domingo, 31 de dezembro de 2023

O lugar das coisas


“A quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia.” Gn 15:16

O Eterno explicando a Abraão, como “ele” possuiria a terra; sua descendência, após escravizada por quatrocentos anos, seria liberta, sairia com grandes riquezas em meio ao juízo dos que a escravizariam; então, a terra prometida seria deles.

Antes, se encheria a medida da injustiça dos amorreus, povos que seriam banidos quando a terra fosse dada aos Hebreus.

“Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, com Meu grande poder, e com o Meu braço estendido, e a dou a quem é reto aos Meus olhos.” Jr 27:5

Mesmo podendo banir aos amorreus quando quisesse, esperou que a destruição deles fosse plena de justiça. Em tempo, depois de vetar aos filhos de Abraão, o incesto, adultério, zoofilia e homossexualismo, reiterou: “Com nenhuma destas coisas vos contamineis; porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que expulso de diante de vós. Por isso a terra está contaminada; Eu visito sua iniquidade, e a terra vomita seus moradores.” Lev 18:24,25

Eloquente figura! como se, o modo de viver daqueles povos causasse nojo à própria terra; seu “organismo” os rejeitasse. “... a terra vomita seus moradores.”

A ideia de que os injustos prosperam, enquanto os honestos sofrem, como se verificou, então, nem sempre é devidamente entendida por quem observa.

A impressão que a honra e a virtude são ingenuidade, e que o crime compensa, qual de nós jamais a teve, ainda que, por um momento? Basta olhar para os “grandes” de nossa nação; presto a noção em apreço, tentará albergar-se em nosso íntimo. Quem não tiver sua alma abrigada sob a casamata dos valores, será facilmente bombardeado pelas vantagens da vida “fácil” dos corruptos.

Não raro, lemos semeadura como se fosse colheita, por vermos o tempo desde nossa finita perspectiva. Agur escreveu um cântico analisando essas coisas, que já observava nos seus dias.

“Eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está sua força. Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como outros. Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como adorno.” Sal 73:3-6

Discorreu ainda, sobre a “ventura” dos maus, e a “inutilidade” de ser honesto; “Na verdade que em vão tenho purificado meu coração; lavei minhas mãos na inocência. Pois todo o dia tenho sido afligido, castigado cada manhã.” 73:13,14

Depois refez: “Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a geração dos teus filhos. Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso; até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios; Tu os lanças em destruição.” Vs 15 a 18

O Eterno conhece o fim desde o começo; chama a quem lhe quiser ouvir, ao caminho estreito das renúncias, por saber, onde cada caminho leva. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14:12

O Salvador ensinou: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7:13,14

Circunstâncias são apenas meandros do caminho que nos é proposto; os valores que somos desafiados a abraçar, são a “bagagem” da qual não devemos abrir mão.

As coisas que temos, ou, as que achamos que deveríamos ter, não são determinantes para nossa caminhada; antes, para onde vamos é que importa. “Porque a vida de qualquer um, não consiste na abundância do que possui.” Luc 12:15

O sofrimento tem um aspecto depurativo que muitas vezes é necessário aos Olhos Divinos, em vista da sina que almeja dar-nos; “Te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.” Is 48:10

As únicas desventuras reais, disse alguém, são aquelas com as quais nada aprendemos.

Talvez haja “amorreus” ocupando o lugar que Deus almeja para ti; não se preocupe; uma vez enchidas as medidas, da iniquidade deles, da preparação tua, O Senhor “virará a chave”; as coisas assumirão novos ares. “O justo é libertado da angústia, e vem o ímpio para seu lugar.” Prov 11:8

A visão mundana é que, progredir é conquistar coisas; A Divina, requer que as renunciemos, por amor à Justiça.

Os bens já são todos do Pai; Ele os dá a quem quer; os corações, infelizmente, não; “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6:33

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