sábado, 30 de abril de 2022

Os tonéis vazios


“Se, disserdes: No Senhor nosso Deus confiamos; porventura não é Esse Aquele cujos altares Ezequias tirou, dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante este altar vos inclinareis em Jerusalém?” II Rs 18;22

O emissário de Senaqueribe propondo a rendição aos judeus; a superioridade numérica era tanta, que o vaidoso enviado se divertia. “Ora, dá agora reféns ao meu senhor, o rei da Assíria; dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.” v 23 A “dúvida” era se o rei Ezequias poderia reunir dois mil homens.

Depois de desdenhar possível socorro de Faraó, zombou também da confiança em Deus; pois, segundo suas palavras, o próprio rei Ezequias, O havia banido. Estando alienados de Deus, sem forças militares para um confronto, apenas a rendição lhes restaria, segundo argumentara o loquaz emissário.

O uso de narrativas falaciosas, de tentar colar versões abafando fatos é mui antigo, embora seja bem mais pujante, atualmente.

Ezequias banira a idolatria, que tentara usurpar o Lugar do Senhor, para que o culto verdadeiro se restabelecesse. “Fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo que fizera Davi, seu pai. Ele tirou os altos, quebrou estátuas, deitou abaixo os bosques, fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã. No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.” vs 3 a 5

Assim, o “Lula” da época pegou a derrocada imposta à idolatria de então, e disse ser isso, uma rejeição ao Deus Vivo. Nada poderia estar mais longe da verdade. Porém, o cultor de Zé Pelintra e defensor do aborto se mete a dizer quem é cristão e quem não é, atualmente.

Em outra fala (ácia) disse que os evangélicos não podem ficar ouvindo pastores; se assim fizermos, teremos que ouvir a ele. Onde já escutamos isso? Ah, no Éden: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”, ensinou aquele que se pretendeu libertador dos “excluídos da Divindade.” O PT, (profeta trambiqueiro) da época.

Não sei qual grau de influência pretende que suas baboseiras tenham; discursos de inclusão social, ética na política, esses verdadeiros criadouros de corruptos, na bandeja do Erário, foram dedetizados pela informação. O conto da cegonha não cola mais; nós sabemos, como os bichos nascem.

Não ignoramos que há muitos maus pastores, infelizmente; mas, o pior deles inda vira bebê capeta, perto do capiroto mor de nove dedos.

Se, nas coisas humanas, ao rés do chão, muitas vezes vence quem grita mais alto, quem mente melhor, nas que envolvem O Eterno, Ele mesmo se ocupa em definir o que é réprobo e o que é veraz.

O rei assírio mandou seu joguete bravatear blasfêmias, presumindo-se enviado; “Subi eu, porventura, sem o Senhor contra este lugar, para o destruir? O Senhor me disse: Sobe contra esta terra, e destrói-a.” V 25

O rei “alienado” fez a coisa certa, foi orar. “Aconteceu que, tendo Ezequias ouvido isto, rasgou suas vestes, se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor.” Cap 19;1

“Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e as suas terras. Lançaram os seus deuses no fogo; porquanto não eram deuses, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, te suplico, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra que só tu és O Senhor Deus.” vs 17 a 19

O Eterno respondeu através do profeta Isaías, palavras de segurança, proteção. O que fora caluniado e humilhado, receberia livramento, porque O Santo se agradava dele.

“Sucedeu que, naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres.” v 35

Não obstante o domínio da “mídia” da época, e a superioridade bélica, o “líder das pesquisas” teve que engolir fragorosa derrota e volver ao seu país humilhado, onde foi assassinado perante seus ídolos, por seus próprios filhos.

A força da mentira é a mesma dos espantalhos. Até faz algum efeito mercê da ignorância das aves. Se essas pudessem ver melhor, usá-los-iam como poleiros.

O mínimo que se espera dos servos de Deus é algum discernimento. “O que é espiritual discerne bem tudo; ele de ninguém é discernido.” I Cor 1;15

Quem acha que se trata só de política e cada um escolhe o quer, ainda não entendeu nada. Como as asas acabam inúteis para aves engaioladas, assim, os cérebros para esses.

domingo, 24 de abril de 2022

O Peso da Mentira


“Ao vil nunca mais se chamará liberal; do avarento nunca mais se dirá que é generoso.” Is 32;5

Consequências da vinda do Rei de Justiça; as coisas passariam a ser chamadas pelos seus nomes. Grosseira inversão de valores já existia; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Vivemos a insana pós-verdade. Os interesses políticos e ideológicos ancoram seus barcos em narrativas fajutas. Os fatos, normalmente submergem nessas poluídas águas.

“Por isso o direito tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça. Vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso Seu Próprio Braço lhe trouxe a salvação, Sua Própria Justiça o susteve.” Cap 59;14 a 16

Como a única adoração aceitável ao Senhor é “em espírito e verdade,” os adeptos da mentira necessariamente serão mantidos à distância, rejeitados, por réprobos em suas almas corruptas.

No início da igreja, Ananias e Safira mentiram solenemente perante os apóstolos, e caíram mortos; permitiram, no fundamento de uma obra santa, o concurso dessa velha profana, a mentira.

Não se trata de mero erro pontual, desvio. Os mentirosos são filhos do maligno; “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44 O fruto da mentira é letal; “Ele foi homicida porque é mentiroso.” Mentira é pecado; e “o salário do pecado é a morte.” Rom 6;23

Tanto é assim, que os mentirosos não terão herança com os filhos de Deus; “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

Embora a verdade, normalmente seja a leitura real de um fato, a descrição fiel, também é uma índole interior. Aquele que a ama, a aceitará, mesmo quando ela lhe é desfavorável; coisa que os religiosos dos dias de Cristo não fizeram; “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” Jo 18;37

Dado sermos falhos, em muitos momentos a verdade será contra nós. Entretanto, se olharmos com olhos melhores veremos que ela nos defende, quando nos denuncia. Digo, quando evidencia meu erro, e, eventual boa índole me leva ao arrependimento, confissão e abandono, os “danos” da verdade são dores necessárias para o restabelecimento da minha saúde espiritual.

Não é muito fácil enxergarmos fielmente a nós mesmos, quando não estamos bem na foto. Tiago advertiu de alguns que não se preocupavam muito com o que viam; “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; contempla a si mesmo e vai-se, logo se esquece de como era.” Tg 1;23 e 24 Nesse caso, a pessoa até se aproxima da verdade, mas não o bastante para permitir que ela a toque, e transforme.

O dilema é: Ou ousamos melhorar naquilo que estamos mal, ou apagaremos a luz, para que o nosso mal fique oculto; Essa foi a escolha da maioria, nos dias do Salvador. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Como fomos criados para funcionar segundo Deus, todo aquele que abriga mentira no íntimo, traz sintomas de desequilíbrio emocional, nervosismo, inquietações, doenças psicossomáticas, que só a medicina da verdade poderá sanar.

A Palavra menciona esses doentes: “os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22 Por outro lado, os da verdade podem repousar sob a Divina proteção; “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4;8

Todos nós fomos planejados perfeitos, mas inutilizados pelo vírus do pecado. Os que recebem a Cristo, são de novo “formatados” Nele, e finalmente repousam de pesos desnecessários. “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

sábado, 23 de abril de 2022

O Bezerro da Carne


“Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, vossos filhos, filhas e trazei. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e trouxeram a Arão; ele os tomou das suas mãos, trabalhou o ouro com um buril e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.” Ex 32;2 a 4

O povo hebreu fora escravo por mais de quatro séculos. Não é próprio de gente assim, a posse de ouro; seja em forma de joias ou outra qualquer. Tal ouro derivava da bênção Divina, que infundira terror sobre os escravagistas e fizera com que esses pagassem, ao menos um pouco, pelo trabalho escravo.

Assim, para um povo que começava a migrar livre rumo à Terra Prometida, a posse de tais coisas era absoluta novidade; por certo, motivo de alegria, apego.

