quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Francisco, o flexível


“Permaneçamos vigilantes contra a fixidez da ideologia, que muitas vezes, sob a aparência das boas intenções nos separa da realidade e impede de caminhar... lembremo-nos de olhar para o alto, recomeçar a partir de Deus, deixar-nos iluminar pela sua Palavra, a fim de encontrarmos sempre a coragem para partir de novo". Papa Francisco à Cúria Romana.

O Salvador exortou Seus ouvintes à vigilância. Porém, vigilantes “contra a fixidez da ideologia...? O que é isso? O Senhor ensinou a ficarmos vigilantes pela pureza da Palavra, invés de adormecer permitindo que o inimigo semeasse joio no meio.

Abstraído todo açúcar retórico, a exortação foi contra o “conservadorismo” que “separa da realidade e impede de andar.” Se, por “andar” entendermos, condescender com o ímpio curso desse mundo, e a sacralização de práticas perversas, então, o “fixismo” atrapalha mesmo.

Não somos partidários de uma ideologia. Não, no prisma espiritual. Nos é facultada uma cosmovisão peculiar, nos aspectos econômico e político; no âmbito da fé, nosso compromisso se restringe a viver e anunciar o Evangelho, algo que é mais “fixo” que céu e terra. “Passará o céu e a terra, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Luc 21:33

“... lembremo-nos de olhar para o alto, recomeçar a partir de Deus, deixar-nos iluminar pela sua Palavra, a fim de encontrarmos sempre a coragem para partir de novo". Outro sofisma, manipulação retórica, para ser engolida antes de ruminar.

A Luz da Palavra arde para mostrar o caminho, não para o fomento de coragem ao contínuo andar, como se, esse ativismo de estar sempre andando, fosse mais importante que saber, para onde. Quem estiver no caminho errado, quanto mais andar, mais se afastará do alvo. Às vezes, um “entendes tu o que lês?” é mais oportuno que uma leitura por ela mesma, sem aprofundamento.

Valores eternos não mudam com o curso do tempo; antes, a vergonha se perde, amadurecem os frutos de “Teólogos” liberais, cujo afã é aglomerar invés de santificar; “... sem santificação ninguém verá ao Senhor.” Heb 12;14 Esses geram um povo que gosta dos rótulos cristãos, mas se recusa a trilhar no caminho estreito que Cristo prescreveu.

Teria Ele também, abdicado da “fixidez” da Sua Doutrina? Acho que não. “Jesus Cristo É O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

As pressões dos movimentos LGBTs já produzem ecos favoráveis, no Vaticano; embora Francisco mencione a “Luz de Deus para caminhar”, suas cumplicidades ímpias, declarações blasfemas, e validação de credos espúrios, passam ao largo dos ensinos santos da Palavra de Deus.

Os católicos mais ferrenhos sempre acreditaram em três “verdades”; “Eles são a única Igreja Verdadeira; fora da Igreja Católica, não há salvação; e Pedro foi o primeiro Papa, sendo os demais, sucessores dele.”

A Palavra ensina diferente; o “pedigree" de um salvo é a vida regenerada em Cristo, o caráter transformado, não, uma placa institucional, que levaria sobre os ombros; “...fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Fora da igreja Católica não há salvação? A Palavra ensina que não há fora de Cristo; “... Ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6 A medida que, lideranças se afastam do Salvador, muitos católicos até, já veem a fragilidade da instituição, em relação à Palavra; de certa forma “saem”, avessos a acatar ordens espúrias.

Sobre denominações alternativas invés do veto, Jesus Cristo observou: “Quem não é contra nós, é por nós.” Os protestantes não são contra Ele; antes, a maioria recusa acréscimos às Palavras Dele; quem começou o protesto foi um padre, ao constatar dezenas de desvios da Palavra, por parte do catolicismo. Para os que ficaram do lado de lá, a instituição pareceu mais forte que a verdade.

No Apocalipse há sete cartas a sete igrejas diversas. Cada uma com seus problemas locais, e um líder que deveria tratá-los. Se existisse mesmo, ”Papa”, e uma igreja centralizada nele, O Senhor mandaria uma carta ao líder apenas, advertindo-o para que ele cuidasse de tudo.

“Pedro foi o primeiro Papa?” Balela! Se fosse teria sido expresso na Palavra de Deus, o “Primado de Pedro” ou, as “Chaves do Reino” se refere a honra a ele concedida de ser o primeiro pregador do Evangelho, o que abriria as portas aos demais. “Sobre essa pedra edificarei” Ele mesmo se encarregou de desfazer eventual ambiguidade; “Ele (Cristo) é a pedra que foi rejeitada por vós, edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.” Atos 4:11

O aperfeiçoamento é uma necessidade nossa; Deus É Perfeito; Sua Palavra não comporta “atualizações;” “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele...” 6:16

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