músculo, quanto à sua dinâmica: Exercitada, se desenvolve; na inércia, atrofia; no caso dela, cauteriza. Quanto mais nos habituamos a ouvir sua voz, mais audível a mesma se faz.

Seus vetos são como cercas a nos proteger, para nos manter nas veredas da fé; “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1:19

O “crime perfeito” de Moisés foi denunciado no dia seguinte; teve que fugir. Seu protegido foi grato por um momento; mudado o interesse, mudou o sentimento. Assim são todos os que se pautam por interesses, invés de valores.

Paulo chamou o aprendizado espiritual de exercício em piedade, e acresceu os benefícios: “O exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4:8

Invés de olhar pros lados, “olhemos” para dentro; “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele...” Is 30:21

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

A arrogância católica


“Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como a nós;” Atos 15:8

O concílio apostólico discutindo o fato novo, de então; os gentios também participarem da Salvação.

A ideia errônea de que eles seriam o “povo santo” para os quais a salvação seria dádiva exclusiva estava sendo desfeita pelo Espírito de Deus. “Em ti, (Abraão) serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3 “Não fez diferença alguma entre eles (gentios) e nós, (judeus) purificando os seus corações pela fé.” Atos 15:9

A ideia de que a salvação seja exclusividade de determinado grupo, padece na orfandade escriturística. A exclusividade é do Salvador; “... ninguém vem ao Pai, senão por Mim”, Jo 14;6 o método de aperfeiçoamento, sempre será A Palavra de Deus. “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119:9

O mesmo Salvador, condicionou a libertação espiritual, à permanência nela; “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8:31,32

Qualquer grupo que se pretenda, “agência exclusiva do Reino dos Céus”, é herege; é seita. Inclusive, a maior de todas que, jacta-se: “Fora de Igreja Católica, não há salvação”.

Invés de Cristo e Sua Palavra, como Ele ensina, a salvação migraria para uma instituição, malgrado, essa afronte inúmeras coisas reveladas por Deus?

Apesar de, todas as concessões que O Vaticano faz ao islamismo, com seus ensinos de matar todos os “infiéis”, ao comunismo, inclusive permitindo que o PCC fiscalize e aprove ou não, a escolha de bispos na China, agora, o “upgrade” do momento na arte de agradar o mundo ímpio: A autorização para se abençoar uniões homoafetivas. Ainda assim, a única coisa espiritualmente sadia na terra, seriam eles?

Um cisma ameaça-os, pois, a CNBB e o Vaticano, nas mãos de comunistas disfarçados de ministros do Evangelho, (a maioria nem se disfarça mais) destoa das bases; grande número de padres e alguns bispos até, se opõem a essas inovações, na direção oposta À Palavra.

Certo padre da Amazônia, após denunciar o “Colonialismo” dos que ensinaram a fé tradicional, imediatamente foi promovido a bispo auxiliar da Diocese. Andando no mesmo espírito ecumenista do Vaticano, as portas se abrem.

Todos os credos, mesmo a pajelança, são considerados manifestações espirituais válidas, nada mais é condenável, desde que todos se unam. Mas, se fora de referida Igreja não há salvação, invés de união, cada um a sua maneira, não teriam as pessoas que abandonarem suas crenças e abraçarem ao catolicismo?

Diziam; ninguém escapa estando fora; depois, todos estão certos, desde que se unam?? Que vergonha!! Que obscenidade moral e espiritual! que gente sem valor, pautada por interesses rasos, invés de servir a Deus!

Eles têm seus templos repletos de “santos” como chamam aqueles aos quais se atribuem dois ou mais milagres após a morte; os santos bíblicos são desafiados a sê-lo em vida; “Segui a paz com todos, e a santificação, sem qual, ninguém verá O Senhor.” Heb 12;14 O que a Bíblia conceitua como santidade, não é poder de fazer sinais espirituais, senão, o diabo seria santo.

A santidade prescrita é separação de tudo o que ofende a Deus; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Invés de se separarem para O Senhor, pretendem se unir para o poder político; seriam um canal de salvação; o único?

Deus sonda corações; Ele mesmo testifica dos que lhe pertencem. “... deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo...”

Sei que estou sendo mais incisivo que o normal, mas estou cansado dessa balela exclusivista, de gente que nem entre eles consegue se entender, dados os interesses espúrios que grassam em seu meio, e pretendem ser referencial para quem leva a sério O Deus Vivo e Sua Palavra. Não têm espelhos?

Sei que somos, os “protestantes”, acusados de basear tudo na Bíblia, alheios à tradição e ao “Magistério da Igreja”, como eles dizem. Essa acusação é verdadeira.

Porém, há em nosso meio muitos falsários, mercenários, ladrões. Não defendemos o protestantismo, como ambiente dedetizado, sem carunchos. Mas, há muitos que temem ao Senhor, e O servem com integridade entre as várias denominações.

O Eterno mesmo diz que não buscará em instituições, antes, em certo valor que lhe apraz: “Meus olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101:6

Noutra parte diz o que fazem os fiéis: “O que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:33 Como ouviremos, senão, através da Sua Palavra?

Os "influencers"


“Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ec 8:11

Porque não são punidos de imediato, os réprobos diante de Deus, continuam agindo da mesma forma, confiados que estão certos. Fosse um governante humano que sentenciasse à morte, sua sentença seria encerrada com, “cumpra-se!” Deus é longânime.

Ele explica Seus motivos em ser “lento”. “... Vivo Eu, diz O Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33:11

Daniel, chamado a interpretar um sonho do rei babilônio Nabucodonosor, mesmo perturbado ante os riscos da missão, entregou fielmente, o que entendera pelo Espírito de Deus; severo juízo.

“Serás tirado dentre os homens, tua morada será com os animais do campo; te farão comer erva como os bois e serás molhado do orvalho do céu; passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e dá a quem quer. Quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina. Portanto, ó rei, aceita meu conselho, põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniquidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue tua tranquilidade.” Dn 4:25-27

A tranquilidade do rei se prolongou por um ano; tempo que teve para reconsiderar e se arrepender; mas, seguia do mesmo modo. Então, enquanto estava polindo seu orgulho com o verniz da exaltação, a sentença se cumpriu.

“Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; foi tirado dentre os homens e comia erva como os bois...” Dn 4:33

Desse incidente alguém criou um jogo de palavras: “Deus, tanto pode tirar dentre os pastos e colocar no trono, como fez com Davi, quanto, tirar do trono e mandar pastar, como fez com Nabucodonosor.”

Repercute o suicídio do “influencer” PC Siqueira. Confesso que não o conhecia. Não conheço, por não assistir a nenhum dito “influencer”. Mas, dada a tragédia, nuances de sua vida vieram à tona.

Era alguém que blasfemava de Deus, e Seus seguidores; ao mesmo tempo que tecia elogios à oposição. Teria se referido ao Altíssimo com palavras de baixo calão, cuja simples repetição seria impensável a um servo Dele.

Sua queda foi aos poucos; primeiro a riqueza foi dilapidada; depois seu nome esteve no submundo durante séria investigação da Polícia Federal; então a namorada o deixou; finamente a saúde também. Processo lento de esvaziamento do orgulho e revelação da insignificância do inimigo; porque Deus estava dando oportunidade para que ele se arrependesse.

Não importa o que alguém tenha feito, dito; “Deus É Grandioso em perdoar;” como ensinou Isaías. Por isso, antes da sentença tenta persuadir aos que se lhe opõem, porque os deseja salvar.