Sendo a confecção do bezerro de ouro uma temeridade, de humana iniciativa, por quê teve tão pronta adesão, mesmo ao custo de preciosidades recém obtidas? De outra forma: Por quê somos solícitos nas coisas de nossa predileção, mesmo erradas, e lentos, obtusos, nas ordenadas por Deus?

Poderíamos argumentar em defesa daqueles que, havia muita ignorância acerca de Deus; não existia Palavra Escrita, como hoje; e “no escuro” agiam sem saber direito o que faziam. É. Nós temos muito mais elementos para conhecer a Deus, que eles. Mas, qual de nós viu o cumprimento das dez pragas? Ou, andou pelo deserto guiado por uma nuvem de dia, e por uma coluna de fogo à noite?

Se, o conhecimento eliminaria essa dureza resiliente na desobediência, por quê, os atuais também preferem sacrifícios pontuais, à obediência plena e comunhão? Essa é uma tendência da espécie caída em todo o tempo; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Infelizmente, nossa natureza perversa tende a ver O Eterno como uma espécie de “Plano B”; quando tudo estiver bem a gente se vira sozinho; mas, quando algo for mal, clamaremos a Deus por socorro. Como que, invertemos as posições de Senhor e servo.

Tipo filhos desobedientes que arrostam as vontades dos pais todos os dias; mas, no dia das mães e dos pais, postam belas “homenagens” para que todos vejam seu “amor filial”. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios; mas, seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Passamos todo o ano alheios a Deus; Seus Valores, Sua Palavra; mas, na “Semana Santa” encenamos o Calvário, até choramos três ou quatro lágrimas de crocodilos. Ou, quando nossas temerárias escolhas nos lançam no vale de alguma desgraça, presto assoma nossa “fé” e clamamos por socorro.

Deus tem uma má notícia para “espertos” assim; “... porque Eu clamei e recusastes; Estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção; antes, rejeitastes todo Meu Conselho e não quisestes Minha Repreensão... Então clamarão a Mim, mas, não responderei; de madrugada Me buscarão, porém não Me acharão.” Prov 1;24, 25 e 28

Embora a Bendita Onipresença do Eterno, chega uma hora em que Ele se põe “distante;” por isso a advertência: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

Como aqueles disseram blasfemos, que o bezerro de ouro recém moldado era o “deus que vos tirou do Egito.” Do mesmo modo, tendemos a endeusar nossas predileções, por toscas que sejam; partilhar como verazes, porções do pensamento alheio oriundas de fontes espúrias, de gente avessa a Deus. Isso, por muitos “cristãos”.

Um cristão prudente há de dizer: “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7 Não que seja vetado partilhar frases de pensadores vários; mas, só faremos isso à medida que as tais sirvam para evidenciar nosso apego à Sã Doutrina do Senhor.

Resumindo: outros modos de expressar podem ser úteis no tocante à forma; mas, nenhum será alternativo ao conteúdo. Posso me servir de filósofos vários se, seus “espanadores” forem úteis para deixar mais brilhantes os ensinos de Cristo.

O Deus que me tirou da escravidão (do pecado) não pode ser moldado por mãos humanos. Antes, Ele nos quer moldar outra vez, regenerar; como nossa natureza tende a resistir, precisamos da cruz, da renúncia.

Selfie do dia dos pais não cola. Quer habitar em nós; “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra, Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Feito isso, andaremos limpos em tempo integral; “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Daniel Silveira no Cânion


"Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

“As leis - dizia certo pensador - são como teias de aranha; pegam insetos pequenos; os grandes, rompem-nas.”

A parcialidade humana que, aos chegados oferece as benesses, aos desafetos o rigor, desvirtua o sentido da lei; uma cerca que fora construída para ser um termo justo se torna um arranjo casuísta a serviço de interesses rasos.

Perante Deus, não basta ser “legal”; ter alguma brecha a ser usada, ou mesmo uma norma criada ao sabor de um interesse eventual; as leis humanas devem ser, ao menos em parte, derivadas da Divina. O que exceder a isso, ou, se opuser, enquadra-se na sentença supra; onde alguém se divorcia do Criador, criando espantalhos espúrios, pretextos.

Em se tratando dos “Dez Mandamentos” muitos cristãos ainda têm entendimento limitado sobre eles. Uns pensam que caducaram com a vinda da Graça; Jesus Cristo. Outros, que devem guardar os mesmos ainda, como a observância do Sábado.

A Lei não salva; é chamada de “Ministério da Condenação;” conduz ao Salvador; “Serviu de Aio para nos conduzir a Cristo.” Ainda vigora; pois, em seus termos serão julgados os que rejeitam ao Senhor; “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da Lei, porque pela Lei vem o conhecimento do pecado.” Rom 3;20 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da Lei.” Rom 3;28 

Nossa “fuga” à sombra da fé é necessária pelo medo da espada da Lei. “Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a Lei.” Rom 3;31

Para os de Cristo vigora nova lei; “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;12 Ele resumiu tudo em dois mandamentos; amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo. Em Seus ensinos demonstrou como se faz isso; vai muito além de mera profissão verbal.

Vivemos no Brasil dias de atropelos da Lei como jamais visto. Nossa Corte Suprema que deveria ser o Everest da Justiça, assemelha-se mais ao Grand Cânion.

Notórios bandidos com viés esquerdista, como Lula e José Dirceu, andam livres leves e soltos, elegíveis; malgrado, julgados e condenados em todas as instâncias possíveis. Entretanto, jornalistas, blogueiros, e até parlamentares cuja tendência ideológica é conservadora, sofrem coisas mui além dos rigores da lei. O Supremo arvora-se no direito de fazer tudo de supetão, ao arrepio da Constituição, ritos processuais, jurisprudência; contradizendo discursos pretéritos dos próprios juízes.

Muitos participam de eventos políticos com viés esquerdista, “lives” até. Se fossem adeptos, ao menos da verossimilhança, não fariam nada disso. Um magistrado probo não deve falar politicamente; apenas juridicamente no âmbito do seu trabalho. Esse não estão nem aí. Barroso chegou a chamar o conservadorismo, outro dia, de “Inimigo” vestindo aberta e obscenamente a capa vermelha.

Então, após terem condenado ao deputado Daniel Silveira pelo “crime” de opinião, para a qual, a Constituição lhe assiste amplo direito, não obstante, o mérito possa ser alvo de julgamento na Comissão de ética do Congresso; depois dessa aberração, digo, nosso Presidente tomou, finalmente, uma atitude constitucional, que arrosta a famigerada Corte, aquela. O indulto.

Ao ver Daniel na cova “leiões”, enviou seu anjo (decreto) e desfez a patifaria cumprindo seu juramento de proteger à democracia e a liberdade.

Para a “justiça” canhota, Césare Battisti, que matou quatro na Itália e fugiu para o Brasil merecia indulto e proteção governamental; um deputado que criticou acidamente aos desmandos da Corte merece quase nove anos de cadeia. Se julgassem aos “canhotos” com a severidade e sanha com que perseguem aos conservadores, já teriam instituído pena de morte e fuzilado muitos corruptos e ladrões. “O que é isso cumpanhêro?”

A Palavra de Deus ensina que seremos julgados pela mesma regra com a qual julgamos. Vai ser trágico, no dia do Juízo Final, quando esses “próceres da justiça” tiverem que enfrentar seus próprios “padrões” de julgamento.

Sei que eles não temem a Deus; o comunismo, não obstante a simpatia de alguns “cristãos” é essencialmente ateu; seu sonho de consumo é fechar igrejas; o estado “é Deus”. O partido vermelho o sacerdócio, como na China.

Enfim, conhecendo a veia tirânica que neles pulsa, é de se esperar que não aceitem pacificamente essa “humilhação”; o Presidente é o último bastião da liberdade democrática; até o Congresso capitulou. Fez bem em pagar pra ver. Ou a Constituição ainda vale, ou, se rasgue a mesma e salve-se quem puder.

