sábado, 23 de dezembro de 2023

Combatentes


“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4:7

Texto clássico, para quando parte um fiel. Paulo estava na iminência de ser morto; com essas palavras se despedia do jovem pastor, Timóteo.

Invés de um lamento de derrotado, de quem gostaria de preservar ainda sua vida terrena, seu porte vencedor foi como o de um atleta que sobe ao podium pra receber a merecida medalha. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada...” v 8

“Combati...”
deparamos com postagens de gente para as quais a vida deve ser vivida na maré mansa, passando ao largo de polêmicas, apenas “curtindo.” Nenhum pleito seria suficiente para retirar da “paz” dos tais.

Quem nasceu de novo, e foi capacitado por Cristo mediante dons do Espírito Santo, para o devido serviço, embora esteja em paz com Deus, não pode também estar, com essa amálgama ímpia e seus valores invertidos que fazem guerra ao Santo. “No mundo tereis aflições...”

Se, para o ímpio sistema, imoral e amoral, o negócio é amontoar todos sob a mesma sombra, malgrado a situação de cada, num confuso balaio de gatos, o ecumenismo; para Deus, a peleja é por salvar ao que for possível, separando aos salvos de tudo o que contamina e suja. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5:8

O apóstolo tinha plena ciência do que estava em jogo, e usava a devida linguagem; “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2:4 Sim, estamos em guerra.

Quem é tão “da paz” que não se importa com ataques ao Santo, blasfêmias, vilipêndios ao Seu Nome, Valores, Palavra, o tal, não é da paz; está morto. Precisa urgente, nascer de novo.

“... o bom combate...” nem todo o combate é bom. Há quem lute por metais, usando à Palavra de Deus; quem preze fama, brilho pessoal mais que a Glória do Santo. Sendo o alvo do nosso combate, o pecado, o primeiro campo de batalha se dá dentro de cada um. Nossas naturais inclinações para pecar, devem ser mortificadas a todo custo; “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12:4

Dado esse ousado passo, poderemos ser instrumentos de Cristo, para auxílio em disciplina, dos que inda erram desordenadamente. Depois de vencida em nós a tentação pra o andar desordeiro, temos autoridade; “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10:6

“... acabei a carreira...”
acabar é diferente de terminar. Terminar, simplesmente, é dar por pronto, cessar. Acabar traz a ideia de terminar com esmero, com acabamento; os toques finais para que a obra fique apreciável. Muitos sequer terminar conseguem, quiçá, acabar.

O Salvador ensinou de uns que, por não terem calculado prudentemente os custos, abandonariam à obra inconclusa; disse que deveríamos evitar isso, “Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14:29 e 30 “Quem não renuncia tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo.” Eis o custo!

Quantos que iniciaram conosco em Cristo, e hoje erram vencidos pelas seduções do mundo, infelizmente. Eles começaram e não puderam terminar. Gente que alcançou renome pregando à verdade, e hoje fala desdizendo ao que disse ontem.

“... guardei a fé.” Se, há um combate que é bom, esse se dá em defesa da fé. Judas em sua breve epístola pôs isso como um assunto urgente, que superara outros, dada a necessidade que vislumbrara; “Amados, procurando escrever-vos com toda diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” Jd 1:3

Batalhar pela fé, não alude ao direito de crer que seria tolhido; antes, ao teor do que se crê, que estava sendo pervertido. “Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus; negam a Deus, Único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd 1:4

A negação da exclusividade de Cristo, blasfêmia necessária ao ecumenismo, era visível desde então.

Noutra epístola Paulo acrescentou detalhes da forçosa luta: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10:4,5

O combate é inevitável; os valores e caminhos que escolhemos pra viver, e ensinar, são a “farda” que mostram de que lado estamos.

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