quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Os dízimos


Sob a imagem de um homem pensativo a seguinte legenda: “A pensar por que Deus, Criador de milhares de galáxias, precisa de dez por cento do seu salário.”

Parece extremamente eloquente, uma terra arrasada contra a instituição do dízimo. Os amantes do dinheiro e alienados da Palavra de Deus saem rindo satisfeitos após lerem uma “pérola” assim. No entanto, “O que começa um pleito, a princípio parece justo, porém vem seu próximo e o examina.” Prov 18:17

Pois, examinemos a frase. Que O Criador é imensamente rico, de nada tem falta, Ele mesmo afirma; “... Meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; Minhas são todas as feras do campo. Se tivesse fome, não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude.” Sal 50:10 a 12

Quem disse que as coisas que Deus nos ordena, o faz porque necessita? Embora O Eterno se importe com nossas escolhas, porque nos ama e não quer que, nos percamos; nossas opções, sejas justas ou ímpias, não o atingem diretamente.

“Atenta para os céus, e vê; contempla as mais altas nuvens, que são mais altas do que tu. Se pecares, que efetuarás contra Ele? Se tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele da tua mão? Tua impiedade faria mal a outro como tu; e tua justiça aproveitaria ao filho do homem.” Jó 35:5 a 8

Suas Leis visam implementar justiça e verdade nas relações interpessoais; Ele não precisa que sejamos justos, santos, mas deseja; do povo da Antiga Aliança, queixou-se: “... esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; esperou justiça, eis aqui clamor.” Is 5:7

A finalidade primeira do dízimo é a provisão dos meios para que Sua Obra prossiga: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa...” 3:10 Não poderia O Senhor que é riquíssimo prover, sem a “nossa” grana. Tudo que há na terra é dele; se quis assim, com a nossa participação, deve ter Seus motivos.

Não é uma carga vã; pois, em contrapartida O Senhor se responsabiliza em abençoar os fiéis; “... fazei prova de Mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para recolherdes.” Ml 3;10

Não é um meio de salvação, mas, a oportunidade de mostrarmos nosso amor pela Obra do Senhor. Quem não quiser, nas igrejas sérias, não é obrigado. Porém a colheita de cada um será, necessariamente, conforme a semeadura.

Secundariamente, o dízimo obra a profilaxia contra o amor ao dinheiro. “... os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6:9 a 11

Se o dinheiro for apenas algo paralelo, cuja administração não interfere no bom relacionamento com o Criador, sem problemas. Quando de torna um rival, precisamos fazer uma escolha; “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mat 6:24

Os que esculacham dos que dão dez por cento de seus ganhos na Obra de Deus, jamais levantam a voz contra os desperdícios de bebedeiras, drogas e prostituições, que vislumbram ao redor. Não se trata de zelo econômico, pois; antes, de tentar justificar a incredulidade; envernizar como probas, às escolhas mesquinhas.

É certo que há muitos “marajás da fé”, mercenários mercadores de bênçãos, coisas abomináveis ante O Eterno, que deitam e rolam usando O Nome do Senhor. Ele os julgará. Muitos, ainda nessa vida. Todavia, o homem honesto não usa o fato de O Presidente ser um ladrão, para sonegar impostos. Quem toma como parâmetros comportamentais, aos maus, justifica-os.

Esse lavar-se com lama, não apenas não limpa, como ainda tolhe a autoridade moral, para denunciar aos que agem assim.

Os que servem ao Senhor com integridade, estão “armados até os dentes”, para devido enfrentamento aos jaguares do inimigo, que rosnam na arena dos argumentos falaciosos.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10:4,5

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