A escuridão da ignorância sempre é nociva; mas quando mora no habitat da luz, é abominável. “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O Insano Carro Flex


“Digno És, Senhor, de receber glória, honra e poder; porque Tu Criaste todas as coisas; por Tua Vontade são e foram criadas.” Apoc 4;11

Interessante esse presente e pretérito no tocante à criação; “... são e foram criadas.” A ideia é que a criação ainda acontece no presente. Diverso da doutrina evolucionista, de que as coisas sofrem “melhoramentos” para adaptação ao meio, quando O Criador intervém, cria algo novo.

A salvação em Cristo busca por um “modelo” que se perdeu, sofreu avarias; daí, uma regeneração; mesmo assim é algo novo. A mudança requerida é tal, que o processo é chamado de “nascer de novo.”

O Eterno, no prisma biológico, aparentemente não cria mais nada atualmente; mas, no aspecto espiritual Seu Labor não cessa. “Meu Pai trabalha até agora...” disse O Salvador; e ainda não parou.

Como vimos ao princípio, pelos “direitos autorais” a Ele cabem, glória, honra e louvor; a quem nada fez, exceto, invejar, subverter, perverter, usurpar, caberia o quê?

Imaginemos um carro sofisticadíssimo, o mais caro de todos, cujos componentes foram meticulosamente planejados; um para mover o motor; outro, para conduzir eletricidade; facultar torque; arrefecer a temperatura; condicionar o ar interior; sinalizar movimentos do motorista; frear... etc. Quem investiria alto num modelo assim, para fazer “gambiarras”?

A presunção é que a coisa foi metodicamente estudada e testada, para saber como funcionaria satisfatoriamente; nenhum homem psicologicamente sadio pretenderia fazer modificações, arriscando perder a funcionalidade do precioso veículo.

Pois, o ser humano é esse “veículo” sofisticado, Criado pelas Mãos do Eterno. Pelo projeto original funcionaria bem, movido apenas pela Água da Vida.

Entretanto, um novo “engenheiro” surgiu dizendo que o motor era “flex”; assim, funcionaria ainda melhor se fosse deixada a energia da ordem Divina e abastecido com “satanina e humanina independentis” dois combustíveis “novos”, até então, ignorados.

Originalmente, dado o “Molde” no qual foi inspirado, o “carro” funcionaria pelas vias da justiça, verdade, obediência, santidade, retidão, amor, paz... seu motor não envelheceria, nem careceria reparos.

Contudo, depois da mistura de combustíveis, começou a errar pelos caminhos da inveja, ódio, morte, mentira, perversão, impurezas... assim, o carro que não sofreria a ação do tempo acabou no lixão, no ferro velho.

A falta do “Combustível original” levou o homem a buscar simulacros, que, se aparentemente a joça inda funciona sem aquele, nunca chega ao desempenho que tivera antes da mistura; nem anda mais pelas vias para as quais fora criado.

Alguém definiu com propriedade que todo homem traz dentro de si um vazio com o Formato de Deus. Enquanto esse não for devidamente preenchido, o ser humano seguirá errante e sem paz. “O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 Que O Criador defina como o “carro” deve funcionar parece mui justo.

Porém, quanto mais o rio do tempo corre, mais o ser humano perde-se nas corredeiras do vício. O “dínamo” que potencializaria a capacidade de amar desinteressado, não funciona sem o combustível original; então, as forças geradas pelos combustíveis alternativos fomentam o ódio, perversão, infidelidade, mentira... os valores invertidos.

Quando alguém aplaude pornografia travestida de arte, blasfêmias maquiadas de liberdade de expressão, tirania camuflada em democracia, ladrões da política como benfeitores, no fundo, não está dizendo que gosta dessas coisas; mas que odeia seu oposto.

Que lhe falta paladar apurado para apreço da verdadeira beleza; que detesta saber que poderia usar o combustível puro; mas, o caminho que levaria ao “posto” lhe é muito estreito para seu “carro” inflado de presunções; que os tiranos lhe servem, ao menos para fazer outros sofrerem também, já que lhe falta ousadia para erradicar as razões de seu sofrimento; que ladrões em evidência representam, ao menos, a ideia que o roubo compensa...

O Salvador continua buscando em Seu amor, quem ouse lhe dar ouvidos; ser abastecido outra vez, pelo combustível da Palavra de Deus, para rodar segundo o projeto original. “Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu; o salvou de todas as suas angústias.” Sal 34;6

Não importa o dano que a “máquina” sofreu ao longo do tempo. Quem Criou o modelo sabe como o regenerar. Nele, todas as peças serão transformadas. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passar e tudo se fez novo”. II Cor 5;17

Então, a energia usada para odiar se fará serviçal do amor; necessidade de se esconder sob a capa da mentira será curada pelo bálsamo da verdade; o risco ao colidir contra a morte será desfeito pelo “airbag” da vida eterna.

A gasolina tá cara? Aos Seus, O Senhor abastece de graça. “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede venha; quem quiser tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

terça-feira, 12 de abril de 2022

Os "Profetas" e as estrelas


“Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, só profetizam do engano do seu coração?” Jr 23;26

A falta da Palavra de Deus escrita fazia da figura de um profeta, algo fora de série. Deus comissionava aos que Escolhia e colocava nesses Sua Voz, mediante a qual conduzia ao povo.

Certa vez, três reis estavam dúbios sobre uma empresa bélica, e alguém lhes lembrou de Eliseu; “... Aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias. Disse Jeosafá: Está com ele a Palavra do Senhor. Então o rei de Israel, Jeosafá, e o rei de Edom desceram ter com ele.” II Rs 3;11 e 12

Um profeta idôneo era a “Bíblia” de então; “Está com ele A Palavra do Senhor.” O falso seria com um livro de heresias atual, um convite ao desvio; placa pro descaminho. Daí, a severidade com que Deus julgava aos tais, e ainda julgará.

Passados os “rudimentos do mundo”, ou cumprida a “plenitude dos tempos”, o trato de Deus com a humanidade mudou: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” Heb 1;1

O Ministério do Filho de Deus, diferente dos profetas pretéritos não trouxe assomos pontuais da Palavra de Deus; era a Palavra Divina “full time”. Não se limitou a predições ou juízos, como foram, aqueles; Ele se dedicou ao ensino dos valores do Reino, com Suas significativas e eloquentes parábolas, e demonstrações práticas de cuidado e amor.

Quatro repórteres documentaram Seus feitos e ensinos; A Palavra de Deus ganhou o mudo, sem necessitar de profetas, como antes. Apenas pregadores. A coisa melhorou depois, com a impressão de livros.

Era difícil julgar uma profecia, porque seria necessário acessar o íntimo do profeta para saber a origem de sua fala. Só um profeta idôneo, usado por Deus, poderia denunciar aos falsos, como fazia Jeremias.

O povo comum, geralmente era refém deles; os falsos, por descompromissados com a verdade miram na aceitação; para obter a essa, acenam com facilidades. Ainda é assim. “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja;” Jr 5;31 Quem prefere o fácil ao veraz, sempre terá mais apreço pelos falsos profetas.

Quando as consequências vieram, ao verdadeiro vidente, só restou chorar sobre uma terra arrasada; “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade para impedirem teu cativeiro...” Lam 2;14

Hoje, com A Palavra Divina escrita, e relativamente conhecida, o falso não requer uma incursão na intimidade de quem fala para ser descoberto; basta um conhecimento sólido do que está escrito, para se cotejar a profecia com isso; saltará ao espírito de quem investiga, o discernimento sobre a fonte que, eventualmente, jorra.

“Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?” Tg 3;11 Assim, ao menor sinal de impureza da “Água”, é bom desconfiarmos da fonte. “... todas minhas fontes estão em Ti.” Sal 87;7

O verossímil só é preciso para enganar, onde, as potenciais vítimas do engano tenham algum senso crítico; um mínimo conhecimento da Palavra. Onde isso não se verifica os falsários deitam e rolam.