Como o “socorro” espiritual escolhido fora o inimigo, na hora de extrema crise, sugerir o suicídio, foi o que o canhoto conseguiu. Lamentável. Jesus ensina: “O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenhais vida...” Jo 10;10

Quando, O Eterno ameaça, com Sua Tempestade destruidora, ainda assim, o faz em amor, desejando que as pessoas reconsiderem, como aconteceu em Nínive; O Senhor enviara uma sentença de destruição; ninivitas se arrependeram e mudaram; Ele não fez.

No futebol, quando uma equipe não consegue o resultado que precisa nos 90 minutos regulamentares, mas, o árbitro dá generoso acréscimo, sete minutos; esse é o tempo que pode servir para alcançar o objetivo. A longanimidade Divina é o acréscimo que O Santo dá; pois, os apelos do Seu Amor, restringem por um pouco, as demandas da justiça.

Pedro mencionou os que zombam da volta de Cristo, pois ela não acontece “nunca”; “... Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3:4 Depois, interpretou: “O Senhor não retarda Sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas, é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham arrepender-se.” V 9

Enfim, há apenas dois “Influencers”; o resto são desdobramentos de um e outro. O Bendito Espírito Santo, tenta persuadir ao arrependimento e conversão, aos que influencia; o canhoto, arrastar pra morte, àqueles que lhe ouvem.

A demora Divina em punir aos errados de espírito não é fraqueza, é amor; porém, “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29:1

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

A escolha de mestres


“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4:3 e 4

O que faria insuportável a sã doutrina? A natureza humana tende à lei do menor esforço. Por que eu pagaria um preço sisudo em renúncias, separação, consagração, se poderia obter os mesmos resultados vivendo à minha maneira? Seria meio masoquista eu pretender fazer “mais que o necessário”.

“... tendo comichão nos ouvidos...” Além das causas mais comuns, alergias, urticária, problemas de fígado, e rins, segundo especialistas, comichões também podem ter causas mentais, como ansiedade, perturbação excessiva...

Na “comichão nos ouvidos”, por ensinos “convenientes”, parece natural que as causas sejam mentais. Basta alguém soprar tenuemente, que, em determinada denominação se pode “servir a Deus” sem tanto rigor, exigências como na “Sã Doutrina”, e pronto; lá vai mais um incauto a buscar “alívio” para suas recém sentidas comichões.

Paulo ensinou que o antídoto seria a edificação; devemos ser, “... à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor, por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4:13,14

“... amontoarão para si doutores...”
duas coisas que não acontecem com servos idôneos; ninguém os tem “para si”; consagram-se a Deus, não aos anseios de gente que quer usar o Nome Santo, sem a cruz; e não são encontráveis aos montes, infelizmente.

Nos dias de Elias, ele pelejou só, contra 450; dentro de pequena “margem de erro” a coisa se mantém, infelizmente. Leprosos com poses e pretensões de ministros existe aos montes; “profetas” que difundem o que Deus “lhes mostrou”, sem estudarem o que Ele revelou, também; agora, gente séria afeita à probidade e fidelidade, é coisa rara.

Alguém se coça por mensageiros de facilidades, que centralizem a Obra de Deus no homem, como se esse fosse algo muito importante? Temos uma pletora de “Coachs” a embalar os berços da impiedade, para que os ímpios durmam sonhando que pertencem ao Santo, sem santificarem-se; que podem ser salvos sem cruz; nos dias de Paulo foi assim. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles; só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3:18,19

Se os pruridos são pela promoção do materialismo, outro tanto de mercenários dará um passo a frente, fazendo parecer que O Altíssimo é mercador de bênçãos; que deixou na Sua Palavra, “macetes” para que amontoássemos metais; não é o ensino; “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” I Tim 6:7,8

Alguém deseja celebrar “gospelmente” o Natal pagão, com Noel, comes e bebes, presentes, sem Cristo? Logo surgirá uma “constelação” de mestres descolados, que depois de um contorcionismo de trinta minutos, ressalvando o espírito, o sentido, a intenção, isso ou aquilo, dirão que é válido, que tudo bem. Aquilo que precisa muitos artifícios para burlar as defesas para ser feito, por homens prudentes não deve ser.

Um amante do dinheiro quer “provar” que o dízimo foi abolido e não está valendo mais? Outra classe inteira de “mestres” assomará, usando os mesmos métodos dos “Natalinos” distorcendo cá, omitindo acolá, usando acusações verazes de gente que malversa coisas santas, como se isso fosse argumento do assunto em questão, e logo “provarão” que se pode ser “igreja” sem congregar; fruir bênçãos sem reconhecer o abençoador.

Outrem tem um parente gay e precisa “cristianizá-lo”? Emergirão do subsolo hermenêutico, muitos “teólogos liberais” e presto substituirão o preto no branco da Santa Mensagem, pelas alegres cores do Arco Íris.

Invés de ser uma mensagem para confronto e mudança de vida, arrependimento e santificação, para sermos salvos e viver de modo agradável a Deus, O Evangelho acaba castrado, para agradar ímpios paladares.

o setor de produção de conteúdo do Inferno não desliga suas máquinas; em tempo integral polui o mundo, sobretudo, nos lugares onde a sujeira deveria ser combatida. Onde se menciona a Palavra de Deus.

Não obstantes os avisos contra as sutilezas e ardis do inimigo, que, se transfigura em anjo de luz, e seus ministros em ministros de justiça, muitos sonolentos preferem a amplidão enganosa das doutrinas sob encomenda, a pagarem o preço em renúncia e submissão, entrando pela “porta estreita”, rumo à Pérola de Grande Valor.

“Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.” Leon Tolstoi

Os dízimos


Sob a imagem de um homem pensativo a seguinte legenda: “A pensar por que Deus, Criador de milhares de galáxias, precisa de dez por cento do seu salário.”

Parece extremamente eloquente, uma terra arrasada contra a instituição do dízimo. Os amantes do dinheiro e alienados da Palavra de Deus saem rindo satisfeitos após lerem uma “pérola” assim. No entanto, “O que começa um pleito, a princípio parece justo, porém vem seu próximo e o examina.” Prov 18:17

Pois, examinemos a frase. Que O Criador é imensamente rico, de nada tem falta, Ele mesmo afirma; “... Meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; Minhas são todas as feras do campo. Se tivesse fome, não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude.” Sal 50:10 a 12

Quem disse que as coisas que Deus nos ordena, o faz porque necessita? Embora O Eterno se importe com nossas escolhas, porque nos ama e não quer que, nos percamos; nossas opções, sejas justas ou ímpias, não o atingem diretamente.

“Atenta para os céus, e vê; contempla as mais altas nuvens, que são mais altas do que tu. Se pecares, que efetuarás contra Ele? Se tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele da tua mão? Tua impiedade faria mal a outro como tu; e tua justiça aproveitaria ao filho do homem.” Jó 35:5 a 8

Suas Leis visam implementar justiça e verdade nas relações interpessoais; Ele não precisa que sejamos justos, santos, mas deseja; do povo da Antiga Aliança, queixou-se: “... esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; esperou justiça, eis aqui clamor.” Is 5:7

A finalidade primeira do dízimo é a provisão dos meios para que Sua Obra prossiga: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa...” 3:10 Não poderia O Senhor que é riquíssimo prover, sem a “nossa” grana. Tudo que há na terra é dele; se quis assim, com a nossa participação, deve ter Seus motivos.

Não é uma carga vã; pois, em contrapartida O Senhor se responsabiliza em abençoar os fiéis; “... fazei prova de Mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para recolherdes.” Ml 3;10

Não é um meio de salvação, mas, a oportunidade de mostrarmos nosso amor pela Obra do Senhor. Quem não quiser, nas igrejas sérias, não é obrigado. Porém a colheita de cada um será, necessariamente, conforme a semeadura.

