domingo, 24 de dezembro de 2023

O infeliz Natal


“Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem, segundo as obras da terra de Canaã, para a qual vos levo, nem andareis nos seus estatutos. Fareis conforme Meus juízos...” Lev 18:3,4

Tradições, emulações dos feitos periféricos, tendem a ser um “incentivo” para que façamos o mesmo. Nem o que povo recém liberto fizera, observara, na escravidão egípcia, nem o que visse os povos vizinhos, deveria ser um norte comportamental para eles; antes, “fareis conforme Meus juízos”; disse O Senhor.

Infelizmente a santificação nunca é abraçada como se deve. A total separação do mundo, com seus feitos e valores ímpios; completo abandono das tradições profanas, e uma responsável postura ante O Eterno, com Seus ensinos e prescrições.

O pavor de nadar entre os patos sendo um “patinho feio”, em geral leva gente incauta a abandonar a “Pérola de Grande Valor”, pra peregrinar pelas galerias do engano contemplando toda sorte de “arte” forjada a partir do ouro de tolos.

Desgraçadamente, tudo o que esse mundo ímpio faz, parece necessitar de uma contrapartida gospel. A “bola da vez” é o Natal.

A data é derivada da adoração ao sol; a árvore, do culto a Odin, dos povos nórdicos; o presépio, de uma representação de Francisco de Assis, ante crianças; o Noel, de certo Nicolau, rico que distribuiria bens aos pobres... da Bíblia, o que temos? Há tanta substância espiritual nessa amálgama de paganismos, quanto, no “coelho da páscoa”.

A Bíblia manda celebrar em memorial a morte do Senhor; do nascimento nada diz; “... fazei isto em memória de mim... Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” I Cor 11:24 e 26

Igrejas evangélicas em grande maioria, não conseguem passar por essa “dolorosa tentação”, sem emporcalhar ambientes santos com as tais “decorações natalinas.” Da católica nem falo; eles estão num grau mais avançado do quesito agradar aos ímpios; suas lideranças já pretendem abençoar ao dito “Casamento gay.”

Na minha infância escutava um ditado dos homens simples: “Quanto mais a gente se abaixa, mais a bunda aparece”. Como moisés usava saiote egípcio, semelhante aos romanos, foi ordenado: “Não subirás ao Meu altar por degraus, para que a tua nudez não seja descoberta diante deles.” Ex 20:26 Os zelosos pelas “doutrinas” de usos e costumes poderiam aprender algo aqui.

Quanto mais se condescende com os modos ímpios de viver, mais os ímpios requererão novas condescendências.

A coisa “progrediu” tanto, que deixou de ser uma embaixada dos Céus anunciando um Reino de Justiça e santidade, para o qual, quem quisesse se credenciar renunciasse ao mundo; tornou-se mero aglomerado religioso, onde suposta união para salvar o planeta, solapou o desafio à separação para salvar almas. Dos Seus, Cristo disse: “Não são do mundo, como Eu do mundo não sou.” Jo 17:16

Basta ver os dois versos iniciais acima; do Seu povo, O Eterno requer separação, andar conforme Seus juízos, não, segundo o mundo. “Vós Me sereis um reino sacerdotal, povo santo.” Ex 19:6

Há muitos que comemoram com reverência, reuniões familiares, e alguma reflexão; sinceridade e propósito são coisas boas; mas, não bastam. É preciso conhecer a Verdade e viver nela. “Qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Na média, o “Natal” é eclosão de consumismo, desfile da falsidade com votos de plástico, esbaldar-se em festas dionisíacas, de comilanças, bebedeiras e imoralidades. Se alguém for às casinhas da luz vermelha nessa noite, encontrará às “moças” seminuas com gorrinhos de Noel, dada a “santidade” da data aos olhos do mundo. Quantas “Templos de Orixás” decoram fachadas com luzes multicores tal é a “separação”!

Amantes mandarão “cartões de Natal” com os melhores votos aos colegas de infortúnio na arte de destruir famílias, e esbaldar-se nas avenidas amplas da morte espiritual. Há um escárnio satânico por trás da clássica risadinha do “Noel”.

Sei que posso sofrer a pecha de “ser mais realista que o rei”, “soldadinho-do-passo-certo” etc. faz tempo que o aplauso humano deixou de norte para mim. “... Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” Gál 1:10

A verdade é que esse sistema e muitos que tomam nos lábios, O Santo Nome do Senhor, vivem, cada um à sua maneira. É mui fácil cantar louvores ao “Menino Jesus”; Esse, não desafiou ninguém a nada. Todavia Ele se fez O Mestre, antes de se tornar Salvador, mediante Sua Morte.

E não foi nada meigo, infantil, palatável aos ímpios, em Suas Falas, antes, denunciou à falsidade. “... Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com lábios, mas, seu coração está longe de Mim;” Mc 7:6

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