Os “profetas” de WhatsApp da atualidade estão tão seguros da cegueira adjacente, que nem se preocupam com essa coisa “trabalhosa” de buscar verossimilhança. Que a coisa soe verdadeira.

Quem tiver estômago para tal, os ouvirá durante meia hora sobre o que “Deus lhes revelou”, sem sequer menção, de um verso da Bíblia, onde Deus Revelou Seus Pensamentos a toda humanidade.

Não há mais profetas como aqueles do Antigo Testamento; “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus...” Luc 16;16

O Espírito Santo, eventualmente, usa alguém, quando Lhe apraz, para revelar algo oculto; mas, reitero, não há mais profetas como aqueles. Quando alguém prega A Palavra revelada com honestidade, destreza, de certo modo profetiza, pela natureza da Palavra; “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou O Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Quem “ajeita” a interpretação, por conveniências rasas, desejo de agradar, alinhamento histórico com a heresia mor de sua denominação, etc. Se faz um falso profeta.

Além disso, a coisa certa em lábios errados também fica falsa. É necessário que a vida “profetize”, senão, de novo, “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Os falsos profetas terminarão no lixão da história; contudo, “os que a muitos ensinam a justiça, resplandecerão como as estrelas sempre e eternamente.” Dn 12;3

“Amai para entendê-las; pois só quem ama pode ouvir as estrelas.” Olavo Bilac

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Os defeitos do Bolsonaro

 
“O que justifica o ímpio e o que condena o justo, tanto um quanto o outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15


Sendo a vida, imenso teatro, tanto nossas ações são vistas pelos outros, quanto, as alheias, por nós. A pessoa pode decidir não “se meter” em nada; é direito particular. Mas, numa roda mais restrita, ou no foro íntimo, compactuará com algumas atitudes e depreciará outras; não tem como ser diferente. Não há neutralidade possível.


Como vimos acima, tanto nossa justificação, quanto, condenação, terão consequências perante O Eterno. Nesse sentido devemos entender o “... Bem-aventurado o que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22 Ou, noutras palavras, feliz aquele que aprova, apenas as coisas contra as quais não pesam condenações.


Quando defendo Bolsonaro, o faço por identidade de valores, sem sonegar eventuais restrições necessárias; não gosto da cegueira voluntária, da idolatria. Ele mesmo reconhece que falou coisas indevidas, precipitou-se, excedeu-se, escolheu mal, teve que reconsiderar, voltar atrás; afinal, não é perfeito. O que mais poderíamos esperar, no prisma moral, de alguém falho como nós?


Na verdade, muitos de nós são bem piores; a diferença é que ele é um homem público, tudo que faz vira manchete; sobretudo, algum erro; até onde não erra é atacado cinicamente pela maioria do “Jornalisme” atual.


Aí surgem edições dos piores momentos dele, como “pedras de toque” para aferir seu caráter. Será que é mesmo assim que se deve agir a bem da verdade e decência?


Pois, esses que montam tais edições e lançam na cocheira dos muares úteis, para que esses desfrutem, esquecem algumas coisinhas que convém lembrar: Diziam que O Bolsonaro não poderia ser eleito, porque perseguiria negros, gays, mulheres, solaparia às instituições, ameaçava à democracia... “Ele não!” Seu mandato está terminando quase; nada disso aconteceu.


Onde estão atuando “Indiana Jones e os caçadores do erro cometido” que passam ao largo desses erros de avaliação, calúnias, e escavam grutas antigas sepultadas pelos fatos novos?


Pior: Um erro derivado de uma intemperança verbal no calor do momento, como a discussão com Maria do Rosário, por exemplo, é diferente de uma coisa feita, fria, calculada e sistematicamente, como as campanhas contra Bolsonaro.


“Nunca antes na história deste país”, um homem governou sofrendo oposição da imprensa, do Congresso, STF, Governadores, e uma horda de “artistas” desmamados da Ruanet; tendo ainda, o concurso de uma pandemia, durante a qual, medidas insanas fomentadas pelos opositores se encarregaram de envilecer à economia; de quebra, tendo que administrar uma herança maldita de bilhões em dívidas, deixada pela quadrilha que o antecedeu.


Visto esse espectro todo, não dá para negar, ante a recuperação de grande parte da malha rodo/ferroviária, provisão, enfim, de água aos nordestinos, mediante a transposição e milhares de poços artesianos, o socorro a milhões de pessoas com o “Auxílio Emergencial”, fim do toma-lá-dá-cá, que entregava pastas e orçamentos de ministérios para partidos corruptos, a reforma trabalhista, etc. Não dá para negar que o resultado do trabalho do Bolsonaro é bastante satisfatório; exceto, para quem vivia de corrupção e viu estragado o seu “negócio.” 

Não sou idólatra do presidente, mas, me agradam seus feitos e me identifico com bandeiras que ele defende; Deus, família, valores cristãos, liberdade, democracia...


Olhando possíveis postulantes, nenhum chega a um décimo do que ele representa nesses valores que me são caros. Quando as “pesquisas” dizem que o único adversário “possível” seria o Lula, aí nem careço dos feitos do Jair para decidir; os do Lula são muito mais “eloquentes”.


Não é preciso que ninguém me diga o óbvio; que não posso impor minhas escolhas a ninguém, ou que cada um tem (ainda) liberdade de votar como quiser. Apenas, é próprio das pessoas inteligentes fundamentarem, mediante argumentos, suas escolhas; no caso de quem escreve, como eu, tornar públicos esses fundamentos.


Como parecerá aos olhos de cada um, isso não me diz respeito. Ninguém precisa pensar, nem parecido, comigo.


Dizem ainda que Bolsonaro está aquém da “Liturgia do Cargo”; pois, seria um tanto destemperado no falar. Quando penso nas falas de Dilma e Lula, jamais analisadas, nesse prisma, pelos críticos de agora, vejo uma filhadaputice a mais, desfilando com roupas de argumento. A veste não cai bem. Como também sou “mui malo” de liturgia e uso eventualmente uns palavrões, nem ligo.


Explicar-me-ei: Prefiro um destemperado com sabor de honestidade, a um refinado cheio das mesóclises como o Temer, e corrupto. Lula e Dilma, quando aprenderem o idioma lusitano serão analisados, por enquanto, deixa.


Enfim, com todos os defeitos dele, sou grato ao Bolsonaro pelo que ele fez e representa. “O coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma”. Muslah-Al-Din-Saad
i

Vida de gado


“Toda multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles... aconteceu que, quando voltou Jesus, a multidão o recebeu, porque todos O estavam esperando” Luc 8;37 e 40

Duas multidões antagônicas. Uma pedindo que O Salvador se afastasse; outra, esperando que Ele chegasse. Por quê essas unanimidades, tanto a favor, quanto, contra? Porque, malgrado, tenha sido criado ímpar, peculiar, individual, o ser humano tende a se tornar ave de bando. Ser condicionado pelo que os outros dizem ou fazem.

O que são os blá blá blás, dos tais “Influencers”, ou, os anúncios feitos por celebridades, das vantagens disso ou daquilo, senão, berrantes a chamar pelo rebanho?

As claques de auditório colocadas para “puxar” reações que os patrões desejam? As mirabolantes “pesquisas eleitorais” que asseguram que oito é oitenta, e vice-versa, com pretensões de precisão?

O insistente desfile das “páginas de fãs” de determinada “cantora” vulgar, de pornomusic, dizendo que a "música" da mesma está no top dos tops das galáxias? O clássico “Tantos milhões de pessoas não podem estar erradas.”

Quando um “Homo Sapiens” se atreve a “filosofar” diz que qualidade supera quantidade; porém, quando vive “in natura”, sem condimentos de saber alheio, faz isso; pousa na bosta porque bilhões de moscas não podem estar erradas.

Segundo filósofos antigos, “A multidão é um monstro acéfalo”; (sem cabeça) que pode ser conduzido por uma “corda” bem frágil. Os berros de um ou dois igualmente vazios que presumirem saber o que querem, ou, para onde vão.