Secundariamente, o dízimo obra a profilaxia contra o amor ao dinheiro. “... os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6:9 a 11

Se o dinheiro for apenas algo paralelo, cuja administração não interfere no bom relacionamento com o Criador, sem problemas. Quando de torna um rival, precisamos fazer uma escolha; “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mat 6:24

Os que esculacham dos que dão dez por cento de seus ganhos na Obra de Deus, jamais levantam a voz contra os desperdícios de bebedeiras, drogas e prostituições, que vislumbram ao redor. Não se trata de zelo econômico, pois; antes, de tentar justificar a incredulidade; envernizar como probas, às escolhas mesquinhas.

É certo que há muitos “marajás da fé”, mercenários mercadores de bênçãos, coisas abomináveis ante O Eterno, que deitam e rolam usando O Nome do Senhor. Ele os julgará. Muitos, ainda nessa vida. Todavia, o homem honesto não usa o fato de O Presidente ser um ladrão, para sonegar impostos. Quem toma como parâmetros comportamentais, aos maus, justifica-os.

Esse lavar-se com lama, não apenas não limpa, como ainda tolhe a autoridade moral, para denunciar aos que agem assim.

Os que servem ao Senhor com integridade, estão “armados até os dentes”, para devido enfrentamento aos jaguares do inimigo, que rosnam na arena dos argumentos falaciosos.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10:4,5

A Casa de Deus


“... Este povo diz: Não veio ainda o tempo, em que a casa do Senhor deve ser edificada.” Ageu 1:2

Para a casa de cada um deles era tempo, como o mesmo profeta denunciou: “Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta?” v 4

O desleixo, o deixar para lá as coisas espirituais estava tendo consequências; “Esperastes muito, mas veio a ser pouco; esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro. Por que causa? disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da Minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa.” V 9

Voltaram de um cativeiro de 70 anos, sob os Babilônios, depois, os persas; vieram com intento de edificarem o Templo do Senhor, como um sinal de reconciliação com Ele; após terem posto as fundações, dadas algumas adversidades, abandonaram a obra, e cada um se ocupou das próprias coisas deixando pra lá, as do Senhor.

O Eterno exortou a terminarem o que haviam começado, para ser abençoados. “Subi ao monte, trazei madeira, edificai a casa; dela me agradarei, serei glorificado, diz O Senhor.” V 8 “O Senhor suscitou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo o restante do povo; eles vieram e fizeram a obra na casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus;” v 14

Após o Advento do Salvador, os “templos” são outros, uma vez que, a adoração requerida não se vincula a um ponto geográfico, antes, a um modo, uma essência; “Deus é Espírito, importa que os que O adoram, adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:24

O preenchimento desses dois requisitos, espírito e verdade, é a forma esperada pelo Santo, como correspondência ao Seu Amor; “... Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra, e meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14:23

A edificação dos novos templos, pois, invés de colocar estrategicamente, pedra sobre pedra, observando esquadro, prumo e nível, é um aprendizado prático da Santa Palavra que nos edifica.

Paulo alistou os dons na área do ensino, e o objetivo pelo qual eles foram dados; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação...” Ef 4:11,12

Quando, deixamos as coisas de nossos interesses pessoais tomarem a dianteira, relegamos ao descaso as espirituais; o lazer ou a aquisição de bens sobrepuja a nossa vida com Deus; ou, no afã pelas nossas coisas, as desconsideramos até, incorremos no mesmo erro dos coevos de Ageu. Cada um se apressava à sua casa, ao seu conforto, deixando deserta, abandonada, a Casa do Senhor.

Pedro, que o catolicismo convenientemente confunde com a Pedra Angular da Igreja, ele mesmo disse que é Cristo; (Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. Atos 4:11) coloca cada um de nós como uma partícula que deve ser edificada para fazer boa figura no todo; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2:5

Quando deixamos as coisas de Deus em segundo plano, para fazermos se nos “sobrar tempo”, descumprimos o primeiro e mais importante dos mandamentos; “Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.” Mat 22:37,38

Se, meu coração, alma e pensamento estão no Senhor, como eu poderia deixar as coisas Dele em segundo plano?

Nos dias de Ageu, a contrariedade do Eterno se manifestava na diminuição das posses, da colheita e dos animais, visto o egoísmo de então.

Agora, no ministério do espírito, as coisas são diferentes. A pessoa até pode ser “próspera” materialmente, e ser uma indigente espiritual, morta até; “... Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer um não consiste na abundância do que possui.” Luc 12:15

Quando O Salvador prometeu “vida com abundância” aos Seus, pois, falou da fartura de vida; eterna. Não, de vida com facilidades, antes, advertiu: “No mundo tereis aflições...”

No prisma das posses Paulo ensinou: “... estou instruído, tanto, ter fartura, quanto, ter fome; tanto, ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4:12,13

O risco de não edificarmos à “Casa de Deus” enquanto podemos, é que passe a vez; só percebamos quando for tarde demais; “Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos.” Jr 8:20

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Divina aversão

 

"Mas vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59:2

Depois de afirmar que a Mão do Senhor não está encolhida, nem o Ouvido Divino está doente, o profeta expôs o motivo pelo qual O Eterno não os ouvia.

“... vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós...” Isso remete-nos a Habacuque: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” Hc 1:13

Sendo necessário expor o motivo pelo qual O Senhor não os ouvia, inevitável a conclusão que eles oravam.

Não que um pecador não possa orar a Ele; se assim fosse, ninguém poderia. Porém, quem pretende ter intimidade com O Senhor vivendo de qualquer maneira, acrescenta aos seus muitos pecados, a profanação do Nome Santo. Nos dias de Malaquias, levavam animais defeituosos para o sacrifício.

Se, O Eterno validasse abençoando, aos de comportamento maus, que mensagem anexaria à Sua bênção? Os que ofereciam um culto preguiçoso, trazendo animais imperfeitos, foram assim denunciados: “Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, seu produto, isto é, sua comida é desprezível.” Ml 1:12 Certas coisas, não é necessário dizer; nossas atitudes mostram.

Embora O Senhor ouça e socorra pecadores arrependidos, aos rebeldes rechaça, como bem sabia o cego de nascença que Jesus curou. “Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz Sua vontade, a esse ouve.” Jo 9:31

O mesmo Isaías denunciara a oposição do Senhor aos rebeldes. “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63:10

“Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:32,33

Antes do nosso culto, o Senhor olha para nosso viver, em todos os lugares que andamos. No caso daqueles, dos dias de Malaquias, as pessoas, causavam aversão ao Santo, além dos sacrifícios defeituosos que ofereciam. “Quem há também entre vós que feche as portas por nada, não acenda debalde o fogo do Meu altar? Não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão.” Ml 1:10

É uma temeridade insana oramos ao Senhor para que Ele resolva nossos problemas, sem termos noção que nosso relacionamento com Ele carece de um concerto, antes. Deus sonda os corações e conhece nossas intenções; mesmo estando certas as palavras de nossos rogos, nos desprezará, se o espírito, as intenções estiverem erradas. 

Antes de mudar as circunstâncias do homem pecador, O Eterno quer, lhe mudar o caráter; regenerar. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere O Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Invés da urgente e necessária reconciliação mediante Cristo, os que sonegam a mensagem do Evangelho genuíno, colocam no lugar um “utilitarismo religioso”, onde a impiedade que aliena ao homem do Santo não é tratada; a temeridade que leva o pecador a presumir que O Eterno o servirá, apenas porque ele deseja muito e se dispõe a pagar por isso, é acoroçoada.

