domingo, 10 de dezembro de 2023

Os corpos; as regras


“Não sabeis que vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e não sois de vós mesmos?” I Cor 6:19

“... não sois de vós mesmos.”
Abortistas criaram o slogan: “Meu corpo, minhas regras”. A essa apropriação indébita soma-se o assassinato de inocentes, que essas pleiteiam como sendo um direito. Se os corpos fossem mesmo, delas, bem que poderiam requerer o direito de dispor desses, como lhes aprouvesse. Antes de discutir as regras é preciso identificar a propriedade.

Não foi nossa força ou nossos méritos que nos garantiram o fôlego de vida que nos trouxe até onde estamos. Num sentido puramente factual, não das falas sem noção de filhos ingratos, “não pedimos para nascer.” Somos frutos do Divino Amor e Sua Soberana Vontade. 
Propriedades do Senhor: “... Meu é o mundo e toda sua plenitude.” Sal 50:12

Ele pergunta: “Não Me é lícito fazer o que quiser do que é Meu?” Mat 20:15

Quem quiser se atrever contra O Criador, que antes responda essa questão básica: “... quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?” Rom 9:20

Isso também vale para cristãos que desejam fazer tatuagens em seus corpos, por exemplo. Se já as tinham antes de conhecer à verdade, “Deus não toma em conta os tempos da ignorância.”

Porém, uma vez inteirados que somos templos do Espírito Santo, podemos decorar a “fachada” ao nosso gosto, não segundo o Dele? Nossa força vem Dele; “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, não nossa.” II Cor 4:7

A vontade do Espírito foi expressa sobre o porte conveniente; “Que cada um de vós saiba possuir seu vaso em santificação e honra;” I Tess 4:4

Nas obras da natureza o zelo Divino é menos estrito que, com seres humanos; isso mostra uma escala de valores e responsabilidades. Henri Lacordaire escreveu: “Deus não coloca uma etiqueta em cada campina que faz, porque só Ele faz campinas.” Não há necessidade de patentear o óbvio.

No entanto, do ser humano O Criador parece mais cioso que, com o demais de Sua Criação. Em Jó lemos: “Ele sela as mãos de todo homem, para que conheçam todos os homens, Sua Obra.” Jó 37:7

Ele não precisa de impressões digitais para saber quem fez o quê; pode ler corações; mas, seu “selo” está a serviço de nosso conhecimento. “para que conheçam todos os homens, Sua Obra.”

O Altíssimo, podendo dispor de tudo à Sua Vontade, “tirou as cordas” do homem, convidando-o ao serviço voluntário; caso queira resistir, pode; como vaticinou Zacarias a respeito da entrada do Filho de Deus entre nós. “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-me Meu salário; se não, deixai-o. E pesaram Meu salário, trinta moedas de prata.” Zac 11:12 O “dai meu salário” era figura de linguagem, para, dai-me ouvidos, crede em mim. Todavia, preferiram pagar algumas moedas, para poder matá-lo.

Os daqueles dias por suas obras disseram: “Nossa religião, nossas regras.” Ficaram na “velhice da letra”, como disse Paulo; isso os fez refratários ao ministério do Espírito, mediante o novo nascimento. “Mas, agora temos sido libertados da Lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, não na velhice da letra.” Rom 7:6

A novidade de vida, pelo Espírito Santo, tolhe a autonomia, e nos desafia a andarmos Nele; embora possamos fruir certa liberdade em questões periféricas, nas vitais apenas a diretriz do Espírito deve apontar o rumo. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha, dirigir seus passos.” Jr 10:23

Meu corpo, comichões, escolhas, regras, todos devem ter resistidas suas punções, em prol da direção do Espírito, pois nela, nossas vidas são preservadas. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8:1

A habitação do Espírito Santo em nós, não nos reduz a fantoches; antes, nos desafia a um bendito consórcio em santidade e obediência, que preservado e alimentado devidamente, faz nossas vidas agradáveis a Deus.

Embora tudo pertença ao Senhor, como vimos, por basear suas escolhas no amor, não coage ninguém a nada. Só pertencerá a Ele quem assim o desejar, abraçando Seus termos. Do coletivo desses faz a Igreja; A Palavra define-a como “Corpo de Cristo.”

“... assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo.” Rom 12:5

Ele pode dizer: “Meu corpo, Minhas regras.” “A todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.” Gál 6:16

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