Os mesmos que cantaram “Hosanas ao Filho de Davi” estendendo vestes e ramos diante Dele, quando entrou em Jerusalém num burrico, poucos dias depois, estimulados pelos gritos excitados de meia dúzia a serviço do Sinédrio gritavam: “Crucifica-o! Crucifica-o!” “É mais fácil, sem dúvida, enganar a uma multidão, que um só homem.” Heródoto

A excitação humana emanada das multidões é fogo que produz calor sem produzir luz. Por isso, o conselho da Palavra de Deus: “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito.” Ex 23;2 “Pontos cardeais” na Bússola Divina; não fazer o mal, nem torcer o direito; a despeito do que fizer, a multidão. 

O que “todo mundo está fazendo” costuma ser um apelo irresistível à alma humana; quanto mais jovem, maior esse apelo. Basta que três ou quatro colegas tenham um petrecho tecnológico mais hightec que o dele, por exemplo, e presto jovem pedirá um igual aos seus pais. “Também quero um; todo mundo já tem menos eu.”

Quando Pilatos tentou usar a multidão como agravante acusatório contra Jesus, O Senhor esqueceu da galera, e chamou o indivíduo à responsabilidade; “A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim...” Jo 18;35 “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” V 37 Como disse Paulo: “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

O que todo mundo faz é o ordinário, estéril, fácil. “Toda unanimidade é burra”, teria dito Nélson Rodrigues; ou, “Quando todos estão pensando o mesmo, ninguém está pensando grande coisa.” Benjamin Disraeli.

O Salvador desafiou os Seus à opção difícil, mas, vital, em lugar da fácil e suicida; “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

As multidões antagônicas do princípio tinham presenciado milagres de Jesus. Uma, a libertação de um possesso e precipitação de uma vara de porcos ao mar; outra, curas e multiplicação do pão. Ambas as situações evidenciavam O Poder do Salvador.

Mas, tendemos a reduzir O Eterno à nossa reles estatura; se Ele não operar segundo desejamos, quiçá permitir que uns porcos se percam, teremos “razões” para rejeitá-lo. Enquanto o ego, o si mesmo estiver no trono, O Salvador não entrará.

“Eis que Estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha Voz, e abrir a porta, Entrarei em sua casa...” Apoc 3;20 Abrir a porta do coração para a entrada Dele, significa amar; “Se alguém Me ama, guardará a Minha Palavra, e meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Todo mundo faz inúmeras coisas indecentes, obscenas, imorais; nosso desafio, dos cristãos é andar na contramão, na Vontade de Deus. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

domingo, 10 de abril de 2022

O preço da liberdade


“Pois olhou desde o alto do Seu Santuário... para ouvir o gemido dos presos, soltar os sentenciados à morte;” Sal 102;19 e 20

Sentença que pesava sobre toda humanidade, como ensina Paulo: “Por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte, assim, a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

Invés de dizer que o pecado passou a todos os homens, por isso todos morreram, diz que a morte, (consequência do pecado original) passou a todos os homens, por isso, todos pecaram.

Adão morreu porque pecou; sua posteridade peca porque está morta. “Nós não temos pecados, - como disse Paul Washer – somos pecado”. Consequentemente, sem Cristo estamos mortos. “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23

Então, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Sempre oportuno lembrar que morte espiritual é alienação de Deus, não inexistência. O novo nascimento requerido é a regeneração em Cristo.

Toda humanidade existe, com seus mais de sete bilhões; mas, a maioria está morta. Por isso Jesus fez questão de pontuar que Sua Mensagem se destinava aos mortos; “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Esse “ouvir”, demanda entender, crer e obedecer, para herdar a vida com O Senhor.
Isaías, também aludiu à vinda de Um Libertador; “O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim; porque O Senhor Me Ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, proclamar liberdade aos cativos e abertura de prisão aos presos;” Is 61;1

Sendo a prisão, alienação no pecado e morte, a libertação é a reconciliação para a vida; “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;18 e 19

Por respeitar o arbítrio que deu, O Eterno abre as prisões e chama para fora; porém, não força ninguém a ser livre, caso esse não queira, sinta-se melhor na prisão.

O Salvador desafiou: “Eu Sou a Porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á; entrará, sairá e achará pastagens.” Jo 10;9 Notemos a condicional, “se”, preservando o direito de escolha.

“Entrar” por Ele demanda sair da mentira que nos aprisiona; daí, além do “negue a si mesmo” indispensável, acresce, em prol de quê, devemos nos renunciar: “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Ele veio soltar os “sentenciados à morte”; sentença que verteu do Criador, quando fez, tanto a obediência, quanto, o pecado, serem consequentes. De certa forma disse ao primeiro casal, o que reiterou depois; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

O “problema” da liberdade é o concurso da responsabilidade; lidamos mal com isso. O “sonho de consumo” do pecador seria fazer o que bem entendesse, sem consequências; no entanto, “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Assim, embora o mundo esteja no maligno, e seu espírito seja patrocinador do egoísmo e de toda sorte de maldades, o que aprisiona ao ser humano são suas próprias predileções. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;6 e 7

Primeiro veio “O Ministério da Condenação” a Lei; “... porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” Rom 3;30 Para que essa deixasse evidente nossa necessidade do Salvador; “... a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

A libertação está proposta; por uma vereda; “porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” Mat 7;14 O que Cristo Dá é muito; vale à pena ser um dos poucos.

sábado, 9 de abril de 2022

Nossa vã teoria


“Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. O homem creu na palavra que Jesus lhe disse e partiu.” Jo 4;50

Um de linhagem nobre procurara ao Salvador pedindo que Ele descesse para curar seu filho que estava à morte. O Senhor fez um comentário como a testar sua fé; “Se não virdes sinais e milagres, não crereis.”

Ele reiterou seu pedido de urgência; “... Senhor, desce, antes que meu filho morra.” v 49 então, O Mestre disse as palavras acima. “Vai o teu filho vive.”

Muitos não entendem bem o papel da fé. Equacionam-na como uma “força” que ajuda as coisas Divinas acontecerem. Não é bem assim.
Usam textos como: “Vai, a tua fé te salvou.” Ou, “Não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles.” Mat 13;58 etc.

Claro que a fé é indispensável. Todavia, não é um “aditivo” sem o qual o Poder Divino diminui. Onde estava a fé humana quando Ele ressuscitou Lázaro? À Filha de Jairo? Ou, quando Ele próprio ressuscitou? Fez essas e tantas coisas mais sem nenhuma participação da nossa fé.

No início, o que feriu O Coração do Criador foi a dúvida. A Palavra Divina foi posta em dúvida pela do inimigo; o homem ouviu a esse.

Há uma dúvida honesta derivada das nossas insipiências que nos leva a considerar diferentes aspectos de uma questão. Para os que estudam filosofia, engenharia, medicina, e afins, certa dose de dúvida é saudável. Até na Palavra de Deus Escrita, quando não entendemos. Enseja prudência, cautela, experimentos antes de afirmar que determinada coisa é assim ou assado.

Porém, tem uma dúvida moral que é afrontosa. Quando alguém íntegro nos conta algo que afirma saber, ou ser, e duvidamos do que ele nos diz, implicitamente o chamamos de mentiroso. No Caso de coisas ditas por Deus é blasfêmia. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho Deu.” I Jo 5;10

Então, a fé que “possibilita” operação de milagres de Deus é a que atribui ao Eterno, Integridade, Verdade, Justiça.

Tiago coloca o volúvel hospedeiro das dúvidas como inepto para a relação abençoada com Deus. “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente; não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.” Tg 1;5 a 7

Não diz que Deus não pode dar; apenas, que não honrará ao que duvida. Sim, a fé é uma questão de honrar a Deus, não duvidando do Seu Santo Ser, nem da Sua Infalível Palavra. “... aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Quando, num momento de euforia coletiva, um dia após O Salvador ter multiplicado os pães e peixes, muitos se “voluntariaram” para “fazer a Obra de Deus”, O Senhor colocou a fé como ponto de partida. “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele Enviou.” Jo 6;28 e 29

Sabemos, dito por Tiago, que a fé sem obras é morta. Todavia, as obras da fé são um testemunho da sua veracidade, não um suplemento. Agir conforme crê, testifica da crença; “... mostra-me a tua fé sem tuas obras, e te mostrarei minha fé pelas minhas obras.” Tg 2;18

Como o homem de nosso texto inicial, ao qual O Senhor disse: “Vai o teu filho vive. O homem creu na Palavra que Jesus lhe disse e partiu.” Agiu conforme A Palavra do Senhor sem hesitar.

