domingo, 17 de dezembro de 2023

Porta-bandeira


“... vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele Sua bandeira.” Is 59:19

É próprio do inimigo a arte da dissimulação, do disfarce, não costuma vir de peito aberto; pode, inclusive se disfarçar de anjo de luz; seus ensinos, parecerem, caridosos, humanos, inclusivos, libertários. Discernimento é essencial.

Uma bandeira, com cores e formas, nada mais é que o símbolo que forja uma identidade. Agremiações, partidos, ideologias, associações, municípios, estados, usam-nas.

Um pleito, uma cosmovisão, podem ser figurados como “bandeiras” sem o uso de um lábaro, necessariamente.

Ante determinada posição, se pode dizer que ela está sob essa ou aquela bandeira; significando as ideias que a posição referida esposa.

Hoje, li uma postagem sob a “bandeira” do individualismo que me fez pensar; dizia: “Repita comigo: A maneira que alguém escolheu viver é problema dele, não meu.” Gostei do “repita comigo”: Me senti na pré-escola com uma “tia” segurando-me a mão, ensinando a curvatura das vogais.

Habituado a ruminar antes de engolir, aos poucos fui formando um conceito diverso. Que, as escolhas de outrem não me dizem respeito, de acordo. Ninguém tem direito de interferir no arbítrio alheio. Todavia, uma coisa seria interferir; outra, advertir contra eventual perigo.

Respeitosamente comentei que preferia repetir com Deus, que com o autor da postagem. A Palavra Dele diz: “Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, os que estão rumando à matança; se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não o considerará aquele que pondera os corações? Não saberá Aquele que atenta para tua alma? Não dará Ele ao homem conforme sua obra?” Prov 24:11,12

Vendo eu alguém tomar um caminho deletério, física ou espiritualmente, em nome da individualidade “inalienável” desse alguém, eu fingiria não ver; faria de contas que estaria tudo bem? Não entendo por que, bombeiros fazem tudo para salvar pretensos suicidas; e as individualidades deles?

Os salva-vidas nas praias, usam bandeiras de diversas cores, tendo cada uma sua mensagem. Quando o mar está mui revolto, perigoso, colocam bandeira preta, avisando contra graves riscos de se entrar na água naquelas condições; se, as águas estão perigosas, num grau sutilmente menor, usam à bandeira vermelha, advertindo da existência de perigos consideráveis, repuxos, etc. Se os riscos são pequenos, contornáveis, em geral, usam bandeira laranja; porém, na maré mansa, onde, respeitadas as peculiaridades do mar, não há perigo, são boas as condições, colocam a verde.

Antes de salvar alguém, em meio a um perigo, pois, há todo um conjunto de cuidados preventivos, dado o valor da vida humana e a importância de preservá-la.

Entretanto, sob quaisquer condições, se virem alguém nas águas, correndo risco, presto eles intervirão; seu trabalho é salvar vidas em perigo, não, “respeitar à individualidade” das pessoas, como um valor absoluto.

De semelhante modo, a vida espiritual. As pessoas regeneradas em Cristo, por Ele capacitadas a ser “salva-vidas”, não têm direito de bancar as desentendidas, quando veem que alguém corre risco de perdição. “intrometer-se nas vidas alheias” mediante conselhos, ensinos, advertências é parte do “ofício” das tais.

Embora, seja difícil convencer sobre a estrita dualidade da vida, ou se está com Deus, ou contra Ele, não há neutralidade; as coisas a rigor, são assim. 

Qualquer “bandeira”, por libertária, inclusiva, humanista, solidária que pareça, se, em seu bojo aliena da verdade, justifica ao pecado, avaliza ao egoísmo, ou perverte a Doutrina do Senhor, é do inimigo.

Cabe aos habitados pelo Espírito Santo, discernir às coisas como o são; feito isso, avisarem da parte do Senhor. “... vindo o inimigo como uma correte de águas, O Espírito do Senhor arvorará contra ele Sua Bandeira."

A Bandeira do Espírito Santo não é identificável por cores ou formas, diferente das outras; antes, pelos frutos que devem produzir, os que estão sob ela; “O fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” Gál 5:22,23

A incredulidade é multifacetada, bem como, a oposição a Deus. Não obstante O Espírito Santo seja Uma Pessoa, quase sempre age usando outra, um ser humano por Ele habitado, para devida comunicação da Vontade Divina.

A Palavra ensina que não lutamos contra carne nem sangue, antes, contra principados e potestades espirituais; não peleamos contra o inimigo, diretamente. Antes, contra seus ensinos e doutrinas errôneas, difundidas mediante pessoas que estão sob a influência dele. Qualquer tipo de pecado é uma cor, no mosaico de imoralidades dele.

Os que são habitados pelo Espírito Santo, usam “vestes alvas” (obras de justiça) tendo o Óleo Santo sobre si; a unção, direção Dele. “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9:8

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