segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Escura escolha



“Porque todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados; e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados...” Heb 5;1,2

Dois tipos; os ignorantes, e os errados. Os primeiros precisam de luz para ver; os errados, de obediência para andar conforme veem.

“Deus não toma em conta os tempos da ignorância” Atos 17;30, não significa que os pecados cometidos por ignorância não sejam pecados. Assim como, na lei dos homens há distinção entre o crime culposo, (sem intenção) e doloso, (onde o intento estava) da mesma forma O Eterno diferencia pecados; os cometidos por ignorância, e os pela escolha errada. As leis humanas copiaram daí.

Desde a Antiga Aliança, tais pecados eram tratados; “Se alguma alma pecar por ignorância, para expiação do pecado oferecerá uma cabra de um ano. O sacerdote fará expiação pela pessoa que pecou, quando pecar por ignorância...” 15:27 e 28

A presunção de ver, impondo às coisas Divinas, idiossincrasias humanas, faz as pessoas culpadas, mais do que, se ignorassem e assumissem isso. Quantos se apressam em dizer que todas as religiões são boas, todos os caminhos válidos; não porque as coisas sejam assim; mas, porque defender isso lhes convém.

Falando com os Fariseus, que pretendiam ser expoentes da Lei de Deus, portadores da Luz espiritual, O Salvador pontuou: “... Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos. Os fariseus, que estavam com ele, ouvindo isto, disseram-lhe: Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9:39-41 O Salvador não reconheceu que eles viam; antes, lembrou que eles diziam ver, presumiam assim.

O Mestre veio ensinar aos ignorantes, para que vissem, e deixar os presunçosos entregues a si mesmo, pois, recusando a Luz, fatalmente a condenação das trevas permaneceria sobre eles; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3:19 Infelizmente há um laço afetivo entre o pecador e o mal, que o faz desejá-lo, mais que o ser iluminado pela Luz Celeste.

O ignorante tem concerto, basta que a luz da verdade raie sobre ele; o errado costuma não ter, até porque, em sua presunção, acredita nem precisar. No entanto, os poucos que, convencidos abandonam seus erros e passam a andar na luz, são perdoados, e transformados.

A ignorância é falta de conhecimento. Quando Paulo ensinou que O Eterno não tomava em conta os tempos da ignorância, estava traçando uma linha divisória; pois, dali em diante eles estavam ficando cientes dos seus pecados, (no contexto, a idolatria) e sendo convidados ao arrependimento. Seus passados errôneos seriam esquecidos, se, dali em diante se arrependessem e mudassem. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

Quando convidados a sair do escuro, porque a verdade está sendo posta aos nossos olhos, eventual recusa deixa de ser ignorância, estritamente, e se torna erro. Uma escolha está sendo feita, e as pessoas sabem o quê, escolheram. Rejeitaram ao conhecimento espiritual, como se, a ignorância voluntária fosse um salvo-conduto; A Palavra ensina que não; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei...” Os 4:6

Nos provérbios também, A Palavra deixa ver que a “ignorância”, na verdade é rejeição, cuja forma, bem como as consequências estão postas de modo categórico; “Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? Vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento? Atentai para Minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras. Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi Minha mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão, também de Minha parte Me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo vosso temor.” Prov 1:22-26

A Exclusividade de Cristo, como Senhor e Salvador, bem como, a separação do mundo, requerida para os que se dizem Dele, vêm sendo minadas dia a dia, graças à contribuição de uma geração sonolenta, que prefere ser “descolada” a ser santa.

A ignorância por privação é normalmente reparável, sob a incidência da luz; porém, a desonestidade intelectual do que, se faz de desentendido por recusar pagar o preço que, sabe ser necessário, ou, o tal rasga sua máscara hipócrita ou, ela o irá matar; “Eles voluntariamente ignoram isto...” II Ped 3:5

Nenhum comentário:

Postar um comentário