A teoria da fé me leva a fazer determinadas afirmações; a prática demanda atuar conforme. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Paulo denunciou alguns teóricos vãos; “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as suas obras, sendo abomináveis, desobedientes, e reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Enfim, a fé não é uma força que possibilita a ação Divina; antes, uma confiança irrestrita que agrada ao Seu autor; Jesus Cristo. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que É galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6

“Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.” Prov 13;18

sexta-feira, 8 de abril de 2022

O Inimigo Interior


“Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia...” Gn 50;20

Os irmãos de José temendo que ele se vingasse dos males passados, uma vez que Jacó, o pai, era morto. José não diminui a culpa deles; apenas, enfatizou que Deus tirara o bem, até mesmo, das maldades deles.

Nos salmos encontramos O Eterno “tirando leite de pedras” mais uma vez; “Certamente a cólera do homem redundará em Teu louvor; o restante da cólera tu o restringirás.” A cólera humana, Ele pode usar em Seu favor; a que não for assim, desfazer.

Paulo disse: “Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo Seu propósito.” Rom 8;28

A diferença entre nossa visão e A do Eterno, tentamos suprir com nossas sentenças limitadas; dizemos que “há males que vêm para bem”, ou que “Deus escreve certo por linhas tortas.” Por exemplo. Os ateus propõem que a fé é cega; por “ver” coisas na dimensão Divina. Eles são cegos, porque privados dessa faculdade que vê ao largo.

Outra sentença surrada é a de que, “as aparências enganam.” Não sei se são, estritamente, elas, ou, as conclusões que derivamos delas; por, tendo vislumbrado a superfície, imaginamos por nossa conta, o profundo.

Os que temem a Deus e se lhe submetem, herdam dessa intimidade com O Pai, luzes que escapam aos demais; “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14 O homem espiritual pode ver coisas que ao natural passam obscuras; “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Ao profeta Samuel, O Eterno ensinou: “... Não atentes para sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque O Senhor não vê como vê o homem; pois, o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” I Sam 16;7

Desgraçadamente, nem aos nossos próprios corações conseguimos ver claramente; quantos de nós, em dado momento, nos vemos praticando coisas que, jamais imaginamos que fossem possíveis praticarmos?

Há um “inquilino” em nossas almas, que tende a furtar as vontades, e nos deixar apenas com as boas intenções; “Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, faço. Ora, se faço o que não quero, já não faço eu, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;18 a 20

O nascer de novo, seguir após Cristo, possibilita mortificar esse pendor suicida; “Porque a inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito é vida e paz.” Rom 8;6

Nosso coração tende a nos trair; seu engano adoecido faz com que pensemos ser melhores que somos. O Senhor ensina: “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, provo os rins; para dar a cada um segundo os seus caminhos, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17;9 e 10

Então, quando O Salvador requer; “Negue a si mesmo”, invés de tolher minha liberdade de ação, como poderia parecer a uma apreciação vulgar, Ele demanda que eu me livre de um traidor. Das garras de um míope presunçoso que acredita ver muito longe. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Todos advogam a lei da semeadura e ceifa, sem se dar conta do quê, ela encerra. Não significa que, os que fazem o bem vão para o Céu, ou outros para o inferno; como se, a definição de bem e mal fosse mesmo nossa; a diferença entre semeaduras não é entre bem e mal; antes, entre carne e espírito.

O que confia em si mesmo, no próprio braço, confia na carne; mas, quem adota para si os Pensamentos Divinos, anda em espírito. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

O maior dos males, a morte de um inocente crucificado, Deus transformou no maior dos bens, salvação de pecadores. Das dores verte alegria; mas, jamais transforma desobediência, rebeldia, em credencial.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

A Água Pura


“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e renovação do Espírito Santo.” Tt 3;5

Quem pretendesse se justificar perante Deus, apresentando boas obras, por vistosas que fossem, ainda precisaria disso: “Lavagem da regeneração, e renovação do Espírito Santo.”

A sujeira do pecado é tal, que sem isso nada feito, estamos mortos. A regeneração é chamada de nascer de novo. “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Essa ideia pode ferir a autoestima de quem se presume “do bem”. Embora, para certos ramos da psicologia careçamos melhorar a autoestima, à luz da Palavra de Deus, nosso problema é o orgulho, pensarmos de nós, mais do que convém.

A Sã Doutrina não usa abordagens de coach. Essas frases motivacionais que exaltam potenciais, despertam ânimos dormidos visando fazer cada um mais autoconfiante rumo ao sucesso no labor ao qual se propõe; isso pode ter seu valor na área de incitar ao trabalho.

Mas, O Trabalho de Deus é “desfazer a obra do diabo.” O pai da mentira “motivou” demais ao primeiro casal, acenou a eles com uma grandeza falsa; desde então, a necessidade deixou de ser, autoestima; passou a ser humildade.

Alguém disse com propriedade: “O melhor negócio da terra seria comprar os homens pelo que eles valem, e revendê-los pelo que pensam que valem.”

A Palavra de Deus não massageia egos, antes, desconstrói. “... não há bom, senão Um Só, que é Deus.” Mat 19;17 “Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; ninguém que busque a Deus.” Rom 3;10 e 11 “Mas todos nós somos como o imundo, e nossas justiças como trapo da imundícia; nós murchamos como a folha, nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6 etc.

Enquanto não estivermos convencidos da sujeira que se nos pegou desde o egoísmo gestado no Éden, não estaremos prontos para ser lavados como convém.

O ego tende a mensurar tudo aos próprios olhos, aquela balela “filosófica” de ser o homem “a medida de todas as coisas.” A Palavra desencoraja o suicídio: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Nossa “habilitação” para O Reino dos Céus, antes das aulas práticas demanda abraçar e aprender a teoria; “... A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;29 O crer bíblico tem conteúdo; excede ao mero crer em Deus que o vulgo fala sem saber o que significa.

Precisamos abdicar de nosso modo raso de pensar e, doravante ter como bússola os pensamentos Divinos expressos na Palavra; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Quando O Salvador se dispôs a lavar os pés aos discípulos, um deles, o mais “humilde” Pedro, recusou-se a aceitar. O Senhor advertiu: “Se Eu não te lavar não tens parte Comigo.” Aquele incidente era literal; mas espiritualmente se aplica a todos nós; se O Salvador não nos lavar, (no Seu Sangue) não teremos parte com Ele.

“Estes são os que... lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” Apoc 7;14

Cada pregação da Palavra é uma oportunidade da alma se ver ante o espelho Divino. A lavagem não é compulsória, demanda a participação humana mediante arrependimento e mudança de hábitos; “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, e logo esquece de como era.” Tg 1;23 e 24

Alguns, por tímidos, volúveis até dão alguns passos rumo à santificação, mas, açodados pelas tentações voltam à sujeira de antes; Pedro fala desses: “Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

A Palavra de Deus não nos humilha por algum sadismo; antes, nos mostra como somos, e convida a sermos de novo como Deus é; Santo. Não é capricho Divino, é necessidade; “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Heb 12;14

terça-feira, 5 de abril de 2022

A Angústia de Deus


“Em toda a angústia deles Ele (O Senhor) foi angustiado; o anjo da Sua Presença os salvou; pelo Seu Amor e sua compaixão Ele os remiu; os Tomou e Conduziu todos os dias da antiguidade.” Is 63;9

Essa faceta de Deus se angustiar com as angústias do Seu povo é uma das mais eloquentes testemunhas da grandeza do Seu Amor. Se, esse é incondicional, contudo, a aceitação não é.