“Se Eu tivesse fome, não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude. Comerei Eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes? Oferece a Deus sacrifício de louvor, paga ao Altíssimo os teus votos.” Sal 50:12-14

Como ofereceria sacrifícios de louvores, quem ainda não provou a bendita libertação em Cristo, pela qual, todos os louvores são devidos ao Eterno? Quem ainda não usufrui a salvação, como poderia ser grato por ela?

Se ainda são as “coisas velhas”, os bens terrenos que movem aos tais religiosos, são apenas isso, religiosos; não estão em Cristo. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5:17

O Senhor não envelheceu, tampouco, deixou de ser Santo; essa balela modernista de que os tempos são outros, apenas são vernizes suicidas disfarçando que os homens são outros, bem piores, embora, O Altíssimo seja O Mesmo. No Salvador também não há mudança, nem sombra de variação. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente".

Se, os religiosos ímpios dos dias de Isaías, foram rejeitados pelo Senhor, não será diferente com os de hoje, mais culpados que aqueles, por terem muito mais vasto conhecimento do Criador.

Embora se coloque muita ênfase na fé, como se, ela bastasse; a fé que não crer nas prescrições e advertência para um viver agradável ao Santo, também não perca tempo reivindicando promessas.

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Fogo roubado


“Quem come do fruto do conhecimento, sempre é expulso de algum paraíso.” Melanie Klein

Não há dúvida que, quem deixa os círculos da mediocridade buscando o conhecimento acaba sendo excluído quase que, automaticamente, de ambientes rasos; porque esses, são refratários a quaisquer feixes, de luz. Dizem que nos tornamos metidos, presunçosos, arrogantes. Não; apenas inadequados ao antigo meio.

Porque há “paraísos” onde a ignorância é a maior ventura. Onde se sabe pouco e ainda têm raiva de quem sabe, como dizem. A “moral” de que, o que os olhos não veem, o coração não sente; ou, o outro lado da moeda no dito de Salomão: “Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.” Ecl 1:18 essas visões acusam os “males” do conhecimento. 

Assim, o fruto do conhecimento digerido, expulsaria seus comensais do “Éden” indolor da ignorância, rumo à dolorosa sina de ver melhor.

No entanto, nas entrelinhas da ideia inicial, está o mito de “Prometeu”, de uma criação paralela, vestindo à queda humana com roupas bonitas, onde foi dado ao inimigo, que seduziu o primeiro casal rumo à desobediência, aquele nome mitológico.

“O fogo que Prometeu roubou aos deuses e pelo qual foi condenado, representa o conhecimento humano. Mas também, e talvez mais importante, a liberdade. Até aí os homens faziam tudo sem razão, porque os deuses, ao contrário do que tinham feito com os restantes animais, nada lhes deram.” O enredo genérico do mito.

Algumas coisas padecem falta de sentido nessa ideia. Primeiro, que sejam deuses, e não O Deus Vivo, O Criador, o Único. Essa história de Olimpo, deuses e Titãs, carece verossimilhança. 

Segundo; se, os humanos fossem criados inferiores aos animais, sem a ajuda de Prometeu, jamais poderiam ser postos como gestores da criação, como foram os do primeiro casal. Natural que os mitos e a Bíblia desafinem.

Terceiro, se os humanos tivessem sido criados privados de liberdade, não teriam condições de pecar. A única forma de obediência, requer que a mesma seja livre; existindo possibilidade de desobediência. Para o homem ter condições de optar, era preciso que houvesse opções. Isso explica a existência da árvore proibida, como signo da liberdade de escolha facultada; não, como um veto ao conhecimento, como as análises mais grosseiras fazem parecer.

Certo que a serpente afirmou que, desobedecendo, os humanos seriam “como Deus, conhecendo o bem e o mal.” Os “intérpretes” mais bisonhos vêm nisso o “conhecimento” como fato novo.

Adão conhecia a Deus e com Ele falava; dera nome a todas as criaturas que há; recebera o governo, o domínio sobre toda a criação, com uma exceção apenas, para lembrar que era um domínio delegado, não, absoluto. Logo, possuía excelso conhecimento.

A proposta do inimigo trazia a independência, autonomia em relação ao Criador; de lambuja, o conhecimento do mal; o bem já era conhecido. Os “acréscimos” após o pecado, além da morte espiritual e mais tarde, física, foi a presença do medo, e sentimento de culpa na consciência, que levou Adão a se esconder. O mal começou a ser conhecido, então.

Portanto, essa ideia que o homem foi criado quase autômato, acéfalo, e deve a “Prometeu” o “favor” de ter tido acesso ao conhecimento é grotesca falácia, de gente que não aprendeu, mas se apressou a ensinar.

Outra besteira difundida pelo catolicismo é que o “pecado original” seria o sexo. No casamento é abençoado. O pecado original foi desobediência; um de cada vez; primeiro Eva; num segundo momento, Adão. Se fosse o sexo, teriam pecado ambos, de uma vez.

Se, Deus vetasse o conhecimento, como uma coisa má, e sua aquisição indevida, como colocaria sentenças assim: “O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4:6 Ou, “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2:7 ainda; “A vida eterna é esta: que conheçam a Ti só, por Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17:3 “Porque Eu quero a misericórdia, não sacrifício; e conhecimento de Deus, mais que holocaustos.” Os 6;6 (?) etc.

Há um “paraíso” onde, bruxuleiam emanações de fogos fátuos, dos cadáveres do siso, da lógica e entendimento; sofismas, falso saber, desfilam airosos, defendendo a insipiência engajada como sendo luz; como se bastasse ter algo a dizer, não importando o quê, para que o falaz posasse de conhecedor.

Tanta gente por aí, estragando o silêncio com mau uso das cordas vocais... Oportuno lembrar certo provérbio hindu: “Quando falares - diz - cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio.”

Homens "encarnados"


“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rom 8:7,8

Quantas vezes escutamos que, de boas intenções o inferno está cheio? A ideia é que não basta querer o bem, o que é certo; carecemos da vontade para escolher, e poder para efetuar.

No caso do homem natural, que a Bíblia chama de carne, ou, que vive na carne, mesmo que, eventualmente alguma emulação o desafie, um rasgo de boa vontade convide, a abraçar a virtude nos domínios espirituais, isso está fora do seu alcance.

A inimizade fomentada pelo canhoto na queda, desde o surgimento do ego torna más, até mesmo as coisas “boas”, pela autonomia indevida, e a situação espiritual dos autônomos; pois essas ações, invés de glorificarem a Deus, buscam o brilho próprio, poluindo-as pelo concurso da má intenção; ou, da justiça própria. Nesse caso, a autoconfiança é mais que má; maldita. “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17:5 Um coração alinhado ao do Senhor, faz o que é certo perante Ele, por amor a Ele; não, diante de câmeras.

Sem vida espiritual, nos é impossível ver naquela dimensão, bem como, entrar nela; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” João 3:3 e 5

Não significa que não sendo de Deus, quem faz uma boa obra, essa se torne má, necessariamente. Mas, não tendo sido resolvido o problema da vida, da reconciliação, a obra de quem está espiritualmente morto, também é reputada como morta. E, “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” Mat 22:32

Entre as várias mudanças ocorridas na conversão, está essa: “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo;” Heb 9:14 Se as consciências carecem ser purificadas depois de ter feito “obras boas”, no proveito aos semelhantes, é porque ainda são impuras as motivações, alienadas da Vontade do Senhor.

