quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A ímpia mordaça


“... Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, ali come o pão e ali profetiza; mas, em Betel daqui por diante não profetizes mais, porque é o santuário do rei e casa real.” Am 7:12,13

O sacerdote Amazias, tentando bater a porta na cara do profeta do Senhor. Quando Deus comissiona alguém, não compete ao homem, sacerdote ou não, decidir, onde, nem o quê, pode falar. O papel dum sacerdote seria de um elo entre o homem e Deus, não uma barreira; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2:7

Ironicamente, Betel significa: “Casa de Deus.” Assim, na casa de Deus, o servo Dele não poderia falar, porque os pruridos do ímpio rei, e a subserviência corrupta do inútil sacerdote se incomodavam.

O Eterno chamara um colono, desde seu labor para falar Sua Palavra, certamente fora porque o sacerdote não estava cumprindo seu dever.

Desgraçadamente sempre foi assim; invés de a oposição vir de fora, dos que estão alienados do Senhor, geralmente vem dos de dentro, os omissos que, não fazendo o que deveriam, invejam e obstruem, aos que fazem. A ação de outrem num lapso que deveria ser preenchido pela minha, acaba sendo uma denúncia eloquente de minha omissão.

Todavia, não era a ideia de outrem profetizar que estava sendo resistida; antes, o teor das mensagens. Elas apontavam para a morte do rei Jeroboão, e a destruição dos locais de idolatria, pujantes, então.

Tentar silenciar À Palavra de Deus, por não gostar do conteúdo, pois, não é uma coisa nova. Isaías denunciara: “Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis e vede para nós, enganos.” Is 30:10

A filosofia de botecos, de que, mais vale uma triste verdade que uma alegre mentira, serve quando no desfile vaidoso dos pretensos saberes, onde tantos “filósofos” funcionam, movidos a álcool; mas, no escopo das ações, o teor festeiro e ufanista das mentiras acaba sobrepujando à verdade. Preferem manter suas enfermidades, escolhendo “remédios” pelo sabor, invés de, pela eficácia.

Hoje, falam em “atualizar” À Palavra, removendo ou diluindo, partes que os ímpios consideram incômodas. O silêncio Divino se dará, não em recuo pela rejeição humana; antes, em juízo, para que os rebeldes sintam na pele o que significa sua obstinação. “Eis que Eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às Minhas Palavras, e rejeitam a Minha Lei.” Jr 6:19

Então, “Eis que vêm dias, diz O Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não acharão.” Am 8:11,12

Sabemos que houve o “silêncio profético, desde Malaquias a João Batista; mas, basta olhar como caminha a humanidade, com a glamourização dos vícios e a absolutização das vontades humanas, por perversas que sejam, para entender que em breve, A Palavra de Deus já rotulada como “fundamentalismo e discurso de ódio”, perderá seu espaço, seu direito de expressão.

Novamente um sacerdote, Francisco, promove o famigerado ecumenismo, reputando igualmente válidas todas as crenças, por contraditórias que sejam, buscando a religião unificada; assim, tudo sendo “válido, eficaz,” a exclusividade de Cristo fatalmente será coibida, pois, Sua Doutrina, invés de encorajar aos errados, denuncia-os.

Muitos “cristãos” também erram, pois, fazem suas procissões após imagens, fúteis. “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar... Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu Sou Deus, não há outro.” Is 45:20 e 22

Tal exclusividade agressiva, certamente incomodará à casa de “Jeroboão”; o “Amós” da vez, também será rejeitado. Ora, não fomos treinados para buscar aceitação; não, humana. A Divina teremos à medida que perseverarmos na verdade, a despeito de, como reagirão os que não gostam dela.

Fomos enviados quais ovelhas entre lobos; nosso alvo é propagar a verdade, exortar ao arrependimento para regeneração; não, dourar a nefasta pílula dos pecados, porque esses agradam aos mortos.

Tentarão de novo, como naqueles dias, dizer onde e o quê podemos falar; seremos forçados a dizer como Pedro: “... Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus;” At 4:19

O estreitamento do mundo ímpio se apressa; mas, “Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará nossos inimigos.” Sal 60:12

Nenhum comentário:

Postar um comentário