Essa doença que alguns batizaram de “Teologia do Coaching”, onde toda ênfase recai sobra a Grandeza Divina, Sua Eterna disposição em perdoar, sutilmente vertida em aceitação incondicional, tênue desvio da necessária confrontação dos pecados, mata.

É uma espécie de “Teologia da prosperidade dos afetos” onde investimos simulacros de obediência e amor e em troca recebemos “cem vezes mais”; isso é insano! blasfemo até.

Certo é que, “Se formos infiéis Ele permanece fiel.” Isso atina ao Seu Bendito Ser; não, necessariamente, ao nosso relacionamento; pois a mesma fidelidade que reitera Seu amor, faz igual, em relação à justiça.

Deus se angustia quando erramos, justo pelo potencial destrutivo que o pecado tem em nossa relação com Ele. “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23 Se estivesse “tudo dominado” a despeito do que fizéssemos, “uma vez salvo, sempre salvo” como creem alguns, tal sentimento sequer faria sentido.

Por quê se angustiaria com nossas faltas, se, sendo nós Seus prediletos, poderia fazer “vistas grossas” para com nossos deslizes? Porque Ele não pode. “Tu És tão Puro de Olhos, que não podes ver o mal; a opressão não podes contemplar...” Hc 1;13

Ele se angustia em nosso favor e nos defende quando somos atacados, por amar à justiça, pertencer a Ele; porém, se entristece contra nós, quando a causa são nossos erros, desobediências, rebeliões.

O Todo Poderoso não pode brincar com lixo. “... não Posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene.” Is 1;13 Se alguém imagina que os lapsos de obediência, frutos de justiça, santificação, podem ser supridos com cultos, louvores, se engana; “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como águas, e justiça como ribeiro impetuoso.” Am 5;23 e 24

Ele sofreu angústias pelas angústias dos eleitos, porque essas derivaram da oposição dos povos que se lhes opunham. Quando foram rebeldes aos Divinos Comandos, O Céu também sentiu os efeitos disso, e a repercussão incidiu sobre a Terra. “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

Das angústias necessárias pela oposição do mundo preveniu: “No mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo; Eu Venci o mundo.” Noutra parte prometeu: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Essas frases de efeito, tipo: “Não diga ao teu Deus que tens um grande problema; diga ao teu problema que tens um Grande Deus”, um jogo de palavras que soa bonitinho, mas muitas vezes pretende tratar câncer de pele com maquiagem.

Muitos dos nossos “problemas” são a medicina de Deus, querendo nos purgar das superficialidades vãs, para aprendermos Dele, entre eles. “A obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;13

Não se trata de “ter um Grande Deus” para botar os problemas nos seus lugares com um grito gospel. Antes, de ter entendimento que Deus partilha nossas angústias porque nos quer edificados, provados, através Delas; não inchados, sem nada aprender.

Prefere compartir nossas dores a nos deixar levianos e inconsequentes; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

O Pai não arrefece Seu Amor por nós, mas Sua aceitação demanda arrependimento, revisão de rumos. “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará seguro, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

“Os meus olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6

Muitas angústias são “Porque O Senhor corrige o que ama, açoita qualquer que recebe por filho.” Heb 12;6 Nesses casos enfrentamos os problemas com exame de consciência, arrependimento. A maldição sem causa não vem, removendo essa, aquela sumirá.

A Mentira


“Emudeçam os lábios mentirosos que falam coisas más com soberba e desprezo contra o justo.” Sal 31;18

A mentira não é uma coisa inofensiva largada ao vento, que só faria um mal eventual, ao incauto; antes, trata-se de uma violência; um desprezo, ataque contra o justo.

Quando O Criador advertiu Adão da sentença de morte pela desobediência, e o inimigo disse que ele não morreria, antes, seria exaltado, seria “como Deus”, fez violência contra o homem, camuflando de vida elevada à morte; sobretudo, fez violência Ao Eterno, atribuindo Ao Santo, mentira e egoísmo.

Mentira; por ter feito uma ameaça falsa, segundo a oposição; e egoísmo porque não queria que o homem fosse como Ele; coisa que o homem poderia “reparar” desobedecendo; partindo para a autonomia, independência, ele seria “como Deus”.

No que seria possível a criatura assemelhar-se ao Criador já fora feito; o homem fora criado à Imagem e Semelhança Divinas. Nos atributos incomunicáveis, Onisciência, Onipresença e Onipotência, ninguém pode ser como Deus; assim, o mentiroso oferece o que não tem e sonega virtudes que os alvos da sua inveja têm.

Embora se digam filhos de Deus, O Salvador disse que têm outra filiação: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44

Isaías disse: “Como prevaricar, mentir contra o Senhor, desviarmo-nos do nosso Deus, falar de opressão e rebelião, conceber e proferir do coração palavras de falsidade. Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;13 a 15

Uma vez mais a consequência de ser a mentira um ataque à justiça; “por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe.”

As leis são criadas para que tenhamos um fundamento sólido para edifício da justiça; magistrados são postos para dirimir os pleitos à luz das mesmas. 

Todavia, casuísmos, interesses fisiológicos de “poderosos” impotentes ante os próprios vícios, têm gerado uma vasta gama de aberrações jurídicas ao arrepio da Constituição Federal.

A Corte Suprema, última instância da justiça, o STF, tem sido adjetivado com sobejos motivos, de “Vergonha Nacional”. Sim, como toda causa enseja consequências, a mentira tem seus efeitos colaterais.

Pior; sempre tem um “intelectual, jornalista, influencer” para defender o indefensável, mandando às favas as leis, os fatos, por ser serviçal de interesses mesquinhos; tais, são obscenos morais, privados das vestes da justiça.

Como num campo de nudismo, onde o fora da lei seria quem estivesse vestido, assim parece a sociedade atual. Na política, sobretudo, mas atinge todas as áreas. Já nem se diz mais “mentira”, mas, variáveis como “narrativas, ou fake news”.

E pasmem! desgraçadamente, no atual império da pós verdade, se cogita censurar a liberdade de expressão, para prevenir às nocivas “mentiras”. Ora, o antídoto à mentira nunca foi a mordaça, o veto, antes, a verdade.

A balela de Joseph Goebbels, ministro da propaganda do nazismo, de que, “Uma mentira repetida mil vezes se torna verdade”, é tão veraz quanto o implemento do “Terceiro Reich”.

As ondas avançam mais, ou menos sobre o litoral, conforme as marés, eventuais ressacas, tsunamis até; mas, em geral há uma divisa sólida entre o mar e a terra. Assim a mentira, a narrativa, pode manipular, solapar, convencer até; mas, os fatos seguem lá, sólidos, perenes, inegociáveis.

O Rei dos mentirosos, Lula, disse anteontem que acabaria com a guerra da Ucrânia x Rússia numa mesa de bar enchendo a cara com os líderes. Foi aplaudido por alguns “intelectuais” além da claque que usas óculos vermelhos.

Quando presidia por aqui foi ao Oriente Médio e “ensinou” como fazer a paz por lá. Nada mudou, mas ele voltou envaidecido pavoneando-se.

Nosso Presidente, que longe de ser um Ministro do Evangelho, consegue agir sendo honesto, foi muito feliz no bordão que escolheu para sua campanha; “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.” Jo 8;32 Adiante O Salvador ensinou: “Eu Sou... A Verdade...” Jo 14;6

Então, senhores, que querem proibir à “mentira” (a verdade inconveniente a eles) nós os conservadores cristãos “caçamos” “Fake news” todos os dias, sem proibi-las; antes, vivendo e ensinado o devido antídoto; a verdade.

Não podemos agir diferente, malgrado as ameaças do “mecanismo”; pois, pertencemos a Um Reino, do qual, “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

domingo, 3 de abril de 2022

A facilidade do ódio


“... Hei de crucificar vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão, César.” Jo 19;15

Nem mesmo César sabia que era assim amado pelos judeus. Na verdade, era odiado.