Nas questões matemáticas, a ordem dos fatores não altera o produto; mas, nas espirituais, altera. Quem pratica coisas para ser salvo, peca; blasfema, nega ao Feito Majestoso de Cristo; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2:8,9 Todavia, quem as faz, porque é salvo, glorifica ao Salvador, testificando do que Ele fez; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2:10

Logo, o primeiro passo é a reconciliação. O Único meio: Jesus Cristo; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a Palavra da reconciliação.” II Cor 5:19

Quem, conhecendo a existência de Deus e Seu convite às boas obras, invés de crer Nele e obedecer, sendo salvo pelos Méritos de Cristo, devaneia que o pode ser pelas próprias forças, sua “boa ação” traz implícita uma blasfêmia. Como se, chamasse, ao Santíssimo de mentiroso; “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5:10

Não se trata de vontade; antes, impossibilidade. “Os que estão na carne, não podem agradar a Deus.” Tal atuação é uma tentativa de colocar a força do braço, dinheiro, influência, circunstâncias, num nicho que tem a “medida exata da fé”; e “Sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11:6

Falando em poder, no seio cristão, presto se pensa em milagres, demonstração de sinais; é preciso cuidado com isso. A Bíblia adverte quanto aos sinais e prodígios da mentira. Esses que sopram, jogam paletós e derrubam pessoas, que fruto trazem às igrejas, que glórias oferecem ao Eterno? “Pelos seus frutos os conhecereis.”

O poder necessário, sadio que O Salvador confere aos Seus, atina a capacitá-los para agir como filhos, ingressando-os na dimensão espiritual, fortalecendo-os mediante O Espírito Santo. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1:12,13

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

A Teologia da Libertação


“Se vires em alguma província opressão do pobre, violência do direito e da justiça, não te admires de tal procedimento; pois, quem está altamente colocado tem superior que o vigia; e há mais altos que eles.” Ecl 5:8

A Palavra de Deus não compactua com injustiças sociais; a opressão dos pobres, por parte daqueles que os dominam. Tiago coloca o dedo na ferida dos exploradores: “Vosso ouro e vossa prata enferrujaram; sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo, vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” Tg 5:3,4

Quer dizer que, os da “Teologia da Libertação” estão certos? Não. Pode haver um quê de verdade na “doença” que diagnosticam; mas, nada, no “remédio” que propõem; tampouco, nos resultados a que chegam, onde aplicam seu “tratamento”.

Onde dominam, castram liberdades, de expressão, ir e vir, crença, escolha; meia dúzia de caciques e o ditador mor enriquecem, miserabilizam o povo, vilipendiam os meios de produção, e a economia das nações.

A famigerada “teologia” é apenas comunismo disfarçado com roupas religiosas roubadas dos varais dos que adormeceram, quando, deveriam vigiar contra as sementes do inimigo na Seara do Senhor.

Injustiças sociais não são problema a ser resolvido pela força do braço; até porque, como vimos, jamais funcionou.

Invés de um levante libertário, um quebra-quebra reivindicatório, como tanto se fez e nunca deu em nada, aos servos de Deus a receita é diferente; “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará a sua destruição; a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24:21,22

Embora seja legítimo nos identificarmos com determinados candidatos, em face aos valores que defendem, a imposição de um querer à força, destoa do que nos foi prescrito.

Quando um homem recebe autoridade sobre outros, mais que desfrutar de “poder” como vulgarmente pensam, é chamado a um dever.

Se, invés de bem servir ancorado pela honestidade, probidade e atenção às justas demandas, o tal preferir servir-se mediante corrupção, distribuir benesses aos pares, e rigor aos adversários, o tal estará semeando desgraças, que, no devido tempo colherá. “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8:9

“... pois quem está altamente colocado tem superior que o vigia...”
embora na terra haja disputas, eleições, pleitos, campanhas, em última análise, nada acontece sem a permissão ou vontade, Divina. “Ele muda os tempos e as estações; remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.” Dn 2:21

Às vezes, do nada, um “poderoso” é chamado a prestar contas, seus dias de Manda-Chuva terminam; pois, além de ter “Um Superior que os vigia, há altos, mais altos do que eles;” Há poderes na esfera espiritual que podem ingerir do lado de cá, quando bem parecer ao Todo Poderoso.

A obra espiritual trata com indivíduos, não com sistemas; incomoda ver pessoas desvalidas, exploradas? Ajude-as com o que podes. Pois, eventual empatia com a necessidade dos pobres, quem a tiver, deve socorrê-los a partir das suas posses, não sair “filosofando” sobre as “injustiças sociais”, desejando que outrem faça, o que, o discernimento mostrou a ele. Como disse o rabino Israel de Salant, “As necessidades materiais do teu próximo, são tuas necessidades espirituais.”

É mui fácil semear culpas em sistemas, supor soluções nos arrastos insanos das multidões; nesse caso, como diz um ditado, “a galinha que canta é a que bota o ovo.” Digo, o mais hábil em encontrar culpados, é apenas um fugitivo das culpas que, tendo encontrado em si, tenta diluir alhures. “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14:12

Não há governos cabalmente justos, na terra; e alguns extremamente corruptos e ladrões. Mesmo assim, O Eterno não nos chama a uma revolução. Quem usa o “argumento” que não vale a pena ser justo, pagar tributos, respeitar contratos, pois, quase ninguém mais é, invés de ser uma ilhota de diferença nesse mar de lama, se revela da mesma estripe, justificando ao ímpio.

A única Teologia que existe, explora o Ser de Deus, e Seu relacionamento com Suas criaturas; frui pela honesta interpretação da Palavra; liberta aos que ousam praticá-la. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8:31,32

O resto são apenas pistas falsas de fugitivos auto enganados que acreditam que não serão encontrados.

Escura escolha



“Porque todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados; e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados...” Heb 5;1,2

Dois tipos; os ignorantes, e os errados. Os primeiros precisam de luz para ver; os errados, de obediência para andar conforme veem.

“Deus não toma em conta os tempos da ignorância” Atos 17;30, não significa que os pecados cometidos por ignorância não sejam pecados. Assim como, na lei dos homens há distinção entre o crime culposo, (sem intenção) e doloso, (onde o intento estava) da mesma forma O Eterno diferencia pecados; os cometidos por ignorância, e os pela escolha errada. As leis humanas copiaram daí.

Desde a Antiga Aliança, tais pecados eram tratados; “Se alguma alma pecar por ignorância, para expiação do pecado oferecerá uma cabra de um ano. O sacerdote fará expiação pela pessoa que pecou, quando pecar por ignorância...” 15:27 e 28

A presunção de ver, impondo às coisas Divinas, idiossincrasias humanas, faz as pessoas culpadas, mais do que, se ignorassem e assumissem isso. Quantos se apressam em dizer que todas as religiões são boas, todos os caminhos válidos; não porque as coisas sejam assim; mas, porque defender isso lhes convém.

Falando com os Fariseus, que pretendiam ser expoentes da Lei de Deus, portadores da Luz espiritual, O Salvador pontuou: “... Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos. Os fariseus, que estavam com ele, ouvindo isto, disseram-lhe: Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9:39-41 O Salvador não reconheceu que eles viam; antes, lembrou que eles diziam ver, presumiam assim.

O Mestre veio ensinar aos ignorantes, para que vissem, e deixar os presunçosos entregues a si mesmo, pois, recusando a Luz, fatalmente a condenação das trevas permaneceria sobre eles; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3:19 Infelizmente há um laço afetivo entre o pecador e o mal, que o faz desejá-lo, mais que o ser iluminado pela Luz Celeste.

O ignorante tem concerto, basta que a luz da verdade raie sobre ele; o errado costuma não ter, até porque, em sua presunção, acredita nem precisar. No entanto, os poucos que, convencidos abandonam seus erros e passam a andar na luz, são perdoados, e transformados.

