quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Força da comunhão


“Porque Deus é que opera em vós tanto o querer quanto, o efetuar, segundo Sua boa vontade.” Fp 2:13

Evitemos dar ocasião para mal entendidos. Não significa que somos marionetes de Deus, das quais Ele “puxa as cordinhas” coagindo as escolhas.

Opera em nós, querer e efetuar; porém, antes disso fizemos a escolha de renunciar o mundo, em prol do conhecimento e da adoção da Vontade Divina. Renunciamos à autonomia suicida proposta pela oposição, escolhendo a obediência, em Cristo.

Ninguém se torna servo de Deus na marra. Somos ensinados e eventualmente persuadidos, que O Criador É Bom; sabe o que é melhor para nós.
Confiando nisso, seremos convencidos a abandonar a força do nosso braço, as escolhas da nossa maneira, para sermos por Ele, conduzidos. “Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro; não receia quando vem o calor, mas sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17:7,8

Paulo ensina: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12:1,2

A renúncia dos anseios naturais é uma escolha indispensável, para que conheçamos O Divino querer. Mesmo quando passamos a pertencer ao Senhor, ainda temos escolha entre obedecer ou pecar.

Um salvo não o é porque para de pecar; antes, porque começa a crer. Ainda, peca; não mais, sem culpa, sem dor. A consciência, antes cauterizada, morta, é regenerada no novo nascimento; erros que cometíamos “seguros”, não mais podemos. Se o fizermos sentiremos o peso da culpa, necessidade de perdão. A iluminação para que vejamos o mal como é, também deriva da operação Divina em nós.

À medida que crescemos em santificação, amadurecimento espiritual, comunhão, tendemos a errar menos; paulatinamente, somos aperfeiçoados no conhecimento das coisas segundo os padrões celestes. Invés dos nossos direitos, o pleito costumeiro do homem natural, atinamos aos nossos deveres, como viver para agradar ao Criador.

A exortação a não errar nessas coisas, discernir segundo a escala de valores celeste, é o aperfeiçoamento requerido dos que tencionam viver com O Santo; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto, o mal.” Heb 5:14

Coisas tipo: “Que mal tem?” Ou, “Eu nasci assim.” Não fazem parte do vocabulário de um salvo. Seu tribunal de apelação não é seu; antes, do “está escrito.” “Tem seu prazer na Lei do Senhor; na Sua Lei medita dia e noite.” Sal 1:2

Vimos que, Deus opera em nós o querer e o efetuar, “segundo Sua vontade”; assim, quem deseja a Vontade Dele como diretriz, também pode contar com a Santa ajuda, na prática do que é agradável ao Eterno. Quando cedemos espaço à carne e sua contumaz rebeldia estamos por conta própria; não tenhamos blasfemos pensamentos, achando que, o eventual querer desorientado contaria com o apoio dos céus.

O “apoio” para pecar vem de outra fonte, como disse Billy Graham: “Se o homem quiser navegar para longe de Deus, Satanás sempre terá um barco ao dispor dele.”

A segurança da salvação, deriva de se andar em espírito, nome alternativo para “ser dirigido por Deus;” O Espírito Santo e Sua diretriz ao nosso espírito, é a Operação Divina, chamando-nos a um consórcio, mediante obediência. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo O Espírito.” Rom 8:1

Opera em nós, com nosso consentimento, pelo qual, deixamos nossa maneira fútil de ser e pensar, acatando a excelência da proposta Divina; “Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e os Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55:8,9

A futilidade corrente nas redes sociais, tipo: “quem ama a Jesus curte, compartilha” apenas deixa patente o quão superficial somos. Nosso amor por Ele requer coisas mais profundas; “Se me amais, guardai os Meus mandamentos.” Jo 14:15

Deus opera em nós, quando nos dispomos a operar Nele; nos Seus valores; na Sua Vontade. Se quisermos as coisas à nossa maneira, contamos apenas com nossas forças. Nossa dependência que parece enfraquecer, é que possibilita grandes vitórias; pois, “... quando estou fraco, então sou forte.” II Cor 12;10

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