sexta-feira, 22 de abril de 2022

Daniel Silveira no Cânion


"Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

“As leis - dizia certo pensador - são como teias de aranha; pegam insetos pequenos; os grandes, rompem-nas.”

A parcialidade humana que, aos chegados oferece as benesses, aos desafetos o rigor, desvirtua o sentido da lei; uma cerca que fora construída para ser um termo justo se torna um arranjo casuísta a serviço de interesses rasos.

Perante Deus, não basta ser “legal”; ter alguma brecha a ser usada, ou mesmo uma norma criada ao sabor de um interesse eventual; as leis humanas devem ser, ao menos em parte, derivadas da Divina. O que exceder a isso, ou, se opuser, enquadra-se na sentença supra; onde alguém se divorcia do Criador, criando espantalhos espúrios, pretextos.

Em se tratando dos “Dez Mandamentos” muitos cristãos ainda têm entendimento limitado sobre eles. Uns pensam que caducaram com a vinda da Graça; Jesus Cristo. Outros, que devem guardar os mesmos ainda, como a observância do Sábado.

A Lei não salva; é chamada de “Ministério da Condenação;” conduz ao Salvador; “Serviu de Aio para nos conduzir a Cristo.” Ainda vigora; pois, em seus termos serão julgados os que rejeitam ao Senhor; “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da Lei, porque pela Lei vem o conhecimento do pecado.” Rom 3;20 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da Lei.” Rom 3;28 

Nossa “fuga” à sombra da fé é necessária pelo medo da espada da Lei. “Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a Lei.” Rom 3;31

Para os de Cristo vigora nova lei; “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;12 Ele resumiu tudo em dois mandamentos; amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo. Em Seus ensinos demonstrou como se faz isso; vai muito além de mera profissão verbal.

Vivemos no Brasil dias de atropelos da Lei como jamais visto. Nossa Corte Suprema que deveria ser o Everest da Justiça, assemelha-se mais ao Grand Cânion.

Notórios bandidos com viés esquerdista, como Lula e José Dirceu, andam livres leves e soltos, elegíveis; malgrado, julgados e condenados em todas as instâncias possíveis. Entretanto, jornalistas, blogueiros, e até parlamentares cuja tendência ideológica é conservadora, sofrem coisas mui além dos rigores da lei. O Supremo arvora-se no direito de fazer tudo de supetão, ao arrepio da Constituição, ritos processuais, jurisprudência; contradizendo discursos pretéritos dos próprios juízes.

Muitos participam de eventos políticos com viés esquerdista, “lives” até. Se fossem adeptos, ao menos da verossimilhança, não fariam nada disso. Um magistrado probo não deve falar politicamente; apenas juridicamente no âmbito do seu trabalho. Esse não estão nem aí. Barroso chegou a chamar o conservadorismo, outro dia, de “Inimigo” vestindo aberta e obscenamente a capa vermelha.

Então, após terem condenado ao deputado Daniel Silveira pelo “crime” de opinião, para a qual, a Constituição lhe assiste amplo direito, não obstante, o mérito possa ser alvo de julgamento na Comissão de ética do Congresso; depois dessa aberração, digo, nosso Presidente tomou, finalmente, uma atitude constitucional, que arrosta a famigerada Corte, aquela. O indulto.

Ao ver Daniel na cova “leiões”, enviou seu anjo (decreto) e desfez a patifaria cumprindo seu juramento de proteger à democracia e a liberdade.

Para a “justiça” canhota, Césare Battisti, que matou quatro na Itália e fugiu para o Brasil merecia indulto e proteção governamental; um deputado que criticou acidamente aos desmandos da Corte merece quase nove anos de cadeia. Se julgassem aos “canhotos” com a severidade e sanha com que perseguem aos conservadores, já teriam instituído pena de morte e fuzilado muitos corruptos e ladrões. “O que é isso cumpanhêro?”

A Palavra de Deus ensina que seremos julgados pela mesma regra com a qual julgamos. Vai ser trágico, no dia do Juízo Final, quando esses “próceres da justiça” tiverem que enfrentar seus próprios “padrões” de julgamento.

Sei que eles não temem a Deus; o comunismo, não obstante a simpatia de alguns “cristãos” é essencialmente ateu; seu sonho de consumo é fechar igrejas; o estado “é Deus”. O partido vermelho o sacerdócio, como na China.

Enfim, conhecendo a veia tirânica que neles pulsa, é de se esperar que não aceitem pacificamente essa “humilhação”; o Presidente é o último bastião da liberdade democrática; até o Congresso capitulou. Fez bem em pagar pra ver. Ou a Constituição ainda vale, ou, se rasgue a mesma e salve-se quem puder.

A escuridão da ignorância sempre é nociva; mas quando mora no habitat da luz, é abominável. “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

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