Os judeus que o serviam como coletores de impostos eram chamados de publicanos.

Pecadores públicos, detestados pelos demais.
Certa feita, para enfatizar a gravidade da rejeição pelos religiosos, O Senhor disse que prostitutas e publicanos (pecadores do mesmo nível) entrariam no Reino de Deus antes deles, porque tinham se arrependido. “... Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes; mas, os publicanos e as meretrizes creram...” Mat 21;31 e 32

Se, César era detestado, por quê a afirmação de “lealdade” supra? Primeiro para “legitimar” a acusação de que Cristo seria um sedicioso contra ele; isso “forçaria” a mão de Pilatos; depois, porque um ódio maior abafa outro menor. Sabe o político aquele que afirmou que certo adversário postulando de novo o poder pretendia voltar à cena do crime? Agora, “motivado” por um ódio maior se aliou a ele? Assim.

César, “apenas” os escravizava; enquanto O Salvador acusara-os de hipócritas, sepulcros caiados e os desafiara a enfrentarem a si mesmos, sob pena de serem inferiores às prostitutas e publicanos. Isso pareceu demais.

A afirmação de “lealdade” a César veio dos “principais dos sacerdotes” os “influencers” da época. Quanto mais alto nosso ilusório pódio, maior a presunção, e mais resilientes as algemas. 

Por isso, “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir às sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir às fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são. I Cor 1;27 e 28

A igualdade, tão incensada por políticos e jamais observada, só é possível no Reino de Deus. Nele não tem isso de “uns mais iguais que os outros.” Não contam as tais classes sociais, poder terreno, fama, nobreza, nada. Os lugares altos são abaixados; os muito baixos são nivelados, para que todos fiquem do mesmo tamanho, zero. “Todo vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

O Criador não pega nossa “matéria-prima” e reforma; antes, reinicializa o “sistema” todo, transforma; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Salomão escrevera que “Melhor é o que tarda em irar-se que o poderoso; o que controla seu ânimo, que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32 Ele estava aquilatando valores, dizendo qual tipo de homem era melhor, não, mensurando a dificuldade da empresa; dizendo o que seria mais fácil.

Como o desafio do Salvador fora que eles se tornassem melhores, enfrentando a si mesmos, preferiram negá-lo, fingindo-se dóceis aos romanos. A velha hipocrisia e suas surradas capas.

Quando os evangelistas reportaram, os fatos eram consumados já, de modo que puderam fazer a coisa no pretérito; “Estava no mundo, o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era Seu, os Seus não O receberam.” Jo 1;10 e 11

Mas, a boa nova para então, e o futuro, é que, “a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

O desafio feito àqueles é o mesmo a nós; “Negue a si mesmo, tome a cada dia sua cruz e siga-me.” Luc 9;23

Claro que é mais fácil negar a Ele, como fizeram os religiosos de então; porém, a questão é: Estamos em busca de facilidade ou de salvação? A vida eterna com Deus é dádiva gloriosa demais para ser fácil.

Embora, os opositores da fé nos acusem de nos “escondermos atrás da Bíblia”, como se, enfrentar a si mesmo seja coisa de covardes, não ousam formar fileiras para esse enfrentamento.

Nosso General É Valente demais, para ser seguido por covardes; “Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em Teus Lábios; por isso Deus Te abençoou para sempre. Cinge Tua espada à coxa, Ó Valente, com Tua glória e Tua majestade. Neste Teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; a Tua destra te ensinará coisas terríveis. As Tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei, e por elas os povos caíram debaixo de ti.” Sal 45;2 a 5

“César” segue oprimindo, estreitando, perseguindo, ameaçando, matando... é tudo o que pode; salvar não está na sua pasta. Por isso, não temos outro Rei, senão, Jesus Cristo.

sábado, 2 de abril de 2022

Silêncio é bom, ou ruim?


“... se o sal degenerar, com que se há de salgar?” Luc 14;34

O Salvador figurara os Seus como sendo “o sal da terra”; aqui, o risco de degenerar, perder o sabor.

Também dissera que os cristãos são a “luz do mundo.” Mat 5;13 e 14 Não carecemos muita perspicácia para entender que as figuras demandam retidão em dois aspectos distintos: Nosso agir testifica aos olhos, é luz; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;16

Nosso falar, aos ouvidos: “Vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” Col 4;6 “Sempre agradável” a Deus. Não significa que devemos ser bajuladores de ímpios.

Alguns, com hemiplegia intelectual defendem certa absolutização do silêncio, como desejável sempre.

Embora os livros sapienciais tragam que o sábio é prudente com os lábios, enquanto o tolo é tagarela, não advoga o mutismo; antes, o discernimento para entender a hora certa de falar; “Tudo tem seu tempo determinado... tempo de estar calado e de falar.” Ecl 3;1 e 7 diz mais: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita ao seu tempo.” Prov 25;11

Isso de não entrar em polêmicas, calar ante o que discorda para evitar atritos pode parecer muito sábio. Aliás, num tempo como o atual, onde poucos pensam, e muitos palpitam sobre tudo, fariam bem os faladores do que ignoram, em tapar as próprias bocas. Há uma camuflagem que, se espertos, usariam. “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; o que cerra seus lábios é tido por entendido.” Prov 17;28

Todo cristão medianamente instruído sabe que “nossa luta não é contra carne e sangue...” mas contra seres espirituais difusores da maldade no mundo. Entretanto, essa difusão se dá mediante seres de carne e sangue, humanos como nós.

Embora nossa aversão deva ser contra ensinos errados, pois, o embate, não raro se dá contra expoentes humanos desses ensinos.

Como saber que algo é mau? Qualquer coisa, por “inclusiva, diversitária, humanista” que pareça, se, sua implicação moral é uma indisposição contra Deus, os veros Servos Dele, vislumbram aí, um campo de batalha a desafiar; “Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;3 a 5

Assim, quando em nosso escopo vemos atacados os valores que dizemos que nos são caros e não reagimos, nos tornamos sal degenerado, que para nada mais presta.

Se, há momentos, (como O Mestre ante Herodes se recusou a falar, dar espetáculo a um ímpio) em que o silêncio é melhor; tipo, “Não dar aos cães as coisas santas, nem lançar pérolas aos porcos,” ou seja: Não insistir com a mensagem de Cristo ante escarnecedores, os que empunham a “Espada do Espírito” não podem se acovardar, quando o inimigo tenta ganhar terreno debaixo dos seus olhos.

O risco de rejeição, agressão, incompreensão não é nada; não militamos por aplausos, mas, pela verdade. Somos convidados a participar do “vitupério de Cristo”, sofrer vergonha com Ele, não sermos cordatos ante o erro flagrante, para que o mundo não nos incomode. “Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando Seu vitupério.” Heb 13;13

Os que ensinam serão julgados com exigência maior. “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1 

Contudo, quem foi capacitado para isso fugiria, deixaria de falar em denúncia dos erros, contra a inclinação do próprio espírito? “Porque estou cheio de palavras; meu espírito me constrange.” Jó 32;18

Portanto, caro cristão “prudente”, se o esconderijo de evitar polêmicas, apresentar o sal onde medra a impiedade é uma tarefa à qual não te atreves, ore pelos que ousam em Nome do Senhor; porque lutam por Ele, não por si próprios; senão, também se esconderiam como você.

Quem vê nas polêmicas algo a evitar, despreza a necessidade alheia, como o levita e o sacerdote aqueles; nem percebe mas, faz o mesmo. A verdade sangra à beira do caminho enquanto a mentira tripudia. Mas, o “Sal da terra” não ousa acrescentar o Sabor de Cristo.

O soldado cristão não vê nas adversidades um obstáculo a evitar; antes, uma oportunidade; “Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes; porque uma porta grande, eficaz, se me abriu; e há muitos adversários.” I Cor 16;8 e 9

Portanto, invés de censurar à voz alheia, está na hora de aprenderes a usar a tua.