segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

A Teologia da Libertação


“Se vires em alguma província opressão do pobre, violência do direito e da justiça, não te admires de tal procedimento; pois, quem está altamente colocado tem superior que o vigia; e há mais altos que eles.” Ecl 5:8

A Palavra de Deus não compactua com injustiças sociais; a opressão dos pobres, por parte daqueles que os dominam. Tiago coloca o dedo na ferida dos exploradores: “Vosso ouro e vossa prata enferrujaram; sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo, vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” Tg 5:3,4

Quer dizer que, os da “Teologia da Libertação” estão certos? Não. Pode haver um quê de verdade na “doença” que diagnosticam; mas, nada, no “remédio” que propõem; tampouco, nos resultados a que chegam, onde aplicam seu “tratamento”.

Onde dominam, castram liberdades, de expressão, ir e vir, crença, escolha; meia dúzia de caciques e o ditador mor enriquecem, miserabilizam o povo, vilipendiam os meios de produção, e a economia das nações.

A famigerada “teologia” é apenas comunismo disfarçado com roupas religiosas roubadas dos varais dos que adormeceram, quando, deveriam vigiar contra as sementes do inimigo na Seara do Senhor.

Injustiças sociais não são problema a ser resolvido pela força do braço; até porque, como vimos, jamais funcionou.

Invés de um levante libertário, um quebra-quebra reivindicatório, como tanto se fez e nunca deu em nada, aos servos de Deus a receita é diferente; “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará a sua destruição; a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24:21,22

Embora seja legítimo nos identificarmos com determinados candidatos, em face aos valores que defendem, a imposição de um querer à força, destoa do que nos foi prescrito.

Quando um homem recebe autoridade sobre outros, mais que desfrutar de “poder” como vulgarmente pensam, é chamado a um dever.

Se, invés de bem servir ancorado pela honestidade, probidade e atenção às justas demandas, o tal preferir servir-se mediante corrupção, distribuir benesses aos pares, e rigor aos adversários, o tal estará semeando desgraças, que, no devido tempo colherá. “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8:9

“... pois quem está altamente colocado tem superior que o vigia...”
embora na terra haja disputas, eleições, pleitos, campanhas, em última análise, nada acontece sem a permissão ou vontade, Divina. “Ele muda os tempos e as estações; remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.” Dn 2:21

Às vezes, do nada, um “poderoso” é chamado a prestar contas, seus dias de Manda-Chuva terminam; pois, além de ter “Um Superior que os vigia, há altos, mais altos do que eles;” Há poderes na esfera espiritual que podem ingerir do lado de cá, quando bem parecer ao Todo Poderoso.

A obra espiritual trata com indivíduos, não com sistemas; incomoda ver pessoas desvalidas, exploradas? Ajude-as com o que podes. Pois, eventual empatia com a necessidade dos pobres, quem a tiver, deve socorrê-los a partir das suas posses, não sair “filosofando” sobre as “injustiças sociais”, desejando que outrem faça, o que, o discernimento mostrou a ele. Como disse o rabino Israel de Salant, “As necessidades materiais do teu próximo, são tuas necessidades espirituais.”

É mui fácil semear culpas em sistemas, supor soluções nos arrastos insanos das multidões; nesse caso, como diz um ditado, “a galinha que canta é a que bota o ovo.” Digo, o mais hábil em encontrar culpados, é apenas um fugitivo das culpas que, tendo encontrado em si, tenta diluir alhures. “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14:12

Não há governos cabalmente justos, na terra; e alguns extremamente corruptos e ladrões. Mesmo assim, O Eterno não nos chama a uma revolução. Quem usa o “argumento” que não vale a pena ser justo, pagar tributos, respeitar contratos, pois, quase ninguém mais é, invés de ser uma ilhota de diferença nesse mar de lama, se revela da mesma estripe, justificando ao ímpio.

A única Teologia que existe, explora o Ser de Deus, e Seu relacionamento com Suas criaturas; frui pela honesta interpretação da Palavra; liberta aos que ousam praticá-la. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8:31,32

O resto são apenas pistas falsas de fugitivos auto enganados que acreditam que não serão encontrados.

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