A ignorância é falta de conhecimento. Quando Paulo ensinou que O Eterno não tomava em conta os tempos da ignorância, estava traçando uma linha divisória; pois, dali em diante eles estavam ficando cientes dos seus pecados, (no contexto, a idolatria) e sendo convidados ao arrependimento. Seus passados errôneos seriam esquecidos, se, dali em diante se arrependessem e mudassem. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

Quando convidados a sair do escuro, porque a verdade está sendo posta aos nossos olhos, eventual recusa deixa de ser ignorância, estritamente, e se torna erro. Uma escolha está sendo feita, e as pessoas sabem o quê, escolheram. Rejeitaram ao conhecimento espiritual, como se, a ignorância voluntária fosse um salvo-conduto; A Palavra ensina que não; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei...” Os 4:6

Nos provérbios também, A Palavra deixa ver que a “ignorância”, na verdade é rejeição, cuja forma, bem como as consequências estão postas de modo categórico; “Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? Vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento? Atentai para Minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras. Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi Minha mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão, também de Minha parte Me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo vosso temor.” Prov 1:22-26

A Exclusividade de Cristo, como Senhor e Salvador, bem como, a separação do mundo, requerida para os que se dizem Dele, vêm sendo minadas dia a dia, graças à contribuição de uma geração sonolenta, que prefere ser “descolada” a ser santa.

A ignorância por privação é normalmente reparável, sob a incidência da luz; porém, a desonestidade intelectual do que, se faz de desentendido por recusar pagar o preço que, sabe ser necessário, ou, o tal rasga sua máscara hipócrita ou, ela o irá matar; “Eles voluntariamente ignoram isto...” II Ped 3:5

domingo, 24 de dezembro de 2023

O infeliz Natal


“Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem, segundo as obras da terra de Canaã, para a qual vos levo, nem andareis nos seus estatutos. Fareis conforme Meus juízos...” Lev 18:3,4

Tradições, emulações dos feitos periféricos, tendem a ser um “incentivo” para que façamos o mesmo. Nem o que povo recém liberto fizera, observara, na escravidão egípcia, nem o que visse os povos vizinhos, deveria ser um norte comportamental para eles; antes, “fareis conforme Meus juízos”; disse O Senhor.

Infelizmente a santificação nunca é abraçada como se deve. A total separação do mundo, com seus feitos e valores ímpios; completo abandono das tradições profanas, e uma responsável postura ante O Eterno, com Seus ensinos e prescrições.

O pavor de nadar entre os patos sendo um “patinho feio”, em geral leva gente incauta a abandonar a “Pérola de Grande Valor”, pra peregrinar pelas galerias do engano contemplando toda sorte de “arte” forjada a partir do ouro de tolos.

Desgraçadamente, tudo o que esse mundo ímpio faz, parece necessitar de uma contrapartida gospel. A “bola da vez” é o Natal.

A data é derivada da adoração ao sol; a árvore, do culto a Odin, dos povos nórdicos; o presépio, de uma representação de Francisco de Assis, ante crianças; o Noel, de certo Nicolau, rico que distribuiria bens aos pobres... da Bíblia, o que temos? Há tanta substância espiritual nessa amálgama de paganismos, quanto, no “coelho da páscoa”.

A Bíblia manda celebrar em memorial a morte do Senhor; do nascimento nada diz; “... fazei isto em memória de mim... Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” I Cor 11:24 e 26

Igrejas evangélicas em grande maioria, não conseguem passar por essa “dolorosa tentação”, sem emporcalhar ambientes santos com as tais “decorações natalinas.” Da católica nem falo; eles estão num grau mais avançado do quesito agradar aos ímpios; suas lideranças já pretendem abençoar ao dito “Casamento gay.”

Na minha infância escutava um ditado dos homens simples: “Quanto mais a gente se abaixa, mais a bunda aparece”. Como moisés usava saiote egípcio, semelhante aos romanos, foi ordenado: “Não subirás ao Meu altar por degraus, para que a tua nudez não seja descoberta diante deles.” Ex 20:26 Os zelosos pelas “doutrinas” de usos e costumes poderiam aprender algo aqui.

Quanto mais se condescende com os modos ímpios de viver, mais os ímpios requererão novas condescendências.

A coisa “progrediu” tanto, que deixou de ser uma embaixada dos Céus anunciando um Reino de Justiça e santidade, para o qual, quem quisesse se credenciar renunciasse ao mundo; tornou-se mero aglomerado religioso, onde suposta união para salvar o planeta, solapou o desafio à separação para salvar almas. Dos Seus, Cristo disse: “Não são do mundo, como Eu do mundo não sou.” Jo 17:16

Basta ver os dois versos iniciais acima; do Seu povo, O Eterno requer separação, andar conforme Seus juízos, não, segundo o mundo. “Vós Me sereis um reino sacerdotal, povo santo.” Ex 19:6

Há muitos que comemoram com reverência, reuniões familiares, e alguma reflexão; sinceridade e propósito são coisas boas; mas, não bastam. É preciso conhecer a Verdade e viver nela. “Qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Na média, o “Natal” é eclosão de consumismo, desfile da falsidade com votos de plástico, esbaldar-se em festas dionisíacas, de comilanças, bebedeiras e imoralidades. Se alguém for às casinhas da luz vermelha nessa noite, encontrará às “moças” seminuas com gorrinhos de Noel, dada a “santidade” da data aos olhos do mundo. Quantas “Templos de Orixás” decoram fachadas com luzes multicores tal é a “separação”!

Amantes mandarão “cartões de Natal” com os melhores votos aos colegas de infortúnio na arte de destruir famílias, e esbaldar-se nas avenidas amplas da morte espiritual. Há um escárnio satânico por trás da clássica risadinha do “Noel”.

Sei que posso sofrer a pecha de “ser mais realista que o rei”, “soldadinho-do-passo-certo” etc. faz tempo que o aplauso humano deixou de norte para mim. “... Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” Gál 1:10

A verdade é que esse sistema e muitos que tomam nos lábios, O Santo Nome do Senhor, vivem, cada um à sua maneira. É mui fácil cantar louvores ao “Menino Jesus”; Esse, não desafiou ninguém a nada. Todavia Ele se fez O Mestre, antes de se tornar Salvador, mediante Sua Morte.

E não foi nada meigo, infantil, palatável aos ímpios, em Suas Falas, antes, denunciou à falsidade. “... Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com lábios, mas, seu coração está longe de Mim;” Mc 7:6

sábado, 23 de dezembro de 2023

Combatentes


“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4:7

Texto clássico, para quando parte um fiel. Paulo estava na iminência de ser morto; com essas palavras se despedia do jovem pastor, Timóteo.

Invés de um lamento de derrotado, de quem gostaria de preservar ainda sua vida terrena, seu porte vencedor foi como o de um atleta que sobe ao podium pra receber a merecida medalha. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada...” v 8

“Combati...”
deparamos com postagens de gente para as quais a vida deve ser vivida na maré mansa, passando ao largo de polêmicas, apenas “curtindo.” Nenhum pleito seria suficiente para retirar da “paz” dos tais.

Quem nasceu de novo, e foi capacitado por Cristo mediante dons do Espírito Santo, para o devido serviço, embora esteja em paz com Deus, não pode também estar, com essa amálgama ímpia e seus valores invertidos que fazem guerra ao Santo. “No mundo tereis aflições...”

Se, para o ímpio sistema, imoral e amoral, o negócio é amontoar todos sob a mesma sombra, malgrado a situação de cada, num confuso balaio de gatos, o ecumenismo; para Deus, a peleja é por salvar ao que for possível, separando aos salvos de tudo o que contamina e suja. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5:8

O apóstolo tinha plena ciência do que estava em jogo, e usava a devida linguagem; “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2:4 Sim, estamos em guerra.

