domingo, 10 de abril de 2022

O preço da liberdade


“Pois olhou desde o alto do Seu Santuário... para ouvir o gemido dos presos, soltar os sentenciados à morte;” Sal 102;19 e 20

Sentença que pesava sobre toda humanidade, como ensina Paulo: “Por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte, assim, a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

Invés de dizer que o pecado passou a todos os homens, por isso todos morreram, diz que a morte, (consequência do pecado original) passou a todos os homens, por isso, todos pecaram.

Adão morreu porque pecou; sua posteridade peca porque está morta. “Nós não temos pecados, - como disse Paul Washer – somos pecado”. Consequentemente, sem Cristo estamos mortos. “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23

Então, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Sempre oportuno lembrar que morte espiritual é alienação de Deus, não inexistência. O novo nascimento requerido é a regeneração em Cristo.

Toda humanidade existe, com seus mais de sete bilhões; mas, a maioria está morta. Por isso Jesus fez questão de pontuar que Sua Mensagem se destinava aos mortos; “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Esse “ouvir”, demanda entender, crer e obedecer, para herdar a vida com O Senhor.
Isaías, também aludiu à vinda de Um Libertador; “O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim; porque O Senhor Me Ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, proclamar liberdade aos cativos e abertura de prisão aos presos;” Is 61;1

Sendo a prisão, alienação no pecado e morte, a libertação é a reconciliação para a vida; “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;18 e 19

Por respeitar o arbítrio que deu, O Eterno abre as prisões e chama para fora; porém, não força ninguém a ser livre, caso esse não queira, sinta-se melhor na prisão.

O Salvador desafiou: “Eu Sou a Porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á; entrará, sairá e achará pastagens.” Jo 10;9 Notemos a condicional, “se”, preservando o direito de escolha.

“Entrar” por Ele demanda sair da mentira que nos aprisiona; daí, além do “negue a si mesmo” indispensável, acresce, em prol de quê, devemos nos renunciar: “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Ele veio soltar os “sentenciados à morte”; sentença que verteu do Criador, quando fez, tanto a obediência, quanto, o pecado, serem consequentes. De certa forma disse ao primeiro casal, o que reiterou depois; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

O “problema” da liberdade é o concurso da responsabilidade; lidamos mal com isso. O “sonho de consumo” do pecador seria fazer o que bem entendesse, sem consequências; no entanto, “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Assim, embora o mundo esteja no maligno, e seu espírito seja patrocinador do egoísmo e de toda sorte de maldades, o que aprisiona ao ser humano são suas próprias predileções. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;6 e 7

Primeiro veio “O Ministério da Condenação” a Lei; “... porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” Rom 3;30 Para que essa deixasse evidente nossa necessidade do Salvador; “... a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

A libertação está proposta; por uma vereda; “porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” Mat 7;14 O que Cristo Dá é muito; vale à pena ser um dos poucos.

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