domingo, 17 de dezembro de 2023

Perdas necessárias


“O que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. Na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas; considero-as como escória, para que possa ganhar a Cristo;” Fp 3:7 e 8

Toda a escolha implica em perdas; ao dizermos sim, a determinada opção, automaticamente dizemos, não, a todas as demais. Imaginemos alguém em idade de se casar, que deseja isso, tendo três ou quatro pretendentes; ao escolher aquela/e que lhe agrada, sem dizer, de modo indireto, diz não, às outras possibilidades.

Quem se rende a Cristo deveras, esquece de todas as demais religiões, dada a inutilidade delas, e a exclusividade do Salvador; “ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6 Além disso, diz não, ao modo de vida pecaminoso de antes, entendendo que foi chamado a ser santo.

Seria saudável alguém se casar e conservar nas suas paredes, quadros com fotos de antigos amores? Não causaria constrangimentos, ciúmes, até? Quem for a Cristo esqueça crendices antigas, amores pretéritos. O Espírito Santo, dado a nós, após pertencermos a Ele, é zeloso; “Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? Tg 4:5

As opções religiosas de Paulo, então, era o judaísmo, versus o novo nascimento em Cristo.

Alguns que se converteram, não tendo entendido ainda a ruptura necessária, tentavam fundir às duas coisas; Paulo ensinou que era uma ou outra; eram excludentes; “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela Lei; da graça tendes caído.” Gál 5:4

A Lei era santa, justa e boa, mas não fora dada para salvar, antes, para conduzir ao Salvador; “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3:24

Com as credenciais requeridas para ser visto como um religioso respeitável, Paulo tinha o “pedigree” que os judaístas aprovariam; não se importou que essas qualidades fossem tidas como escórias, pela excelência do conhecimento do Salvador.

Ele mesmo alistou seus predicados judaicos; “Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a Lei, fui fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na Lei, irrepreensível.” Fp 3:5 e 6 Fora muito bom no que se tornara inútil; seu potencial judaísmo.

O Salvador mesmo ensinou, que, quem lograsse ver O Reino de Deus como é de fato, certamente abriria mão de todas as demais “riquezas” pela excelência dele; “O Reino dos Céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.” Mat 13:45,46

Muitos “se convertem” trazendo seus cacoetes religiosos de antes, e os pretendem “cristianizar”; outros, estragam à “Sã Doutrina” enchendo-a de penduricalhos como se ela fosse uma árvore de Natal.

“Sola Scriptura;” diziam os reformadores;

a Escritura, a tradição da igreja e dogmas, defende o catolicismo;

a Escritura e o “Espírito de Profecia” de Ellen White, objeta o adventismo;

a Escritura, com sua “tradução” peculiar, e livros aprovados pela Torre de Vigia, esposa o jeovismo;

algumas nuances da Escritura, e os muitos acréscimos e deturpações de Joseph Smith, pretende o mormonismo;

algumas porções escolhidas da Escritura, sobre amor e caridade especialmente, e, ensinos dos mortos que, supostamente, voltariam em médiuns, defende o espiritismo... etc.

Negar-se cabalmente, por Cristo, embora proposto a todos, não é para qualquer um. “Muitos são convidados; poucos, escolhidos.”

Paulo foi categórico sobre os câmbios necessários: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; e tudo se fez novo.” II Cor 5:17

Além dos cacoetes religiosos, muitos vícios que A Palavra declara abomináveis, como as perversões sexuais, também são trazidos pra dentro da Igreja, de modo profano, para emporcalhar os lugares santos.

Qualquer um pode vir a Cristo, sujo como estiver; não importa quais pecados tenha cometido. Ele É Grandioso em perdoar. Todavia, quem se arrepende e confessa, além da palavra de perdão ouve outras; “Vá e não peques mais.” O Senhor perdoa a todos; não aceita a tudo.

Se, Paulo considerou como escórias, credenciais que eram tidas como respeitáveis na sociedade dele, pela excelência de Cristo, como consideraria, práticas que sempre foram vistas como réprobas, desprezíveis?

Ah, mas, os tempos são outros... Não! Os homens são outros. Muito piores que os de antes, sem a capacidade salutar de sentir vergonha, necessária, ante situações vergonhosas.

Quanto mais a humanidade se afasta do alvo, mais gritante será a diferença das “novas criaturas” em Cristo; pois, Ele não muda. “Jesus Cristo É O Mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

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