Quem é tão “da paz” que não se importa com ataques ao Santo, blasfêmias, vilipêndios ao Seu Nome, Valores, Palavra, o tal, não é da paz; está morto. Precisa urgente, nascer de novo.

“... o bom combate...” nem todo o combate é bom. Há quem lute por metais, usando à Palavra de Deus; quem preze fama, brilho pessoal mais que a Glória do Santo. Sendo o alvo do nosso combate, o pecado, o primeiro campo de batalha se dá dentro de cada um. Nossas naturais inclinações para pecar, devem ser mortificadas a todo custo; “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12:4

Dado esse ousado passo, poderemos ser instrumentos de Cristo, para auxílio em disciplina, dos que inda erram desordenadamente. Depois de vencida em nós a tentação pra o andar desordeiro, temos autoridade; “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10:6

“... acabei a carreira...”
acabar é diferente de terminar. Terminar, simplesmente, é dar por pronto, cessar. Acabar traz a ideia de terminar com esmero, com acabamento; os toques finais para que a obra fique apreciável. Muitos sequer terminar conseguem, quiçá, acabar.

O Salvador ensinou de uns que, por não terem calculado prudentemente os custos, abandonariam à obra inconclusa; disse que deveríamos evitar isso, “Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14:29 e 30 “Quem não renuncia tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo.” Eis o custo!

Quantos que iniciaram conosco em Cristo, e hoje erram vencidos pelas seduções do mundo, infelizmente. Eles começaram e não puderam terminar. Gente que alcançou renome pregando à verdade, e hoje fala desdizendo ao que disse ontem.

“... guardei a fé.” Se, há um combate que é bom, esse se dá em defesa da fé. Judas em sua breve epístola pôs isso como um assunto urgente, que superara outros, dada a necessidade que vislumbrara; “Amados, procurando escrever-vos com toda diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” Jd 1:3

Batalhar pela fé, não alude ao direito de crer que seria tolhido; antes, ao teor do que se crê, que estava sendo pervertido. “Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus; negam a Deus, Único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd 1:4

A negação da exclusividade de Cristo, blasfêmia necessária ao ecumenismo, era visível desde então.

Noutra epístola Paulo acrescentou detalhes da forçosa luta: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10:4,5

O combate é inevitável; os valores e caminhos que escolhemos pra viver, e ensinar, são a “farda” que mostram de que lado estamos.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Última chance


“Veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e prega contra ela a mensagem que Eu te digo.” Jn 3:1,2

“... segunda vez...”
o profeta tentara fugir, achando que seria preferível isso, a obedecer.

Vulgarmente se diz que a primeira impressão é a que fica. Pois, quando comissionados pelo Eterno se, nossa primeira impressão for que a coisa não convém, que não devemos obedecer, geralmente essa visão escapista não é a que fica. Fatalmente seremos “convidados” a repensar.

A ideia de “fugir” do Senhor foi analisada; “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno minha cama, Tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali, Tua Mão me guiará e Tua Destra me susterá.” Sal 139:7-10

Não significa que Davi tenha estado nesses lugares todos e comprovado “in loco” a presença do Eterno; antes, que por estar O Espírito Santo nele, onde quer que fosse, a Santa Presença iria.

Quando a mensagem de salvação pareceu “duro discurso” e o povo debandou, O Salvador não criou um segundo discurso com termos mais palatáveis; antes, perguntou aos discípulos: “Quereis vós, também, retirar-vos?” Pedro redarguiu: “Para quem iremos nós? Só Tu tens as Palavras de vida eterna.”

O fugir do Senhor “possível”, é fazer ouvidos moucos, bancar o desentendido quando não se quer obedecer. Assim fizera Jonas. Após três dias no ventre do peixe, repensou, arrependeu-se e pediu nova chance; foi atendido.

O Eterno não “suaviza” a missão, se essa soar demasiado dura; antes, capacita além de comissionar; numa eventual segunda chance, requer a mesma tarefa da qual nos esquivamos na primeira; “... prega contra ela a mensagem que Eu te digo.”

A ímpia ideia que A Palavra do Senhor carece ser “atualizada”, para adequá-la aos paladares moderninhos, não move um milímetro do Santo propósito; se tivermos novas chances, sempre serão na mesma vereda; “caminho estreito”, renúncias, obediência.

Ou, teria O Todo Poderoso falhado, e careceria agora de uma “segunda chance” para, finalmente, entregar Sua palavra como realmente pretendia? Paulo pensava diverso, em caso de conflito entre as vontades; “De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.” Rom 3:4

A segunda chance de Jó, onde, além de ouvir sobre O Eterno, então “viu-o”, (forma como descreveu o, tê-lo ouvido diretamente) ocasionou uma mudança nele, fazendo-o mais humilde, não no Criador, tornando-O menos Santo; “... Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e eu não entendia. Escuta-me pois, e falarei; eu Te perguntarei, e Tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Jó 42:3-6

Invés de perguntar para que O Senhor ensine, o ímpio homem moderno se atreve por presumir ensinar a Deus; como se, a perfeição comportasse rasuras. “Ai daquele que contende com o seu Criador! caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?” Is 45:9

Todo aquele que consegue “ver” Deus pelas coisas criadas e reveladas, assombra-se com a Santa Majestade e com a própria insignificância; só resta arrependimento com pó e cinza, como a Jó, invés da insana porfia de tentar emporcalhar o que É Santo, por se recusar a abandonar o que sujo.

Num sentido amplo, toda humanidade está na “segunda chance”; a primeira foi desperdiçada no paraíso, quando, bastaria permanecer na Palavra do Criador, para preservação da bendita sina em comunhão com Ele;

a segunda foi-nos facultada gratuitamente pelo Salvador, chamando os perdidos para que fossem achados novamente na regeneração do Senhor; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24

Num sentido estrito, os homens costumam desperdiçar dezenas, centenas de chances, sempre que o Amor Divino os busca mediante a Palavra da Vida; a longanimidade Divina, usada como “patrocinadora” da impiedade humana. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11

Como nada sabemos sobre o amanhã, é prudente tratarmos cada chance como sendo a última; uma hora, será; “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29:1

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Francisco, o flexível


“Permaneçamos vigilantes contra a fixidez da ideologia, que muitas vezes, sob a aparência das boas intenções nos separa da realidade e impede de caminhar... lembremo-nos de olhar para o alto, recomeçar a partir de Deus, deixar-nos iluminar pela sua Palavra, a fim de encontrarmos sempre a coragem para partir de novo". Papa Francisco à Cúria Romana.

O Salvador exortou Seus ouvintes à vigilância. Porém, vigilantes “contra a fixidez da ideologia...? O que é isso? O Senhor ensinou a ficarmos vigilantes pela pureza da Palavra, invés de adormecer permitindo que o inimigo semeasse joio no meio.

Abstraído todo açúcar retórico, a exortação foi contra o “conservadorismo” que “separa da realidade e impede de andar.” Se, por “andar” entendermos, condescender com o ímpio curso desse mundo, e a sacralização de práticas perversas, então, o “fixismo” atrapalha mesmo.

Não somos partidários de uma ideologia. Não, no prisma espiritual. Nos é facultada uma cosmovisão peculiar, nos aspectos econômico e político; no âmbito da fé, nosso compromisso se restringe a viver e anunciar o Evangelho, algo que é mais “fixo” que céu e terra. “Passará o céu e a terra, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Luc 21:33

“... lembremo-nos de olhar para o alto, recomeçar a partir de Deus, deixar-nos iluminar pela sua Palavra, a fim de encontrarmos sempre a coragem para partir de novo". Outro sofisma, manipulação retórica, para ser engolida antes de ruminar.

A Luz da Palavra arde para mostrar o caminho, não para o fomento de coragem ao contínuo andar, como se, esse ativismo de estar sempre andando, fosse mais importante que saber, para onde. Quem estiver no caminho errado, quanto mais andar, mais se afastará do alvo. Às vezes, um “entendes tu o que lês?” é mais oportuno que uma leitura por ela mesma, sem aprofundamento.

Valores eternos não mudam com o curso do tempo; antes, a vergonha se perde, amadurecem os frutos de “Teólogos” liberais, cujo afã é aglomerar invés de santificar; “... sem santificação ninguém verá ao Senhor.” Heb 12;14 Esses geram um povo que gosta dos rótulos cristãos, mas se recusa a trilhar no caminho estreito que Cristo prescreveu.

Teria Ele também, abdicado da “fixidez” da Sua Doutrina? Acho que não. “Jesus Cristo É O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

As pressões dos movimentos LGBTs já produzem ecos favoráveis, no Vaticano; embora Francisco mencione a “Luz de Deus para caminhar”, suas cumplicidades ímpias, declarações blasfemas, e validação de credos espúrios, passam ao largo dos ensinos santos da Palavra de Deus.

Os católicos mais ferrenhos sempre acreditaram em três “verdades”; “Eles são a única Igreja Verdadeira; fora da Igreja Católica, não há salvação; e Pedro foi o primeiro Papa, sendo os demais, sucessores dele.”

A Palavra ensina diferente; o “pedigree" de um salvo é a vida regenerada em Cristo, o caráter transformado, não, uma placa institucional, que levaria sobre os ombros; “...fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Fora da igreja Católica não há salvação? A Palavra ensina que não há fora de Cristo; “... Ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6 A medida que, lideranças se afastam do Salvador, muitos católicos até, já veem a fragilidade da instituição, em relação à Palavra; de certa forma “saem”, avessos a acatar ordens espúrias.

Sobre denominações alternativas invés do veto, Jesus Cristo observou: “Quem não é contra nós, é por nós.” Os protestantes não são contra Ele; antes, a maioria recusa acréscimos às Palavras Dele; quem começou o protesto foi um padre, ao constatar dezenas de desvios da Palavra, por parte do catolicismo. Para os que ficaram do lado de lá, a instituição pareceu mais forte que a verdade.

No Apocalipse há sete cartas a sete igrejas diversas. Cada uma com seus problemas locais, e um líder que deveria tratá-los. Se existisse mesmo, ”Papa”, e uma igreja centralizada nele, O Senhor mandaria uma carta ao líder apenas, advertindo-o para que ele cuidasse de tudo.

“Pedro foi o primeiro Papa?” Balela! Se fosse teria sido expresso na Palavra de Deus, o “Primado de Pedro” ou, as “Chaves do Reino” se refere a honra a ele concedida de ser o primeiro pregador do Evangelho, o que abriria as portas aos demais. “Sobre essa pedra edificarei” Ele mesmo se encarregou de desfazer eventual ambiguidade; “Ele (Cristo) é a pedra que foi rejeitada por vós, edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.” Atos 4:11

O aperfeiçoamento é uma necessidade nossa; Deus É Perfeito; Sua Palavra não comporta “atualizações;” “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele...” 6:16

A bênção ao "casamento gay"


“A bênção do Senhor é que enriquece; não traz consigo dores.” Prov 10:22

“A bênção do Senhor...”
Nem todas as bênçãos são Dele. Muitas, são humanas, embora, o ensino para abençoar, venha do Alto; “... Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam...” Mat 5:44

Nesse caso, “abençoar” é uma profilaxia; tendemos a desprezar aos que nos fazem mal; independente de algum bem chegar ou não ao alvo da bênção, ela veta que uma “raiz de amargura” venha a danar a saúde psíquica e espiritual, de quem abençoa. Estamos fadados a colher conforme plantamos; abençoando seremos abençoados.

A bênção que faz diferença, vem de Deus. Quando se trata de alguém que, presumidamente representa ao Senhor, em Nome Dele abençoa. Então, o ministro deve ter comunhão com Deus, conhecimento das Suas Leis e viver conforme, antes de se atrever onde não deve. Como disse Balaão, quando contratado por Balaque, para amaldiçoar Israel. “Recebi mandado de abençoar; pois Ele tem abençoado e não posso revogar.” Num 23:20

A bênção válida, pois, é apenas a vocalização dos desígnios celestes, não, uma humana iniciativa.

“Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não poderia ir além da ordem do Senhor, fazendo bem ou mal de meu próprio coração; o que o Senhor falar, isso falarei.” 24:13 Como dizia um amigo de saudosa memória, “Deus não abençoa com a mão esquerda.” Não corrobora à rebeldia.

Quando alguém se precipita em abençoar a outrem que está divorciado da aprovação Divina, isso não melhora a situação do “abençoado.” O encontro do santo com o profano estraga tudo.

“Se alguém leva carne santa na orla das suas vestes, e com ela tocar no pão, guisado, vinho, azeite, ou em outro qualquer mantimento, porventura ficará isto santificado? Os sacerdotes responderam: Não. Disse Ageu: Se alguém que for contaminado pelo contato com o corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? Os sacerdotes responderam, dizendo: Ficará imunda.” Ag2:12,13

A santificação não se transmite ao mero toque; a contaminação, sim.

Quando da separação de alguém ao Ministério, os demais ministros lhe impõem as mãos orando sobre ele, identificando-se com o tal, diante de Deus e dos homens.

Se, alguém de vida dúbia, sem as devidas credenciais que o Céu aprova, for recomendado por mim, tal não se tornará santo por isso; antes, eu me contaminarei na minha imprudência, que me fez culpado pelos pecados dele. Paulo aconselhou: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5:22 “Como abençoarei ao que Deus não abençoa?”

A grande celeuma atual é uma circular do Vaticano, onde a liderança da Igreja Católica aprova que se abençoe ao dito “casamento gay.” Isso causou enorme desconforto, em muitos padres, inclusive; pois, se A Palavra de Deus nos ensina a abençoarmos até nossos inimigos, não nos autoriza a abençoarmos aos que se fazem inimigos de Deus.

O trabalho de um ministro do Senhor, em todo tempo é honrar ao que o comissionou; deve fazer isso conhecendo e fazendo conhecer os Divinos ensinos.

Caso não o faça, O Eterno também não confirmará suas supostas bênçãos; “Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes e não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Mal 2:1,2

Se, a rigor é o Céu que abençoa, nada contam as intromissões humanas no que tange a isso, qual o problema de o catolicismo “abençoar” as referidas uniões? Sofrendo, a vereda da fé, os ataques que sofre atualmente, com esse plus de aprovação, da suposta “maior autoridade espiritual da terra”, claro que isso será usado a torto e a direito pelos movimentos gayzistas, para se imporem nas igrejas, como se, a autorização do Vaticano simbolizasse aprovação Divina.

Se Balaão disse que não ousaria ir além do dito do Senhor, atualmente, se despreza totalmente à Vontade Divina revelada e expressa, ao alcance de todos. Já ouvi pregadores de renome dizendo que o “espinho na carne que os gays sofrem é a homofobia”.

O ecumenismo, união dos diferentes, amálgama de todos os credos passa longe das prescrições Divinas. A Salvação está ao alcance de todos, mas os termos são únicos. Essa falácia de bênção sem o abençoador, amor sem justiça, equacionar aceitação de todos com aceitação de tudo, não cola.

Que cada um viva como aprouver; todavia, saiba o lugar das coisas. É necessário “... fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo;” Lev 10:10